Dua Lipa dá atenção que o fã brasileiro merece em show em São Paulo

Dua Lipa mostrou que o público brasileiro merece mais em sua apresentação do último sábado, 15, no MorumBIS. Diferente de outros artistas que reduzem a estrutura, cortam músicas e economizam na produção quando chegam à América Latina, esperando agradar apenas com um “obrigado” — estou falando de vocês, Ariana Grande, Travis Scott e Drake —, a cantora britânica trouxe a estrutura completa da turnê “Radical Optimism” para cá. Um palco grande, todos os dançarinos, figurinos, pirotecnias e muito mais.
O resultado não poderia ser diferente: um baita show pop, elegante, sensual e carismático que animou a noite dos paulistanos. E ela tinha motivos para não fazer isso. Radical Optimism (2024), álbum que dá nome à turnê, não repetiu o sucesso estrondoso de Future Nostalgia (2020). Enquanto o disco anterior dominou as paradas globais, emplacou hits atrás de hits e consolidou Dua como uma das maiores popstars da década, o projeto mais recente teve uma recepção morna. As vendas ficaram aquém do esperado, os singles não conquistaram o mesmo espaço nas plataformas de streaming, e a repercussão foi visivelmente menor.
Os números da turnê no Brasil refletiram isso. Os ingressos para o show em São Paulo estiveram longe de esgotar e chegaram a receber promoções de até 60% de desconto, um indicativo claro de que a demanda não estava no mesmo patamar de anos atrás.
Show com nostalgia e novidade
Porém, se o álbum novo não vendeu como esperado, o repertório provou algo importante: Radical Optimism funciona — e muito — ao vivo. A estrutura do show foi pensada para equilibrar as novas faixas com os grandes hits da carreira, criando uma jornada que agradou tanto os fãs fiéis quanto quem estava ali pelos sucessos conhecidos.
O show abriu com “Training Season”, seguida por “End of an Era” e “Break My Heart”, uma sequência que já deixava claro o tom. Depois veio “One Kiss”, “Whatcha Doing”, “These Walls”, “Illusion” e por aí foi, misturando hits dos seus três discos.
E apesar das poucas interações em cima do palco, onde focou em dançar sem parar, acertar cada marcação e comandar a festa, quando ela desceu do palco e foi até a grade, tudo mudou completamente.
Ali, a popstar intocável deu lugar a uma pessoa genuinamente interessada em cada fã que conversou. Ela não passou correndo, cumprimentando todo mundo de longe. Ela parou, tirou fotos, abraçou, recebeu presentes e agradeceu olhando nos olhos de cada um.
A DUA FALOU COMIGO ELA FALOU MEU NOME ELA ME ABRAÇOU EU TE AMO MUITO 😭😭😭😭😭😭😭 pic.twitter.com/8sHIf158kF
— fefo (@goofyassup) November 16, 2025
Se a conexão na grade já era especial, as surpresas preparadas para o público brasileiro elevaram a noite a outro patamar. No meio do show, Dua Lipa trouxe ao palco dois ícones da música brasileira para covers, características da turnê.
Primeiro veio Carlinhos Brown para “Magalenha”, que, com a sua animação, contagiou todos que estavam lá, seguido por uma segunda surpresa. Ela convidou Caetano Veloso a subir ao palco e cantar “Margarida Perfumada”.
Antes de encerrar a noite, Dua Lipa guardou o melhor para o final. O bis veio como um último ato, onde ela revisitou seus maiores clássicos em versões eletrônicas. “New Rules”, “Dance The Night” e “Don’t Start Now” ganharam outra cara e uma energia contagiante que fez o público pular sem parar.
Ao final das quase duas horas de show, uma coisa ficou muito clara: está na hora do público brasileiro parar de se contentar com pouco. Parar de aceitar migalhas dos artistas que vêm aqui apenas cumprir tabela. Dua Lipa provou que é possível — e necessário — tratar a América Latina com o mesmo respeito dedicado à Europa, Estados Unidos e Ásia. E se ela fez isso com um álbum que não vendeu como esperado e ingressos longe de esgotar, imagina quando a situação se inverter. Em outras palavras, fez tudo que deveria ser o mínimo, mas que virou exceção.
O problema é que o público brasileiro se acostumou a comemorar migalhas. A vibrar quando um artista internacional fala “obrigado” com sotaque carregado. A aceitar desculpas esfarrapadas de cancelamentos de última hora. A pagar ingressos caríssimos por shows que são versões empobrecidas do que acontece lá fora. Dua Lipa mostrou que isso não precisa ser assim — e que quando um artista realmente se importa, a diferença é sentida do primeiro ao último minuto.
Setlist
- “Training Season”
- “End of an Era”
- “Break My Heart”
- “One Kiss”
- “Whatcha Doing”
- “Levitating”
- “These Walls”
- “Magalenha”
- “Margarida Perfumada”
- “Maria”
- “Physical”
- “Electricity”
- “Hallucinate”
- “Illusion”
- “Falling Forever”
- “Happy For You”
- “Love Again”
- “Anything For Love”
- “Be The One”
- “New Rules”
- “Dance The Night Interlude”
- “Don’t Start Now”
- “Houdini”
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Todos os 15 artistas que fizeram show no Heineken No Lineup Festival

O Heineken No Lineup Festival, primeiro festival proprietário da marca no Brasil, acontece neste sábado, 25 de outubro, na Fábrica de Impressões, na Barra Funda, em São Paulo. O evento, que tem ingressos esgotados e promete programação das 15h às 03h, traz uma proposta inédita e ousada: o lineup é 100% secreto.
Com curadoria dos jornalistas Lúcio Ribeiro e Felipe Hirsch, as 15 atrações nacionais e internacionais só são reveladas ao público no exato momento em que sobem aos três palcos do festival. A proposta é fazer o público “se aventurar e descobrir o novo”.
Abaixo, veja todas as atrações que vão se apresentar no Heineken No Lineup Festival (Matéria em atualização):
- O primeiro artista a se apresentar é o DJ Nuven, que abriu os trabalhos no Palco Pulse. Nuven é o projeto de música eletrônica de Gustavo Teixeira, músico e produtor de São Paulo. Seu som, que une guitarras, pedais de loop e sintetizadores analógicos e digitais, é uma escolha certeira para fãs de artistas como Four Tet e Caribou.
- O rap nacional marca presença no Heineken No Lineup Festival com a segunda atração surpresa: Don L. O rapper e compositor cearense, Gabriel Linhares da Rocha, subiu ao palco como o primeiro nome de peso do hip-hop no evento. Don L é considerado um dos nomes mais influentes e inovadores do rap brasileiro atual, conhecido por seus álbuns aclamados pela crítica.
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LEIA TAMBÉM: Por que a Heineken decidiu fazer festival sem lineup anunciado
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Todos os 15 artistas que fizeram show no Heineken No Lineup Festival

O Heineken No Lineup Festival, primeiro festival proprietário da marca no Brasil, acontece neste sábado, 25 de outubro, na Fábrica de Impressões, na Barra Funda, em São Paulo. O evento, que tem ingressos esgotados e promete programação das 15h às 03h, traz uma proposta inédita e ousada: o lineup é 100% secreto.
Com curadoria dos jornalistas Lúcio Ribeiro e Felipe Hirsch, as 15 atrações nacionais e internacionais só são reveladas ao público no exato momento em que sobem aos três palcos do festival. A proposta é fazer o público “se aventurar e descobrir o novo”.
Abaixo, veja todas as atrações que vão se apresentar no Heineken No Lineup Festival (Matéria em atualização):
- O primeiro artista a se apresentar no é o DJ Nuven, que abriu os trabalhos no Palco Pulse. Nuven é o projeto de música eletrônica de Gustavo Teixeira, músico e produtor de São Paulo. Seu som, que une guitarras, pedais de loop e sintetizadores analógicos e digitais, é uma escolha certeira para fãs de artistas como Four Tet e Caribou.
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4 dicas de artistas que estarão no Heineken No Lineup Festival

A espera acabou: o misterioso Heineken No Lineup Festival acontece hoje, 25 de outubro, na Fábrica de Impressões, na Barra Funda, em São Paulo. O evento, que promete 12 horas de música (das 15h às 03h), tem como grande trunfo o fato de que as mais de 15 atrações nacionais e internacionais são surpresa. O público só descobrirá quem está tocando quando os artistas subirem aos três palcos do local.
Com ingressos gratuitos já esgotados, a expectativa do público de 3 mil pessoas está alta. Para aumentar ainda mais a curiosidade, os curadores do festival, os jornalistas e produtores Lúcio Ribeiro e Felipe Hirsch, listaram quatro dicas enigmáticas sobre artistas que farão parte do evento.
Se você é um dos sortudos que conseguiu ingresso (ou apenas um entusiasta da música), é hora de tentar adivinhar quem são as atrações.
Confira as 4 dicas oficiais do Heineken No Lineup Festival:
- “A voz que quebrou barreiras. Rainha do soul que inspirou grandes artistas e toda uma geração a cantar sem pedir presença.“
- “Ela já assinou beats que marcaram álbuns de duas cantoras da atualidade, e agora leva o caos para o palco.“
- “A voz que fundou a maior revolução do rap brasileiro chega cercada por rimas que mantêm o legado.“
- “Direto do Brooklyn a banda que mistura post-punk, eletrônico e soul para reinventar o indie moderno.“
Segundo a curadoria, o objetivo do festival é misturar gêneros que vão do indie rock e rap ao pop e alternativo, incentivando o público a “se aventurar e descobrir o novo”. Para quem não estiver no local, o player oficial Deezer terá uma playlist que será atualizada em tempo real, conforme os artistas forem revelados nos palcos.
A estrutura do evento, além dos três palcos, contará com opções de alimentação como Guarita, Holy Burger e Pizza Crek, e ativações de marcas parceiras. A organização alerta que, mesmo com ingresso em mãos, o evento está sujeito à lotação máxima do local, podendo ser necessário aguardar para entrar.
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João Rock 2026 anuncia data da nova edição e promete uma das maiores celebrações da música brasileira

O João Rock, um dos maiores e mais tradicionais festivais de música do país, já tem data marcada para sua 23ª edição: sábado, 13 de junho de 2026, no Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto (SP). Conhecido por reunir gerações de artistas e fãs em torno da música nacional, o evento promete repetir o clima de celebração e diversidade que o transformou em referência no calendário cultural brasileiro.
Em 2025, cerca de 60 mil pessoas acompanharam mais de 40 atrações ao longo de 14 horas de música. A mistura de ritmos, estilos e públicos — do rock ao rap, do pop à MPB — consolidou o João Rock como um dos espaços mais vibrantes da brasilidade contemporânea.
“O João Rock é um espaço de encontros e conexões que só a música proporciona. É uma alegria anunciar mais uma edição e seguir fortalecendo esse movimento”, afirmou Luit Marques, um dos organizadores.
Além de celebrar o som nacional, o festival seguirá apostando em uma curadoria que une nomes consagrados e novas vozes. Segundo Marcelo Rocci, também organizador, esse equilíbrio é um dos pilares do evento: “Reverenciamos os clássicos e fortalecemos os novos talentos, sempre com a energia que o público conhece e espera. Em 2026 não será diferente: será mais um ano histórico”.
A próxima edição promete quatro palcos temáticos, estrutura ampliada e um lineup ainda não divulgado.
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D4vd é removido do Lollapalooza Brasil em meio a investigação sobre adolescente morta

O cantor d4vd (David Anthony Burke) não fará mais parte do lineup do Lollapalooza Brasil 2026. O festival, que divulgou nesta quarta, 1, a escalação completa por dia, confirmou a remoção do artista em meio à grave investigação policial a qual ele está associado nos Estados Unidos. O evento acontece em 20, 21 e 22 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
A decisão dos organizadores aconteceu porque d4vd é alvo de investigação desde que o corpo de Celeste Rivas Hernandez, adolescente de 14 anos, foi encontrado em um carro registrado no nome do cantor em Hollywood, no início de setembro de 2025.
Embora a polícia americana tenha notificado que o cantor de 20 anos está colaborando com as autoridades, a controvérsia vem gerando um movimento contra o cantor no mercado global. Sua turnê internacional teve shows cancelados e ele perdeu contratos de patrocínio com grandes marcas como Crocs e Hollister. A cantora Kali Uchis também solicitou a retirada de uma música que lançou em parceria com o artista.
A organização do festival não informou se a vaga deixada por d4vd, será preenchida por outro artista nas próximas semanas.
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Kendrick Lamar: setlist, horário e o que esperar do show em São Paulo

Rapper vencedor do Pulitzer, Kendrick Lamar chega ao Brasil nesta terça, 30 de setembro, com a aclamada Grand National Tour. O espetáculo, que acontece no Allianz Parque, em São Paulo, promete uma performance que transcende a música, misturando conceito visual e uma celebração direta da cultura West Coast.
O show no Brasil é um dos cinco mercados latino-americanos adicionados à turnê. A etapa sul-americana da Grand National Tour tem um formato diferente das 39 datas iniciais na América do Norte e Europa, nas quais Lamar dividiu o palco com SZA. No Brasil, o público assistirá a um show solo, que promete ser um grande mergulho nos trabalhos do rapper.
A turnê leva o nome do carro clássico Buick Grand National Experimental (GNX), de 1987, que também inspira o título do sexto álbum de estúdio do rapper, GNX (2024), simbolismo esse que estabelece a turnê como uma celebração da excelência e um aceno às raízes do hip hop da Costa Oeste americana que o artista representa.
Com abertura dos portões será às 15h, o show no Allianz Parque tem previsão de início para as 20h30. Um pouco antes, a abertura da noite fica por conta da dupla argentina CA7RIEL & Paco Amoroso às 19h30. Os artistas de Buenos Aires são conhecidos por fundir jazz-funk, eletrônica e trap, consolidando-se como “legítimas estrelas em ascensão” na música urbana latino-americana.
Possível setlist do show de Kendrick Lamar no Allianz Parque, em São Paulo
A estrutura do show de Kendrick Lamar é conceitual e dividida em atos. O setlist utiliza o álbum mais recente, GNX, como ponto de partida temático e segue essa setlist:
- WACCED OUT MURALS
- SQUABBLE UP
- N95
- KING KUNTA
- ELEMENT.
- TV OFF
- EUPHORIA
- HEY NOW
- REINCARNATED
- HUMBLE.
- BACKSEAT FREESTYLE
- FAMILY TIES (de Baby Keem)
- SWIMMING POOLS (DRANK)
- M.A.A.D CITY
- ALRIGHT
- MAN AT THE GARDEN
- DODGER BLUE
- PEEKABOO
- LIKE THAT (de Future & Metro Boomin)
- DNA.
- GOOD CREDIT (de Playboi Carti)
- RICH SPIRIT
- COUNT ME OUT
- MONEY TREES
- POETIC JUSTICE
- LUTHER
- TV OFF
- NOT LIKE US
- GLORIA
Como foi em outros países?
A Grand National Tour foi imediatamente classificada pela crítica internacional como um “espetáculo visual” e um “momento inesquecível na cultura pop/história da música”.
Além disso, a ausência de SZA no Brasil reforça o foco na essência hardcore do rapper. O formato solo garante uma imersão na “energia bruta, rap flow de alto nível e comentários políticos” de Lamar. Se antes SZA fornecia os momentos mais melódicos e emocionais, o show agora se concentra 100% na potência do rap e na narrativa complexa do artista.
O público deve esperar uma experiência intensa, com o ritmo acelerado das 30 músicas condensadas em atos conceituais. O The Guardian, por exemplo, observou que “foi difícil sair daquela noite sem pensar que Drake pode ter tido razão ao sugerir que a obra de Lamar não se converte facilmente em material para shows”, um indicativo de que a complexidade da obra exige dedicação do público.
Em contraste, a resposta no México confirmou o poder de estrela de Lamar. O veículo HotNewHipHop reportou que o rapper esgotou o estádio, e “impressionantes 65 mil fãs estavam presentes gritanfo por ele”. O show na Cidade do México foi o primeiro na América Latina, e o veículo concluiu que “é seguro dizer que não decepcionou”.
Por fim, o clímax do show, a diss track “Not Like Us“, quebra a paleta sóbria com cores vibrantes. Essa transição do P&B para o colorido no encore é um ato simbólico que transforma a crítica política em uma explosão de energia e celebração coletiva, garantindo um final poderoso e catártico.
+++LEIA MAIS: Kendrick Lamar tem show cancelado na Colômbia; veja o motivo
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CA7RIEL & Paco Amoroso: Dupla argentina entrega show explosivo e celebra indicação ao Grammy Latino

Em meio a inteligências artificiais e receitas “manjadas” em prol do algoritmo, uma dupla de jovens argentinos desafia os métodos modernos (e também os tradicionais) de se fazer música. Numa Audio (muito) lotada, CA7RIEL & Paco Amoroso comemoraram em grande estilo as cinco indicações ao Grammy Latino nesta quarta-feira, 17 de setembro.
Apesar de performáticos e entusiasmados com os fãs cantando a plenos pulmões, o desempenho dos dois frontmen não pecou em momento algum no que diz respeito ao aspecto técnico. Em sintonia com uma banda que brinca com maestria em momentos “jazzados”, os expoentes da música latina não permitiram que o público esfriasse durante os cerca de 90 minutos frenéticos de show, demonstrando evolução desde o recente Lollapalooza Brasil deste ano.


Esbanjando carisma, a dupla argentina satiriza qualquer tipo de rótulo musical e de gênero, prevalecendo a criação a partir de um repertório cultural que une a paixão latino-americana e a vontade latente de participar de conversas cada vez maiores da música contemporânea.
A autenticidade da dupla compôs um universo através de atos ensaiados em harmonia, que extraem de inúmeros gêneros algo além do convencional já proposto, deixando altas expectativas para o futuro dessa discografia disforme e, é claro, para o reconhecimento em forma de gramofone.
Catriel e Paco se apresentam ainda hoje no Rio de Janeiro, no Circo Voador, com ingressos esgotadíssimos, mas retorna ao país no dia 30 de setembro como banda de abertura do show de Kendrick Lamar.

Setlist CA7RIEL & Paco Amoroso – 17 de setembro – Audio, São Paulo:
2. Dumbai
3. Baby Gangsta
4. Mi diosa
5. A mí no
6. Impostor
7. Viuda negra / SHIPEA2
8. Mi deseo / Bad Bitch
9. Cosas ricas
10. BZRP Music Sessions #3
11. Pirlo
12. Re forro
13. La que puede, puede
14. Sheesh
15. Supersónico
16. Polvo
17. McFly
18. Todo el día
19. Ola mina XD
20. Cono hielo
21. #Tetas
22. El día del amigo
23. El único
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Katy Perry oferece espetáculo no The Town, mas peca pelo excesso

Pontualmente às 23h15 do domingo, 14, as luzes se apagaram na região do Autódromo de Interlagos onde estava montado o imponente palco Skyline do The Town. Era o início a uma espécie de videogame futurista que tomaria conta das próximas duas horas. Ali começava não apenas o show de Katy Perry, mas uma experiência sensorial que nos faria questionar: quando o espetáculo se torna grande demais para sua própria música?
A artista de 40 anos surgiu no palco trazendo toda a pompa que sua carreira construiu ao longo dos anos: dançarinos impecáveis, elementos cenográficos que se moviam como peças de um quebra-cabeças gigante e um aparato técnico que, embora menos complexo que suas apresentações em arenas pelo mundo, ainda impressionava pela dimensão.

Do respeito morno ao frenesi
O show, dividido em seis atos, começou com três canções de discos mais recentes, todas recebidas com um respeito morno: “Artificial” (uma das sete que viriam de 143), “Chained to the Rhythm” (única representante de Witness) e “Teary Eyes” (uma das sete de Smile). Aqui, o primeiro contraste gritante da noite se revelou, pois a trinca foi sucedida por “Dark Horse”, quando a energia mudou significativamente já nas primeiras notas.
O eterno meme brasileiro “Meu nome é Júlia!” que acompanha essa música ganhou vida própria entre os milhares de vozes. Nesse instante, víamos o poder real de Katy Perry: sua capacidade de transformar uma multidão em uma grande roda de amigos cantando junto.

A empolgação atingiu seu ápice durante a segunda parte do espetáculo. “California Girls”, “Teenage Dream”, “Hot n Cold”, “Last Friday Night (T.G.I.F.)” e “I Kissed a Girl”, que definiram uma geração e que provaram ser atemporais, foram executadas em sequência, após a nova “Woman’s World”.
Mas então veio mais uma “troca de fase”, e aqui o show revelou seu maior problema.
Katy Perry erra a mão
Entre trocas de figurino, telas interativas piscando incessantemente e mais uma parte da narrativa no telão, a apresentação de Katy Perry perdeu seu fôlego. Não eram apenas alguns minutos de pausa; era uma quebra no fluxo emocional que havia sido construído com tanto cuidado. O público, que segundos antes cantava com empolgação, agora observava passivamente enquanto a tecnologia tentava contar uma história que talvez não precisasse ser contada.
Katy estava ali: bela, carismática como sempre, cantando com a voz que conhecemos, dançando. Mas a pergunta que ecoava na mente de quem assistia era: precisa mesmo de toda aquela parafernália?
As interações constantes com os telões criavam um efeito contrário ao esperado. Em vez de aproximar, afastavam. Em vez de aquecer, esfriavam. Era como se estivéssemos assistindo a um filme sobre um show da Katy Perry, e não ao show em si.

O momento mais humano da noite veio antes de “The One That Got Away” — já no fim do quarto ato e na altura da vigésima música do set —, quando ela convidou um fã para subir ao palco, tradição que sempre gera comoção e que desta vez não foi diferente. Ali, sem efeitos especiais, apenas Katy e um brasileiro emocionado, o show encontrou sua essência.
Precisa de tanto esforço?
A turnê de Katy Perry vem recebendo críticas mistas mundo afora. Agora, entendemos o porquê.
No The Town, a artista entregou inquestionavelmente um “super show”. Tratava-se, porém, de um espetáculo pensado para ginásios e arenas fechadas, menores e mais intimistas. Em tais ambientes, cada efeito visual e narrativa complexa fazem mais sentido do que no espaço aberto e coletivo de um festival.
A sensação no Autódromo de Interlavos era de ter assistido a algo tecnicamente impressionante, mas com a música em segundo plano. Como se Katy Perry, na ânsia de nos dar tudo, tivesse esquecido que às vezes o “tudo” pode ser menos impactante que o “essencial”.
A reflexão final? Katy, nós te amamos, e é exatamente por isso que queremos dizer: você não precisa se esforçar tanto.

Setlist Katy Perry —The Town 2025:
ARTIFICIAL – Level 1
1. ARTIFICIAL
2. Chained to the Rhythm
3. Teary Eyes
4. Dark Horse
WOMAN’S WORLD – Level 2
5. WOMAN’S WORLD
6. California Gurls
7. Teenage Dream
8. Hot n Cold
9. Last Friday Night (T.G.I.F.)
10. I Kissed a Girl
NIRVANA – Level 3
11. NIRVANA
12. CRUSH
13. I’M HIS, HE’S MINE
14. Wide Awake
CHOOSE YOUR ADVENTURE – Level 4
15. Small Talk
16. Hummingbird Heartbeat
17. Peacock
18. Only Love / Resilient / Never Really Over
19. Harleys in Hawaii
20. The One That Got Away
21. ALL THE LOVE
MAINFRAME – Level 5
22. E.T.
23. Part of Me
24. Rise
END GAME – Level 6
25. Roar
26. Daisies
27. LIFETIMES
28. Firework
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Katy Perry oferece espetáculo no The Town, mas peca pelo excesso

Pontualmente às 23h15 do domingo, 14, as luzes se apagaram na região do Autódromo de Interlagos onde estava montado o imponente palco Skyline do The Town. Era o início a uma espécie de videogame futurista que tomaria conta das próximas duas horas. Ali começava não apenas o show de Katy Perry, mas uma experiência sensorial que nos faria questionar: quando o espetáculo se torna grande demais para sua própria música?
A artista de 40 anos surgiu no palco trazendo toda a pompa que sua carreira construiu ao longo dos anos: dançarinos impecáveis, elementos cenográficos que se moviam como peças de um quebra-cabeças gigante e um aparato técnico que, embora menos complexo que suas apresentações em arenas pelo mundo, ainda impressionava pela dimensão.

Do respeito morno ao frenesi
O show, dividido em seis atos, começou com três canções de discos mais recentes, todas recebidas com um respeito morno: “Artificial” (uma das sete que viriam de 143), “Chained to the Rhythm” (única representante de Witness) e “Teary Eyes” (uma das sete de Smile). Aqui, o primeiro contraste gritante da noite se revelou, pois a trinca foi sucedida por “Dark Horse”, quando a energia mudou significativamente já nas primeiras notas.
O eterno meme brasileiro “Meu nome é Júlia!” que acompanha essa música ganhou vida própria entre os milhares de vozes. Nesse instante, víamos o poder real de Katy Perry: sua capacidade de transformar uma multidão em uma grande roda de amigos cantando junto.

A empolgação atingiu seu ápice durante a segunda parte do espetáculo. “California Girls”, “Teenage Dream”, “Hot n Cold”, “Last Friday Night (T.G.I.F.)” e “I Kissed a Girl”, que definiram uma geração e que provaram ser atemporais, foram executadas em sequência, após a nova “Woman’s World”.
Mas então veio mais uma “troca de fase”, e aqui o show revelou seu maior problema.
Katy Perry erra a mão
Entre trocas de figurino, telas interativas piscando incessantemente e mais uma parte da narrativa no telão, a apresentação de Katy Perry perdeu seu fôlego. Não eram apenas alguns minutos de pausa; era uma quebra no fluxo emocional que havia sido construído com tanto cuidado. O público, que segundos antes cantava com empolgação, agora observava passivamente enquanto a tecnologia tentava contar uma história que talvez não precisasse ser contada.
Katy estava ali: bela, carismática como sempre, cantando com a voz que conhecemos, dançando. Mas a pergunta que ecoava na mente de quem assistia era: precisa mesmo de toda aquela parafernália?
As interações constantes com os telões criavam um efeito contrário ao esperado. Em vez de aproximar, afastavam. Em vez de aquecer, esfriavam. Era como se estivéssemos assistindo a um filme sobre um show da Katy Perry, e não ao show em si.

O momento mais humano da noite veio antes de “The One That Got Away” — já no fim do quarto ato e na altura da vigésima música do set —, quando ela convidou um fã para subir ao palco, tradição que sempre gera comoção e que desta vez não foi diferente. Ali, sem efeitos especiais, apenas Katy e um brasileiro emocionado, o show encontrou sua essência.
Precisa de tanto esforço?
A turnê de Katy Perry vem recebendo críticas mistas mundo afora. Agora, entendemos o porquê.
No The Town, a artista entregou inquestionavelmente um “super show”. Tratava-se, porém, de um espetáculo pensado para ginásios e arenas fechadas, menores e mais intimistas. Em tais ambientes, cada efeito visual e narrativa complexa fazem mais sentido do que no ambiente aberto e coletivo de um festival.
A sensação no Autódromo de Interlavos era de ter assistido a algo tecnicamente impressionante, mas com a música em segundo plano. Como se Katy Perry, na ânsia de nos dar tudo, tivesse esquecido que às vezes o “tudo” pode ser menos impactante que o “essencial”.
A reflexão final? Katy, nós te amamos, e é exatamente por isso que queremos dizer: você não precisa se esforçar tanto.

Setlist Katy Perry —The Town 2025:
ARTIFICIAL – Level 1
1. ARTIFICIAL
2. Chained to the Rhythm
3. Teary Eyes
4. Dark Horse
WOMAN’S WORLD – Level 2
5. WOMAN’S WORLD
6. California Gurls
7. Teenage Dream
8. Hot n Cold
9. Last Friday Night (T.G.I.F.)
10. I Kissed a Girl
NIRVANA – Level 3
11. NIRVANA
12. CRUSH
13. I’M HIS, HE’S MINE
14. Wide Awake
CHOOSE YOUR ADVENTURE – Level 4
15. Small Talk
16. Hummingbird Heartbeat
17. Peacock
18. Only Love / Resilient / Never Really Over
19. Harleys in Hawaii
20. The One That Got Away
21. ALL THE LOVE
MAINFRAME – Level 5
22. E.T.
23. Part of Me
24. Rise
END GAME – Level 6
25. Roar
26. Daisies
27. LIFETIMES
28. Firework
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