
O Rage Against the Machine foi uma das bandas mais incendiárias dos anos 1990, seja na sua retórica, som ou performances ao vivo. Segundo Tom Morello, porém, o grupo americano tinha competição vinda da Inglaterra.
Em entrevista ao Pitchfork (via Far Out Magazine), o guitarrista apontou The Prodigy como “rival” do Rage nesse sentido. E ainda contou uma história engraçada de conhecê-los na estrada.
Ele falou:
“Primeiramente, The Prodigy é uma das pouquíssimas bandas que acabava com o Rage Against the Machine ao vivo. Eles estavam em turnê com a gente na Austrália e eu não sabia que eles eram uma banda, eu achava que Keith Flint [um dos vocalistas] era o roadie ou coisa assim.”
Segundo Morello, demorou para perceber a força dos ingleses pelo fato dos dois grupos tocarem em ambientes diferentes. Enquanto o RATM era rock, The Prodigy era majoritariamente eletrônico.
Ele explicou:
“Eu via eles por aí, mas eles tocavam na tenda eletrônica, enquanto a gente estava no palco principal. Eu encontrei com Keith anos depois e perguntei: ‘Ah, como estão as coisas?’, ainda achando que ele era o roadie. E ele falou: ‘Eu estou aqui com a minha banda’. E eu falei: ‘Poxa, legal. Quando vocês tocam?’ Ele respondeu: ‘Depois de vocês’. Eu fiquei tipo: ‘O quê?’ Eles eram tão agressivos, pesados e funky quanto qualquer coisa que já ocorreu. Para mim, como guitarrista, isso era muito inspirador.”
Sucesso internacional de The Prodigy
The Prodigy já era um dos maiores nomes da música eletrônica mundial nos anos 1990 graças ao álbum Music for the Jilted Generation (1994). Entretanto, o trabalho seguinte do grupo formado por Keith Flint, o MC Maxim e o produtor Liam Howlett, The Fat of the Land (1997), se tornou um sucesso crossover gigantesco, graças ao êxito de singles como “Firestarter” e “Smack My B*tch Up”.
O álbum chegou ao topo das paradas de 18 países, incluindo os Estados Unidos e Reino Unido, e teve mais de 10 milhões de cópias vendidas. The Prodigy lançou mais quatro discos desde então e ainda está na ativa, mesmo após a morte de Flint em 2019.
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