Se o BaianaSystem sofreu para animar o público no segundo dia do Doce Maravilha 2025, Ney Matogrosso não teve o mesmo problema: quem foi ao Jockey Club Brasileiro, na Gávea, na noite de sábado (27), foi por ele.
De poucas palavras — ofertando apenas um singelo “boa noite” antes de iniciar a terceira música do seu set —, o artista se dedicou a fazer o que faz de melhor: entregar um grande espetáculo aos seus fãs.
A resposta do público, que se aglomerava à frente do palco principal do evento para ouvir sucessos como “Eu Quero é Botar o Meu Bloco na Rua”, “Pavão Misterioso” e “Jardins da Babilônia” (de Rita Lee), foi transformar o festival, erguido sob os olhos do emblemático Cristo Redentor, em um grande baile nostálgico.
Com um vestido prata, contrastando com o dourado do figurino de Ney, a convidada de honra do espetáculo, Marisa Monte, subiu ao palco sob fortes gritos e aplausos, injetando ainda mais energia no público. Juntos, os artistas cantaram “Fala” (do Secos & Molhados), “O Leãozinho” (de Caetano Veloso), “Coração Civil” (de Milton Nascimento) e “O Vira”, que Ney já não apresentava há anos em seus shows.
Quando Marisa Monte fez menção de se despedir, o colega rasgou o roteiro da apresentação e insitiu para que ela continuasse até o encerramento. “Nós mudamos um pouco as coisas aqui”, justificou ao público, que não viu problema ao se esbaldar em “Balada do Louco”, clássico d’Os Mutantes; “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, do Kid Abelha, que tocou os corações dos apaixonados; e “Pro Dia Nascer Feliz”, sucesso na voz de Cazuza.
Por fim, antes de deixar o palco do Doce Maravilha defintivamente, Ney agradeceu ao público com um bis, escolhido pelos presentes: “A gente pode tocar ‘Coração Civil’ ou ‘O Vira’. Qual vocês preferem?”, questionou. A segunda, responsável por um dos pontos mais enérgicos do show, ganhou sem esforço. “Aqui é democracia. A gente ama a democracia!”, declarou Marisa antes de dar corda no grand finale.
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