Quando Lil Yachty foi mencionado no verso de “The Ringer” (2018), faixa de Kamikaze, de Eminem, muitos interpretaram como um ataque. Talvez fosse, mas, sete anos depois, o rapper revisita o momento em entrevista ao podcast Tea Time with Raven & Miranda e surpreende ao confessar: ele achou “incrível” ter seu nome citado, mesmo dentro de uma crítica direta. “Eminem realmente me citou, mas achei incrível”, disse Yachty. “Quero dizer, poderia ser o nome de qualquer um. Então, você falou meu nome… achei meio legal”.
A letra em questão dizia, entre outras coisas: “Tire esse maldito áudio do meu Audi, yo, adios / Consigo entender por que as pessoas gostam do Lil’ Yachty, mas eu não / Nem é uma diss, só não é pra mim”. Apesar do tom depreciativo para o estilo do rapper, Yachty garante que encarou o momento não como ameaçador, mas como reconhecimento simbólico do espaço que ocupava no rap.
Confira o momento (a partir do minuto 41):
Em 2018, após o lançamento de “The Ringer”, Yachty chegou a comentar brevemente nas redes sociais sobre a menção, usando tom de brincadeira e respeito. Mas agora, com o tempo e com a carreira consolidada, ele ressignifica o episódio: não como um ataque, e sim como algo “especial”, que marca um momento da cena rap em que divergências de estilo podem coexistir com admiração.
Eminem e a reputação de “diss mortais”
Eminem carrega no currículo uma longa lista de diss tracks que, para muitos, funcionaram como sentenças quase definitivas: rivalidades com Ja Rule, Benzino, Machine Gun Kelly e outros.
No caso de Yachty, muitos esperavam uma reação agressiva, talvez até um retorno. Mas a admissão de que se sentiu “honrado” por ser citado, mesmo em tom crítico, desmonta parcialmente o temor. Isso revela que, além da ferocidade nas rimas, parte do legado de Eminem é manter viva uma lógica de visibilidade: desagradável para alguns, até esmagadora para outros, mas sempre reconhecível.
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