‘Depois da Caçada’, novo filme de Luca Guadagnino, estreia nos cinemas brasileiros
Depois da Caçada, novo filme do diretor Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome e Rivais), estrelado por Julia Roberts (Um Lugar Chamado Notting Hill), Ayo Edebiri (O Urso) e Andrew Garfield (O Espetacular Homem Aranha), estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 9 de outubro.
Do que se trata?
Depois da Caçada é um drama psicológico sobre uma professora universitária (Julia Roberts) que se encontra em uma encruzilhada quando uma estudante (Ayo Edebiri) faz uma acusação contra um professor (Andrew Garfield), e um segredo obscuro do seu próprio passado ameaça vir à tona.
Quem está no elenco?
Além do trio principal, o elenco do filme também conta com Chloë Sevigny (Psicopata Americano) e Michael Stuhlbarg, que trabalhou com Guadagnino em Me Chame Pelo Seu Nome.
Os músicos e compositores Trent Reznor e Atticus Ross, responsáveis pela trilha sonora de Rivais e Queer, filmes dirigidos por Luca Guadagnino, também retomam a parceria com o diretor.
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‘Amores Brutos’, de Alejandro González Iñárritu, reestreia nos cinemas brasileiros
Amores Brutos (2000), estreia de Alejandro G. Iñárritu (21 Gramas) e marco do cinema latino-americano contemporâneo, está de volta aos cinemas brasileiros. O longa, que completa 25 anos em 2025, retorna em versão restaurada em 4K, exibida este ano na seleção Cannes Classics e agora em circulação mundial.
Do que se trata?
Lançado em 2000, o filme acompanha três histórias interligadas pela brutalidade de um acidente de carro na Cidade do México. Entre amor, violência e sobrevivência, Iñárritu constrói um retrato fragmentado e visceral da vida urbana, abrindo caminho para a estética que marcaria sua carreira em obras como 21 Gramas e Babel.
O elenco conta com Gael García Bernal, Goya Toledo, Emilio Echevarría e Vanessa Bauche, entre outros. Premiado com o Grande Prêmio da Semana da Crítica no Festival de Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Amores Brutos consolidou Iñárritu como um dos grandes cineastas do século 21 e revelou nomes fundamentais para o cinema mexicano contemporâneo.
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Carazinho ganha festival internacional de cinema a partir de novembro
A partir de novembro, a cidade de Carazinho, no Rio Grande do Sul, ganha um festival de cinema para chamar de seu. Entre 13 e 20 de novembro, acontece a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Carazinho, no Cine Lúmine Carazinho, com cerca de 40 produções, entre longas e curtas-metragens, em sua programação.
A primeira edição do festival tem como tema o “Pionerismo Feminino: Enaltecendo Alice Guy-Blaché”, uma homenagem à inventora do cinema narrativo. Além da cineasta francesa, Adélia Sampaio, primeira diretora negra de um longa-metragem no Brasil, e Jayme Monjardim também estão entre os homenageados.
O processo de seleção de filmes contou com mais de cinco mil inscritos. Os 40 selecionados são divididos em 17 categorias, incluindo “Melhor Longa”, que conta com uma premiação de dois mil dólares, além de uma estreia internacional.
Um dos criadores do festival, junto com Yasmin Martins Mendes, Diego Esteve quis realizá-lo na cidade em que foi criado porque, com cerca de 50 mil habitantes, Carazinho não investe no cinema. As sessões do festival, inclusive, acontecem no único cinema da cidade, que ficou fechado por mais de 15 anos e reaberto recentemente.
“Nosso objetivo é incentivar novas vozes, conectar talentos e fortalecer a cadeia produtiva do cinema em nível local, nacional e internacional. Seja você um cineasta emergente ou um nome consagrado, o Festival Internacional de Cinema de Carazinho é o espaço ideal para mostrar sua visão ao mundo. Meu desejo é levar de volta para a cidade o que ela me deu. Se hoje eu trabalho com cultura, muito disso veio da criação que eu tive em Carazinho”, conta Diego.
Com grandes ambições, a organização planeja realizar edições anuais do Festival Internacional de Cinema de Carazinho, expandindo-o para outras cidades, e ainda pensa em tornar o vencedor do prêmio de “Melhor Longa” automaticamente elegível para o Oscar, graças a Yasmin, que faz parte do comitê de elegibilidade.
“O Brasil vive em uma bolha, e é muito complicado furar essa bolha. Hoje a produção cultural é muito centrada em certas regiões, o que impossibilidade muitos jovens talentos de terem sucesso. O artista pode ser muito criativo, mas se ele não souber como chegar nas pessoas certas, essa criatividade nunca será vista. Então a gente quer levar o festival para cidades, encontrar esses talentos e construir meios para que eles possam ter sucesso em sua jornada”, explica Yasmin.
Confira todos os concorrentes da 1ª edição do Festival Internacional de Cinema de Carazinho nas redes sociais do evento:
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Kevin Costner revela quais são os dois papéis favoritos de sua carreira
Veterano de Hollywood e ícone dos filmes de faroeste e dramas esportivos, Kevin Costner (Dança com Lobos) surpreendeu os fãs ao revelar quais foram, entre tantas performances marcantes, os dois papéis que mais o marcaram ao longo de sua trajetória. Nenhum deles, curiosamente, está entre os que o público costuma apontar como os mais icônicos.
Em entrevista recente ao The News International, o astro — também lembrado por clássicos como Os Intocáveis (1987), Campo dos Sonhos (1989), JFK (1991) e O Guarda-Costas (1992) — apontou Billy Chapel, de Por Amor (1999), e Charlie Waite, de Pacto de Justiça (2003), como os personagens que mais o tocaram pessoalmente.
No filme Por Amor, dirigido por Sam Raimi (Homem-Aranha), Costner interpreta um veterano arremessador de beisebol em sua última partida no estádio do Yankees, enquanto reflete sobre as perdas e conquistas de sua vida. Já em Pacto de Justiça — produção que ele também dirigiu — o ator vive um rancheiro que enfrenta um poderoso fazendeiro em uma história que mistura honra, amizade e a dureza do Velho Oeste.
Fonte: Yahoo
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‘Faça Ela Voltar’, terror dos diretores de ‘Fale Comigo’, estreia nas plataformas digitais
Faça Ela Voltar, o novo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou, de Fale Comigo (2022), já pode ser conferido no conforto de sua casa após passagem pelos cinemas. Mas onde assistir à novidade, disponível nas plataformas digitais?
Do que se trata?
A trama acompanha os meio-irmãos Andy e Piper, interpretados por Billy Barratt (Kraven, O caçador) e Sora Wong, que se veem envolvidos em um ritual sombrio após se mudarem para a casa isolada de sua nova mãe adotiva, papel vivido por Sally Hawkins (Paddington).
Quem está no elenco?
O elenco ainda conta com Jonah Wren Phillips, Sally-Anne Upton, Stephen Phillips e Mischa Heywood, compondo o núcleo dessa história inquietante sobre trauma, espiritualidade e horrores ocultos.
Onde assistir à novidade?
O terror da A24 já está disponível para compra e aluguel nas principais plataformas digitais, como loja da Apple e no Prime Video, onde você tem um período de 30 dias para começar a assistir após alugado e, após o início, precisa terminar de assistir em 48 horas. Confira o trailer:
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Ridley Scott admite que prefere rever seus filmes porque o cinema atual é ‘uma porcaria’
Durante uma conversa no British Film Institute, em Londres, no último domingo (5), Ridley Scott (Gladiador 2) não poupou palavras ao falar sobre o estado atual da indústria cinematográfica. O diretor britânico, responsável por clássicos como Gladiador e Alien: O Oitavo Passageiro, afirmou que a maioria dos filmes produzidos hoje é “uma porcaria” e que o excesso de produções tem levado o cinema a um mar de mediocridade.
“A quantidade de filmes feitos hoje, literalmente no mundo todo — milhões. Não milhares, milhões… e a maioria é uma porcaria”, declarou o cineasta, em conversa com seu filho Luke Scott, segundo o jornal Metro.
Scott também criticou o uso excessivo de efeitos digitais, que, segundo ele, acabam mascarando a falta de boas histórias. “Muitos filmes hoje são salvos — e ficam mais caros — por causa dos efeitos digitais. O problema é que eles não têm uma grande história no papel primeiro. É preciso colocar no papel!”, disse.
Aos 87 anos, o diretor ainda mantém uma carreira ativa, mas confessou que tem encontrado pouco prazer em assistir às produções contemporâneas. “Estamos nos afogando em mediocridade”, afirmou. “Então o que eu faço — é horrível dizer isso —, mas comecei a assistir aos meus próprios filmes, e na verdade eles são bem bons! E não envelhecem.”
Scott contou que recentemente reviu Falcão Negro em Perigo (2001) e se surpreendeu com o resultado: “Pensei: como diabos consegui fazer isso?”, brincou. Apesar das críticas, o diretor reconheceu que ainda há exceções no cenário atual. “De vez em quando surge um bom filme, e é quase um alívio ver que ainda há alguém fazendo algo de qualidade.”
Mesmo com mais de cinco décadas de carreira, Ridley Scott afirmou que se aposentar seria “impossível”. Depois do lançamento de Gladiador II em 2024, estrelado por Paul Mescal (Normal People), ele revelou que já finalizou seu próximo projeto, o filme de ficção científica pós-apocalíptico The Dog Stars, com Jacob Elordi (O Morro dos Ventos Uivantes), e que trabalha no roteiro de um terceiro Gladiador.
“O personagem de Paul ainda está por aí, e tecnicamente é o imperador de Roma”, adiantou o diretor. “Tenho uma ideia bem clara do que quero fazer — mas não vou contar, senão vocês roubam!”
Fonte: Variety
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O Agente Secreto, candidado do Brasil ao Oscar 2026, ganha novo trailer
A Vitrine Filmes divulgou, nesta segunda-feira (6), um novo trailer de O Agente Secreto, novo filme de Kleber Mendonça Filho (Bacurau) estrelado por Wagner Moura (Guerra Civil), que chega aos cinemas brasileiros em novembro.
Cotado para representar o Brasil no Oscar 2026, o longa terá sessões especiais na 27ª edição do Festival do Rio, realizada até o próximo dia 12 de outubro, e na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, marcada para acontecer entre os dias 16 e 30 de outubro. Saiba mais sobre o filme e confira o trailer a seguir:
Qual é a história de O Agente Secreto?
A trama é ambientada na década de 1970 e gira em torno de Marcelo (Wagner Moura), um professor universitário que foge de São Paulo para Recife para escapar de agentes governamentais que o procuram por atividades subversivas. No entanto, logo descobre que está sendo espionado pelos vizinhos.
Além de Moura, o elenco de O Agente Secreto ainda conta com Maria Fernanda Cândido (Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore), Gabriel Leone (Senna), Alice Carvalho (Cangaço Novo), Isabél Zuaa (O Nó do Diabo), Rubens Santos (Aquarius), Udo Kier (Bacurau), Thomás Aquino (DNA do Crime), Suzy Lopes (Paloma), Buda Lira (Mais Pesado É o Céu), Carlos Francisco (Marte Um), Wilson Rabelo (Bandida: A Número Um) e Laura Lufési.
Quando estreia O Agente Secreto?
Além de dirigir, Kleber Mendonça Filho também é responsável pelo roteiro de O Agente Secreto, que estreia em 6 de novembro de 2025 nos cinemas brasileiros. Assista ao novo trailer da novidade a seguir:
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Mostra de Cinema de São Paulo anuncia programação de sua 49ª edição
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo anunciou as produções na programação de sua 49ª edição, que acontece entre os dias 16 e 30 de outubro. Ao todo, entre longas, curtas e séries, o evento traz 373 títulos de 80 países, que serão exibidos em mais de 50 salas de cinema, espaços culturais e CEUs localizados na capital paulista.
Sirât, longa de Oliver Laxe, vencedor do prêmio do júri no Festival de Cannes, foi o escolhido para a abertura da 49ª Mostra, que acontece na quarta-feira, dia 15 de outubro, na Sala São Paulo. As atrizes Stefania Gadda e Jade Oukid, que atuam na produção, estarão presentes na sessão especial, que ainda irá contar com a presentação do diretor e roteirista Charlie Kaufman, responsável pelo curta Como Fotografar um Fantasma, a ser exibido antes do longa.
O cineasta, que já assinou sucessos como Quero Ser John Malkovich (1999), Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004) e Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020), também será homenageado com o Prêmio Leon Cakoff, que reconhece personalidades da cultura e do mercado audiovisual, assim como o quadrinista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, que ganha uma cinebiografia em breve.
Jafar Panahi também participa da 49ª Mostra para apresentar o seu filme mais recente, Foi Apenas um Acidente, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes deste ano. O cineasta iraniano ainda receberá o Prêmio Humanidade, dedicado a personalidades que se preocupam com questões humanistas, sociais e políticas de forma corajosa e sensível, e fará uma conversa com o público. A seguir, confira alguns dos destaques na programação da 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e tenha acesso à lista completa, com os 373 títulos, clicando aqui:
- O Som da Queda, de Mascha Schilinski;
- Urchin, de Harris Dickinson;
- Pai Mãe Irmã Irmão, de Jim Jarmusch;
- A Irmã Mais Nova, de Hafsia Herzi;
- Vida de Fantasia, de Matthew Shear;
- No Other Choice, de Park Chan-wook;
- Dracula e Kontinental ’25, de Radu Jude;
- A Incrível Eleanor, de Scarlett Johansson;
- Era uma Vez em Gaza, de Arab Nasser e Tarzan Nasser;
- Christy, de Brendan Canty;
- Cabelo, Papel, Água…, de Nicolas Graux;
- Feliz Aniversário, de Sarah Goher;
- A Sombra do Meu Pai, de Akinola Davies Jr.;
- Sorry, Baby, de Eva Victor;
- Fiume o Morte!, de Igor Bezinović;
- Jovens Mães, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne;
- Maya, Me Dê Um Título, de Michel Gondry;
- Resurrection, de Bi Gan;
- The President’s Cake, de Hasan Hadi;
- O Riso e a Faca, de Pedro Pinho;
- Blue Moon e Nouvelle Vague, de Richard Linklater;
- Se Tiver Medo, Coloque o Coração na Boca e Sorria, de Marie Luise Lehner;
- Caracol Branco, de Elsa Kremser e Levin Peter;
- Atropia, de Hailey Gates;
- DJ Ahmet, de Georgi Unkovski;
- Ontem à Noite Conquistei Tebas, de Gabriel Azorín;
- O Lago, de Fabrice Aragno;
- Abaixo das Nuvens, de Gianfranco Rosi;
- Garça-Azul, de Sophy Romvari;
- Duas Estações, Dois Desconhecidos, de Sho Miyake;
- No Caminho, de David Pablos;
- Seis Dias Naquela Primavera, de Joachim Lafosse; e
- Verão Breve, de Nastia Korkia.
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Depois da Caçada e a manutenção do status quo pela própria sobrevivência
Emendando um longa atrás do outro desde 2017, quando ganhou destaque com Me Chame Pelo Seu Nome, Luca Guadagnino se debruça sobre o roteiro de estreia da atriz Nora Garrett e entrega um thriller à altura de seus lançamentos mais recentes, Rivais e Queer, ambos de 2024, em Depois da Caçada, escolhido para abrir a 27ª edição do Festival do Rio, que acontece até o próximo dia 12 de outubro.
Na novidade, uma professora universitária se vê envolvida em uma crise ética e profissional quando a sua melhor amiga acusa outro professor, um amigo de longa data, de agressão sexual. Enquanto os conflitos no campus se intensificam, a partir da divulgação da notícia e o início de uma investigação, segredos da professora ameaçam vir à tona, testando os seus limites entre lealdade, justiça e convicção.
Depois da Caçada apresenta um conflito geracional calcado em uma questão que atravessa gerações tornando-se cada vez mais complicada com o passar dos anos. Não há respostas fáceis para um caso de agressão sexual e o longa de Guadagnino trabalha justamente em cima disso, atualizando a discussão com novas possibilidades: a situação é a mesma — o abuso viabilizado por uma hierarquia de poder —, mas as personagens são diferentes.
De um lado, há a vítima, uma jovem mulher negra e lésbica, mas nascida em uma família rica e privilegiada, que mesmo assim não teria o talento ou a habilidade para ser extraordinária em sua vida acadêmica, como seria esperado. Do outro, um homem branco e heterossexual, um superpredador na cadeia social, mas que lutou para conquistar o destaque profissional pelo qual é reconhecido. Ambos contam as suas histórias — e ambos podem estar dizendo a verdade.
Sem uma única versão a ser considerada, a questão acaba caindo sobre Alma Imhoff (Julia Roberts, O Mundo Depois de Nós), a professora universitária que se vê no meio do conflito entre a vítima, a sua melhor aluna Maggie Price (Ayo Edebiri, O Urso), e o agressor, um de seus amigos mais íntimos, o professor assistente Hank Gibson (Andrew Garfield, Todo Tempo que Temos).
Progressista na hora de defender os próprios direitos em um mundo dominado por homens exatamente como o seu colega, Alma se mostra bastante conservadora quando a acusação surge. Fielmente atada à sua rotina, a professora pende para a manutenção do status quo — afinal, como ser correto em um mundo incorreto? — por parecer temer que a sua vida perfeitamente construída vá pelos ares.
Ao final, sem banalizar uma questão delicada e de extrema importância, Depois da Caçada se exime de dar um veredito sobre o conflito principal, deixando pistas no ar de que, no fim das contas, uma andorinha só não faz verão; e centra a sua solução em Alma e o que a levou a tomar as atitudes que tomou diante do caso. A revelação não só choca como acrescenta uma nova perspectiva dramática à história, aumentando ainda mais as dúvidas e reafirmando que a questão pode ser sempre mais delicada e nociva do que podemos imaginar.
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Na novidade, uma professora universitária se vê envolvida em uma crise ética e profissional quando a sua melhor amiga acusa outro professor, um amigo de longa data, de agressão sexual. Enquanto os conflitos no campus se intensificam, a partir da divulgação da notícia e o início de uma investigação, segredos da professora ameaçam vir à tona, testando os seus limites entre lealdade, justiça e convicção.
Depois da Caçada apresenta um conflito geracional calcado em uma questão que atravessa gerações tornando-se cada vez mais complicada com o passar dos anos. Não há respostas fáceis para um caso de agressão sexual e o longa de Guadagnino trabalha justamente em cima disso, atualizando a discussão com novas possibilidades: a situação é a mesma — o abuso viabilizado por uma hierarquia de poder —, mas as personagens são diferentes.
De um lado, há a vítima, uma jovem mulher negra e lésbica, mas nascida em uma família rica e privilegiada, que mesmo assim não teria o talento ou a habilidade para ser extraordinária em sua vida acadêmica, como seria esperado. Do outro, um homem branco e heterossexual, um superpredador na cadeia social, mas que lutou para conquistar o destaque profissional pelo qual é reconhecido. Ambos contam as suas histórias — e ambos podem estar dizendo a verdade.
Sem uma única versão a ser considerada, a questão acaba caindo sobre Alma Imhoff (Julia Roberts, O Mundo Depois de Nós), a professora universitária que se vê no meio do conflito entre a vítima, a sua melhor aluna Maggie Price (Ayo Edebiri, O Urso), e o agressor, um de seus amigos mais íntimos, o professor assistente Hank Gibson (Andrew Garfield, Todo Tempo que Temos).
Progressista na hora de defender os próprios direitos em um mundo dominado por homens exatamente como o seu colega, Alma se mostra bastante conservadora quando a acusação surge. Fielmente atada à sua rotina, a professora pende para a manutenção do status quo — afinal, como ser correto em um mundo incorreto? — por parecer temer que a sua vida perfeitamente construída vá pelos ares.
Ao final, sem banalizar uma questão delicada e de extrema importância, Depois da Caçada se exime de dar um veredito sobre o conflito principal, deixando pistas no ar de que, no fim das contas, uma andorinha só não faz verão; e centra a sua solução em Alma e o que a levou a tomar as atitudes que tomou diante do caso. A revelação não só choca como acrescenta uma nova perspectiva dramática à história, aumentando ainda mais as dúvidas e reafirmando que a questão pode ser sempre mais delicada e nociva do que podemos imaginar.
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