
Com o lançamento de Predador: Terras Selvagens, nova entrada da franquia Predador, nos cinemas brasileiros, a saga de ficção científica mostra que segue relevante após mais de três décadas de caçadas sangrentas. Desde seu início em 1987, com o lançamento de O Predador, filme estrelado por Arnold Schwarzenegger, a franquia se tornou um sucesso entre os fãs, mesmo entre tentativas fracassadas de renovação e crossovers que não foram bem recebidos pelo público e pela crítica. Com 9 filmes no total, a Rolling Stone Brasil resolveu classificar todos eles em ordem de preferência, do pior ao melhor. Confira a seguir:
9. Alien vs. Predador 2: Requiem (2007)
Considerado o ponto mais baixo da franquia, Alien vs. Predador 2 tentou intensificar a ação e o terror, mas acabou mergulhando em pura escuridão — literalmente. A fotografia é tão sombria que mal se enxerga o que acontece em cena, e o roteiro transforma o embate lendário entre os xenomorfos e os predadores em um caos sem ritmo nem propósito. Sem carisma, sem suspense e sem identidade, o filme desperdiça completamente o potencial de um dos crossovers mais promissores da ficção científica.
8. Alien vs. Predador (2004)
A ideia era ótima: unir duas das maiores criaturas do cinema em um filme só. No entanto, o resultado foi decepcionante. Alien vs. Predador acerta no conceito — uma pirâmide ancestral usada como arena de caça pelos Yautja —, mas falha na execução. A ação é confusa, o terror é diluído pela censura leve, e os personagens humanos são meros coadjuvantes descartáveis. Ainda assim, há certo charme na mitologia que o filme tenta construir, e algumas batalhas entre as espécies entregam o tipo de entretenimento visual que os fãs esperavam, ainda que sem profundidade. Ganhou a sequência já citada na lista, mas virou uma fita que nem mesmo os grandes fãs da franquia cultuam.
7. Predador 2: A Caçada Continua (1990)
Mais um filme com ótima ideia, mas execução decepcionante: trocar a selva de O Predador pelo caos urbano de Los Angeles. Predador 2 tentou renovar a fórmula, mas o resultado divide opiniões até hoje. A ambientação distópica e o clima opressivo funcionam bem, e Danny Glover (Máquina Mortífera) entrega um protagonista carismático — que tem um ótimo embate com um predador no ato final —, porém o roteiro exagera nos clichês e perde o foco na tensão que tornou o original tão eficiente. Ainda assim, o filme é importante por expandir o universo dos Yautja — especialmente na icônica cena final que revela o crânio de um xenomorfo, prenunciando o futuro crossover com Alien.
6. O Predador (2018)
“E se colocarmos humor em Predador?” Sim, aqui, nem a ideia parece boa. Dirigido por Shane Black (Homem de Ferro 3), O Predador de 2018 prometia revigorar a franquia com humor ácido e ação acelerada, mas acabou tropeçando no excesso. A mistura entre comédia, gore e ficção científica deixa a narrativa confusa e o elenco, embora carismático, pouco tem a fazer diante de um roteiro que não decide se quer assustar ou divertir. Ainda assim, há méritos: o design das criaturas continua impressionante e o ritmo raramente cai. O problema é que, ao tentar ser tudo ao mesmo tempo, O Predador termina sendo um dos menos atraentes da franquia.
5. Predadores (2010)
Com uma proposta ousada, Predadores transporta a ação para um planeta usado como campo de caça pelos Yautja, onde um grupo de assassinos humanos precisa lutar pela sobrevivência. A ideia é excelente e o filme acerta ao recuperar o clima de tensão e isolamento do original de 1987. Adrien Brody (O Brutalista) surpreende como herói de ação, e a brasileira Alice Braga (Eu Sou a Lenda) dá força ao elenco. O problema está na execução irregular: o roteiro parece se perder no meio da selva alienígena, e o terceiro ato não cumpre o potencial inicial. Ainda assim, é uma das tentativas mais sólidas de revitalizar a franquia. Divide os fãs, mas tem ótimos méritos dentro de uma proposta sem grandes pretensões.
4. Predador: Assassino de Assassinos (2025)
Predador: Assassino de Assassinos, animação lançada diretamente no catálogo do Disney+, surpreendeu ao trazer um olhar fresco e ambicioso para o universo dos Yautja. Dividida em três histórias ambientadas em 841, 1609 e 1941, a antologia mostra como os predadores vêm caçando guerreiros humanos há séculos, de vikings a samurais. A direção de Dan Trachtenberg, em sua segunda entrada na franquia, é visualmente impressionante, e a animação permite cenas de ação que seriam impossíveis no live-action. Apesar de sua curta duração e estrutura episódica, Assassino de Assassinos é elogiado por devolver brutalidade à mitologia da franquia, resgatando o senso de respeito e temor que os Yautja inspiram.
3. Predador: Terras Selvagens (2025)
Mais uma vez sob a direção de Dan Trachtenberg, Predador: Terras Selvagens leva a franquia a territórios completamente inéditos. Ambientado em um planeta hostil, o filme acompanha um jovem Yautja exilado que se alia a uma androide defeituosa (Elle Fanning) para enfrentar uma criatura imortal. A estética é deslumbrante e a construção de mundo, ambiciosa, expande de vez a ponte entre Predador e o universo Alien ao referenciar a Weyland-Yutani. Terras Selvagens equilibra ação e redenção em uma proposta nova dentro do lore da franquia: tratar o predador como um herói mais humanizado. Dá certo.
2. O Predador: A Caçada (2022)
O segundo lugar não poderia ser de outro que não um dos filmes mais elogiados da franquia desde o original. O Predador: A Caçada devolveu ao universo dos Yautja o suspense e a simplicidade que haviam se perdido em tentativas frustradas de renovação. Ambientado em 1719, o longa acompanha Naru (Amber Midthunder), uma jovem comanche que tenta provar seu valor enfrentando um predador em plena era colonial. A direção de Dan Trachtenberg — de novo ele! — aposta em tensão e silêncio, transformando a paisagem natural em personagem. Narrativamente enxuto, o filme combina crítica histórica, empoderamento feminino e terror físico com rara elegância — mostrando que o “menos” pode, sim, ser muito mais.
1. O Predador (1987)
O clássico absoluto que deu origem a tudo permanece insuperável. O Predador, dirigido por John McTiernan (Duro de Matar), combina ação oitentista com um senso de suspense que beira ao do terror. Arnold Schwarzenegger lidera um grupo de soldados de elite em uma missão que se transforma em um jogo mortal contra uma criatura invisível e letal. A fotografia, a trilha sonora e o design icônico do Yautja — criado por Stan Winston — fizeram história e bilheteria: o filme faturou cinco vezes o seu orçamento de aproximadamente US$ 15 milhões. Mais do que um simples filme de ação, O Predador é uma parábola sobre masculinidade, sobrevivência e medo do desconhecido. Três décadas depois, continua sendo o padrão pelo qual todos os outros são medidos. Não poderia estar em outro lugar dessa lista que não o topo.
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