
Depois de se apresentar ao mundo em produções como As Five, série de Cao Hamburger (O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), e O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu, criada por Miguel Falabella (Sai de Baixo), Caio Mutai se divide entre o teatro, a TV e o cinema em um momento de consolidação e crescimento artístico.
Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o ator celebrou a participação na 33ª edição do Festival MixBrasil com duas produções: o curta Nesta Data Querida, escrito, dirigido e estrelado por Vitor Rocha (O Mágico Di Ó), em que contracena com Lucas Drummond (Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente) e Cláudia Raia (A Favorita); e a série Ayô, com Caio Blat (Beleza Fatal) e Lázaro Ramos (Ó Paí, Ó), que fez sucesso no Festival do Rio 2025.
“É uma honra fazer parte desses dois projetos ao lado de tanta gente incrível. Mas vê-los estreando quase juntos nesse festival é receber a chancela de que não são apenas dois produtos de extrema qualidade, mas que também dialogam de maneira muito certeira e correta com a diversidade, dando voz a mais e mais pessoas”, declara.
“Saber que um festival desse porte recebe, de braços abertos, obras com artistas amarelos me faz pensar que, finalmente, o nosso mercado nacional está se abrindo a esse movimento que já tem grande força fora do país — não só aceitando, mas incentivando e fomentando. Sinto que, daqui para frente, nossas histórias serão contadas”, completa o artista, que carrega em sua trajetória a luta pela diversidade no audiovisual.
Em Nesta Data Querida, conhecemos um jovem que, prestes a completar 25 anos, deseja que o tempo pare de passar. Já em Ayô, acompanhamos a história de um ator negro, gay e baiano, que luta para se afirmar com um artista e indivíduo em meio a desigualdades sociais e profissionais em São Paulo.
Para Mutai, ambas as produções ajudaram a ampliar a sua visão sobre representatividade e possibilidades de criação no cinema e na TV: “Não teria como falar de outro ponto que não a maneira literalmente ‘normal’ como os personagens são retratados nesses dois trabalhos. Não há a necessidade de abordar uma ou outra característica, pontuando ou problematizando a ponto de transformar isso na coisa mais importante da história”, explica.
“Simplesmente é normal. É normal ser amarelo, ser preto, ser gay… Apenas faz parte de quem são. Imagino que, para além dessa sensação no público, para nós, enquanto artistas, também era maravilhoso nos sentirmos ‘normais’”, continua. “Penso, e cada vez mais reafirmo, que dar voz à diversidade não necessariamente é falar sobre ela. Nem sempre eu, como artista amarelo, quero falar o tempo inteiro sobre isso. Apenas gostaria de viver e ter a vida retratada normalmente. Tenho aprendido — e principalmente com esses dois trabalhos — que essa é a maneira mais honesta de fazer.
Em breve, Caio Mutai também deve ser visto nas telonas, no longa Furnas Fundas, no qual vive um vampiro e contracena com grandes nomes do cinema brasileiro, incluindo Natália Lage (Bandida: A Número Um), Eriberto Leão (Inexplicável) e Otávio Müller (Os Donos do Jogo). Além do filme, ele também irá estrelar uma adaptação de Hamlet, obra de William Shakespeare, ambientada no Japão Feudal e estrelada exclusivamente por artistas amarelos.
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