Festivais no Rio de Janeiro — mesmo os de grande porte, como o Rock in Rio — são como festas em cidades pequenas, em que todos aparecem com o propósito único de se divertir. As atrações musicais quase ficam em segundo plano e aqueles que vão para curtir os shows são fáceis de identificar: ficam aboletados junto à grade, pertinho do palco, esperando ansiosos para conferir o seu artista favorito de pertinho.
Com o Doce Maravilha 2025 não foi diferente. Em sua terceira edição, realizada entre os dias 26 e 28 de outubro, o clima era de descontração: diferentes gerações se reuniram no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, região nobre do Rio de Janeiro, para aproveitar a festa, que contava com diversas opções gastronômicas, atrações itinerantes — incluindo uma apresentação da bateria da escola de samba Portela, roda de capoeira do Mestre Pedeboi e cortejo do simbólico Boi Maravilha — e, é claro, shows de Ney Matogrosso, Liniker, Nando Reis, Zeca Pagodinho e outros grandes nomes da música brasileira, escalados pelo grande Nelson Motta, curador da edição.
A festa começou na sexta-feira, dia 26, com o line-up mais homogêneo da edição, incluindo grandes nomes do rock brasileiro, como CPM 22, celebrando os seus 30 anos de estrada; Dead Fish, com as participações de Di Ferrero e Gee Rocha, da NX Zero; e, por fim, Forfun, comemorando os 20 anos do álbum “Teoria Dinâmica Gastativa” (2005) na companhia de Lucas Silveira, da Fresno.
No sábado (27), no entanto, o Doce Maravilha 2025 ficou bastante divivido: havia atrações para os pequenos, como Adriana Calcanhotto com o show “Adriana Calcanhotto e o Partimpim”, e para os mais velhos, como o “Baile do Simonal”, com o ator Ícaro Silva e o bloco paulista Acadêmicos do Baixo Augusta, e “Rock das Aranhas Live: 80 anos de Raul Seixas”, em homenagem ao Pai do Rock Brasileiro.
No palco principal, a Orquestra Imperial homenageou Erasmo Carlos no show “Erasmo Imperial”, que contou com as participações de Gaby Amarantos e Jota.pê. Porém, as grandes atrações da noite foram a banda BaianaSystem — confira como foi o show clicando aqui — e o ídolo da música brasileira Ney Matogrosso, que convidou Marisa Monte para transformar o festival em um verdadeiro baile nostálgico — leia mais aqui.
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Ponto alto do Doce Maravilha 2025, o domingo (28) reuniu titãs da música brasileira em um mesmo palco: Pretinho da Serrinha convidou Paulinho Moska para aquecer o público e prepará-lo para Nando Reis e Samuel Rosa que, juntos, fizeram do festival um grande karaokê, com os presentes entoando, em coro, sucessos como “Marvin”, “All Star”, “Relicário”, “Dois Rios”, “Sutilmente” e “Do Seu Lado”.
Zeca Pagodinho também ostentou hits no festival ao abrir uma roda de samba no Doce Maravilha e, ao lado de Alcione e Martinho da Vila, convidados de peso, desfilar clássicos do gênero como “Sufoco”, “Verdade”, “Maneiras”, “Disritmia”, “Sonho de um Sonho”, “Canta, Canta Minha Gente”, “Roda Ciranda” e “Deixa a Vida Me Levar”.
Para encerrar essa celebração da diversidade musical brasileira, não havia escolha mais acertada do que Liniker e os festejos de seu “Caju”, álbum indicado ao Grammy Latino 2025, que viaja pelos diferentes ritmos brasileiros, viajando pelo pop melódico, já conhecido pelos fãs da cantora, o pagode, o brega, o pagodão baiano e até a disco. Para completar comemoração, a artista ainda convidou artistas como Lulu Santos, Pabllo Vittar, BaianaSystem, Melly e Priscila Senna, que deixaram a terceira edição do Doce Maravilha ainda mais adoçada.
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