Todas as músicas do Metallica que Dave Mustaine compôs ou ajudou a criar

A treta entre Dave Mustaine e o Metallica é antiga, mas chegou ao fim há algum tempo. E um novo passo dado pelo Megadeth indica isso.
No álbum final do grupo, batizado apenas de Megadeth (2026), Mustaine e seus colegas regravaram a música “Ride The Lightning”, composta quando ele ainda fazia parte dos gigantes do thrash metal. Entretanto, essa não foi a única contribuição dele ao grupo.
Antes de sua demissão em abril de 1983, Mustaine era um integrante com papel vital no processo de composição. Quatro canções aproveitadas no álbum de estreia do Metallica, Kill ‘Em All (1983), contavam com contribuições do guitarrista, já demitido quando o disco foi gravado:
- “The Four Horsemen”
- “Phantom Lord”
- “Metal Militia”
- “Jump in the Fire”
“Jump in the Fire” teria sido primariamente escrita por Dave, assim como “The Four Horsemen”, originalmente nomeada “The Mechanix” — e lançada pelo Megadeth em 1985 com este título.
Isso sem contar o solo de “Seek & Destroy”, que James Hetfield reconheceu ter sido composto pelo ex-integrante, até hoje sem crédito.
Para o lançamento seguinte, Ride the Lightning (1984), foram menos canções creditadas a Mustaine, mas uma delas foi a faixa-título. Além disso, ele ajudou a compor “The Call of Ktulu”, o instrumental que fecha o álbum.
Curiosamente, Dave usou a sequência de acordes de sua autoria na composição de “The Call of Ktulu” para uma música do Megadeth: “Hangar 18”, do álbum Rust in Peace (1990).
Metallica e Dave Mustaine
O envolvimento oficial de Mustaine com o Metallica termina aí. Porém, há mais controvérsias. O guitarrista afirmou ao longo dos anos que compôs riffs usados pelo grupo nas canções “Motorbreath”, de Kill ‘Em All (1983), e “Leper Messiah”, de Master of Puppets (1986).
Entretanto, a banda afirmou que existem mudanças consideráveis entre as ideias iniciais de Mustaine e o resultado final dessas faixas. Logo, se viram no direito de não creditá-lo.
Disco final do Megadeth
Em entrevista à Rolling Stone EUA, Dave Mustaine explicou por que decidiu regravar “Ride The Lightning” dentre todas as suas contribuições ao Metallica. E a resposta foi mais diplomática que qualquer um esperava.
“Queria fazer algo para fechar o ciclo da minha carreira agora, já que tudo começou com o Panic [banda de Mustaine antes do Metallica] e várias das músicas que acabaram no repertório do Metallica. Eu queria fazer algo que eu sentisse que seria uma boa música.”
Megadeth, o álbum, sai dia 23 de janeiro de 2026. O primeiro single do álbum, “Tipping Point”, já está disponível.
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Milton Nascimento ainda não sabe da morte de Lô Borges; veja quando ele será informado

A notícia da morte de Lô Borges, ocorrida no último domingo, 2, e divulgada ao mundo na segunda-feira, 3, ainda não chegou a Milton Nascimento. O cantor e compositor de 83 anos, que atualmente enfrenta uma série de problemas de saúde, será avisado a respeito da perda somente no próximo sábado, 8.
Augusto Nascimento, filho de Milton, revelou a situação em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele e a família estão seguindo uma orientação médica. O falecimento de Lô será informado no fim de semana justamente por ser o período em que ocorre uma consulta de rotina.
Por sequer saber do que aconteceu, Milton não compareceu ao velório, realizado nesta terça-feira, 4, em Belo Horizonte. Ao jornal, Augusto declarou:
“É uma coisa que vai abalar ele profundamente. O Lô era como o irmão caçula dele. Então eu e o médico escolhemos, pelo momento que estamos passando, contarmos juntos para ele [Milton], porque se tiver alguma intercorrência ele estará assistido e seguro.”

Beto Guedes, outro membro do Clube da Esquina, não compareceu ao velório de Lô nesta terça, 4. De acordo com o filho, Gabriel, o pai de 74 anos sabe da perda e está desolado.
“Fui ontem [segunda-feira, 3] falar com ele, está na oficina cortando madeiras, meio ‘alto’, uma coisa completamente fora do ar. Ele não dá conta, não tem estrutura emocional para poder vir aqui.”
A morte de Lô Borges
Lô Borges, membro fundador do Clube da Esquina, morreu aos 73 anos em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele passou 16 dias internado devido a uma intoxicação medicamentosa acidental e sofreu constantes pioras no quadro até vir a óbito no último domingo, 2.
A equipe de Milton Nascimento chegou a publicar um comunicado em nome do artista lamentando a perda. Pelas redes sociais, o time afirmou:
“Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina. Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos”, escreveu. “Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô.”
A saúde de Milton Nascimento
Milton Nascimento foi diagnosticado recentemente com demência por corpos de Lewy. Meses antes, seu filho, Augusto, revelou que o pai está com Parkinson.

O artista demonstrou os primeiros sintomas da demência por corpos de Lewy neste ano. Foram percebidos lapsos de memória, alterações de apetite, olhar fixo e histórias contadas de forma repetida.
Após uma bateria de exames em abril, um médico que acompanha Milton há uma década pediu novas checagens, visto que se espantou com a piora cognitiva do músico. Em seguida, veio a confirmação da demência por corpos de Lewy.
O problema de saúde representa um tipo de demência que vem junto de alterações de comportamento, cognição e movimento. São combinados sintomas parecidos com o do Alzheimer além de distúrbios motores comumente relacionados ao Parkinson.
+++ LEIA MAIS: A homenagem de Milton Nascimento a Lô Borges, que nos deixou
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Milton Nascimento ainda não sabe da morte de Lô Borges; veja quando ele será informado

A notícia da morte de Lô Borges, ocorrida no último domingo, 2, e divulgada ao mundo na segunda-feira, 3, ainda não chegou a Milton Nascimento. O cantor e compositor de 83 anos, que atualmente enfrenta uma série de problemas de saúde, será avisado a respeito da perda somente no próximo sábado, 8.
Augusto Nascimento, filho de Milton, revelou a situação em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele e a família estão seguindo uma orientação médica. O falecimento de Lô será informado no fim de semana justamente por ser o período em que ocorre uma consulta de rotina.
Por sequer saber do que aconteceu, Milton não compareceu ao velório, realizado nesta terça-feira, 4, em Belo Horizonte. Ao jornal, Augusto declarou:
“É uma coisa que vai abalar ele profundamente. O Lô era como o irmão caçula dele. Então eu e o médico escolhemos, pelo momento que estamos passando, contarmos juntos para ele [Milton], porque se tiver alguma intercorrência ele estará assistido e seguro.”

Beto Guedes, outro membro do Clube da Esquina, não compareceu ao velório de Lô nesta terça, 4. De acordo com o filho, Gabriel, o pai de 74 anos sabe da perda e está desolado.
“Fui ontem [segunda-feira, 3] falar com ele, está na oficina cortando madeiras, meio ‘alto’, uma coisa completamente fora do ar. Ele não dá conta, não tem estrutura emocional para poder vir aqui.”
A morte de Lô Borges
Lô Borges, membro fundador do Clube da Esquina, morreu aos 73 anos em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele passou 16 dias internado devido a uma intoxicação medicamentosa acidental e sofreu constantes pioras no quadro até vir a óbito no último domingo, 2.
A equipe de Milton Nascimento chegou a publicar um comunicado em nome do artista lamentando a perda. Pelas redes sociais, o time afirmou:
“Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina. Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos”, escreveu. “Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô.”
A saúde de Milton Nascimento
Milton Nascimento foi diagnosticado recentemente com demência por corpos de Lewy. Meses antes, seu filho, Augusto, revelou que o pai está com Parkinson.

O artista demonstrou os primeiros sintomas da demência por corpos de Lewy neste ano. Foram percebidos lapsos de memória, alterações de apetite, olhar fixo e histórias contadas de forma repetida.
Após uma bateria de exames em abril, um médico que acompanha Milton há uma década pediu novas checagens, visto que se espantou com a piora cognitiva do músico. Em seguida, veio a confirmação da demência por corpos de Lewy.
O problema de saúde representa um tipo de demência que vem junto de alterações de comportamento, cognição e movimento. São combinados sintomas parecidos com o do Alzheimer além de distúrbios motores comumente relacionados ao Parkinson.
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Milton Nascimento ainda não sabe da morte de Lô Borges; veja quando ele será informado

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Augusto Nascimento, filho de Milton, revelou a situação em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele e a família estão seguindo uma orientação médica. O falecimento de Lô será informado no fim de semana justamente por ser o período em que ocorre uma consulta de rotina.
Por sequer saber do que aconteceu, Milton não compareceu ao velório, realizado nesta terça-feira, 4, em Belo Horizonte. Ao jornal, Augusto declarou:
“É uma coisa que vai abalar ele profundamente. O Lô era como o irmão caçula dele. Então eu e o médico escolhemos, pelo momento que estamos passando, contarmos juntos para ele [Milton], porque se tiver alguma intercorrência ele estará assistido e seguro.”

Beto Guedes, outro membro do Clube da Esquina, não compareceu ao velório de Lô nesta terça, 4. De acordo com o filho, Gabriel, o pai de 74 anos sabe da perda e está desolado.
“Fui ontem [segunda-feira, 3] falar com ele, está na oficina cortando madeiras, meio ‘alto’, uma coisa completamente fora do ar. Ele não dá conta, não tem estrutura emocional para poder vir aqui.”
A morte de Lô Borges
Lô Borges, membro fundador do Clube da Esquina, morreu aos 73 anos em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele passou 16 dias internado devido a uma intoxicação medicamentosa acidental e sofreu constantes pioras no quadro até vir a óbito no último domingo, 2.
A equipe de Milton Nascimento chegou a publicar um comunicado em nome do artista lamentando a perda. Pelas redes sociais, o time afirmou:
“Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina. Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos”, escreveu. “Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô.”
A saúde de Milton Nascimento
Milton Nascimento foi diagnosticado recentemente com demência por corpos de Lewy. Meses antes, seu filho, Augusto, revelou que o pai está com Parkinson.

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Após uma bateria de exames em abril, um médico que acompanha Milton há uma década pediu novas checagens, visto que se espantou com a piora cognitiva do músico. Em seguida, veio a confirmação da demência por corpos de Lewy.
O problema de saúde representa um tipo de demência que vem junto de alterações de comportamento, cognição e movimento. São combinados sintomas parecidos com o do Alzheimer além de distúrbios motores comumente relacionados ao Parkinson.
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Como o ‘Rumours’, do Fleetwood Mac, ganhou uma ‘ajuda’ inesperada de ‘Glee’

O álbum Rumours do Fleetwood Mac foi um tremendo sucesso quando chegou às lojas de discos em 4 de fevereiro de 1977, e, de várias formas, continua sendo até hoje. Barry Manilow Live, Simple Dreams, de Linda Ronstadt, e a trilha sonora de Nasce Uma Estrela com Barbra Streisand e Kris Kristofferson também foram discos que chegaram ao primeiro lugar naquele mesmo ano, mas enquanto eles praticamente sumiram da nossa memória coletiva, Rumours é maior do que nunca.
É o disco dos anos 1970 mais tocado em serviços de streaming de música, uma presença perpétua nas paradas da Billboard 200, e as fábricas de vinil continuam fabricando novas cópias para dar conta da demanda sem fim. Enquanto isso, as rádios de rock clássico tocam músicas de Rumours como “The Chain“, “Go Your Own Way“, “Dreams“, “Don’t Stop” e “You Make Loving Fun” num ciclo aparentemente eterno.
Jovens no mundo inteiro continuam descobrindo as histórias de amor fadadas ao fracasso que estão no centro de Rumours, e é um dos poucos álbuns que eles conseguem aproveitar com seus pais e muitas vezes até com seus avós.
Para celebrar o aniversário iminente de 50 anos de Rumours, o escritor Alan Light mergulhou fundo nessa história e conversou com jovens artistas e admiradores para seu livro Don´t Stop: Why We (Still) Love Fleetwood Mac’s Rumours ( Não Pare: Por Que (Ainda) Amamos Rumours do Fleetwood Mac, em tradução livre). O livro chega às livrarias americanas em 4 de novembro. Um dos capítulos investiga a fundo o seriado Glee, que trouxe novos admiradores para Rumours quando exibiu um episódio construído em volta das músicas do álbum em 2011.
A série
“Tenho uma relação muito complicada com Glee”, conta a estudante de teatro da Universidade de Nova York, Tess Rechtweg. “Eu meio que odeio o seriado, mas foi uma parte enorme da minha infância. Comecei a assistir jovem até demais, e não entendia nada direito. Só pensava: ‘Ah, músicas legais. Acontece muita coisa. Todo mundo engravida por algum motivo.’ Conforme fui crescendo, comecei a prestar atenção e a série me apresentou músicas que eu não conhecia antes.” Leia o trecho exclusivo abaixo:
Quando Glee estreou na Fox em 2009, com certeza não era um programa para todo mundo. Nenhuma das suas seis temporadas ficou entre as Top Trinta de maior audiência. Mesmo assim, tinha um dos maiores lucros com comerciais de qualquer série de televisão, porque era diferente de tudo que passava na TV, e o público que assistia — principalmente crianças e adolescentes — era extremamente fiel, abraçando o apelido de “Gleeks”.
“Odeio admitir isso”, diz a estudante de Oberlin Viv Tullis, “mas muitas das músicas boas que ouço, comecei a ouvir porque escutava a versão do Glee.”
Glee foi criado por Ryan Murphy (a mente por trás de American Horror Story, American Crime Story, Nip/Tuck e muitas outras séries — a revista The New Yorker uma vez o chamou de “o homem mais poderoso da televisão moderna”) com seus parceiros Brad Falchuk e Ian Brennan; Brennan tinha imaginado inicialmente Glee como filme.
A série, que foi ao ar até 2015, girava em torno do New Directions, o coral da fictícia Escola Secundária William McKinley em Lima, Ohio. O grupo compete como coral enquanto seus integrantes lidam com questões pesadas como sexualidade, raça, gravidez na adolescência e relacionamentos.
No centro de cada episódio de Glee estavam várias apresentações musicais, que a indústria da música rapidamente percebeu que podiam dar um tremendo impulso promocional para material antigo. O formato de competição e o foco temático de cada episódio significavam que os primeiros programas eram geralmente organizados em torno de categorias musicais (baladas, duetos, canções de amor) ou ocasionalmente em torno do repertório de artistas específicos (Lady Gaga, Britney Spears).
O Episódio Rumours
Em 3 de maio de 2011, perto do final da segunda temporada, pela primeira vez Glee montou um episódio inteiro em torno de um único álbum. Glee tinha usado “Landslide” (canção de 1975) em um episódio anterior; Stevie Nicks foi ao estúdio para ver a gravação sendo filmada e acabou ficando lá por seis horas. Essa amizade ajudou provavelmente o programa a conseguir os direitos das músicas de Rumours para um episódio intitulado simplesmente “Rumours“, que trouxe seis canções do disco, em uma linha narrativa sobre os perigos da fofoca.
Quando o diretor do coral Will Schuester (Matthew Morrison) conta para April Rhodes (Kristin Chenoweth), uma ex-integrante do grupo que voltou para Lima depois que sua montagem totalmente branca de The Wiz fracassou na Broadway, sobre o drama crescente dentro do grupo, ela responde: “Parece que seu coral pegou um pouco do Mac — Fleetwood Mac. Eles brigavam direto. Tinha casos amorosos, divórcios, fofocas e sussurros, todo o tipo de coisa que faz bandas boas se separarem. Eles usaram todo aquele drama para o bem e escreveram músicas incríveis.”
Inspirado, Will apresenta o álbum ao coral como “um dos maiores álbuns de todos os tempos, escrito enquanto a banda estava se separando para se manter unida.”
Tim Hunter tinha dirigido o aclamado filme Juventude Assasina de 1986 e dezenas de episódios para séries de televisão, incluindo Mad Men, Twin Peaks, Breaking Bad e Lei e Ordem, quando recebeu o convite para dirigir “Rumours“. Ele não sabia quando foi contratado que seria um episódio temático do Fleetwood Mac, conta ele, “mas é claro que fiquei feliz porque a música é maravilhosa.”
Hunter compara seu estilo visual com a abordagem mais apressada que Glee tinha estabelecido anteriormente. “Tenho uma formação um pouco mais clássica do que talvez a maioria dos diretores daquele programa”, afirma, “o que pode ser só uma maneira de dizer que eu era mais velho. Um dos meus amigos me disse que os números musicais lembraram ele dos números musicais naquele filme de gangster da Cyd Charisse e Nicolas Ray, Party Girl (1958), e isso me fez pensar, bem, seja lá o que eu esteja fazendo, não é o que todo mundo está fazendo. As crianças cantaram aquelas músicas maravilhosamente bem; foi emocionante.” (Ele também destaca as cenas de comédia com Brittany, interpretada por Heather Morris, apresentando seu programa na internet Fondue para Dois e entrevistando seu gato, Senhor Tubbington — “aquele gato era demais.”)
“As músicas de Rumours são muito envolventes”, Hunter continua, “e acho que o que tentei capturar foi essa natureza sedutora delas. Há uma paquera naquelas músicas; você tem isso em ‘Dreams‘, onde Matthew Morrison e Kristin Chenoweth ficam meio que se circulando e flertando, e você tem no número ‘Go Your Own Way‘, e depois você tem aquela ‘Don’t Stop‘ inspiradora no final que te manda embora querendo sair e viver a vida.”
Mais importante ainda, Glee despertou um novo interesse no álbum original Rumours, que voltou para a parada Billboard 200 no número onze, teve um aumento nas vendas de quase 2.000 por cento em relação à semana anterior (na mesma semana, o álbum solo de Nicks, In Your Dreams, estreou no número seis). Na Austrália, cinco dias depois do episódio ir ao ar, Rumours apareceu no terceiro lugar da parada de álbuns do país.
A escritora Abigail Covington (nascida em 1988) tinha acabado de sair da faculdade quando o episódio foi ao ar. “Depois que Rumours apareceu em Glee, juro que a popularidade do Fleetwood Mac explodiu”, diz ela. “Eu tinha me apaixonado pela banda na faculdade porque tinha Tusk e Fleetwood Mac em vinil. Eles eram meu segredinho. Aí, de repente, um monte de gente na minha vida que não era tão ligada em música estava falando maravilhas de Rumours e indo ver Stevie Nicks ao vivo. Foi insano.”
A revista Slate escreveu depois sobre o episódio que “em vez de tornar as músicas relevantes para uma nova geração, colocá-las no contexto de uma escola de ensino médio moderna apenas as fez parecer mais artefatos históricos: sucessos, com certeza, mas a apenas a um passo de músicas de teatro musical.”
Essa é uma opinião justa — na verdade, poderia se aplicar a praticamente qualquer música de rock que Glee adaptou — mas o episódio foi transformador para muitos dos jovens da geração Z com quem conversei. “Foi realmente Glee que começou tudo”, diz Charlotte Primrose (nascida em 2007). “Lembro de ouvir ‘Songbird‘ e achar a mensagem e a letra tão lindas. Eu estava aprendendo piano e pensei: ‘Nossa, adoraria aprender essa música no piano.’ Era difícil demais para mim, eu era bem iniciante, mas aquela foi a primeira peça do dominó. E depois fiquei obcecada, entrei na história do Fleetwood Mac, e isso tornou todas as músicas muito mais interessantes.”
Glee foi a porta de entrada da executiva de cinema e televisão Louisa Carey (nascida em 1999) para o mundo de Rumours; ela tinha acabado de fazer doze anos quando o episódio foi ao ar. “Meus pais ficaram empolgadíssimos e logo me botaram para ouvir o álbum de verdade”, afirma. “O que é tão especial sobre Rumours é a história e os relacionamentos, então poder ver isso em uma série que eu assistia e adorava, e relacionamentos nos quais eu estava investida porque estava muito envolvida com aqueles personagens, isso faz você ouvir aquelas músicas de uma forma bem específica imediatamente.”
Viv Tullis se lembra de certas apresentações no programa que deixaram uma grande marca. “A versão de Glee de ‘Go Your Own Way‘ me fisgou”, diz ela. “Tem tantas vozes, a harmonia naquele refrão é totalmente insana. Glee meio que deixou ela mais pop, mas isso só a tornou mais acessível para mim naquela idade.”
Ela também mencionou “I Don’t Want to Know” do episódio. “Lembro que era um dueto do Finn e da Quinn, e eles estavam brigados — acho que porque, sei lá, ela teve um bebê e era filho dele? Algum drama bobo de Glee, não sei o que estava rolando. Mas eles estavam brigando e fizeram um dueto ótimo.”
A Revelação de “Never Going Back Again”
Mas tem uma música, e uma apresentação de Glee em particular, que várias pessoas mencionaram como especialmente memorável. Artie Abrams (interpretado por Kevin McHale) é um integrante paraplégico do coral que usa cadeira de rodas devido a uma lesão na coluna que sofreu em um acidente de carro aos oito anos. Ele estava namorando Brittany (e, na verdade, tinha perdido a virgindade com ela), mas nesse episódio ele fica chateado porque ela está o traindo e não assume, e ele a chama de burra. Brittany sai chorando, dizendo que Artie era a única pessoa que nunca tinha chamado ela disso, e ele responde cantando “Never Going Back Again“.
É o momento mais estilizado do episódio. McHale começa a música acompanhado por um guitarrista, mas conforme ele vai empurrando sua cadeira de rodas pelos corredores da William McKinley, passando pelo refeitório, ele vai juntando cada vez mais músicos até acabar no palco do auditório cercado por um batalhão de violonistas preenchendo a tela.
“Devia estar no roteiro que começava no refeitório e depois ia para o palco”, diz o diretor Hunter, “mas as tomadas de acompanhamento atrás do balcão de comida e tentar manter tudo num movimento contínuo, e depois trazer os violões um após o outro para acompanhar o movimento, isso foi ideia minha. Coreografar o garoto na cadeira de rodas se movendo pelo palco, enquanto os violões o acompanham, acho que a maioria disso foi planejada entre mim e ele, e ele amou. Ele amou dançar na cadeira de rodas.”
“É uma das minhas cenas favoritas do seriado”, diz Tess Rechtweg. “É linda demais, um momento formativo da minha infância. Todos os personagens entram tocando num arranjo que tem umas cinquenta guitarras. Esse arranjo me fez me apaixonar pela música e depois voltar e ouvi-la — a versão de Glee não é tão boa quanto a original, mas esse é o momento em que me conectei com o Fleetwood Mac.“
Seja resultado direto de Glee ou não, a maior surpresa que surgiu ao conversar com admiradores de Rumours do século vinte e um foi a popularidade de “Never Going Back Again“. Entre as respostas que ouvi: “disparado minha música favorita”; “a que mais se destaca para mim no álbum”; “definitivamente uma favorita — eu era obcecada”; “muito a azarona ou a zebra desse álbum.” É a quinta faixa mais tocada do álbum; com certeza se beneficia de estar perto do começo, mas ainda assim tem mais que o dobro de reproduções da faixa de abertura “Second Hand News“.
É meio impressionante para uma música que não se parece com mais nada de Rumours. Uma das últimas músicas escritas para o álbum, tinha o título provisório “Brushes” porque foi originalmente gravada com Mick Fleetwood tocando caixa com escovas por trás do violão de Lindsey Buckingham. (Curiosidade: nos setlists escritos a mão para a turnê Tusk, a canção aparecia como “Brushes“, então aparentemente esse título continuou familiar para a banda.) A parte da bateria foi tirada da versão final, o que significa que a música é uma apresentação totalmente solo da voz de Buckingham e sua parte de violão detalhada, dedilhada de forma quase clássica.
“É uma música ingênua”, disse Buckingham em 2003. “Aquela letra era uma visão miniatura das coisas. Eu tinha terminado com Stevie e talvez conhecido alguém… É claro, ela parece ganhar mais doçura e um sentimento mais profundo quando é colocada no álbum com todas as outras músicas.”
Nicks poderia discordar dele sobre qualquer característica de doçura. “Essa é uma música sobre o fato de termos terminado, e acabou para sempre, e naquele momento ele está feliz”, disse ela no mesmo artigo. “Mas no final da música, Lindsey amolece um pouco, e está olhando pelos olhos de alguém que está pensando que talvez em algum lugar no futuro a gente esteja junto de novo.”
Em 2023, a Rolling Stone fez uma edição especial “Musicians on Musicians”, juntando artistas mais velhos e mais novos em conversas. O cantor de R&B Omar Apollo, indicado ao Grammy de 2023 na categoria Melhor Artista Novo, conversou com Lindsey Buckingham — especificamente, disse ele, por uma música. Ele afirmou estar “obcecado” com “Never Going Back Again” e disse que “literalmente mudou como eu queria olhar para a música e fazer música… Você disse tanto falando tão pouco. E acho que é exatamente isso que quero fazer.”
Apollo explicou que estava a fim de um cara que adorava a música e decidiu aprender a tocar, mas a parte do violão era difícil demais. Quando perguntou sobre escrever a canção, Buckingham respondeu que “ajudou que eu estava numa banda com alguém que tinha terminado comigo.
“Acho que [Stevie] foi atraída por uma nova versão dela mesma que ela não conseguia ver antes de entrar para o Fleetwood Mac“, continuou Buckingham. “Ela viu uma chance de sair um pouco mais para a luz. Acho que isso colaborou para nosso término. O que estou dizendo é que ter alguém com quem você nunca teve o luxo de ter um encerramento dificultou ser emocionalmente saudável. Mas também pode ter tornado muito mais fácil escrever uma música como ‘Never Going Back Again‘, porque estava o mais longe possível de ser acadêmica. Era completamente visceral.”
Apollo concluiu dizendo “aquela música me acordou”, e Buckingham disse: “É para isso que serve, cara. Para passar adiante para outra pessoa pegar o significado e criar seu próprio significado.”
A colocação de “Never Going Back Again” na ordem do álbum é meio estranha; vindo logo depois de “Second Hand News“, deixa o começo de Rumours bem puxado para o acústico e folk. Ter essas duas músicas cercando “Dreams” parece Buckingham demarcando seu lado da história antes de a gente mergulhar muito fundo. Se a teoria de Questlove está certa de que um álbum realmente começa com sua terceira música, essa é uma escolha curiosa para a base de Rumours.
Ou talvez não, dada a intensidade das reações dos fãs à música. E nesse ponto, talvez o fato de ser menos conhecida que os sucessos a faça parecer uma descoberta, algo que você pode chamar de seu.
“Com meu primeiro namorado, a razão de termos começado a conversar foi porque ‘Never Going Back Again‘ estava tocando”, diz a escritora Ali Resich (nascida em 1989; a gente se conheceu quando ela sentou atrás de mim num show de Stevie Nicks no Madison Square Garden), “e eu falei: ‘Ah, adoro Rumours‘, e ele: ‘Ah, você gosta de Fleetwood Mac?’ Serviu como uma música de amor na minha história pessoal, mas depois voltou para me ajudar a superar o término daquele mesmo amor.”
“‘Never Going Back Again‘ é simplesmente inacreditável”, diz Lance Rothchild. “É tão limpa e precisa a um nível molecular, e isso vale para a composição, a produção, a execução, a voz de Lindsey Buckingham — tudo se encaixa tão perfeitamente naquela música. Ela resume o álbum inteiro, de certa forma. E tem dois minutos, não é nada. Tento escrever minhas próprias músicas, e aquela música é tipo uma aula magistral. Acho que é perfeita.”
“Não é animada, não é super empolgante”, diz Ts Burnham (nascido em 2000), recém-formado pela Faculdade Dean em Massachusetts, “mas é tão simples. É aquela música que você ouve dirigindo pelas folhas de outono, mas também é uma música que você pode ouvir na praia. É uma música que você pode ouvir quando está sofrendo, e ela vai te levantar e confortar.”
A letra (mal chega a cinquenta palavras, incluindo uma repetição do refrão) fica bem aberta para interpretação. “Você não sabe o que é vencer” — isso é provocação de alguém que saiu por cima ou amargura de um perdedor ressentido? Se o refrão é a frase do título, por que o último verso termina com “desça e me veja de novo”? Como Nicks disse acima, isso está deixando a porta aberta para outra reconciliação, mais uma chance de romance, ou expressando uma lição aprendida e um senso de seguir em frente?
“Never Going Back Again” é quase um interlúdio em Rumours, uma pausa tranquila antes do volume aumentar e a perspectiva se expandir. Sua intimidade e sua simplicidade se conectam com uma geração mais jovem muito além das expectativas, fazendo sua centralidade no episódio de Glee parecer visionária.
Tim Hunter nunca mais dirigiu um episódio de Glee, mas ele enumera seus próprios destaques do episódio Rumours: montar a coreografia que criou aquela tensão de flerte entre Lea Michele e Cory Monteith em “Go Your Own Way” (Monteith disse o quanto gostou, o que ficou marcado em Hunter já que o ator morreu de overdose apenas dois anos depois); filmar o dueto de Matthew Morrison e Kristin Chenoweth em “Dreams” (“eles eram estrelas da Broadway, e eram simplesmente incríveis”); Naya Rivera cantando “Songbird” para Heather Morris (“se você é uma jovem lésbica e vê aquilo, foi bem ousado para dez anos atrás, e romântico”).
Se Hunter e Glee tiveram participação em expandir o alcance de Rumours, ele acredita que estava representando um núcleo emocional no coração da melhor música popular. “Eu tinha uma namorada da faculdade que queria terminar comigo, e ela fez isso tocando a música ‘Different Drum‘ de Linda Ronstadt — ela ia viver ao som de um tambor diferente”, diz ele. “Entendi a mensagem. Talvez isso tenha algo a ver com o motivo das pessoas gostarem de Rumours. É corajoso, por um lado, e isso é romântico. Por outro, é realista de várias formas. Aposto que as pessoas se identificam pela beleza e da honestidade das músicas e da variedade de emoções.
“E isso, é claro, nos ajudou com o programa Glee, porque era um álbum que se prestava a ser cantado pelas diferentes crianças com suas diferentes histórias. E se tem crianças cuja primeira experiência do álbum foi aquele episódio, bem, que bom para elas. Tenho orgulho disso.”
Extraído de DON’T STOP por Alan Light. Direitos autorais 2025 © por Alan Light. Reimpresso com permissão da Atria Books, um selo da Simon & Schuster, LLC
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+++ ENTENDA: Glee vai ganhar um remake? Criador da série responde
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Que horas estreia ‘Frankenstein’, novo filme de Guillermo del Toro, no streaming?

Frankenstein, terror de Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno), que traz Oscar Isaac (Cavaleiro da Lua) no papel de doutor Frankenstein, já este cartaz nos cinemas, mas o filme chegará ao streaming muito antes do que você imagina. Saiba abaixo quando, onde e que horas assistir ao novo filme do diretor:
Qual é a história de Frankenstein?
Descrito por Del Toro como seu projeto dos sonhos, Frankenstein adapta a clássica história de Mary Shelley sobre a criação de um monstro com partes de diversos cadáveres. Leia nossa crítica do filme clicando aqui.
Quem está no elenco?
Além de Oscar Isaac (Cavaleiro da Lua), Mia Goth (Pearl), Charles Dance (Game of Thrones), Lars Mikkelsen (House of Cards), David Bradley (Harry Potter e a Pedra Filosofal) e Christian Convery (Sweet Tooth) e Christoph Waltz (Bastardos Inglórios) também estão no elenco de Frankenstein.
Que horas estreia Frankenstein no streaming?
Após duas semanas em cartaz em cinemas selecionados, Frankenstein chegará ao streaming em 7 de novembro, a partir 5h (horário de Brasília) no catálogo da Netflix. Assista ao trailer da novidade a seguir:
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Planet Hemp coloca seda na Folha de S.Paulo para promover show de despedida

A despedida do Planet Hemp está cada vez mais próxima. A turnê final do grupo termina em dezembro. E para promover uma das últimas datas — no Allianz Parque, em São Paulo, dia 15 de novembro —, eles realizaram um anúncio inusitado.
A banda se aliou à Folha de S.Paulo para uma peça publicitária na edição da última segunda-feira, 3. O jornal chegou às bancas e aos assinantes carregando uma página de anúncio com as seguintes perguntas, referenciando a música “Quem tem seda?”:
“Quem tem _ _ _ _? Quem tem _ _ _ _? Quem tem _ _ _ _? Agora você tem.”
O papel utilizado no anúncio é do mesmo material usado para sedas de fumo. Havia até um pontilhado retangular mostrando o espaço sem tinta para ser recortado.
O anúncio foi concebido pela 30e, produtora que realizou algumas das datas da tour. Em comunicado, a empresa declarou que sua intenção era a de promover os eventos de um jeito que homenageia o legado do Planet Hemp.
“O discurso contestador faz parte do DNA da banda, então tivemos liberdade para propor ideias que ocupassem esse território de forma criativa e coerente. Quando apresentamos o plano, o grupo adorou as sugestões —e a ideia de brincar com o papel de seda encartado na Folha foi uma delas. É uma provocação bem-humorada, simbólica e perfeitamente alinhada à identidade do Planet.”
Restam apenas três shows na turnê de despedida do Planet Hemp, após 30 anos de trajetória. Ingressos estão à venda no site Eventim. Veja abaixo a agenda:
- 08/11 – Classic Hall (Recife)
- 15/11 – Allianz Parque (São Paulo)
- 13/12 – Rio de Janeiro (Fundição Progresso)
Motivos para o fim do Planet Hemp
Em entrevista a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, Marcelo D2 deu uma razão simples para o Planet Hemp encerrar suas atividades. Eles não têm mais idade e fôlego necessários para serem os revolucionários que o Brasil precisa. Ele afirmou:
“Tem um nível de ‘confrontabilidade’ que abaixa com a idade. Não queremos mais tanta guerra. Queremos viver um pouquinho de paz. […] E o Planet precisa de sangue nos olhos. Não quero que a banda amoleça e vire cover de si. Gostaria que a banda estivesse agora no Planalto [Praça dos Três Poderes], tirando aqueles caras acampados [apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro], tocando lá na porta e ‘tacando fogo’ neles. Não tenho mais idade pra isso. Isso é para um moleque de 20 anos — se é que tem alguém de 20 anos que queira fazer isso hoje em dia.”
Rolling Stone Brasil: Avenged Sevenfold na capa
A nova edição da Rolling Stone Brasil traz uma entrevista exclusiva com os 5 integrantes do Avenged Sevenfold, às vésperas de seus maiores shows solo no Brasil. Também há um bate-papo com Planet Hemp, um especial Bruce Springsteen, homenagem a Ozzy Osbourne e muito mais. Compre pelo site da Loja Perfil.

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Morre cachorro do Billy Bruto de ‘The Boys’; perfil oficial lamenta

Os fãs de The Boys receberam uma notícia comovente nesta terça-feira, 4. O perfil oficial da aclamada série do Prime Video anunciou o falecimento de Bentley Alexander, o buldogue que deu vida a Terror, o fiel companheiro de Billy Bruto (Karl Urban).
Em uma postagem emocionada nas redes sociais, a equipe da série lamentou a perda do animal. “Essa doeu pra caralho. Hoje dizemos adeus ao @bentleyalexanderthebulldog, que aqueceu nossos corações toda vez que apareceu na tela. Descanse em paz, parceiro”, declarou o comunicado oficial.
Na trama de The Boys, Terror é mais do que apenas um animal de estimação; ele é o principal ponto fraco e símbolo da humanidade restante em Billy Bruto. O personagem protagonizou momentos icônicos, especialmente por ser treinado para “Ferrar” (no comando original) qualquer objeto ou pessoa sob a ordem de seu dono.
A notícia gerou uma onda imediata de comoção entre os seguidores da série. Fãs inundaram a postagem com mensagens de carinho, lamentando a morte do “ator” canino, que trouxe carisma ao personagem e se tornou um dos favoritos do público, mesmo com poucas aparições.
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Quando estreia o 3º episódio de ‘Robin Hood’, série medieval sobre a clássica lenda inglesa?

Robin Hood, série que reimagina a clássica lenda inglesa, já está disponível no streaming com seus dois primeiros episódios. Criada por Jonathan English e John Glenn, a série traz uma versão sombria e política que combina aventura, drama histórico e crítica social, com locações filmadas na Sérvia e ambientação que retrata o século XI com realismo visual. Mas quando estreia o terceiro episódio?
Do que se trata a história?
A história acompanha Rob (Jack Patten, War Machine), filho de um guardião saxão que se rebela após a execução do pai, tornando-se líder de um grupo de insurgentes contra o domínio normando. Ao seu lado está Marian (Lauren McQueen, The Violators), filha de um lorde que abandona seus privilégios para lutar pelos oprimidos.
Quem está no elenco?
Além de Jack Patten e Lauren McQueen, o elenco conta com Connie Nielsen (Mulher-Maravilha) como a rainha Eleanor de Aquitânia e Marcus Fraser (O Último Cavaleiro) como Little John. Sean Bean, conhecido por Game of Thrones e O Senhor dos Anéis, assume o papel do Xerife de Nottingham.
Onde assistir à série?
A série está disponível no MGM+, serviço que pode ser acessado no Brasil através dos canais do Prime Video (Amazon Channels) e da Apple TV.
Quando estreia o próximo episódio?
Após a estreia, o MGM+ confirmou que os novos episódios de Robin Hood serão lançados semanalmente aos domingos. O terceiro episódio estreia no dia 9 de novembro, às 23h (horário de Brasília). A primeira temporada terá 10 episódios, com o final previsto para 28 de dezembro.
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O pior gênero de filme na opinião de Quentin Tarantino

A partir de Bohemian Rhapsody (2018), cinebiografia do Queen, um gênero específico explodiu nos últimos anos. Parece ter se tornado uma espécie de “queridinho” de Hollywood, sobretudo no âmbito musical.
Em seguida, foram lançados também filmes baseados em outros artistas e bandas, como Elton John, Mötley Crue, Elvis Presley, Bob Dylan e, mais recentemente, Bruce Springsteen, cuja cinebiografia estrelada por Jeremy Allen White (The Bear) estreou no fim de outubro.
No Brasil, Ney Matogrosso ganhou neste ano uma adaptação de sua vida e obra para as telonas: Homem com H, dirigido por Esmir Filho.
Mas enquanto esse fluxo de cinebiografias parece agradar a pessoas do mundo inteiro — principalmente as apaixonadas por música —, um grande diretor do cinema contemporâneo não se empolga tanto.
Trata-se de Quentin Tarantino, cineasta aclamado por clássicos como Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction (1994) e Bastardos Inglórios (2009), entre outros.
Em declaração anterior ao boom do gênero e destacada recentemente pelo site Far Out Magazine, ele argumenta:
“Acho que é o meu gênero menos favorito. Quase ninguém tem uma história interessante do começo ao fim. Para mim, esses filmes são vitrines para atores, mas não para contadores de histórias ou diretores.”
Outras cinebiografias recentes
Além de cinebiografias musicais, nos últimos anos também houve o sucesso de Oppenheimer (2023), baseada na vida do físico americano J. Robert Oppenheimer, e O Brutalista (2024), que narra a trajetória do arquiteto judeu László Tóth, sobrevivente do Holocausto.
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