Os 4 falecidos rockstars homenageados pelo Guns N’ Roses em SP

- Welcome to the Jungle
- Bad Obsession
- Chinese Democracy
- Pretty Tied Up
- Mr. Brownstone
- It’s So Easy
- The General
- Perhaps
- Slither (cover de Velvet Revolver)
- Live and Let Die (cover de Wings)
- Hard Skool
- Wichita Lineman (Cover de Jimmy Webb)
- Sabbath Bloody Sabbath (cover de Black Sabbath)
- Never Say Die (cover de Black Sabbath)
- Estranged
- Yesterdays
- Double Talkin’ Jive
- Don’t Cry
- Thunder and Lightning (cover de Thin Lizzy)
- Absurd
- Rocket Queen
- Knockin’ on Heaven’s Door (cover de Bob Dylan)
- You Could Be Mine (Solo de guitarra de Slash)
- Sweet Child o’ Mine
- Civil War
- November Rain
- This I Love
- Human Being (cover de New York Dolls)
- Nightrain
- Paradise City
+++ LEIA MAIS: A incrível homenagem a Ozzy feita pelo Guns N’ Roses em São Paulo +++ LEIA MAIS: As 4 músicas que o Guns N’ Roses nunca havia tocado no Brasil +++ LEIA MAIS: Os 50 momentos mais loucos do Guns N’ Roses em toda a carreira
Em sua mais recente passagem por São Paulo, no último sábado, 25, o Guns N’ Roses tocou por mais de três horas — três horas e 10 minutos, para ser mais exato — no estádio Allianz Parque. Em um show de tamanha duração, é possível percorrer boa parte deu seu próprio repertório, bem como executar alguns covers. E foi o que fez a banda encabeçada pelo trio Axl Rose, Slash e Duff McKagan. Das 31 canções que formaram o setlist, oito foram versões para músicas de outros artistas. E algumas delas serviram como homenagens para ícones do rock que já não estão mais entre nós. Foram homenageados postumamente, digamos assim, Ozzy Osbourne (Black Sabbath), Scott Weiland (Stone Temple Pilots e Velvet Revolver), John Sykes (Thin Lizzy, Whitesnake, Tygers of Pan Tang) e David Johansen (New York Dolls). Ozzy, que faleceu em 22 de julho deste ano, contou com a homenagem mais explícita. O Guns N’ Roses executou duas músicas do Sabbath em sequência, “Sabbath Bloody Sabbath” e “Never Say Die”, sendo que ao fim da primeira uma imagem do Príncipe das Trevas foi exibido no telão. https://www.youtube.com/watch?v=umdgNDuTPMk Scott Weiland, que nos deixou em 2015, foi lembrado com uma versão “Slither”, do Velvet Revolver. A banda chegou a contar com o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan em sua formação. https://www.youtube.com/watch?v=E8FIdw3sjCQ John Sykes, por sua vez, foi homenageado com “Thunder and Lightning”, da banda irlandesa Thin Lizzy. O guitarrista — que chegou a fazer teste para o Guns nos anos 2000 — morreu em 20 de janeiro de 2025, vítima de câncer. https://www.youtube.com/watch?v=IXCM57IGkAw Por fim, o lendário David Johansen, que também morreu este ano, em 28 de fevereiro, foi lembrado com “Human Being”, da influente banda New York Dolls, precursora do punk rock. https://www.youtube.com/watch?v=LowkbfvXKaI
Setlist do Guns N’ Roses em São Paulo
Além desses, o Guns N’ Roses executou outros três covers: “Live and Let Die”, dos Wings; “Wichita Lineman”, do cantor country Jimmy Webb; e “Knockin’ on Heaven’s Door”, de Bob Dylan. Veja o setlist:
- Welcome to the Jungle
- Bad Obsession
- Chinese Democracy
- Pretty Tied Up
- Mr. Brownstone
- It’s So Easy
- The General
- Perhaps
- Slither (cover de Velvet Revolver)
- Live and Let Die (cover de Wings)
- Hard Skool
- Wichita Lineman (Cover de Jimmy Webb)
- Sabbath Bloody Sabbath (cover de Black Sabbath)
- Never Say Die (cover de Black Sabbath)
- Estranged
- Yesterdays
- Double Talkin’ Jive
- Don’t Cry
- Thunder and Lightning (cover de Thin Lizzy)
- Absurd
- Rocket Queen
- Knockin’ on Heaven’s Door (cover de Bob Dylan)
- You Could Be Mine (Solo de guitarra de Slash)
- Sweet Child o’ Mine
- Civil War
- November Rain
- This I Love
- Human Being (cover de New York Dolls)
- Nightrain
- Paradise City
+++ LEIA MAIS: A incrível homenagem a Ozzy feita pelo Guns N’ Roses em São Paulo +++ LEIA MAIS: As 4 músicas que o Guns N’ Roses nunca havia tocado no Brasil +++ LEIA MAIS: Os 50 momentos mais loucos do Guns N’ Roses em toda a carreira
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Guitarrista do Weezer fala à RS sobre retorno ao Brasil, influência da bossa nova e mais

Quando Brian Bell atende a videochamada, são quase 8h da manhã em Los Angeles e a chuva cai forte lá fora. Do outro lado da tela, em São Paulo, o clima oscila entre frio e calor, uma montanha-russa climática que logo atribuímos às mudanças climáticas. É um começo casual para uma conversa que revelaria muito sobre como o Weezer, uma das bandas mais emblemáticas do rock alternativo dos anos 1990, se prepara para retornar ao Brasil após seis anos de ausência.
O show acontece neste domingo, 2 de novembro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, como parte do ecossistema ÍNDIGO, projeto curatorial da 30e que reúne também Bloc Party, Mogwai, Judeline e Otoboke Beaver. Será a primeira vez que o Weezer toca em um festival com propostas mais alternativas no país, diferente de 2019, quando, apesar de terem feito um show solo, dividiram o palco com os Foo Fighters no Rock in Rio, festival com um contexto mais voltado ao rock tradicional.
Essa mudança de cenário parece intrigar Bell. Ele menciona que, durante aquela última visita ao Brasil, tentou mergulhar na música local, buscando sons brasileiros autênticos, nativos mesmo, em cafés e lugares diversos. Para sua surpresa, o que mais ouvia era rock alternativo americano. “É o tipo de som que eu faço, mas eu tento ser uma pessoa multicultural, porque viajo bastante e eu tenho que ouvir música de lugares diferentes, especialmente quando eu os visitei”, explicou o artista, antes de admitir: “Eu estava procurando mais disso. Mas eu provavelmente estava no lugar errado”.
E foi dessa curiosidade que nasceu algo inesperado: uma versão bossa nova do clássico da banda, “Island In The Sun“. Bell conta, com um misto de entusiasmo e autoconsciência, que criou um arranjo completo, inclusive com a partitura transcrita — visto que “a música se encaixa bem com a proposta”. Ele imagina um dia entregar a músicos brasileiros de bossa nova que possam fazer coisas que ele próprio não conseguiria. Então, por enquanto, a versão existe apenas na imaginação, não veremos tão cedo ao vivo com o resto da banda.
A conversa sobre gerações surge naturalmente. Bell observa algo fascinante nos shows recentes: crianças na faixa de 11 anos que sabem todas as letras, acompanhadas pelos pais. É a música sendo transmitida através das gerações. Essas crianças talvez tenham crescido ouvindo todas essas músicas no banco de trás do carro, como aconteceu com ele próprio quando descobriu os Beatles, os Stones e Bob Dylan através dos discos que seu pai tinha em casa. Agora o Weezer ocupa esse lugar: o de rock clássico, por mais estranho que possa soar.
Comento que você percebia que estava ficando mais velho quando as bandas que eu costumava ver mudavam de categoria na MTV, de alternativa para rock clássico. Ele aceita que categorias são formas de organizar as coisas, de criar mercados. E não há por que se incomodar em ser chamado de clássico ou dos anos 1990, especialmente quando tanta música daquela década continua relevante. Ele havia ouvido o primeiro álbum do The Breeders naquela mesma manhã, e para ele soava tão atual quanto qualquer coisa contemporânea.
Quando a conversa vira para o otimismo musical que sempre caracterizou o Weezer, Bell oferece uma perspectiva mais profunda. Patrick Wilson, baterista da banda, uma vez descreveu o grupo como “refrescante” após a era do grunge pesado e sombrio, e pergunto se ainda há espaço para esse tipo de “otimismo” diante do mundo atual. Bell pontua que sim, desde que não seja cafona, mas mesmo nas músicas que soam felizes, ainda existe uma camada de tristeza lá embaixo, até porque, parte do Weezer é sobre ser “desajustado”, “diferentão”, geek, que seja, mas é sobre aqueles que não se encaixam. “Todas as minhas músicas favoritas são lentas e tristes”, ele diz, citando um trecho de uma música da banda.
Para Bell, há espaço tanto para o otimismo quanto para a gravidade. É possível transmitir mensagens positivas, fazer as pessoas quererem dançar e deixar o sol brilhar sem soar piegas ou superficial. O equilíbrio sempre esteve lá, nas entrelinhas.
Sobre o documentário que supostamente está em produção – inclusive com participação de Keanu Reeves – Bell é honesto: ele não viu nada ainda. Uma equipe de filmagem acompanhou a turnê de 2024 com Flaming Lips e Dinosaur Jr, e este ano no Coachella, mas ninguém mostrou material editado. “Espero que alguém me conte!”, brinca, sem conseguir confirmar datas de lançamento ou mesmo se o projeto vai adiante.
Quando perguntado sobre qual música gostaria de ouvir o público brasileiro cantar em São Paulo, Bell não hesita muito. “Say It Ain’t So”, claro – e a banda vai dar todas as oportunidades para que isso aconteça.
A chamada termina com agradecimentos mútuos. Lá fora, a chuva continua caindo em Los Angeles. Aqui, o clima segue imprevisível. Mas no domingo, quando o Weezer subir ao palco no Parque Ibirapuera, nada disso vai importar. Haverá apenas a música, aquela mesma que conecta pais e filhos, que atravessa oceanos e gerações, que transforma “gente esquisita” em uma comunidade.

SERVIÇO
ÍNDIGO apresenta: Weezer, Bloc Party, Mogwai, Judeline, Otoboke Beaver
Quando: domingo, 02 de novembro de 2025, a partir das 13h
Onde: PARQUE IBIRAPUERA | Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana | 04094-050, São Paulo
Ingressos online: aqui
+++ LEIA MAIS: Por que o nome de Rivers Cuomo (Weezer) tem tudo a ver com Brasil
+++ LEIA MAIS: Após show com Weezer, Mogwai tocará no Rio de Janeiro
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Guitarrista do Weezer fala à RS sobre retorno ao Brasil, influência da bossa nova e mais

Quando Brian Bell atende a videochamada, são quase 8h da manhã em Los Angeles e a chuva cai forte lá fora. Do outro lado da tela, em São Paulo, o clima oscila entre frio e calor, uma montanha-russa climática que logo atribuímos às mudanças climáticas. É um começo casual para uma conversa que revelaria muito sobre como o Weezer, uma das bandas mais emblemáticas do rock alternativo dos anos 1990, se prepara para retornar ao Brasil após seis anos de ausência.
O show acontece neste domingo, 2 de novembro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, como parte do ecossistema ÍNDIGO, projeto curatorial da 30e que reúne também Bloc Party, Mogwai, Judeline e Otoboke Beaver. Será a primeira vez que o Weezer toca em um festival com propostas mais alternativas no país, diferente de 2019, quando, apesar de terem feito um show solo, dividiram o palco com os Foo Fighters no Rock in Rio, festival com um contexto mais voltado ao rock tradicional.
Essa mudança de cenário parece intrigar Bell. Ele menciona que, durante aquela última visita ao Brasil, tentou mergulhar na música local, buscando sons brasileiros autênticos, nativos mesmo, em cafés e lugares diversos. Para sua surpresa, o que mais ouvia era rock alternativo americano. “É o tipo de som que eu faço, mas eu tento ser uma pessoa multicultural, porque viajo bastante e eu tenho que ouvir música de lugares diferentes, especialmente quando eu os visitei”, explicou o artista, antes de admitir: “Eu estava procurando mais disso. Mas eu provavelmente estava no lugar errado”.
E foi dessa curiosidade que nasceu algo inesperado: uma versão bossa nova do clássico da banda, “Island In The Sun“. Bell conta, com um misto de entusiasmo e autoconsciência, que criou um arranjo completo, inclusive com a partitura transcrita — visto que “a música se encaixa bem com a proposta”. Ele imagina um dia entregar a músicos brasileiros de bossa nova que possam fazer coisas que ele próprio não conseguiria. Então, por enquanto, a versão existe apenas na imaginação, não veremos tão cedo ao vivo com o resto da banda.
A conversa sobre gerações surge naturalmente. Bell observa algo fascinante nos shows recentes: crianças na faixa de 11 anos que sabem todas as letras, acompanhadas pelos pais. É a música sendo transmitida através das gerações. Essas crianças talvez tenham crescido ouvindo todas essas músicas no banco de trás do carro, como aconteceu com ele próprio quando descobriu os Beatles, os Stones e Bob Dylan através dos discos que seu pai tinha em casa. Agora o Weezer ocupa esse lugar: o de rock clássico, por mais estranho que possa soar.
Comento que você percebia que estava ficando mais velho quando as bandas que eu costumava ver mudavam de categoria na MTV, de alternativa para rock clássico. Ele aceita que categorias são formas de organizar as coisas, de criar mercados. E não há por que se incomodar em ser chamado de clássico ou dos anos 1990, especialmente quando tanta música daquela década continua relevante. Ele havia ouvido o primeiro álbum do The Breeders naquela mesma manhã, e para ele soava tão atual quanto qualquer coisa contemporânea.
Quando a conversa vira para o otimismo musical que sempre caracterizou o Weezer, Bell oferece uma perspectiva mais profunda. Patrick Wilson, baterista da banda, uma vez descreveu o grupo como “refrescante” após a era do grunge pesado e sombrio, e pergunto se ainda há espaço para esse tipo de “otimismo” diante do mundo atual. Bell pontua que sim, desde que não seja cafona, mas mesmo nas músicas que soam felizes, ainda existe uma camada de tristeza lá embaixo, até porque, parte do Weezer é sobre ser “desajustado”, “diferentão”, geek, que seja, mas é sobre aqueles que não se encaixam. “Todas as minhas músicas favoritas são lentas e tristes”, ele diz, citando um trecho de uma música da banda.
Para Bell, há espaço tanto para o otimismo quanto para a gravidade. É possível transmitir mensagens positivas, fazer as pessoas quererem dançar e deixar o sol brilhar sem soar piegas ou superficial. O equilíbrio sempre esteve lá, nas entrelinhas.
Sobre o documentário que supostamente está em produção – inclusive com participação de Keanu Reeves – Bell é honesto: ele não viu nada ainda. Uma equipe de filmagem acompanhou a turnê de 2024 com Flaming Lips e Dinosaur Jr, e este ano no Coachella, mas ninguém mostrou material editado. “Espero que alguém me conte!”, brinca, sem conseguir confirmar datas de lançamento ou mesmo se o projeto vai adiante.
Quando perguntado sobre qual música gostaria de ouvir o público brasileiro cantar em São Paulo, Bell não hesita muito. “Say It Ain’t So”, claro – e a banda vai dar todas as oportunidades para que isso aconteça.
A chamada termina com agradecimentos mútuos. Lá fora, a chuva continua caindo em Los Angeles. Aqui, o clima segue imprevisível. Mas no domingo, quando o Weezer subir ao palco no Parque Ibirapuera, nada disso vai importar. Haverá apenas a música, aquela mesma que conecta pais e filhos, que atravessa oceanos e gerações, que transforma “gente esquisita” em uma comunidade.

SERVIÇO
ÍNDIGO apresenta: Weezer, Bloc Party, Mogwai, Judeline, Otoboke Beaver
Quando: domingo, 02 de novembro de 2025, a partir das 13h
Onde: PARQUE IBIRAPUERA | Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana | 04094-050, São Paulo
Ingressos online: aqui
+++ LEIA MAIS: Por que o nome de Rivers Cuomo (Weezer) tem tudo a ver com Brasil
+++ LEIA MAIS: Após show com Weezer, Mogwai tocará no Rio de Janeiro
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Guitarrista do Weezer fala à RS sobre retorno ao Brasil, influência da bossa nova e mais

Quando Brian Bell atende a videochamada, são quase 8h da manhã em Los Angeles e a chuva cai forte lá fora. Do outro lado da tela, em São Paulo, o clima oscila entre frio e calor, uma montanha-russa climática que logo atribuímos às mudanças climáticas. É um começo casual para uma conversa que revelaria muito sobre como o Weezer, uma das bandas mais emblemáticas do rock alternativo dos anos 1990, se prepara para retornar ao Brasil após seis anos de ausência.
O show acontece neste domingo, 2 de novembro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, como parte do ecossistema ÍNDIGO, projeto curatorial da 30e que reúne também Bloc Party, Mogwai, Judeline e Otoboke Beaver. Será a primeira vez que o Weezer toca em um festival com propostas mais alternativas no país, diferente de 2019, quando, apesar de terem feito um show solo, dividiram o palco com os Foo Fighters no Rock in Rio, festival com um contexto mais voltado ao rock tradicional.
Essa mudança de cenário parece intrigar Bell. Ele menciona que, durante aquela última visita ao Brasil, tentou mergulhar na música local, buscando sons brasileiros autênticos, nativos mesmo, em cafés e lugares diversos. Para sua surpresa, o que mais ouvia era rock alternativo americano. “É o tipo de som que eu faço, mas eu tento ser uma pessoa multicultural, porque viajo bastante e eu tenho que ouvir música de lugares diferentes, especialmente quando eu os visitei”, explicou o artista, antes de admitir: “Eu estava procurando mais disso. Mas eu provavelmente estava no lugar errado”.
E foi dessa curiosidade que nasceu algo inesperado: uma versão bossa nova do clássico da banda, “Island In The Sun“. Bell conta, com um misto de entusiasmo e autoconsciência, que criou um arranjo completo, inclusive com a partitura transcrita — visto que “a música se encaixa bem com a proposta”. Ele imagina um dia entregar a músicos brasileiros de bossa nova que possam fazer coisas que ele próprio não conseguiria. Então, por enquanto, a versão existe apenas na imaginação, não veremos tão cedo ao vivo com o resto da banda.
A conversa sobre gerações surge naturalmente. Bell observa algo fascinante nos shows recentes: crianças na faixa de 11 anos que sabem todas as letras, acompanhadas pelos pais. É a música sendo transmitida através das gerações. Essas crianças talvez tenham crescido ouvindo todas essas músicas no banco de trás do carro, como aconteceu com ele próprio quando descobriu os Beatles, os Stones e Bob Dylan através dos discos que seu pai tinha em casa. Agora o Weezer ocupa esse lugar: o de rock clássico, por mais estranho que possa soar.
Comento que você percebia que estava ficando mais velho quando as bandas que eu costumava ver mudavam de categoria na MTV, de alternativa para rock clássico. Ele aceita que categorias são formas de organizar as coisas, de criar mercados. E não há por que se incomodar em ser chamado de clássico ou dos anos 1990, especialmente quando tanta música daquela década continua relevante. Ele havia ouvido o primeiro álbum do The Breeders naquela mesma manhã, e para ele soava tão atual quanto qualquer coisa contemporânea.
Quando a conversa vira para o otimismo musical que sempre caracterizou o Weezer, Bell oferece uma perspectiva mais profunda. Patrick Wilson, baterista da banda, uma vez descreveu o grupo como “refrescante” após a era do grunge pesado e sombrio, e pergunto se ainda há espaço para esse tipo de “otimismo” diante do mundo atual. Bell pontua que sim, desde que não seja cafona, mas mesmo nas músicas que soam felizes, ainda existe uma camada de tristeza lá embaixo, até porque, parte do Weezer é sobre ser “desajustado”, “diferentão”, geek, que seja, mas é sobre aqueles que não se encaixam. “Todas as minhas músicas favoritas são lentas e tristes”, ele diz, citando um trecho de uma música da banda.
Para Bell, há espaço tanto para o otimismo quanto para a gravidade. É possível transmitir mensagens positivas, fazer as pessoas quererem dançar e deixar o sol brilhar sem soar piegas ou superficial. O equilíbrio sempre esteve lá, nas entrelinhas.
Sobre o documentário que supostamente está em produção – inclusive com participação de Keanu Reeves – Bell é honesto: ele não viu nada ainda. Uma equipe de filmagem acompanhou a turnê de 2024 com Flaming Lips e Dinosaur Jr, e este ano no Coachella, mas ninguém mostrou material editado. “Espero que alguém me conte!”, brinca, sem conseguir confirmar datas de lançamento ou mesmo se o projeto vai adiante.
Quando perguntado sobre qual música gostaria de ouvir o público brasileiro cantar em São Paulo, Bell não hesita muito. “Say It Ain’t So”, claro – e a banda vai dar todas as oportunidades para que isso aconteça.
A chamada termina com agradecimentos mútuos. Lá fora, a chuva continua caindo em Los Angeles. Aqui, o clima segue imprevisível. Mas no domingo, quando o Weezer subir ao palco no Parque Ibirapuera, nada disso vai importar. Haverá apenas a música, aquela mesma que conecta pais e filhos, que atravessa oceanos e gerações, que transforma “gente esquisita” em uma comunidade.

SERVIÇO
ÍNDIGO apresenta: Weezer, Bloc Party, Mogwai, Judeline, Otoboke Beaver
Quando: domingo, 02 de novembro de 2025, a partir das 13h
Onde: PARQUE IBIRAPUERA | Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana | 04094-050, São Paulo
Ingressos online: aqui
+++ LEIA MAIS: Por que o nome de Rivers Cuomo (Weezer) tem tudo a ver com Brasil
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Donald Glover, Avril Lavigne e Jim Carrey são adicionados ao lineup do Rock & Roll Hall of Fame

Estamos a quase uma semana da cerimônia de indução do Hall da Fama do Rock & Roll de 2025, e a lista de artistas e apresentadores continua a crescer, com o elenco agora incluindo Donald Glover, Avril Lavigne, Jim Carrey e mais.
A cerimônia, realizada em 8 de novembro no Peacock Theater, em Los Angeles, também contará com Mick Fleetwood, Janelle Monáe, Nancy Wilson (do Heart), Joe Perry, Mike McCready (do Pearl Jam), Jerry Cantrell (do Alice in Chains), Bryan Adams, En Vogue, Feist, Nathaniel Rateliff, Tedeschi Trucks Band e outros.
A novidade chega após o anúncio de convidados anteriores como Chappell Roan (que apresentará a indução de Cyndi Lauper), Olivia Rodrigo, The Killers, Elton John, Doja Cat, Missy Elliott, David Letterman, Flea, Iggy Pop, Questlove e mais.
“A cada ano, a cerimônia de indução do Hall da Fama do Rock & Roll reúne os artistas mais influentes da música atual para homenagear seus heróis que inspiraram suas músicas e carreiras”, disse John Sykes, presidente da Fundação Rock & Roll Hall of Fame, em comunicado. “Esses artistas vêm de todo o mundo para criar momentos musicais que ficarão para a história e viverão para sempre.”
Além de Lauper, a classe de 2025 do Hall da Fama do Rock & Roll inclui The White Stripes, Outkast, Cher, Soundgarden, Bad Company, Chubby Checker e Joe Cocker na categoria “Performer” (Artista). Warren Zevon e Salt-N-Pepa receberão o “Musical Influence Award” (Prêmio de Influência Musical), enquanto o tecladista Nicky Hopkins, a baixista Carol Kaye (da Wrecking Crew) e o compositor e produtor Thom Bell receberão o “Musical Excellence Awards” (Prêmio de Excelência Musical). O ex-presidente da Warner Bros Records, Lenny Waronker, receberá o “Ahmet Ertegun Award”.
Embora não esteja claro quem exatamente apresentará ou tocará, podemos supor que Letterman fará a indução do falecido Zevon — seu amigo e convidado frequente em seu programa — e que Nancy Wilson, que é da região do Noroeste Pacífico (EUA) e foi uma mentora para bandas grunge, estará envolvida na indução do Soundgarden.
O evento será novamente transmitido ao vivo no Disney+, e uma versão editada irá ao ar na ABC em data posterior.
LEIA TAMBÉM: Gilberto Gil: Jovem Dionísio, Ana Frango Elétrico e Flor Gil regravam o álbum ‘Raça Humana’
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Por que o rock ainda conquista Russell Crowe, segundo o próprio ator

Ator e produtor de cinema neozelandês, Russell Crowe ganhou reconhecimento internacional após vencer o Oscar de Melhor Ator em 2001, por sua interpretação de Maximus Decimus Meridius em Gladiador (2000).
Ele teve papéis de destaque em longas aclamados pela crítica, como O Informante (1999), Uma Mente Brilhante (2001) e Os Miseráveis (2012). Seu filme mais recente, Nuremberg, estreou no AFI Fest na última sexta-feira, 24 de outubro de 2025.
Mas não para por aí: além do currículo extenso no cinema, Crowe também é vocalista de uma banda de rock, recentemente renomeada Indoor Garden Party.
Em entrevista à People na estreia de Nuremberg, ele contou que a banda proporciona uma válvula de escape criativa em meio à vida de ator. “É o meu teatro”, explica. “Já fiz teatro convencional, teatro musical e tudo mais. Mas comecei tocando em bandas de rock and roll, e é um ambiente com o qual me sinto muito à vontade.”
Além do lançamento recente, Crowe continua trabalhando em outros dois projetos: The Last Druid, dirigido por William Eubank, e Unabom, por Janus Metz.
O que é a Indoor Garden Party?
Antes chamada de The Gentleman Barbers, a banda Indoor Garden Party nasceu em 2009, e lançou os álbuns The Musical e Prose And Cons em 2017 e 2024, respectivamente. A formação do grupo não é fixa, e os convidados variam em cada turnê: eles fazem shows em pubs, clubes e teatros que misturam canções originais e covers.
“Gosto de tocar em pubs. Era o que eu fazia quando era mais jovem. Mesmo que meu trabalho principal ocupe muito do meu tempo, nunca deixei de tocar música. Minha jornada no cinema começou tocando em bandas, fazendo turnês e lançando discos” conta Crowe sobre sua trajetória, no portal oficial da banda. “O trabalho com bandas me levou ao teatro musical (Grease, Rocky Horror Show, Blood Brothers) e, milagrosamente, um diretor de cinema me viu atuando em Blood Brothers e me convidou para uma audição”.
Muitos prêmios internacionais depois — incluindo BAFTA, SAG, Oscar e Globo de Ouro — Crowe ainda mantém seu amor pela performance ao vivo. A banda realizou shows pela Europa e Estados Unidos em 2024, e planeja uma apresentação em Sydney, na Austrália, em dezembro de 2025.
Segundo o artista, a vida nos palcos é muito mais livre do que nos sets de filmagem. “A cada dia [no set] você tem que se submeter ao cronograma, às necessidades do personagem, ao que o produtor quer, ao que o diretor quer, ao que o diretor de fotografia exige, ao que o resto do elenco possa precisar”, exemplifica.
“Quando subo a um palco de rock and roll, é anarquia. Não sei o que vai acontecer”, diz Crowe. “É esse tipo de fator desconhecido, a resposta do público, e o que você cria em conjunto com a banda é um pouco diferente a cada vez.”
O que sabemos sobre Nuremberg

O longa é um drama histórico dirigido por James Vanderbilt (roteirista de Zodíaco, O Espetacular Homem-Aranha e Pânico) e acompanha a história do capitão e psiquiatra Douglas M. Kelley (Rami Malek). Durante a Segunda Guerra Mundial, Kelley avalia líderes nazistas para os julgamentos, e fica obcecado em compreender o mal, formando um laço perturbador com Hermann Göring (Russel Crowe).
“O charme é uma das armas mais eficazes do mal”, diz Crowe sobre seu personagem. “Você está lidando com alguém que, como um homem corajoso e inteligente, estava de olho nas oportunidades que se apresentavam a ele. Göring acreditava que podia controlar a narrativa independentemente do que estivesse acontecendo. Como sabemos, isso não se provou correto”, complementa.
Rami, que interpreta o protagonista, afirma que o filme é como uma batalha de inteligência. “E quando você trava uma batalha de qualquer tipo, você usa todo o seu potencial. E foi isso que eu senti dia após dia com Russell”, elogiou. “Russell pode ser muito charmoso e muito cativante, e o mesmo se aplica ao personagem.”
Nuremberg também conta com a participação de atores como Leo Woodall, John Slattery, Colin Hanks e Mark O’Brien. Após sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Toronto, o longa chega aos cinemas estadunidenses em 7 de novembro, mas será lançado no Brasil apenas no primeiro trimestre de 2026.
+++ LEIA MAIS: Gladiador 2: Russel Crowe sente ‘um pouco de ciúme’ da sequência com Paul Mescal
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Gilberto Gil: Jovem Dionísio, Ana Frango Elétrico e Flor Gil regravam o álbum ‘Raça Humana’

O álbum Raça Humana, de Gilberto Gil, lançado originalmente em 1984, ganha uma nova roupagem em um grande encontro de gerações da música brasileira. O disco-tributo, que celebra os mais de 40 anos da obra, chega às plataformas digitais nesta quarta-feira,29, e reúne um time de peso, incluindo Jovem Dionísio, Ana Frango Elétrico, Chico César e a neta do próprio Gil, Flor Gil.
A iniciativa é da produtora Xirê, a mesma por trás do aclamado projeto Refavela 40. A escolha por Raça Humana destaca um momento de ruptura na carreira de Gil, quando o artista abraçou guitarras, sintetizadores e dialogou diretamente com o pop, o rock e a new wave dos anos 80.
“É gratificante escutar nomes talentosos ampliando a vida e o alcance das faixas integrantes deste disco”, celebrou Gilberto Gil sobre a homenagem.
O novo álbum propõe releituras que conectam o passado ao presente. O hit “Vamos Fugir” ganhou uma versão especial com a banda curitibana Jovem Dionísio. A faixa-título, “Raça Humana”, é reinterpretada em um encontro emocionante entre Chico César e Flor Gil, simbolizando a continuidade do legado familiar. Outros destaques incluem “Tempo Rei”, na voz de Mãeana, e “Extra II (Rock do Segurança)”, revisitada por Ana Frango Elétrico. O Álbum conta ainda com as vozes de Mariana Volker, Sílvia Machete, Teago Oliveira, Jota.Pê, Os Garotin e Mestrinho
TRACKLIST
- Extra II (Rock do Segurança) – Ana Frango Elétrico
- Feliz por um Triz – Mariana Volker
- Pessoa Nefasta – Sílvia Machete feat. Teago Oliveira
- Tempo Rei – Mãeana
- Vamos Fugir – Jovem Dionísio
- A Mão da Limpeza – Jota.Pê
- Indigo Blue – Os Garotin
- Vem Morena – Mestrinho
- A Raça Humana – Chico César e Flor Gil
FICHA TÉCNICA
Masterização – Arthur Luna
Produção de finalização – Pedro Malcher
1. Extra II (Rock do Segurança)
Intérprete / Produção musical – Ana Frango Elétrico
Voz, Teclado e Violão – Ana Frango Elétrico
Baixo – Pedro Dantas
Bateria e Percussão – Biel Basile
Backing Vocal – Maria Cau Levy
Engenharia de Som – Gui Jesus
2. Feliz Por Um Triz
Intérprete – Mariana Volker
Produção Musical, Baixo e Backing Vocal – Carol Mathias
Violão – Gabriel Quinto
Percussão – Lucas Videla
Bateria – Manuela Terra
3. Pessoa Nefasta
Intérpretes – Sílvia Machete, Teago Oliveira
Bateria – Thiago Silva
Baixo e Percussão – Dudinha
Violão e Guitarras – Gustavo Ruiz
Teclados – Danilo Andrade
Trompete – Sidmar Vieira
Trombone – Doug Bone
Vocal Samples – Gilberto Gil
Arranjos (base, vocal e metais) – Dudinha
Gravação – Dudinha, Teago Oliveira, Gustavo Ruiz e Danilo Andrade
Mixagem – Dudinha
Masterização – Brendan Duffey
4. Tempo Rei
Intérprete: Ana Lomelino (Mãeana)
Guitarra e Baixo – Bem Gil
Percussão e Teclado – Sebastian Notini
Sanfona – Mestrinho
Produção – Bem Gil e Sebastian Notini
Co-produção – Mãeana
Gravação e Mixagem – Sebastian Notini
Gravação adicional – Gustavo Mendes
Masterização – Arthur Luna
5. Vamos Fugir
Intérpretes – Bernardo Crisostomo Pasquali, Bernardo Derviche Hey, Gabriel Dunajski Mendes, Gustavo Pimentel Karam, Rafael Dunajski Mendes (Jovem Dionísio)
Guitarra – Bernardo Crisostomo Pasquali
Teclado – Bernardo Derviche Hey
Bateria – Gabriel Dunajski Mendes
Baixo – Gustavo Pimentel Karam
Guitarra – Rafael Dunajski Mendes
Guitarra, Baixo e Sintetizador – Rodrigo Lemos da Silva
Produção Musical – Rodrigo Lemos, Lucas Suckow e Jovem Dionísio
Mixagem – Dani Mariano
6. A Mão da Limpeza
Intérprete – Jota.Pê
Voz e Violão – Jota.Pê
Produção Musical, Bateria e Percussão – Kabé Pinheiro
Guitarra – Webster Santos
Piano – Tércio Guimarães
Baixo Acústico – Sidel Vieira
Mixagem – Bruno Giorgi
Gravação – Estúdio Space Blues (por Alexandre Fontanetti e Pedro Luz)
Participantes – João Paulo Gomes da Silva (Jota.Pê), Reverton Pinheiro Soares (Kabé Pinheiro), Webster Santos dos Santos, Tércio Guimarães e Sidel Vieira
7. Indigo Blue
Performers – Os Garotin
Arrangement and Drums – Pepê Santos
Guitars, Programming, Keyboards, Synth Bass, Arrangement – Julio Raposo
Mix – Bernardo Martins
8. Vem Morena
Intérprete – Mestrinho
Sanfona e Voz – Mestrinho
Bateria – Jônatas Sansão
Zabumba – Feh Silva
Triângulo – Elton Moraes
Baixo – Michael Pipoquinha
Guitarra – Felipe Guedes
Teclados – Thiago Almeida
Gravação – Estúdio 4Arte
Mixagem e Masterização – Luiz Paulo Serafim
9. Raça Humana
Intérpretes – Chico César e Flor Gil
Violão, Baixo e Backing Vocal – Rafael Casqueira
Teclados e Synths – Pedro Malcher
Bateria e Percussão – Marcelo Costa
Arranjos – Pedro Malcher e Rafael Casqueira
Trompete – Junior Abreu
Flauta, Flautim e Flauta em G – Rodrigo Revelles
Produção Musical – Pedro Malcher e Rafael Casqueira
Mixagem e Masterização – Arthur Luna
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Lily Allen diz que novo álbum não é cruel ou para se vingar; entenda

Lançado na última sexta-feira, 24, o quinto álbum de estúdio de Lily Allen deu o que falar. Após sete anos sem novidades na música, West End Girl é um deboche explícito sobre o fim do relacionamento com David Harbour, ator de Stranger Things com quem Allen se casou em 2020 — escrito e gravado em apenas 10 dias após a separação, em dezembro de 2024.
Rumores da separação surgiram no início de 2025, e, mais tarde, Allen revelou que se internou em um centro de tratamento para lidar com a “turbulência emocional” do término.
Apesar de se mostrar mais vulnerável do que nunca, a cantora construiu 14 faixas que canalizam o sofrimento frente à infidelidade, ao divórcio e à solidão com muito humor e sarcasmo. A artista comentou, em entrevista recente à revista Interview, que West End Girl “não é um álbum cruel” e não tem o objetivo de vingança. “Não sinto que estou sendo má. Eram apenas os sentimentos que eu estava processando na época”, defende.
O disco revela como Lily enfrenta, acima de uma crise em seu relacionamento amoroso, uma crise existencial. Aos 40 anos (e quase 20 anos de carreira), ela adentra em temas como o amadurecimento da vida adulta e a frustração de expectativas nesse processo. É quase como uma conversa íntima com o ouvinte: as letras são afiadas, mas a melancolia de Allen é o plano de fundo para todas as canções.
Segundo Allen, o álbum é uma mistura de fato e ficção: a música “Madalaine”, por exemplo, discorre sobre a traição de Harbour; Madeleine, entretanto, não é o nome de uma mulher real que se envolveu com o ator, mas uma personagem fictícia que simboliza a “construção de outras”, como disse em entrevista ao The Sunday Times. “É sobre as complexidades dos relacionamentos e como todos nós os enfrentamos. É uma história”, afirmou.
Uma preocupação da artista no processo de desenvolvimento das músicas foi não se colocar na posição de vítima, mas tomar as rédeas da narrativa de sua vida. “Eu sempre dizia: ‘Temos que mudar essa fala. Ela soa muito ‘coitada de mim’.” Eu queria que soasse brutal e trágico, mas também empoderador, que houvesse alegria em poder expressar isso.”
À Interview, Allen disse que está em um estado de espírito mais positivo do que quando criou o disco, e fez as pazes quanto às circunstâncias que a inspiraram.
“Todos nós passamos por términos e é sempre brutal pra caramba. Mas não acho que seja tão comum você se sentir inclinado a escrever sobre isso enquanto está passando por isso”, relata.“É isso que é divertido neste disco; é visceralmente como passar por tudo. Na época, eu estava realmente tentando processar as coisas e isso é ótimo em termos do álbum, mas não me sinto confusa ou com raiva agora”, complementa.
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Katseye se veste como as diferentes eras de Mariah Carey no Halloween — e ela aprova!

Durante o MTV Video Music Awards em setembro, o grupo Katseye pareceu confuso ao ser perguntado sobre seu clipe favorito de Mariah Carey. Agora, o grupo feminino está usando o momento viral do tapete vermelho como inspiração para suas fantasias de Halloween.
Na última terça, 28, Katseye compartilhou um vídeo em que cada integrante se veste com looks icônicos de diferentes eras dos videoclipes de Carey. “Tudo o que eu quero no Halloween é… Gabriela. @billboard, isso responde à sua pergunta sobre nosso videoclipe favorito da @mariahcarey?”, escreveu o grupo no Instagram.
O vídeo começa com Bowen Yang interpretando um apresentador de tapete vermelho que pergunta a cada uma das garotas qual é seu clipe favorito da cantora. Primeiro aparece Daniela, de patins, incorporando o visual de “Fantasy”. Em seguida vem Lara, cantando “Obsessed” e reproduzindo perfeitamente o figurino da vencedora do Grammy. Depois, Sophia surge de branco, evocando a era “Honey”. Logo após, Manon aparece com um vestido de noiva inspirado em “We Belong Together”.
Por fim, Yoonchae chega com um look natalino inspirado em “All I Want for Christmas Is You”, enquanto neve falsa começa a cair. Megan encerra a sequência vestida com um figurino que remete a “Heartbreaker”, enquanto Yang faz referência à personagem “Bianca” do clipe — lembrando a “Gabriela” sobre quem Katseye canta em sua faixa homônima.
Após apresentarem cada era, as garotas iniciam uma performance de “Gabriela”, agora usando figurinos inspirados na fase Rainbow.
“Isso está fofo demais!”, diz Carey em uma participação no final do vídeo. “Isso é Katseye!”
Uma voz fora de cena pergunta: “Você as conhece?” (Sim, é uma referência ao famoso momento de J.Lo.)
“Claro, minha filha ama elas. Alô?”, responde Carey.
No Instagram, o grupo também compartilhou mais clipes com os figurinos — incluindo um com o visual Rainbow, usando o áudio em que alguém pergunta: “Qual é a sua mensagem para os gays?”, antes de todas exclamarem: “Nós amamos os gays!”
O novo vídeo de Halloween chega poucos meses depois do lançamento do segundo EP do grupo, Beautiful Chaos, que inclui as faixas “Gabriela”, “Gnarly” e “Mean Girls”. Elas também lançaram um remix de “Gabriela”, com participação de Young Miko.
“É a gente entrando em nossa maturidade”, disse Lara anteriormente à Rolling Stone sobre o EP. “Sinto que, nesta era, temos sido muito mais autênticas. Não preciso mais colocar uma fachada de nenhum tipo ao falar com as pessoas. Acho isso algo lindo — e você pode ver isso ainda mais no álbum. Dá pra ver mais do nosso fogo.”
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Tyler, the Creator lança deluxe de ‘Chromakopia’ e revela planos de pausa

O rapper e produtor Tyler, the Creator comemorou o aniversário de um ano de Chromakopia (2024) com o lançamento da edição deluxe, intitulada CHROMAKOPIA+, disponibilizada em plataformas de streaming. O diferencial é que a versão adiciona apenas uma nova faixa inédita — “Mother”, que até então estava restrita às edições físicas do álbum.
A nova faixa traz uma abertura de verso inédita, confirmando que não se trata apenas da mesma faixa transferida, mas de uma versão revisitada. (Rap-Up)
Diferente de Call Me If You Get Lost (2021), que recebeu um deluxe com mais oito faixas, Chromakopia foi bem mais contido musicalmente. Entretanto, somente esse disco recebeu um post no Instagram com revelações:
Segundo ele:
Eu estava planejando que este fosse meu último álbum por bastante tempo. Lançar, fazer a grande turnê, desaparecer e só reaparecer para papéis no cinema. Ver como é a vida sem o trabalho sendo prioridade constante. É difícil, porém, eu amo criar coisas.
Além disso, com CHROMAKOPIA+, Tyler também aparece em modo de reflexão: na publicação, ele traça um panorama de sua trajetória, revisita memórias de infância em Inglewood e Hawthorne e fala de sua relação com a casa, a fama e o silêncio.
Ele menciona a turnê gigantesca que seguiu o álbum — “Que turnê linda! … Cincinnati foi meu show favorito”, e abre mão de produzir novos álbuns em breve, caso mantenha o plano anunciado.
Ouça CHROMAKOPIA+ agora mesmo:
Sobre Chromakopia
Originalmente lançado em 28 de outubro de 2024, Chromakopia foi o oitavo álbum de Tyler, the Creator. O disco chegou com uma gama de colaborações importantes, de Daniel Caesar a Lil Wayne, mergulhando em temas como identidade, fama, desejo, paternidade e masculinidade.
Dentre os destaques estão “St. Chroma”, faixa de abertura, e “NOID”, que fala justamente sobre ele estar paranoico por conta da fama em uma sonoridade mais pesada e voltada para o hip hop.
Da metade pro final, músicas como “Like Him” e “Darling, I” inserem piano, vozes etéreas e arranjos mais suaves para mostrar seu lado vulnerável e reflexivo, o que torna o conjunto tão variado quanto coeso.
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