
O álbum Rumours do Fleetwood Mac foi um tremendo sucesso quando chegou às lojas de discos em 4 de fevereiro de 1977, e, de várias formas, continua sendo até hoje. Barry Manilow Live, Simple Dreams, de Linda Ronstadt, e a trilha sonora de Nasce Uma Estrela com Barbra Streisand e Kris Kristofferson também foram discos que chegaram ao primeiro lugar naquele mesmo ano, mas enquanto eles praticamente sumiram da nossa memória coletiva, Rumours é maior do que nunca.
É o disco dos anos 1970 mais tocado em serviços de streaming de música, uma presença perpétua nas paradas da Billboard 200, e as fábricas de vinil continuam fabricando novas cópias para dar conta da demanda sem fim. Enquanto isso, as rádios de rock clássico tocam músicas de Rumours como “The Chain“, “Go Your Own Way“, “Dreams“, “Don’t Stop” e “You Make Loving Fun” num ciclo aparentemente eterno.
Jovens no mundo inteiro continuam descobrindo as histórias de amor fadadas ao fracasso que estão no centro de Rumours, e é um dos poucos álbuns que eles conseguem aproveitar com seus pais e muitas vezes até com seus avós.
Para celebrar o aniversário iminente de 50 anos de Rumours, o escritor Alan Light mergulhou fundo nessa história e conversou com jovens artistas e admiradores para seu livro Don´t Stop: Why We (Still) Love Fleetwood Mac’s Rumours ( Não Pare: Por Que (Ainda) Amamos Rumours do Fleetwood Mac, em tradução livre). O livro chega às livrarias americanas em 4 de novembro. Um dos capítulos investiga a fundo o seriado Glee, que trouxe novos admiradores para Rumours quando exibiu um episódio construído em volta das músicas do álbum em 2011.
A série
“Tenho uma relação muito complicada com Glee”, conta a estudante de teatro da Universidade de Nova York, Tess Rechtweg. “Eu meio que odeio o seriado, mas foi uma parte enorme da minha infância. Comecei a assistir jovem até demais, e não entendia nada direito. Só pensava: ‘Ah, músicas legais. Acontece muita coisa. Todo mundo engravida por algum motivo.’ Conforme fui crescendo, comecei a prestar atenção e a série me apresentou músicas que eu não conhecia antes.” Leia o trecho exclusivo abaixo:
Quando Glee estreou na Fox em 2009, com certeza não era um programa para todo mundo. Nenhuma das suas seis temporadas ficou entre as Top Trinta de maior audiência. Mesmo assim, tinha um dos maiores lucros com comerciais de qualquer série de televisão, porque era diferente de tudo que passava na TV, e o público que assistia — principalmente crianças e adolescentes — era extremamente fiel, abraçando o apelido de “Gleeks”.
“Odeio admitir isso”, diz a estudante de Oberlin Viv Tullis, “mas muitas das músicas boas que ouço, comecei a ouvir porque escutava a versão do Glee.”
Glee foi criado por Ryan Murphy (a mente por trás de American Horror Story, American Crime Story, Nip/Tuck e muitas outras séries — a revista The New Yorker uma vez o chamou de “o homem mais poderoso da televisão moderna”) com seus parceiros Brad Falchuk e Ian Brennan; Brennan tinha imaginado inicialmente Glee como filme.
A série, que foi ao ar até 2015, girava em torno do New Directions, o coral da fictícia Escola Secundária William McKinley em Lima, Ohio. O grupo compete como coral enquanto seus integrantes lidam com questões pesadas como sexualidade, raça, gravidez na adolescência e relacionamentos.
No centro de cada episódio de Glee estavam várias apresentações musicais, que a indústria da música rapidamente percebeu que podiam dar um tremendo impulso promocional para material antigo. O formato de competição e o foco temático de cada episódio significavam que os primeiros programas eram geralmente organizados em torno de categorias musicais (baladas, duetos, canções de amor) ou ocasionalmente em torno do repertório de artistas específicos (Lady Gaga, Britney Spears).
O Episódio Rumours
Em 3 de maio de 2011, perto do final da segunda temporada, pela primeira vez Glee montou um episódio inteiro em torno de um único álbum. Glee tinha usado “Landslide” (canção de 1975) em um episódio anterior; Stevie Nicks foi ao estúdio para ver a gravação sendo filmada e acabou ficando lá por seis horas. Essa amizade ajudou provavelmente o programa a conseguir os direitos das músicas de Rumours para um episódio intitulado simplesmente “Rumours“, que trouxe seis canções do disco, em uma linha narrativa sobre os perigos da fofoca.
Quando o diretor do coral Will Schuester (Matthew Morrison) conta para April Rhodes (Kristin Chenoweth), uma ex-integrante do grupo que voltou para Lima depois que sua montagem totalmente branca de The Wiz fracassou na Broadway, sobre o drama crescente dentro do grupo, ela responde: “Parece que seu coral pegou um pouco do Mac — Fleetwood Mac. Eles brigavam direto. Tinha casos amorosos, divórcios, fofocas e sussurros, todo o tipo de coisa que faz bandas boas se separarem. Eles usaram todo aquele drama para o bem e escreveram músicas incríveis.”
Inspirado, Will apresenta o álbum ao coral como “um dos maiores álbuns de todos os tempos, escrito enquanto a banda estava se separando para se manter unida.”
Tim Hunter tinha dirigido o aclamado filme Juventude Assasina de 1986 e dezenas de episódios para séries de televisão, incluindo Mad Men, Twin Peaks, Breaking Bad e Lei e Ordem, quando recebeu o convite para dirigir “Rumours“. Ele não sabia quando foi contratado que seria um episódio temático do Fleetwood Mac, conta ele, “mas é claro que fiquei feliz porque a música é maravilhosa.”
Hunter compara seu estilo visual com a abordagem mais apressada que Glee tinha estabelecido anteriormente. “Tenho uma formação um pouco mais clássica do que talvez a maioria dos diretores daquele programa”, afirma, “o que pode ser só uma maneira de dizer que eu era mais velho. Um dos meus amigos me disse que os números musicais lembraram ele dos números musicais naquele filme de gangster da Cyd Charisse e Nicolas Ray, Party Girl (1958), e isso me fez pensar, bem, seja lá o que eu esteja fazendo, não é o que todo mundo está fazendo. As crianças cantaram aquelas músicas maravilhosamente bem; foi emocionante.” (Ele também destaca as cenas de comédia com Brittany, interpretada por Heather Morris, apresentando seu programa na internet Fondue para Dois e entrevistando seu gato, Senhor Tubbington — “aquele gato era demais.”)
“As músicas de Rumours são muito envolventes”, Hunter continua, “e acho que o que tentei capturar foi essa natureza sedutora delas. Há uma paquera naquelas músicas; você tem isso em ‘Dreams‘, onde Matthew Morrison e Kristin Chenoweth ficam meio que se circulando e flertando, e você tem no número ‘Go Your Own Way‘, e depois você tem aquela ‘Don’t Stop‘ inspiradora no final que te manda embora querendo sair e viver a vida.”
Mais importante ainda, Glee despertou um novo interesse no álbum original Rumours, que voltou para a parada Billboard 200 no número onze, teve um aumento nas vendas de quase 2.000 por cento em relação à semana anterior (na mesma semana, o álbum solo de Nicks, In Your Dreams, estreou no número seis). Na Austrália, cinco dias depois do episódio ir ao ar, Rumours apareceu no terceiro lugar da parada de álbuns do país.
A escritora Abigail Covington (nascida em 1988) tinha acabado de sair da faculdade quando o episódio foi ao ar. “Depois que Rumours apareceu em Glee, juro que a popularidade do Fleetwood Mac explodiu”, diz ela. “Eu tinha me apaixonado pela banda na faculdade porque tinha Tusk e Fleetwood Mac em vinil. Eles eram meu segredinho. Aí, de repente, um monte de gente na minha vida que não era tão ligada em música estava falando maravilhas de Rumours e indo ver Stevie Nicks ao vivo. Foi insano.”
A revista Slate escreveu depois sobre o episódio que “em vez de tornar as músicas relevantes para uma nova geração, colocá-las no contexto de uma escola de ensino médio moderna apenas as fez parecer mais artefatos históricos: sucessos, com certeza, mas a apenas a um passo de músicas de teatro musical.”
Essa é uma opinião justa — na verdade, poderia se aplicar a praticamente qualquer música de rock que Glee adaptou — mas o episódio foi transformador para muitos dos jovens da geração Z com quem conversei. “Foi realmente Glee que começou tudo”, diz Charlotte Primrose (nascida em 2007). “Lembro de ouvir ‘Songbird‘ e achar a mensagem e a letra tão lindas. Eu estava aprendendo piano e pensei: ‘Nossa, adoraria aprender essa música no piano.’ Era difícil demais para mim, eu era bem iniciante, mas aquela foi a primeira peça do dominó. E depois fiquei obcecada, entrei na história do Fleetwood Mac, e isso tornou todas as músicas muito mais interessantes.”
Glee foi a porta de entrada da executiva de cinema e televisão Louisa Carey (nascida em 1999) para o mundo de Rumours; ela tinha acabado de fazer doze anos quando o episódio foi ao ar. “Meus pais ficaram empolgadíssimos e logo me botaram para ouvir o álbum de verdade”, afirma. “O que é tão especial sobre Rumours é a história e os relacionamentos, então poder ver isso em uma série que eu assistia e adorava, e relacionamentos nos quais eu estava investida porque estava muito envolvida com aqueles personagens, isso faz você ouvir aquelas músicas de uma forma bem específica imediatamente.”
Viv Tullis se lembra de certas apresentações no programa que deixaram uma grande marca. “A versão de Glee de ‘Go Your Own Way‘ me fisgou”, diz ela. “Tem tantas vozes, a harmonia naquele refrão é totalmente insana. Glee meio que deixou ela mais pop, mas isso só a tornou mais acessível para mim naquela idade.”
Ela também mencionou “I Don’t Want to Know” do episódio. “Lembro que era um dueto do Finn e da Quinn, e eles estavam brigados — acho que porque, sei lá, ela teve um bebê e era filho dele? Algum drama bobo de Glee, não sei o que estava rolando. Mas eles estavam brigando e fizeram um dueto ótimo.”
A Revelação de “Never Going Back Again”
Mas tem uma música, e uma apresentação de Glee em particular, que várias pessoas mencionaram como especialmente memorável. Artie Abrams (interpretado por Kevin McHale) é um integrante paraplégico do coral que usa cadeira de rodas devido a uma lesão na coluna que sofreu em um acidente de carro aos oito anos. Ele estava namorando Brittany (e, na verdade, tinha perdido a virgindade com ela), mas nesse episódio ele fica chateado porque ela está o traindo e não assume, e ele a chama de burra. Brittany sai chorando, dizendo que Artie era a única pessoa que nunca tinha chamado ela disso, e ele responde cantando “Never Going Back Again“.
É o momento mais estilizado do episódio. McHale começa a música acompanhado por um guitarrista, mas conforme ele vai empurrando sua cadeira de rodas pelos corredores da William McKinley, passando pelo refeitório, ele vai juntando cada vez mais músicos até acabar no palco do auditório cercado por um batalhão de violonistas preenchendo a tela.
“Devia estar no roteiro que começava no refeitório e depois ia para o palco”, diz o diretor Hunter, “mas as tomadas de acompanhamento atrás do balcão de comida e tentar manter tudo num movimento contínuo, e depois trazer os violões um após o outro para acompanhar o movimento, isso foi ideia minha. Coreografar o garoto na cadeira de rodas se movendo pelo palco, enquanto os violões o acompanham, acho que a maioria disso foi planejada entre mim e ele, e ele amou. Ele amou dançar na cadeira de rodas.”
“É uma das minhas cenas favoritas do seriado”, diz Tess Rechtweg. “É linda demais, um momento formativo da minha infância. Todos os personagens entram tocando num arranjo que tem umas cinquenta guitarras. Esse arranjo me fez me apaixonar pela música e depois voltar e ouvi-la — a versão de Glee não é tão boa quanto a original, mas esse é o momento em que me conectei com o Fleetwood Mac.“
Seja resultado direto de Glee ou não, a maior surpresa que surgiu ao conversar com admiradores de Rumours do século vinte e um foi a popularidade de “Never Going Back Again“. Entre as respostas que ouvi: “disparado minha música favorita”; “a que mais se destaca para mim no álbum”; “definitivamente uma favorita — eu era obcecada”; “muito a azarona ou a zebra desse álbum.” É a quinta faixa mais tocada do álbum; com certeza se beneficia de estar perto do começo, mas ainda assim tem mais que o dobro de reproduções da faixa de abertura “Second Hand News“.
É meio impressionante para uma música que não se parece com mais nada de Rumours. Uma das últimas músicas escritas para o álbum, tinha o título provisório “Brushes” porque foi originalmente gravada com Mick Fleetwood tocando caixa com escovas por trás do violão de Lindsey Buckingham. (Curiosidade: nos setlists escritos a mão para a turnê Tusk, a canção aparecia como “Brushes“, então aparentemente esse título continuou familiar para a banda.) A parte da bateria foi tirada da versão final, o que significa que a música é uma apresentação totalmente solo da voz de Buckingham e sua parte de violão detalhada, dedilhada de forma quase clássica.
“É uma música ingênua”, disse Buckingham em 2003. “Aquela letra era uma visão miniatura das coisas. Eu tinha terminado com Stevie e talvez conhecido alguém… É claro, ela parece ganhar mais doçura e um sentimento mais profundo quando é colocada no álbum com todas as outras músicas.”
Nicks poderia discordar dele sobre qualquer característica de doçura. “Essa é uma música sobre o fato de termos terminado, e acabou para sempre, e naquele momento ele está feliz”, disse ela no mesmo artigo. “Mas no final da música, Lindsey amolece um pouco, e está olhando pelos olhos de alguém que está pensando que talvez em algum lugar no futuro a gente esteja junto de novo.”
Em 2023, a Rolling Stone fez uma edição especial “Musicians on Musicians”, juntando artistas mais velhos e mais novos em conversas. O cantor de R&B Omar Apollo, indicado ao Grammy de 2023 na categoria Melhor Artista Novo, conversou com Lindsey Buckingham — especificamente, disse ele, por uma música. Ele afirmou estar “obcecado” com “Never Going Back Again” e disse que “literalmente mudou como eu queria olhar para a música e fazer música… Você disse tanto falando tão pouco. E acho que é exatamente isso que quero fazer.”
Apollo explicou que estava a fim de um cara que adorava a música e decidiu aprender a tocar, mas a parte do violão era difícil demais. Quando perguntou sobre escrever a canção, Buckingham respondeu que “ajudou que eu estava numa banda com alguém que tinha terminado comigo.
“Acho que [Stevie] foi atraída por uma nova versão dela mesma que ela não conseguia ver antes de entrar para o Fleetwood Mac“, continuou Buckingham. “Ela viu uma chance de sair um pouco mais para a luz. Acho que isso colaborou para nosso término. O que estou dizendo é que ter alguém com quem você nunca teve o luxo de ter um encerramento dificultou ser emocionalmente saudável. Mas também pode ter tornado muito mais fácil escrever uma música como ‘Never Going Back Again‘, porque estava o mais longe possível de ser acadêmica. Era completamente visceral.”
Apollo concluiu dizendo “aquela música me acordou”, e Buckingham disse: “É para isso que serve, cara. Para passar adiante para outra pessoa pegar o significado e criar seu próprio significado.”
A colocação de “Never Going Back Again” na ordem do álbum é meio estranha; vindo logo depois de “Second Hand News“, deixa o começo de Rumours bem puxado para o acústico e folk. Ter essas duas músicas cercando “Dreams” parece Buckingham demarcando seu lado da história antes de a gente mergulhar muito fundo. Se a teoria de Questlove está certa de que um álbum realmente começa com sua terceira música, essa é uma escolha curiosa para a base de Rumours.
Ou talvez não, dada a intensidade das reações dos fãs à música. E nesse ponto, talvez o fato de ser menos conhecida que os sucessos a faça parecer uma descoberta, algo que você pode chamar de seu.
“Com meu primeiro namorado, a razão de termos começado a conversar foi porque ‘Never Going Back Again‘ estava tocando”, diz a escritora Ali Resich (nascida em 1989; a gente se conheceu quando ela sentou atrás de mim num show de Stevie Nicks no Madison Square Garden), “e eu falei: ‘Ah, adoro Rumours‘, e ele: ‘Ah, você gosta de Fleetwood Mac?’ Serviu como uma música de amor na minha história pessoal, mas depois voltou para me ajudar a superar o término daquele mesmo amor.”
“‘Never Going Back Again‘ é simplesmente inacreditável”, diz Lance Rothchild. “É tão limpa e precisa a um nível molecular, e isso vale para a composição, a produção, a execução, a voz de Lindsey Buckingham — tudo se encaixa tão perfeitamente naquela música. Ela resume o álbum inteiro, de certa forma. E tem dois minutos, não é nada. Tento escrever minhas próprias músicas, e aquela música é tipo uma aula magistral. Acho que é perfeita.”
“Não é animada, não é super empolgante”, diz Ts Burnham (nascido em 2000), recém-formado pela Faculdade Dean em Massachusetts, “mas é tão simples. É aquela música que você ouve dirigindo pelas folhas de outono, mas também é uma música que você pode ouvir na praia. É uma música que você pode ouvir quando está sofrendo, e ela vai te levantar e confortar.”
A letra (mal chega a cinquenta palavras, incluindo uma repetição do refrão) fica bem aberta para interpretação. “Você não sabe o que é vencer” — isso é provocação de alguém que saiu por cima ou amargura de um perdedor ressentido? Se o refrão é a frase do título, por que o último verso termina com “desça e me veja de novo”? Como Nicks disse acima, isso está deixando a porta aberta para outra reconciliação, mais uma chance de romance, ou expressando uma lição aprendida e um senso de seguir em frente?
“Never Going Back Again” é quase um interlúdio em Rumours, uma pausa tranquila antes do volume aumentar e a perspectiva se expandir. Sua intimidade e sua simplicidade se conectam com uma geração mais jovem muito além das expectativas, fazendo sua centralidade no episódio de Glee parecer visionária.
Tim Hunter nunca mais dirigiu um episódio de Glee, mas ele enumera seus próprios destaques do episódio Rumours: montar a coreografia que criou aquela tensão de flerte entre Lea Michele e Cory Monteith em “Go Your Own Way” (Monteith disse o quanto gostou, o que ficou marcado em Hunter já que o ator morreu de overdose apenas dois anos depois); filmar o dueto de Matthew Morrison e Kristin Chenoweth em “Dreams” (“eles eram estrelas da Broadway, e eram simplesmente incríveis”); Naya Rivera cantando “Songbird” para Heather Morris (“se você é uma jovem lésbica e vê aquilo, foi bem ousado para dez anos atrás, e romântico”).
Se Hunter e Glee tiveram participação em expandir o alcance de Rumours, ele acredita que estava representando um núcleo emocional no coração da melhor música popular. “Eu tinha uma namorada da faculdade que queria terminar comigo, e ela fez isso tocando a música ‘Different Drum‘ de Linda Ronstadt — ela ia viver ao som de um tambor diferente”, diz ele. “Entendi a mensagem. Talvez isso tenha algo a ver com o motivo das pessoas gostarem de Rumours. É corajoso, por um lado, e isso é romântico. Por outro, é realista de várias formas. Aposto que as pessoas se identificam pela beleza e da honestidade das músicas e da variedade de emoções.
“E isso, é claro, nos ajudou com o programa Glee, porque era um álbum que se prestava a ser cantado pelas diferentes crianças com suas diferentes histórias. E se tem crianças cuja primeira experiência do álbum foi aquele episódio, bem, que bom para elas. Tenho orgulho disso.”
Extraído de DON’T STOP por Alan Light. Direitos autorais 2025 © por Alan Light. Reimpresso com permissão da Atria Books, um selo da Simon & Schuster, LLC
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