Slipknot processa invasor anônimo para recuperar domínio ‘slipknot.com’ que vende mercadorias piratas

Slipknot entrou com uma ação judicial contra o proprietário anônimo do domínio Slipknot.com para recuperar o site, que atualmente vende mercadorias falsificadas da banda.
Por quase 25 anos, um invasor cibernético anônimo controlou a URL Slipknot, forçando a banda a usar “Slipknot1.com” como site oficial. Embora os dois sites tenham coexistido desde 2001, “Slipknot.com” passou a redirecionar fãs desavisados para links de “Produtos Promocionais Baratos” e “Máscaras de Fantasia” — falsificações das mercadorias e máscaras que a banda realmente vende — tornando a ação judicial necessária.
A banda entrou com a ação, obtida pelo Domain Name Wire, em um tribunal federal da Virgínia no início desta semana sob a Lei de Proteção ao Consumidor Contra Invasão Cibernética. A identidade do proprietário do domínio “Slipknot.com” permanece desconhecida. A pessoa — que comprou o domínio em fevereiro de 2001, dois anos após o lançamento do álbum de estreia do grupo — está vinculada ao site por uma caixa postal nas Ilhas Cayman.
“O nome de domínio foi registrado para lucrar com a boa vontade do autor e enganar visitantes desavisados — sob a impressão de que estão visitando um site de propriedade, operado ou afiliado ao autor — para que cliquem em buscas na web e outros links patrocinados”, escreveu o advogado da banda, Craig Reilly, na ação.
“Um fã do autor ou alguém que desejasse comprar mercadorias autorizadas da banda inevitavelmente visitaria o site “Slipknot.com” presumindo que pertencia ao autor e compraria as mercadorias vinculadas no site, causando danos ao autor”.
No sábado, 18, o site pirata ainda estava ativo, oferecendo mercadorias e “IA Gerativa de Imagens”:

+++LEIA MAIS: A atualização de Eloy Casagrande sobre músicas inéditas do Slipknot
+++LEIA MAIS: A baterista brasileira que substituirá Joey Jordison em show de banda pós-Slipknot
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Slipknot processa invasor anônimo para recuperar domínio ‘slipknot.com’ que vende mercadorias piratas

Slipknot entrou com uma ação judicial contra o proprietário anônimo do domínio Slipknot.com para recuperar o site, que atualmente vende mercadorias falsificadas da banda.
Por quase 25 anos, um invasor cibernético anônimo controlou a URL Slipknot, forçando a banda a usar “Slipknot1.com” como site oficial. Embora os dois sites tenham coexistido desde 2001, “Slipknot.com” passou a redirecionar fãs desavisados para links de “Produtos Promocionais Baratos” e “Máscaras de Fantasia” — falsificações das mercadorias e máscaras que a banda realmente vende — tornando a ação judicial necessária.
A banda entrou com a ação, obtida pelo Domain Name Wire, em um tribunal federal da Virgínia no início desta semana sob a Lei de Proteção ao Consumidor Contra Invasão Cibernética. A identidade do proprietário do domínio “Slipknot.com” permanece desconhecida. A pessoa — que comprou o domínio em fevereiro de 2001, dois anos após o lançamento do álbum de estreia do grupo — está vinculada ao site por uma caixa postal nas Ilhas Cayman.
“O nome de domínio foi registrado para lucrar com a boa vontade do autor e enganar visitantes desavisados — sob a impressão de que estão visitando um site de propriedade, operado ou afiliado ao autor — para que cliquem em buscas na web e outros links patrocinados”, escreveu o advogado da banda, Craig Reilly, na ação.
“Um fã do autor ou alguém que desejasse comprar mercadorias autorizadas da banda inevitavelmente visitaria o site “Slipknot.com” presumindo que pertencia ao autor e compraria as mercadorias vinculadas no site, causando danos ao autor”.
No sábado, 18, o site pirata ainda estava ativo, oferecendo mercadorias e “IA Gerativa de Imagens”:

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Assista Sabrina Carpenter cantar ‘Manchild’ e ‘Nobody’s Son’ no SNL

Convidada musical do Saturday Night Live pela segunda vez, Sabrina Carpenter — que também apresentou o programa de sábado — performou duas faixas de seu sétimo e mais recente álbum, Man’s Best Friend.
Carpenter abriu com o single principal “Manchild”, que ela coescreveu com Jack Antonoff do Bleachers e Amy Allen. A estrela pop, que estampou a capa de julho-agosto da Rolling Stone, brincou conosco quando perguntada se a música é sobre alguém em particular: “É sobre o seu pai”.
A segunda música de Carpenter foi “Nobody’s Son”. A canção reggae-pop — sexta na lista de faixas — foi coescrita por Carpenter, Allen e John Ryan.
Confira a apresentação:
Sobre Man’s Best Friend, que alcançou o topo da parada de álbuns Billboard 200 logo após seu lançamento no final de agosto, Brittany Spanos da Rolling Stone escreveu em uma crítica positiva: “Suas novas músicas estão unidas por seu groove enquanto a desilusão amorosa e a decepção de Carpenter com suas opções masculinas a levam em um tour completamente moderno sobre namorar, abraçar e depois virar o jogo do ritual de humilhação que é ser uma mulher que namora homens”.
Carpenter estreou no SNL em maio de 2024. Durante o final da temporada 49, ela performou seu single de sucesso “Espresso”, que ela incluiria depois em seu álbum Short n’ Sweet, além de um medley de duas músicas de Emails I Can’t Send (2022). A cantora-atriz esteve pela última vez no Studio 8H em fevereiro durante o especial do 50º aniversário, acompanhando Paul Simon em uma versão de “Homeward Bound” de Simon and Garfunkel.
Carpenter estará de volta a Nova York na próxima semana, na reta final de sua turnê Short n’ Sweet. Depois disso, ela estará em Nashville, Toronto e então Los Angeles.
+++LEIA MAIS: A resposta de Sabrina Carpenter à crítica de que ela ‘só canta sobre sexo’
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Travis Scott elogia novo álbum do Tame Impala: ‘Melhor dos últimos dois anos’

O rapper norte-americano Travis Scott surpreendeu os fãs ao publicar em seus stories do Instagram um forte elogio ao recém-lançado álbum Deadbeat, do Tame Impala. Na publicação feita no último sábado, 18, ele declarou:
“Este é o melhor álbum lançado nos últimos dois anos. Kev, você ficou maluco. Tipo, muito maluco. Tipo, mano. Vou te ligar em breve porque preciso entender uma coisa, mano. TODO MUNDO, OUÇA, COMPRE, TOQUE E VIVA ISSO.”
A mensagem aparece sobre a imagem de capa do disco, destacando o impacto que o projeto causou entre artistas e fãs. Travis e Kevin Parker já trabalharam juntos anteriormente — o frontman do Tame Impala participou da produção de faixas do álbum Astroworld (2018), de Travis, consolidando uma parceria artística marcada pela fusão de psicodelia, rap e eletrônica.
Deadbeat, lançado na última sexta, 17, marca o retorno do Tame Impala após cinco anos desde The Slow Rush (2020). O disco apresenta 12 faixas que misturam psicodelia eletrônica e referências ao bush doof australiano. A crítica e o público têm recebido o álbum com entusiasmo, destacando faixas como “My Old Days”, “Dracula” e “Afterthought” como os grandes destaques.
Sobre Deadbeat
Em resumo, depois de explorar o macro em seus últimos álbuns, Parker decide focar no micro. Como ele mesmo explica em entrevista exclusiva à Rolling Stone: “Há beleza no dia a dia. Sabe, o dia a dia é onde nossa vida está. É onde nossa vida está agora mesmo”. Essa mudança de perspectiva é o coração pulsante de Deadbeat.
As inspirações vieram, em primeiro lugar, da cultura bush doof e da cena rave da Austrália Ocidental — festas no meio do nada, envoltas de mata, longe das cidades, onde a música eletrônica encontra a vastidão do interior australiano. Para ele, “a liberdade e a forma como eles fazem me chamam atenção. É totalmente off the grid. É longe da cidade. Longe do mundo real. É só uma forma de se desconectar da realidade”.
Se antes a ida para a eletrônica era só um experimento, agora ela se concretizou em Deadbeat — e logo na concepção do disco. “Era algo que eu amo fazer, sabe? Eu sempre amei música eletrônica, sempre amei dance music. Mas eu simplesmente não tinha confiança para seguir isso. E dessa vez eu pensei: ‘Por que não?’”.
Por fim, liricamente, Deadbeat apresenta Parker canalizando uma “deprê sem fim” — um cara autodepreciativo preso em um loop de feedback negativo quando deveria ter sua vida organizada há muito tempo.
+++LEIA MAIS: Deadbeat: as reflexões de Kevin sobre o dia a dia
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Conheça Headie One, cara do drill britânico que escolheu o trap brasileiro para novo projeto

Ele mal pousou no Brasil e já sentia a energia diferente no ar. Headie One, de 31 anos, chegou ao Brasil em meio a um novo capítulo de sua carreira, um momento marcado por intercâmbios culturais e pela busca de novas sonoridades. Maior nome do drill britânico hoje, o rapper de Tottenham — o mesmo bairro londrino que revelou Adele e Skepta — desembarcou no país não apenas para conhecer fãs, mas para se trancar em estúdio com alguns dos principais artistas da cena trap nacional.
A ideia é simples: se reunir com Papatinho, Orochi, TZ da Coronel, Tokio DK e Major RD para criar um projeto inédito, uma conexão entre Londres e Rio. E, em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, Headie One explicou o motivo:
“Eu gosto da emoção por trás disso. Eu gosto da cultura no Brasil. Eu queria vir e sentir o ambiente e fazer o mesmo musicalmente também”, diz o rapper.
Para o artista, essa viagem representa não só uma aventura pessoal, mas um símbolo de como o drill — um subgênero do rap forjado nas ruas de Londres — já ganhou o mundo e busca novas fronteiras sonoras. Mas vamos dar alguns passos para trás…
Das ruas de Tottenham ao topo das paradas
Nascido Irving Adjei em 1994, Headie One cresceu em Tottenham, distrito no norte de Londres conhecido tanto pela efervescência cultural quanto pelos desafios sociais. A mesma Tottenham que presenciou grandes nomes do rap e grime emergirem — Skepta, Chip e outros — agora vê em Headie One seu novo orgulho local.
“Aquele lugar… influencia toda a minha música porque é tipo toda a minha criação”, reflete Headie, ao lembrar a importância do bairro em sua formação artística. Desde adolescente, ele rimava sobre a vida no conjunto habitacional Broadwater Farm, traduzindo em versos a realidade dura das ruas.
Foi nesse cenário que o drill britânico tomou forma na metade da década de 2010 — um estilo de rap sombrio e pesado, importado do sul de Chicago e adaptado aos sotaques e batidas do Reino Unido. Lançando músicas de forma independente e com sua crew OFB, ele ganhou notoriedade no underground com faixas como “Know Better” (2018), que o tornaram um dos protagonistas dessa cena emergente.
Em janeiro de 2019, Headie conquistou seu primeiro Top 10 no Reino Unido com “18Hunna”, parceria com Dave que entrou direto no sexto lugar das paradas. Era o indício de que o drill havia chegado de vez ao mainstream britânico.
O ápice veio quando Headie One lançou Edna (2020), seu aguardado álbum de estreia. Batizado em homenagem à sua mãe (falecida quando ele era criança), Edna estreou no topo da parada de álbuns do Reino Unido, um feito histórico: foi o primeiro álbum de drill a alcançar o número um nas paradas britânicas. Ainda por cima, três músicas do disco entraram no Top 40 de singles naquela semana (entre elas, “Ain’t It Different”, colaboração com Stormzy e AJ Tracey). Perguntado sobre a importância disso, Irving respondeu: “Foi como um momento lindo porque… a história por trás disso e tudo mais, e foi simplesmente motivação para continuar”. Ele ainda completa: “Fez com que todo o trabalho duro… valesse a pena”.
A consagração comercial veio acompanhada de elogios na imprensa — o jornal The Times o coroou como “astro emergente do drill” e críticos celebraram como Headie levou o som das ruas para um álbum coeso e pessoal.
Grandes parcerias
O sucesso de Edna também rompeu fronteiras e chamou atenção de ícones do hip hop mundial. Ainda em 2020, Drake — artista que dispensa apresentações — se declarou fã e chegou a afirmar que Headie One era “o melhor artista de drill do mundo”. Para o britânico que cresceu ouvindo Drake, a validação do ídolo foi surreal. Mesmo assim, Headie procura manter os pés no chão apesar do hype.
“Eu levo isso com um grão de sal. Eu foco no ofício… e continuo seguindo em frente”, conta sobre como lida com o reconhecimento, preferindo canalizar a pressão em motivação para evoluir artisticamente.
A admiração de Drake não ficou só nas palavras — pouco depois, os dois uniram forças na faixa “Only You Freestyle”, um som de drill lançado de surpresa em julho de 2020. No verso, Drake arrisca gírias britânicas enquanto Headie devolve fogo com seu flow afiado, num encontro que viralizou nas duas pontas do Atlântico. A parceria atingiu o quinto lugar nas paradas do Reino Unido e comprovou o poder global do drill de Tottenham.
Mas se Drake ofereceu projeção internacional, foi colaborando com artistas do próprio Reino Unido que Headie One consolidou sua versatilidade. O rapper já dividiu microfone com gigantes como Stormzy, AJ Tracey e Skepta (seu conterrâneo de Tottenham, com quem gravou “Back to Basics”, que fará show no Brasil no festival CENA2K 2025). Em seu repertório, porém, Headie destaca uma colaboração inusitada como a mais marcante: o cantor de voz etérea Sampha. Juntos, eles gravaram faixas cheias de sentimento — caso de “Sampha’s Plea” no projeto GANG e outras — explorando territórios além do rap.
“Minha colaboração favorita provavelmente é com o Sampha. Sabe, o Sampha tem uma voz muito incrível”, conta Headie, elogiando o colega. “Toda vez que trabalho com ele é muito emotivo e ele conta uma boa história, então todas as coisas que fiz com o Sampha… eu gosto, algumas das minhas favoritas”. Trabalhar com Sampha também o tirou da zona de conforto criativa: “E também foi o mais desafiador, porque nós realmente tivemos que entrar no conceito da música e da narrativa”, relembra sobre o processo detalhista ao lado do cantor.
Entre outras colaborações, Headie ainda gravou com nomes como Future (a faixa “Hear No Evil”) e Burna Boy — este último participa da edição deluxe de Edna, na música “Siberia”.
Versátil, Headie transita bem tanto ao lado de lendas do grime britânico quanto com hitmakers globais do R&B e afrobeats. Cada parceria adiciona um elemento novo ao seu som — e o credencia como um artista apto a dialogar com diferentes cenas.
Do underground ao mainstream: evolução e maturidade artística
Em pouco mais de uma década, Headie One viveu a trajetória completa do drill: do nicho marginal ao topo das paradas, e agora rumo à experimentação sem barreiras. Ele próprio reconhece o quanto seu estilo evoluiu desde os primeiros sons crus até as produções atuais mais sofisticadas.
“Quando comecei há alguns anos, o drill que eu fazia era muito cru e unidimensional… letras impactantes e um tipo particular de batidas”, recorda sobre os primórdios do gênero. “Então, conforme foi ficando maior, temos mais elementos musicais. Temos algumas batidas de drill agora em que eles tocam instrumentos ao vivo… está começando a parecer mais musical em vez de apenas cru”. Essa transição fica clara ao comparar os primeiros hits de Headie — dominados por bases sombrias e rimas sobre a realidade das ruas — com as faixas mais recentes, que trazem arranjos melódicos e letras introspectivas.
Após Edna, o rapper manteve a produtividade alta, lançando uma sequência de projetos e singles que ampliam os horizontes do drill. Em 2021 veio a mixtape Too Loyal For My Own Good, seguida em 2022 por No Borders: European Collaboration Project (na qual ele explorou cenas de diversos países da Europa). Já 2023 o viu atingir a marca de um bilhão de streams no Reino Unido, conquistando um prêmio da indústria fonográfica britânica.
Em 2024, Headie lançou um novo álbum, The Last One, mostrando um artista mais maduro e reflexivo. E em 2025, engatou uma série de singles: “It Is What It Is”, “Balanced” e “Big Darg Status” chegaram como pancadas seguidas, reafirmando seu domínio.
Um fator decisivo nesse amadurecimento artístico, segundo ele mesmo, foi a parceria com produtores visionários. Headie One entende que, para levar o drill a novos territórios, era preciso abrir a mente para além das batidas tradicionais. Por isso, ele não hesitou em colaborar com gente como Fred Again…, produtor vanguardista da música eletrônica e pop. Juntos, lançaram em 2020 o experimental GANG, um projeto que misturou drill com texturas atmosféricas e surpreendeu críticos. Para ele, essas mentes por trás das batidas ajudam a expandir seu leque musical:
“É importante porque… às vezes é bom juntar algumas mentes e obter outras ideias do que outras pessoas podem ouvir. Isso pode ajudar a aprimorar o que você está fazendo como artista”, reflete o rapper. Cada vez trabalhando e conhecendo mais gente, Headie One conseguiu levar seu flow inconfundível para paisagens sonoras novas, incorporando elementos de trap, grime, R&B e até ritmos latinos, sem abandonar a essência que o tornou famoso.
Próxima parada: América Latina
Chegamos em 2025. Headie One, procurando novas sonoridades, encontrou inspiração a milhares de quilômetros de casa, em um universo aparentemente distante: o trap brasileiro. Fascinado pela musicalidade local, Headie se jogou de cabeça nas sessões com Papatinho — produtor carioca conhecido por mesclar rap e funk — e alguns dos trappers mais quentes do país, como Orochi (estrela do rap carioca) e TZ da Coronel (revelação do trap de SP).
Perguntado sobre o que chamou sua atenção no som que vem do Brasil, ele foi direto: “Eu simplesmente gosto da emoção por trás disso”, diz ele sobre o trap e funk nacional. “A vibe que eu recebo daqui [é] muito apaixonada e emotiva dentro da música e das melodias”. Headie destaca que, no Brasil, as batidas de trap carregam melodias marcantes e emotividade, algo que o atrai instantaneamente.
“Na verdade, eu sou fã de música melódica… sou fã de melodias e música emotiva, então é isso que me faz gravitar em direção a isso”, explica, apontando semelhanças entre a veia melódica brasileira e suas próprias preferências musicais. Não por acaso, ele revela acompanhar até nomes do pop e funk nacional como Anitta, Ludmilla e até L7nnon.
No estúdio, a troca pode ser enriquecedora dos dois lados. Headie ficou impressionado com o método de Papatinho, que traz instrumentos para dentro da produção de beat. “Eu gosto do que ele faz… quando estou no estúdio ele toca algumas das coisas ao vivo… acho muito diferente do que os outros fazem”, conta o britânico sobre o processo com o produtor carioca.
A conexão com a América do Sul não termina no Brasil. Depois do Rio, Headie One segue para a Argentina, onde pretende dar continuidade a esse movimento de colaborações intercontinentais. Nos últimos anos, o rapper vinha acompanhando à distância o surgimento de artistas de drill e trap em diversos países — e agora finalmente pôde vivenciar isso de perto.
“Nos últimos anos, tenho me conectado com vários artistas diferentes… estou simplesmente fascinado por isso e quero apenas explorar mais”, conta, empolgado com a perspectiva de trabalhar com talentos da América do Sul. Headie, que adora viajar, enxerga nesses intercâmbios uma via de mão dupla: enquanto leva sua experiência e estilo para fora da Inglaterra, ele também aprende e evolui absorvendo referências locais.
O futuro do drill
O movimento de Headie One reflete um momento maior da música. Pouco mais de dez anos após nascer nos guetos de Chicago e florescer nas ruas de Londres, o drill se tornou um fenômeno global. Hoje o gênero já é mainstream — das paradas britânicas aos virais no TikTok — e ganhou variantes em todos os cantos, de Nova York a Paris, de Gana a São Paulo. Headie vê um futuro cada vez mais diverso para o estilo que o consagrou: “A música drill se tornou muito artística. Temos muito mais narrativas no drill, e as pessoas estão misturando com melodias… agora pode se tornar ainda maior e global e se fundir com outros sons como pop, trap e R&B… está cruzando fronteiras entre outros sons e gêneros”, analisa. Essa fusão de elementos, que há poucos anos seria impensável para um subgênero antes associado apenas a violência e crudidade, hoje é realidade — e Headie One é um dos artistas na linha de frente dessa evolução.
Do alto de seus 31 anos, o rapper de Tottenham já viveu de tudo e agora ele abraça o papel de embaixador de um novo drill — mais melódico, versátil e internacional. Representando uma geração de artistas que não tem medo de derrubar barreiras culturais, ele mostra que a música sempre encontra caminhos para unir mundos. E assim, de Londres para o mundo — passando agora pelo Brasil — Headie One segue escrevendo o próximo capítulo do drill, com batidas que ecoam globalmente e experiências que enriquecem sua arte. Em sua jornada, o peso das ruas londrinas anda de mãos dadas com a calorosa vibração brasileira, provando que o futuro do hip hop é colaborativo, sem fronteiras e cheio de novas possibilidades.
“Obrigado por me receberem. Eu amo a cultura… estive no Rio, estou na América do Sul agora e estou simplesmente absorvendo a vibe das cidades. Quero voltar aqui muito mais vezes e continuar a trabalhar e produzir sons que todos nós possamos explorar juntos e crescer juntos”, finalizou o artista.
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Causa da morte de Ace Frehley, do Kiss, foi revelada

A causa da morte de Ace Frehley, guitarrista original do Kiss, foi uma hemorragia cerebral causada por uma queda recente em seu estúdio, segundo confirmou sua representante, Lori Lousararian. O artista morreu na última quinta, 16, aos 74 anos, em Nova Jersey.
A queda ocorreu semanas antes, em sua casa, e o impacto provocou um sangramento cerebral grave. Frehley foi imediatamente hospitalizado e passou a respirar com a ajuda de aparelhos, mas não apresentou melhora significativa desde então. De acordo com o portal TMZ, fontes próximas revelaram que o músico permaneceu em suporte de vida até que sua família decidiu desligar os equipamentos diante do agravamento do quadro clínico.
A internação do artista já havia sido noticiada anteriormente, e muitos fãs acompanharam apreensivos a evolução de seu estado de saúde. Agora, com a confirmação oficial da causa, o episódio ganha contornos ainda mais tristes para o mundo do rock.
Ace Frehley, o guitarrista original do Kiss
Nascido em 27 de abril de 1951, Paul Daniel “Ace” Frehley começou a tocar guitarra aos 13 anos e cresceu em família musical. Na juventude, integrou várias bandas locais enquanto conciliava trabalhos como carteiro, motorista de táxi e entregador.
Em 1972, respondeu a um anúncio para guitarrista de uma nova banda. Foi selecionado por Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo) e Peter Criss (bateria) após uma curiosa audição na qual apareceu “mal vestido”, segundo os colegas, mas surpreendeu com sua performance.
Juntou-se ao grupo que adotou o nome Kiss em 1973. Frehley criou a persona Spaceman (também Space Ace), pintando estrelas prateadas nos olhos. Também é dele o logotipo de raio duplo da banda.
Ace permaneceu na formação inicialmente até 1982, quando, em meio a problemas com a dependência química e conflitos com Stanley e Simmons, saiu do grupo.
Após deixar o Kiss, formou o Frehley’s Comet, com o qual lançou dois álbuns, e iniciou carreira solo. Em 1996, retornou à banda mascarada para uma turnê de reunião, permanecendo até 2002.
Frehley foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 2014 como membro do Kiss. Foi creditado por 11 álbuns de estúdio do grupo, embora não tenha tocado em um (Creatures of the Night, 1982) e sua presença em outro (Psycho Circus, 1998) seja limitada a apenas algumas faixas. Também disponibilizou oito discos de estúdio em carreira solo.
+++LEIA MAIS: Adeus, Ace Frehley: o Spaceman do Kiss que nos conectou e nos manteve nas alturas
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Se o Tempo é Rei, o Tempo é Gil

Na noite do último sábado, 18, Gilberto Gil subiu ao palco, com sua alma cheirando a talco, em São Paulo, pela última vez. Ainda em sua turnê de despedida, Tempo Rei, o baiano brilhou em noite chuvosa no Allianz Parque com o fogo eterno para afugentar o inferno para outro lugar.
Com mais de 60 anos de carreira, Gil continua dançando sem parar em seus shows, mostrando que o amor dele com o palco é como um grão. Com duas horas e meia de show, o artista entrega tudo, para todos, passeando por discos como Um Banda Um (1982), A Gente Precisa Ver o Luar (1981), Expresso 2222 (1972), Refazenda (1975) e muito mais. Ele emociona, faz dançar, faz sorrir e faz cantar, desde o início com “Palco” até o encerramento com “Toda menina baiana“.
Gilberto Gil é um monolito de genialidade pura, que quanto mais você olha, mais você aprende a amar. Ele sempre andou com fé, pois sabia que ela não costumava faiar. Sabia que ela estava na manhã e no anoitecer, e também no calor do verão. Sabia que ela estava viva e sã, e que também estava para morrer, triste na solidão.

Sabia, também, que a paixão que derramava sobre o público voltava multiplicada — três, quatro, infinitas vezes. Não se iludia: compreendia que o pensamento tem o mesmo fundamento frágil e divino do ser humano e que, num sopro, pode deixar de fundar gregos, baianos e até universos inteiros.
Em cada apresentação da turnê, Gil recebeu um convidado especial. E para coroar essa despedida, chamou ninguém menos que Roberto Carlos. O Rei dividiu os microfones em “A Paz” e, quebrando o protocolo, uniu-se a Gilberto Gil em uma versão arrebatadora de “Além do Horizonte”, levando o público ao delírio.
Este texto deveria ser sobre um show. Mas como escrever sobre um show quando o que vimos foi a própria vida em forma de canção? As letras e melodias de Gil são o legado mais duradouro que ele nos deixa — e seguirão emocionando, conduzindo passos e corações por muitas gerações.
Obrigado, Gil. Aquele abraço.
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Sam Rivers, do Limp Bizkit, sofria de doença hepática; entenda

O músico Sam Rivers, conhecido como baixista da banda de nu metal Limp Bizkit, morreu aos 47 anos neste sábado, 18, nos Estados Unidos. A notícia foi confirmada por seu ex-colega de banda, o baterista John Otto, que prestou homenagens nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada; entretanto, Rivers sofria de uma doença hepática por conta do consumo excessivo de álcool.
Rivers esteve à frente do baixo da banda desde a fundação do Limp Bizkit em 1994 e foi responsável por algumas das linhas mais marcantes do grupo, como nos clássicos “My Generation”, “Rollin’” e “Break Stuff”. Sua única pausa foi entre 2015 e 2018, justamente por conta de complicações em sua saúde. À época, a banda alegou que o motivo do afastamento eram problemas na coluna, mas em 2020, o próprio baixista revelou a verdade em entrevista publicada no livro Raising Hell (Backstage Tales From the Lives of Metal Legends), de 2020 (via site Igor Miranda).
“Eu tive uma doença hepática por causa do consumo excessivo de álcool. Tive que deixar o Limp Bizkit em 2015 porque me sentia péssimo, e alguns meses depois percebi que precisava mudar tudo porque tinha uma doença hepática muito grave. Parei de beber e fiz tudo o que os médicos me disseram. Fiz tratamento para o alcoolismo e um transplante de fígado, que foi perfeito”, disse Sam.
Segundo ele, o diagnóstico veio em 2011. “Parei de beber e lutei contra a doença hepática por um tempo. Fiquei limpo por uns nove ou dez meses e saí em turnê. Eu estava supersóbrio, mas minha vida em casa não era tão boa na época. Assim que terminei a turnê, comecei a beber de novo e depois ainda mais. Voltei a ser um bêbado horrível. A situação ficou tão ruim que precisei ir ao hospital, e o médico disse: ‘Se você não parar, vai morrer. E agora, parece que você precisa de um novo fígado’. Lutei contra uma doença hepática por alguns anos e ela venceu. Precisei fazer um transplante de fígado em 2017.”
A nota publicada pelo Limp Bizkit, assinada por Fred Durst, Wes Borland, John Otto e DJ Lethal, prestou uma homenagem emocionada:
“Sam Rivers não era apenas nosso baixista — ele era pura magia. A pulsação por trás de cada música, a calma no caos, a alma no som. Compartilhamos tantos momentos — selvagens, tranquilos, lindos — e cada um deles significou mais porque Sam estava lá. Ele era um ser humano único. Uma verdadeira lenda das lendas. E seu espírito viverá para sempre em cada groove, cada palco, cada memória. Nós te amamos, Sam. Nós te carregaremos conosco, para sempre. Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba.”
Rivers viria ao Brasil com o Limp Bizkit para um show único no Allianz Parque, em São Paulo, em 20 de dezembro. O evento segue confirmado e contará também com apresentações de Yungblud, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad.
Vida e carreira de Sam Rivers
Em resumo, Samuel Robert Rivers, mais conhecido no mundo da música como Sam Rivers, nasceu em dois de setembro de 1977, em Jacksonville, Flórida, nos Estados Unidos.
Sua relação com a arte começou logo cedo, na infância: aprendeu a tocar tuba, mas se interessou pela guitarra na adolescência — até que, por sugestão de um professor, adotou o baixo, instrumento que definiria sua carreira, na qual também integrou o grupo Sleepkillers e atuou como produtor, colaborando em discos de bandas como Burn Season e The Embraced.
Durante a juventude, Rivers conheceu Fred Durst, vocalista e líder do Limp Bizkit, enquanto ambos trabalhavam em uma rede de fast food em um shopping de Jacksonville. A parceria resultou na criação da banda Malachi Sage, embrião do que mais tarde se tornaria a icônica banda de nu metal, já com a chegada do baterista John Otto. Já DJ Lethal e o guitarrista Wes Borland completariam a formação em outro momento.
Por fim, como baixista, Sam participou de todos os seis álbuns de estúdio do Limp Bizkit. Em Results May Vary (2003), gravou partes de guitarra durante o período no qual Borland estava fora da formação do grupo. Em 2015, foi anunciado seu afastamento temporário da banda devido a um suposto problema na coluna. Mais tarde, revelou-se que Rivers enfrentava uma doença hepática causada pelo consumo excessivo de álcool — condição que o levou a passar por um transplante de fígado.
+++LEIA MAIS: Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit, aos 48 anos
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Sam Rivers, do Limp Bizkit, sofria de doença hepática; entenda

O músico Sam Rivers, conhecido como baixista da banda de nu metal Limp Bizkit, morreu aos 47 anos neste sábado, 18, nos Estados Unidos. A notícia foi confirmada por seu ex-colega de banda, o baterista John Otto, que prestou homenagens nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada; entretanto, Rivers sofria de uma doença hepática por conta do consumo excessivo de álcool.
Rivers esteve à frente do baixo da banda desde a fundação do Limp Bizkit em 1994 e foi responsável por algumas das linhas mais marcantes do grupo, como nos clássicos “My Generation”, “Rollin’” e “Break Stuff”. Sua única pausa foi entre 2015 e 2018, justamente por conta de complicações em sua saúde. À época, a banda alegou que o motivo do afastamento eram problemas na coluna, mas em 2020, o próprio baixista revelou a verdade em entrevista publicada no livro Raising Hell (Backstage Tales From the Lives of Metal Legends), de 2020 (via site Igor Miranda).
“Eu tive uma doença hepática por causa do consumo excessivo de álcool. Tive que deixar o Limp Bizkit em 2015 porque me sentia péssimo, e alguns meses depois percebi que precisava mudar tudo porque tinha uma doença hepática muito grave. Parei de beber e fiz tudo o que os médicos me disseram. Fiz tratamento para o alcoolismo e um transplante de fígado, que foi perfeito”, disse Sam.
Segundo ele, o diagnóstico veio em 2011. “Parei de beber e lutei contra a doença hepática por um tempo. Fiquei limpo por uns nove ou dez meses e saí em turnê. Eu estava supersóbrio, mas minha vida em casa não era tão boa na época. Assim que terminei a turnê, comecei a beber de novo e depois ainda mais. Voltei a ser um bêbado horrível. A situação ficou tão ruim que precisei ir ao hospital, e o médico disse: ‘Se você não parar, vai morrer. E agora, parece que você precisa de um novo fígado’. Lutei contra uma doença hepática por alguns anos e ela venceu. Precisei fazer um transplante de fígado em 2017.”
A nota publicada pelo Limp Bizkit, assinada por Fred Durst, Wes Borland, John Otto e DJ Lethal, prestou uma homenagem emocionada:
“Sam Rivers não era apenas nosso baixista — ele era pura magia. A pulsação por trás de cada música, a calma no caos, a alma no som. Compartilhamos tantos momentos — selvagens, tranquilos, lindos — e cada um deles significou mais porque Sam estava lá. Ele era um ser humano único. Uma verdadeira lenda das lendas. E seu espírito viverá para sempre em cada groove, cada palco, cada memória. Nós te amamos, Sam. Nós te carregaremos conosco, para sempre. Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba.”
Rivers viria ao Brasil com o Limp Bizkit para um show único no Allianz Parque, em São Paulo, em 20 de dezembro. O evento segue confirmado e contará também com apresentações de Yungblud, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad.
Vida e carreira de Sam Rivers
Em resumo, Samuel Robert Rivers, mais conhecido no mundo da música como Sam Rivers, nasceu em dois de setembro de 1977, em Jacksonville, Flórida, nos Estados Unidos.
Sua relação com a arte começou logo cedo, na infância: aprendeu a tocar tuba, mas se interessou pela guitarra na adolescência — até que, por sugestão de um professor, adotou o baixo, instrumento que definiria sua carreira, na qual também integrou o grupo Sleepkillers e atuou como produtor, colaborando em discos de bandas como Burn Season e The Embraced.
Durante a juventude, Rivers conheceu Fred Durst, vocalista e líder do Limp Bizkit, enquanto ambos trabalhavam em uma rede de fast food em um shopping de Jacksonville. A parceria resultou na criação da banda Malachi Sage, embrião do que mais tarde se tornaria a icônica banda de nu metal, já com a chegada do baterista John Otto. Já DJ Lethal e o guitarrista Wes Borland completariam a formação em outro momento.
Por fim, como baixista, Sam participou de todos os seis álbuns de estúdio do Limp Bizkit. Em Results May Vary (2003), gravou partes de guitarra durante o período no qual Borland estava fora da formação do grupo. Em 2015, foi anunciado seu afastamento temporário da banda devido a um suposto problema na coluna. Mais tarde, revelou-se que Rivers enfrentava uma doença hepática causada pelo consumo excessivo de álcool — condição que o levou a passar por um transplante de fígado.
+++LEIA MAIS: Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit, aos 48 anos
O post Sam Rivers, do Limp Bizkit, sofria de doença hepática; entenda apareceu primeiro em Rolling Stone Brasil.
Sam Rivers, do Limp Bizkit, sofria de doença hepática; entenda

O músico Sam Rivers, conhecido como baixista da banda de nu metal Limp Bizkit, morreu aos 47 anos neste sábado, 18, nos Estados Unidos. A notícia foi confirmada por seu ex-colega de banda, o baterista John Otto, que prestou homenagens nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada; entretanto, Rivers sofria de uma doença hepática por conta do consumo excessivo de álcool.
Rivers esteve à frente do baixo da banda desde a fundação do Limp Bizkit em 1994 e foi responsável por algumas das linhas mais marcantes do grupo, como nos clássicos “My Generation”, “Rollin’” e “Break Stuff”. Sua única pausa foi entre 2015 e 2018, justamente por conta de complicações em sua saúde. À época, a banda alegou que o motivo do afastamento eram problemas na coluna, mas em 2020, o próprio baixista revelou a verdade em entrevista publicada no livro Raising Hell (Backstage Tales From the Lives of Metal Legends), de 2020 (via site Igor Miranda).
“Eu tive uma doença hepática por causa do consumo excessivo de álcool. Tive que deixar o Limp Bizkit em 2015 porque me sentia péssimo, e alguns meses depois percebi que precisava mudar tudo porque tinha uma doença hepática muito grave. Parei de beber e fiz tudo o que os médicos me disseram. Fiz tratamento para o alcoolismo e um transplante de fígado, que foi perfeito”, disse Sam.
Segundo ele, o diagnóstico veio em 2011. “Parei de beber e lutei contra a doença hepática por um tempo. Fiquei limpo por uns nove ou dez meses e saí em turnê. Eu estava supersóbrio, mas minha vida em casa não era tão boa na época. Assim que terminei a turnê, comecei a beber de novo e depois ainda mais. Voltei a ser um bêbado horrível. A situação ficou tão ruim que precisei ir ao hospital, e o médico disse: ‘Se você não parar, vai morrer. E agora, parece que você precisa de um novo fígado’. Lutei contra uma doença hepática por alguns anos e ela venceu. Precisei fazer um transplante de fígado em 2017.”
A nota publicada pelo Limp Bizkit, assinada por Fred Durst, Wes Borland, John Otto e DJ Lethal, prestou uma homenagem emocionada:
“Sam Rivers não era apenas nosso baixista — ele era pura magia. A pulsação por trás de cada música, a calma no caos, a alma no som. Compartilhamos tantos momentos — selvagens, tranquilos, lindos — e cada um deles significou mais porque Sam estava lá. Ele era um ser humano único. Uma verdadeira lenda das lendas. E seu espírito viverá para sempre em cada groove, cada palco, cada memória. Nós te amamos, Sam. Nós te carregaremos conosco, para sempre. Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba.”
Rivers viria ao Brasil com o Limp Bizkit para um show único no Allianz Parque, em São Paulo, em 20 de dezembro. O evento segue confirmado e contará também com apresentações de Yungblud, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad.
Vida e carreira de Sam Rivers
Em resumo, Samuel Robert Rivers, mais conhecido no mundo da música como Sam Rivers, nasceu em dois de setembro de 1977, em Jacksonville, Flórida, nos Estados Unidos.
Sua relação com a arte começou logo cedo, na infância: aprendeu a tocar tuba, mas se interessou pela guitarra na adolescência — até que, por sugestão de um professor, adotou o baixo, instrumento que definiria sua carreira, na qual também integrou o grupo Sleepkillers e atuou como produtor, colaborando em discos de bandas como Burn Season e The Embraced.
Durante a juventude, Rivers conheceu Fred Durst, vocalista e líder do Limp Bizkit, enquanto ambos trabalhavam em uma rede de fast food em um shopping de Jacksonville. A parceria resultou na criação da banda Malachi Sage, embrião do que mais tarde se tornaria a icônica banda de nu metal, já com a chegada do baterista John Otto. Já DJ Lethal e o guitarrista Wes Borland completariam a formação em outro momento.
Por fim, como baixista, Sam participou de todos os seis álbuns de estúdio do Limp Bizkit. Em Results May Vary (2003), gravou partes de guitarra durante o período no qual Borland estava fora da formação do grupo. Em 2015, foi anunciado seu afastamento temporário da banda devido a um suposto problema na coluna. Mais tarde, revelou-se que Rivers enfrentava uma doença hepática causada pelo consumo excessivo de álcool — condição que o levou a passar por um transplante de fígado.
+++LEIA MAIS: Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit, aos 48 anos
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