A data prevista de libertação de Sean Combs, mais conhecido como o rapper e produtor Diddy, da prisão foi calculada, oferecendo a primeira previsão oficial de quando o magnata da música — condenado por duas acusações de transporte com intenção de prostituição — poderá ser solto, caso não receba um perdão do presidente Donald Trump. As informações são da Rolling Stone.
De acordo com registros online, o Departamento Federal de Prisões informou que Combs deve cumprir sua sentença de 50 meses de prisão até 8 de maio de 2028. O cálculo se baseia no fato de que Combs foi preso pela primeira vez em setembro de 2024.
Um juiz federal impôs a sentença depois que um júri condenou Combs por transportar suas ex-namoradas e acompanhantes masculinos entre estados para fins sexuais comerciais. O júri o absolveu das acusações mais graves de conspiração de extorsão e tráfico sexual.
Em uma carta enviada ao tribunal em 6 de outubro, a advogada de Combs, Teny Geragos, pediu ao juiz distrital Arun Subramanian que recomendasse que o magnata fosse designado para o FCI Fort Dix, uma prisão de baixa segurança no centro de Nova Jersey. Geragos afirmou que o local permitiria a Combs “lidar com questões de abuso de drogas” e “maximizar visitas familiares e esforços de reabilitação”. O juiz posteriormente afirmou que não recomendaria um local específico. Combs segue detido em um centro federal de detenção no Brooklyn, aguardando sua designação oficial.
Combs, de 55 anos, entrou recentemente com um recurso contra sua condenação e sentença, o que explica seu pedido para cumprir pena em Nova Jersey. A prisão fica a apenas 130 quilômetros ao sul de Manhattan, o que o manteria próximo de sua equipe jurídica em Nova York. Outros presos de alto perfil que já cumpriram pena em Fort Dix incluem o fraudador condenado Martin Shkreli, conhecido como “Pharma Bro”, e o astro de Real Housewives of New Jersey, Joe Giudice.
Combs foi sentenciado a quatro anos e dois meses de prisão em 3 de outubro. Suas duas condenações sob o Mann Act poderiam ter resultado em uma pena máxima combinada de 20 anos de prisão. O fundador da Bad Boy Records já cumpriu mais de um ano de detenção desde sua prisão em Nova York, em setembro de 2024.
Na condenação, os promotores pediram mais de 11 anos de prisão, enquanto os oficiais de liberdade condicional federais recomendaram uma pena entre seis e sete anos. Já a defesa de Combs pediu no máximo 14 meses, o que equivaleria ao tempo já cumprido.
“Uma pena significativa deve ser imposta para enviar uma mensagem a agressores e vítimas de que a exploração e a violência contra mulheres terão consequências reais”, disse o juiz Subramanian ao anunciar a sentença. “As vítimas que têm coragem de denunciar seus agressores e reviver o trauma excruciante de seus abusos ao testemunhar em tribunal devem ver que seus esforços resultam em responsabilização concreta.”
Como a Rolling Stone já havia noticiado, a equipe de Combs também pediu que Trump considerasse um perdão presidencial. O grupo fez o pedido ciente de que o ex-presidente concedeu clemência a vários nomes da indústria musical nos últimos dias de seu primeiro mandato. Em sua rodada de perdões de última hora, em janeiro de 2021, Trump concedeu perdões ou comutações de pena a Lil Wayne, Kodak Black e Michael “Harry-O” Harris, amigo próximo de Snoop Dogg e cofundador da Death Row Records.
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