Rapper vencedor do Pulitzer, Kendrick Lamar chega ao Brasil nesta terça, 30 de setembro, com a aclamada Grand National Tour. O espetáculo, que acontece no Allianz Parque, em São Paulo, promete uma performance que transcende a música, misturando conceito visual e uma celebração direta da cultura West Coast.
O show no Brasil é um dos cinco mercados latino-americanos adicionados à turnê. A etapa sul-americana da Grand National Tour tem um formato diferente das 39 datas iniciais na América do Norte e Europa, nas quais Lamar dividiu o palco com SZA. No Brasil, o público assistirá a um show solo, que promete ser um grande mergulho nos trabalhos do rapper.
A turnê leva o nome do carro clássico Buick Grand National Experimental (GNX), de 1987, que também inspira o título do sexto álbum de estúdio do rapper, GNX (2024), simbolismo esse que estabelece a turnê como uma celebração da excelência e um aceno às raízes do hip hop da Costa Oeste americana que o artista representa.
Com abertura dos portões será às 15h, o show no Allianz Parque tem previsão de início para as 20h30. Um pouco antes, a abertura da noite fica por conta da dupla argentina CA7RIEL & Paco Amoroso às 19h30. Os artistas de Buenos Aires são conhecidos por fundir jazz-funk, eletrônica e trap, consolidando-se como “legítimas estrelas em ascensão” na música urbana latino-americana.
Possível setlist do show de Kendrick Lamar no Allianz Parque, em São Paulo
A estrutura do show de Kendrick Lamar é conceitual e dividida em atos. O setlist utiliza o álbum mais recente, GNX, como ponto de partida temático e segue essa setlist:
- WACCED OUT MURALS
- SQUABBLE UP
- N95
- KING KUNTA
- ELEMENT.
- TV OFF
- EUPHORIA
- HEY NOW
- REINCARNATED
- HUMBLE.
- BACKSEAT FREESTYLE
- FAMILY TIES (de Baby Keem)
- SWIMMING POOLS (DRANK)
- M.A.A.D CITY
- ALRIGHT
- MAN AT THE GARDEN
- DODGER BLUE
- PEEKABOO
- LIKE THAT (de Future & Metro Boomin)
- DNA.
- GOOD CREDIT (de Playboi Carti)
- RICH SPIRIT
- COUNT ME OUT
- MONEY TREES
- POETIC JUSTICE
- LUTHER
- TV OFF
- NOT LIKE US
- GLORIA
Como foi em outros países?
A Grand National Tour foi imediatamente classificada pela crítica internacional como um “espetáculo visual” e um “momento inesquecível na cultura pop/história da música”.
Além disso, a ausência de SZA no Brasil reforça o foco na essência hardcore do rapper. O formato solo garante uma imersão na “energia bruta, rap flow de alto nível e comentários políticos” de Lamar. Se antes SZA fornecia os momentos mais melódicos e emocionais, o show agora se concentra 100% na potência do rap e na narrativa complexa do artista.
O público deve esperar uma experiência intensa, com o ritmo acelerado das 30 músicas condensadas em atos conceituais. O The Guardian, por exemplo, observou que “foi difícil sair daquela noite sem pensar que Drake pode ter tido razão ao sugerir que a obra de Lamar não se converte facilmente em material para shows”, um indicativo de que a complexidade da obra exige dedicação do público.
Em contraste, a resposta no México confirmou o poder de estrela de Lamar. O veículo HotNewHipHop reportou que o rapper esgotou o estádio, e “impressionantes 65 mil fãs estavam presentes gritanfo por ele”. O show na Cidade do México foi o primeiro na América Latina, e o veículo concluiu que “é seguro dizer que não decepcionou”.
Por fim, o clímax do show, a diss track “Not Like Us“, quebra a paleta sóbria com cores vibrantes. Essa transição do P&B para o colorido no encore é um ato simbólico que transforma a crítica política em uma explosão de energia e celebração coletiva, garantindo um final poderoso e catártico.
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