Apesar de ter desenvolvido com o Rush um som bem mais profundo e complexo que o do grunge, Geddy Lee foi influência para bandas do movimento de Seattle, nos Estados Unidos. Ele até aprendeu a gostar de algumas delas.
Um desses casos é o Soundgarden, grupo que o cantor e baixista considera seu preferido daquela cena que marcou o início da década de 1990.
Lee se tornou um apreciador não apenas do falecido vocalista Chris Cornell, mas também do guitarrista Kim Thayil e do conjunto da obra do Soundgarden. O canadense destaca, em especial, o álbum Badmotorfinger (1991), de faixas como “Outshined”, “Rusty Cage” (regravada até por Johnny Cash) e “Jesus Christ Pose”.
Em declaração ao Rock and Roll Hall of Fame destacada pelo site Rock and Roll Garage, o músico deu sua opinião sobre a banda e alguns de seus integrantes. Inicialmente, ele comentou o que o atraiu no Soundgarden:
“Eles podiam ser pesados, podiam ser focados em riffs, mas a guitarra do Kim (Thayil) evoluiu muito além disso. Ele tem uma extensão incrível. Tive a sorte de ser entrevistado pelo Kim durante a turnê de lançamento do meu livro de memórias. Descobrimos muito um sobre o outro e algumas coisas em comum.”
Lee continuou sobre Kim:
“Sempre me impressionou o quão atencioso ele é. Ao longo daquela conversa, ficou muito claro o quanto ele era atencioso. Acho que agora, quando ouço suas músicas depois de conhecê-lo assim, percebo isso na maneira como ele constrói suas partes. Ele realmente dedicou muito tempo e reflexão à construção de sua sonoridade, e eu realmente aprecio isso.”
Geddy Lee, Chris Cornell e o melhor álbum do Soundgarden
Já sobre o vocalista Chris Cornell, o frontman do Rush opinou:
“Ele sabe exatamente onde precisa estar (em uma música). Eu consigo cantar agudo, mas, cara, aquele cara (Chris Cornell) consegue cantar muito agudo e também consegue descer. Ele tem muita alma. Eles criaram obras que viverão para sempre como grandes obras-primas do rock.”
Dentre essas obras, Lee pinça sua favorita e menciona mais um integrante que admira no grupo:
“Quando você ouve Badmotorfinger, uau, há um salto real no valor da produção. Matt Cameron é o baterista mais discreto do rock and roll. ‘Ei, olhem para mim, olhem para mim’, ele não é esse tipo de baterista.”
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