O rapper norte-americano Travis Scott surpreendeu os fãs ao publicar em seus stories do Instagram um forte elogio ao recém-lançado álbum Deadbeat, do Tame Impala. Na publicação feita no último sábado, 18, ele declarou:
“Este é o melhor álbum lançado nos últimos dois anos. Kev, você ficou maluco. Tipo, muito maluco. Tipo, mano. Vou te ligar em breve porque preciso entender uma coisa, mano. TODO MUNDO, OUÇA, COMPRE, TOQUE E VIVA ISSO.”
A mensagem aparece sobre a imagem de capa do disco, destacando o impacto que o projeto causou entre artistas e fãs. Travis e Kevin Parker já trabalharam juntos anteriormente — o frontman do Tame Impala participou da produção de faixas do álbum Astroworld (2018), de Travis, consolidando uma parceria artística marcada pela fusão de psicodelia, rap e eletrônica.
Deadbeat, lançado na última sexta, 17, marca o retorno do Tame Impala após cinco anos desde The Slow Rush (2020). O disco apresenta 12 faixas que misturam psicodelia eletrônica e referências ao bush doof australiano. A crítica e o público têm recebido o álbum com entusiasmo, destacando faixas como “My Old Days”, “Dracula” e “Afterthought” como os grandes destaques.
Sobre Deadbeat
Em resumo, depois de explorar o macro em seus últimos álbuns, Parker decide focar no micro. Como ele mesmo explica em entrevista exclusiva à Rolling Stone: “Há beleza no dia a dia. Sabe, o dia a dia é onde nossa vida está. É onde nossa vida está agora mesmo”. Essa mudança de perspectiva é o coração pulsante de Deadbeat.
As inspirações vieram, em primeiro lugar, da cultura bush doof e da cena rave da Austrália Ocidental — festas no meio do nada, envoltas de mata, longe das cidades, onde a música eletrônica encontra a vastidão do interior australiano. Para ele, “a liberdade e a forma como eles fazem me chamam atenção. É totalmente off the grid. É longe da cidade. Longe do mundo real. É só uma forma de se desconectar da realidade”.
Se antes a ida para a eletrônica era só um experimento, agora ela se concretizou em Deadbeat — e logo na concepção do disco. “Era algo que eu amo fazer, sabe? Eu sempre amei música eletrônica, sempre amei dance music. Mas eu simplesmente não tinha confiança para seguir isso. E dessa vez eu pensei: ‘Por que não?’”.
Por fim, liricamente, Deadbeat apresenta Parker canalizando uma “deprê sem fim” — um cara autodepreciativo preso em um loop de feedback negativo quando deveria ter sua vida organizada há muito tempo.
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