A partir de novembro, a cidade de Carazinho, no Rio Grande do Sul, ganha um festival de cinema para chamar de seu. Entre 13 e 20 de novembro, acontece a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Carazinho, no Cine Lúmine Carazinho, com cerca de 40 produções, entre longas e curtas-metragens, em sua programação.
A primeira edição do festival tem como tema o “Pionerismo Feminino: Enaltecendo Alice Guy-Blaché”, uma homenagem à inventora do cinema narrativo. Além da cineasta francesa, Adélia Sampaio, primeira diretora negra de um longa-metragem no Brasil, e Jayme Monjardim também estão entre os homenageados.
O processo de seleção de filmes contou com mais de cinco mil inscritos. Os 40 selecionados são divididos em 17 categorias, incluindo “Melhor Longa”, que conta com uma premiação de dois mil dólares, além de uma estreia internacional.
Um dos criadores do festival, junto com Yasmin Martins Mendes, Diego Esteve quis realizá-lo na cidade em que foi criado porque, com cerca de 50 mil habitantes, Carazinho não investe no cinema. As sessões do festival, inclusive, acontecem no único cinema da cidade, que ficou fechado por mais de 15 anos e reaberto recentemente.
“Nosso objetivo é incentivar novas vozes, conectar talentos e fortalecer a cadeia produtiva do cinema em nível local, nacional e internacional. Seja você um cineasta emergente ou um nome consagrado, o Festival Internacional de Cinema de Carazinho é o espaço ideal para mostrar sua visão ao mundo. Meu desejo é levar de volta para a cidade o que ela me deu. Se hoje eu trabalho com cultura, muito disso veio da criação que eu tive em Carazinho”, conta Diego.
Com grandes ambições, a organização planeja realizar edições anuais do Festival Internacional de Cinema de Carazinho, expandindo-o para outras cidades, e ainda pensa em tornar o vencedor do prêmio de “Melhor Longa” automaticamente elegível para o Oscar, graças a Yasmin, que faz parte do comitê de elegibilidade.
“O Brasil vive em uma bolha, e é muito complicado furar essa bolha. Hoje a produção cultural é muito centrada em certas regiões, o que impossibilidade muitos jovens talentos de terem sucesso. O artista pode ser muito criativo, mas se ele não souber como chegar nas pessoas certas, essa criatividade nunca será vista. Então a gente quer levar o festival para cidades, encontrar esses talentos e construir meios para que eles possam ter sucesso em sua jornada”, explica Yasmin.
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