A banda inglesa Bob Vylan está sendo criticada e acusada de “celebrar” a morte de Charlie Kirk. O americano, ativista político de ideologia conservadora, foi assassinado na última quarta-feira, 10.
O duo de punk/rap, formado por Bobby Vylan (vocal/guitarra) e Bobbie Vylan (bateria), teria “comemorado” o crime durante show no último sábado, 13, no Club Paradiso, em Amsterdã, nos Países Baixos.
Segundo relatos de pessoas que estiveram na apresentação e gravaram vídeo (via Consequence), o vocalista do Bob Vylan teria insultado Kirk e proferido as seguintes palavras, conforme transcrição do site americano:
“Quero dedicar esta próxima música a um ser humano absolutamente de m#rda. Os pronomes: era/eram (referindo-se ao fato de Charlie Kirk ter morrido). Porque se você falar m#rda, você já era. Descanse na urina, Charlie Kirk, seu m#rda.”

Bobby, no entanto, se manifestou pelo Instagram e negou as acusações. De acordo com o músico, não houve “celebração” da morte de Charlie Kirk.
Ele argumentou:
“Bem rápido. Em nenhum momento do show de ontem (sábado, 13) a morte de Charlie Kirk foi celebrada. Em nenhum momento, absolutamente nenhum, celebramos a morte de Charlie Kirk. Eu o chamei de m#rda. Isso é verdade. Mas em nenhum momento a morte dele foi celebrada. Se foi, encontrem uma citação, encontrem algo que prove que estávamos celebrando a morte dele. Vocês não vão encontrar, porque não aconteceu.”
Em seguida, acrescentou:
“Depois que eu o chamei de m#rda e tocamos uma música, eles classificaram isso como uma celebração. Não é uma celebração, não é uma celebração, não foi uma celebração. Calma.”
Sobre Charlie Kirk
Charlie Kirk foi cofundador da Turning Point USA, criada para fomentar uma cultura conservadora em câmpus universitários pelos Estados Unidos. Ele era aliado do presidente Donald Trump e foi morto a tiros enquanto falava com estudantes na Utah Valley University, em Orem, Utah. O suspeito do ataque, Tyler Robinson, um jovem de 22 anos, foi preso na sexta-feira, 12.
Controvérsias de Bob Vylan
Nos últimos meses, o Bob Vylan esteve envolvido em outras situações polêmicas. A banda foi removida de festivais europeus após criticar o exército de Israel.
O episódio ocorreu durante apresentação no Glastonbury. Bobby Vilan entoou o coro “Morte, morte às FDI (Forças de Defesa de Israel)”, além de ter gritado “Palestina livre”.
Em consequência, a banda acabou sendo excluída de festivais como Radar Festival, na Inglaterra, e Kave Fest, na França.
O grupo, na ocasião, manteve sua posição. Em postagem no Instagram, Bobby Vilan minimizou os cancelamentos e afirmou:
“Silêncio não é uma opção. Ficaremos bem; já o povo da Palestina está sofrendo.”
Apoio
Por outro lado, a banda recebeu apoio de artistas que também se posicionam contra a ação militar de Israel na Palestina.
O Massive Attack anunciou a formação de uma aliança de músicos comprometidos em combater a censura imposta a quem se manifesta publicamente sobre a guerra em Gaza.
A iniciativa surge em resposta ao que o grupo descreve como “intimidações dentro da própria indústria” e ataques legais organizados por grupos como o UK Lawyers For Israel.
A aliança, que conta com o apoio de nomes como Fontaines D.C., Kneecap, Garbage, Brian Eno e outros artistas, visa proteger colegas em início de carreira ou com pouca visibilidade, que enfrentam ameaças de cancelamento e exclusão de festivais.
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