Desde o lançamento de “Berghain”, em 27 de outubro, fãs do mundo todo imaginaram que o single de Rosalía com Björk e Yves Tumor fosse uma ode ao lendário clube techno berlinense. Mas em entrevista ao The Guardian, publicada nesta terça (11), a artista espanhola esclareceu que a inspiração é mais íntima: “Berghain” se refere ao significado literal da palavra em alemão: “bosque de montanha”.
“Todos nós temos essa floresta de pensamentos dentro de nós, onde é fácil se perder”, explicou. “Não estou glorificando o mal, mas a escuridão também faz parte da vida.” O conceito dialoga com Lux, seu quarto álbum de estúdio, lançado em 7 de novembro, que reflete sobre a dualidade entre luz e sombra. “O artista que caminha ao lado do diabo pode expandir nossa compreensão da maldade”, citou Rosalía. “Colocar opostos lado a lado ajuda a entender melhor ambos”.
Enquanto “Lux” significa “luz” em latim, “Berghain” simboliza o mergulho nas trevas necessárias para que a claridade exista. A faixa mistura alemão, espanhol e inglês, e trata de dissolver-se diante da raiva e do medo de um amante. O single estreou em primeiro lugar na parada espanhola, garantindo à cantora seu 12º número um no país.
Apesar da coincidência no nome, Rosalía confessou que nunca entrou no clube Berghain. “Quis ir, mas não tive coragem”, disse no programa La Revuelta. Ainda assim, sua conexão com o universo eletrônico é evidente: Lux, gravado com a Orquestra Sinfônica de Londres, já quebrou o recorde de álbum mais ouvido em um único dia no Spotify por uma artista de língua espanhola, e traz colaborações de peso, como Guy-Manuel de Homem-Christo, do Daft Punk.
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