A jovem banda de rock que abrirá show do AC/DC no Brasil

Como noticiado, após mais de 15 anos, o AC/DC voltará ao Brasil e à América Latina. Apenas um show foi confirmado em nosso país: ocorrerá em 24 de fevereiro de 2026, no estádio MorumBIS, em São Paulo.
A agenda inclui ainda visitas a Chile (Santiago), Argentina (Buenos Aires) e México (Cidade do México). The Pretty Reckless, banda liderada pela cantora Taylor Momsen, ficará a cargo da abertura em toda a tour.

Sobre The Pretty Reckless
Formado em Nova York no ano de 2009, The Pretty Reckless conta com Taylor Momsen nos vocais e guitarra rítmica, Ben Phillips na guitarra solo, Mark Damon no baixo e Jamie Perkins na bateria. Até hoje, quatro álbuns foram lançados, com destaque ao mais recente, o elogiado Death by Rock and Roll (2021).
Antes de focar na carreira musical, Momsen, que hoje tem 32 anos, trabalhou como atriz. Alguns de seus papéis de destaque incluem Cindy Lou Who no filme O Grinch (2000) e Jenny Humphrey na série Gossip Girl (2007-2012).
Em 2009, ela fundou The Reckless, que logo seria renomeado para The Pretty Reckless e contava com outra formação bem diferente da estabelecida no ano seguinte. A chegada de Ben Phillips foi determinante não apenas para a guitarra, como também para a função de parceiro de composições, por intermédio do produtor Kato Khandwala (Blondie, Paramore, My Chemical Romance etc), falecido em 2018.
O álbum de estreia do grupo, Light Me Up, saiu em 2010 e repercutiu por conta da música “Make Me Wanna Die”, incluída na trilha sonora do filme Kick-Ass: Quebrando Tudo. Desde então, o grupo acumulou feitos como a conquista da 5ª posição da parada americana com o disco Going to Hell (2014), 6ª posição no chart britânico com Death by Rock and Roll, single de platina nos EUA e Canadá com “Heaven Knows” e oito conquistas da 1ª colocação do ranking estadunidense de singles Mainstream Rock, focado no gênero citado.
Ao longo de sua história, The Pretty Reckless veio duas vezes ao Brasil. A primeira visita ocorreu em 2012, como parte da The Medicine Tour. Já a segunda viagem se deu em 2017, em meio aos compromissos da tour do álbum Who You Selling For.
A relação entre AC/DC e The Pretty Reckless foi estabelecida quando a banda de Taylor Momsen foi escalada como atração de abertura na turnê Power Up do grupo australiano, em 2024 e 2025, passando por América do Norte, Europa e Oceania. Segundo levantamento, a turnê levou mais de três milhões de pessoas aos shows.
Em entrevistas concedidas durante o período de turnê, Taylor Momsen descreveu o impacto profissional e pessoal do convívio com o quinteto australiano. A cantora não esconde o orgulho de ter sido escolhida para uma posição tão importante. Ao mesmo tempo, ela garante que sua relação com os colegas veteranos vai além da música e tornou-se de amizade.
O que se sabe sobre os ingressos
No Brasil, a venda de ingressos para o show do AC/DC se inicia em 7 de novembro, sexta-feira, às 10h, pelo site Ticketmaster Brasil (com taxa de conveniência). Até o momento, não se sabe o ponto de venda física (sem taxa de conveniência).
Os valores de ingressos não foram informados. A produtora responsável, Live Nation, disponibilizou apenas o mapa de setores. São eles:
- Pista A & B
- Cadeira inferior
- Cadeira superior
- Arquibancada
A pista é um setor único, dividido por razões de segurança em pista A e pista B. Não haverá fluxo de pessoas entre a pista A e a pista B, e os acessos serão diferentes.
Na hora da compra, a recomendação é para atentar-se ao local selecionado. O ingresso será válido apenas para a pista A ou a pista B, de acordo com a sua compra.
Para efeito de comparação, os shows do Oasis no mesmo local e também produzidos pela Live Nation custavam R$ 800 pista A e B (meia R$ 400), R$ 1.000 cadeira inferior (R$ 500 meia), R$ 1.250 cadeira superior (R$ 625 meia) e R$ 590 arquibancada (R$ 295 meia). Esses valores foram apresentados somente para dar uma ideia. Não há qualquer indicativo de que os preços serão mantidos para o AC/DC.

Turnê pela América Latina
Veja abaixo a agenda:
- 24/02: São Paulo, Brasil (Estádio MorumBIS)
- 11/03: Santiago, Chile
- 23/03: Buenos Aires, Argentina
- 07/04: Cidade do México, México
AC/DC no Brasil
Ao todo, o AC/DC veio ao Brasil em apenas três ocasiões. A primeira se deu no Rock in Rio 1985. A segunda ocorreu como parte da turnê Ballbreaker, que se deu em outubro de 1996 com apresentações em São Paulo e Curitiba. Já a terceira foi em meio à tour Black Ice, em data única, na capital paulista, em novembro de 2009.
Hoje, o grupo conta com Brian Johnson (voz), Angus Young (guitarra solo), Stevie Young (guitarra base) e os músicos de turnê Chris Chaney (baixo) e Matt Laug (bateria). Nos últimos tempos, eles realizaram turnês relativamente curtas na América do Norte, Europa e Oceania.
Rolling Stone Brasil: Avenged Sevenfold na capa
A nova edição da Rolling Stone Brasil traz uma entrevista exclusiva com os 5 integrantes do Avenged Sevenfold, às vésperas de seus maiores shows solo no Brasil. Também há um bate-papo com Planet Hemp, um especial Bruce Springsteen, homenagem a Ozzy Osbourne e muito mais. Compre pelo site da Loja Perfil.

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Onde ler ‘Diário de Tremembé’, polêmico livro de Acir Filló sobre o ‘presídio dos famosos’?

Tremembé, que estreou na última semana no Prime Video, tem despertado a curiosidade de espectadores sobre as vidas dos “ilustres” moradores da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, mais conhecida como o “presídio dos famosos”. E um dos mais importantes “arquivos” sobre os presidiários é mencionado na série: o Diário de Tremembé, escrito pelo jornalista e ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos Acir Filló. Mas onde ler o polêmico livro?
Do que se trata o Diário de Tremembé?
Na série, o personagem interpretado por Marcos de Andrade (Cidade Invisível) é visto colhendo depoimentos de detentos como Alexandre Nardoni, condenado por matar a própria filha, Isabella Nardoni, de cinco anos de idade; e Lindemberg Alves, que sequestrou e matou a ex-namorada, Eloá Pimentel, de 15 anos.
Além deles, o livro também traz informações sobre Christian Cravinhos, um dos responsáveis pelas mortes de Marísia e Manfred von Richthofen; Gil Rugai, condenado por assassinar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño; e Roger Abdelmassih, condenado a mais de 100 anos de prisão por estuprar dezenas de mulheres.
Outros detentos famosos, mas que não apareceram em Tremembé, como Mizael Bispo de Souza, reponsável pelo assassinato da ex-namorada Mércia Nakashima, e Guilherme Longo, condenado por matar um garoto com mais de 160 doses de insulina, também estão no Diário de Tremembé.
Mas onde ler o polêmico Diário de Tremembé?
Para o azar dos curiosos, como a própria série mostra, a venda de Diário de Tremembé foi proibida logo após o seu lançamento e os livros foram tirados de circulação. Antes da censura, algumas cópias ainda chegaram aos seus destinatários e, atualmente, estão sendo vendidas online, em sites como OLX e Enjoei.
LEIA TAMBÉM: Todos os crimes reais retratados em Tremembé, novo sucesso do Prime Video
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Por que não conseguimos parar de discutir sobre ‘Nebraska’, álbum de Bruce Springsteen

Nebraska, de Bruce Springsteen, sempre foi um álbum que as pessoas adoravam discutir. Então faz sentido que estejamos discutindo sobre ele agora. Springsteen: Salve-me do Desconhecido decepcionou nas bilheteiras, arrecadando US$ 16,1 milhões no fim de semana de estreia. Isso poderia parecer um sucesso colossal para mim ou para você — exceto pelo fato de que o orçamento foi de inacreditáveis US$ 55 milhões, para um filme sobre um álbum gravado em um gravador de fita de US$ 400. As críticas têm sido extremamente divididas. Electric Nebraska deu aos fãs uma nova perspectiva sobre esse clássico álbum acústico de 1982 — e sobre como ele poderia ter sido diferente se Springsteen tivesse envolvido a E Street Band. É por isso que as discussões sobre o Boss estão explodindo — como “Chicken Man”.
Assim como Kid A, do Radiohead — um movimento extremamente parecido que aconteceu 18 outubros depois —, Nebraska sempre foi divertido de debater, quer você o ame ou odeie. Em uma das cenas mais engraçadas do filme, ouvimos Jimmy Iovine ao telefone, gritando com o empresário Jon Landau sobre o quão idiota seria lançar aquele disco folk. (Iovine interpreta a si mesmo — genial.) Há também um momento em que Landau diz que vai tocar o álbum para Iovine e Stevie Nicks; tragicamente, o filme não mostra a reação de Stevie.
O longa traz atuações com cara de Oscar, com Jeremy Allen White como o Boss e Jeremy Strong como Landau. Mas é um filme divisivo — como convém a um álbum divisivo —, e mesmo quem amou Salve-me do Desconhecido encontra muito do que reclamar. É basicamente um filme inteiro de homens falando sobre os problemas de Bruce Springsteen — um deles sendo o próprio Bruce. Há também algumas mulheres ali, fazendo acenos empáticos. O técnico de masterização tem mais falas do que toda a E Street Band. A mensagem é que homens preferem literalmente fazer álbuns conceituais acústicos sobre assassinos psicopatas a fazer terapia.
No centro da história de Nebraska há um melodrama clássico do show business: os engravatados malignos gritam “isso nunca vai vender”, enquanto o roqueiro rebelde responde “um artista tem que fazer o que um artista tem que fazer”. E é isso que a torna uma lenda tão boa. É por isso que existe um filme sobre Nebraska e não sobre o vencedor do Grammy de Álbum do Ano, Toto IV. (Eu, pessoalmente, assistiria com prazer à cena do “sabe o que essa música precisa? Cães selvagens uivando na noite.”)
Mas o filme só dá pequenos vislumbres da cultura rock de 1982 — e de por que Nebraska era tão cômica e completamente inadequada para tocar no rádio. No filme, Springsteen dirige ouvindo “Urgent”, do Foreigner, e “Winning”, de Santana — dois hits onipresentes de 1981. O álbum inteiro é cheio de homens suados dirigindo sozinhos à noite, rezando por uma salvação roqueira no rádio. Mas Nebraska era exatamente o que eles não estavam ouvindo.
A maior nova estrela de 1982, no rock radiofônico, era John Cougar, com American Fool — oferecendo o tipo de som básico e popular que Springsteen se recusava a entregar. “Hurts So Good” e “Jack and Diane” eram óbvios (mas eficazes) hits ao estilo do Boss, com Bryan Adams e John Cafferty logo vindo na sequência. (Cougar ainda estava a um ano de recuperar o nome “Mellencamp”.) American Fool tinha seis meses quando Nebraska foi lançado — mas ainda liderava as paradas há nove semanas. Para caras como Mellencamp e Adams, ouvir Nebraska deve ter sido um dos momentos mais felizes de suas vidas.
Mas foi Billy Joel, mais do que ninguém, quem colheu os frutos de Nebraska. Ele havia acabado de lançar seu próprio álbum artístico e pouco comercial, The Nylon Curtain, lançado uma semana antes — com a mesma proposta pouco radiofônica, pela mesma gravadora, e provavelmente gerando os mesmos surtos de raiva entre os executivos. Ironia do destino: The Nylon Curtain acabou se tornando um sucesso, porque Billy preencheu o vazio deixado por Springsteen. “Pressure” e “Allentown” se tornaram grandes hits justamente por serem o substituto mais próximo das canções acessíveis de Bruce que o Boss se recusou a oferecer.
Um anúncio de página inteira na Rolling Stone no fim de 1982 trazia apenas o nome de Billy Joel, um punho segurando uma chave inglesa e a letra completa de “Allentown”. Ele jamais teria conseguido lançar um anúncio assim se Springsteen tivesse dado ao público ao menos um agrado em Nebraska. “Pressure” era bastante anticomercial pelos padrões de Billy — um tributo às angústias de estrelas do rock tentando falar com seus fornecedores ao telefone, com o cantor cerrando os dentes como se estivesse preso nos 30 minutos finais de Os Bons Companheiros. (O excelente documentário de cinco horas Billy Joel: And So It Goes não menciona cocaína uma única vez — então ele provavelmente pesquisou o tema conversando com os figurões do Elaine’s.) Mas, comparada a Nebraska, essa música parecia “Just the Way You Are”.
As rádios de rock simplesmente se recusaram a tocar Nebraska, o que foi genuinamente chocante na época — afinal, era o novo disco de Bruce Springsteen. “Acho que vai acontecer uma de duas coisas”, previu um especialista de um boletim musical na Rolling Stone. “Ou isso vai consolidar a tendência de o rádio aceitar músicas mais suaves e pessoais, ou vai ser um completo fracasso.”
A emissora WBCN, de Boston — território fiel a Springsteen — tocou “Open All Night” por cerca de uma semana e desistiu. A música tinha guitarra elétrica, um riff à la Chuck Berry e um clima surpreendentemente animado (é quase a versão em universo alternativo de “State Trooper”), mas sem refrão — soava apagada no rádio. Chegou apenas ao nº 22 da parada Top Tracks da Billboard, um fracasso certificado, com colocações ainda piores para “Atlantic City” e “Johnny 99”. Naquela semana, os álbuns mais tocados nas rádios rock eram Rush (Signals, sua controversa fase synth), Billy Squier, The Who (seu péssimo disco de despedida, It’s Hard), Don Henley (em seu primeiro álbum solo), Bad Company, Kenny Loggins, Steve Winwood e Men at Work.
Quando uma estrela se torna um superstar, como Springsteen após The River, a piada clichê é que ele poderia fazer sucesso até soltando um pum no microfone — mas Nebraska foi a prova definitiva de que essa teoria não se sustenta. Ele não conseguiu tocar nada no rádio, embora o disco vendesse bem. Estreando no nº 29, subiu direto para o nº 4 na semana seguinte — um ritmo rápido para 1982. (Foi o segundo álbum que mais subiu rápido no ano, atrás apenas de Tug of War, de Paul McCartney.) Chegou ao nº 3, atrás de Cougar, Fleetwood Mac e Steve Miller, e logo à frente de Michael McDonald. Mas o rádio não mordia a isca.
O filme mostra brevemente a MTV, de forma zombeteira, apenas para uma piada rápida, enquanto Bruce zapeia entre reprises de Badlands. Mas foi a MTV, ironicamente, que abraçou Nebraska depois que o rádio o rejeitou completamente. A emissora novata apostou em “Atlantic City”, que tinha um clipe cru do qual Bruce (sabiamente) não participa. MTV tocava “Atlantic City” como se fosse um enorme hit — simplesmente porque estavam gratos por ter qualquer conteúdo de Bruce —, mas a música acabou se encaixando surpreendentemente bem entre os artistas de synth-pop britânico esquisitos de 1982/1983 — que o rádio também ignorava. Ouví-la entre Soft Cell e The Human League fazia muito mais sentido do que entre Rush e Journey. O que tornava Nebraska inadequado para o rádio é exatamente o que o tornava perfeito para a MTV — e faz todo sentido que os garotos da New Wave tenham sido os que acolheram “Atlantic City” de coração, especialmente considerando como Springsteen se inspirou no som eletrônico de vanguarda do Suicide e em “Frankie Teardrop”.
Mas o principal motivo pelo qual Nebraska se tornou um sucesso duradouro é que as pessoas se viam naquelas músicas. De forma curiosa, Ronald Reagan não é mencionado uma única vez no filme — nem mesmo em um noticiário de fundo entre as reprises de Badlands. Praticamente tudo o que se disse ou escreveu sobre Nebraska nos anos 1980 — inclusive pelo próprio Springsteen — o enquadrava como o lado sombrio da América de Reagan. No fim de 1982, o desemprego era de 10,8%, o mais alto desde a Grande Depressão. Springsteen já havia escrito uma canção de protesto sobre o tema, “Out of Work”, para o roqueiro sessentista Gary U.S. Bonds — que, incrivelmente, chegou ao Top 40 naquele verão, com uma terceira estrofe endereçada diretamente a “Hey Mr. President”, provocando: “Talvez você tenha um emprego pra mim — só de te levar pra lá e pra cá?”
Então como agora, o presidente não se importava. Em março de 1982, Reagan chegou a perguntar: “É notícia o fato de que algum sujeito em South Succotash tenha acabado de ser demitido, e que ele deva ser entrevistado em rede nacional?” Mas Nebraska retrata esses “perdedores” de South Succotash como pessoas reais. Como Springsteen disse à Rolling Stone:
“Nebraska falava sobre esse isolamento americano: o que acontece com as pessoas quando elas se veem alienadas de seus amigos, de sua comunidade, de seu governo e de seu trabalho. Porque são essas coisas que te mantêm são — que dão algum sentido à vida. E se tudo isso escapa, e você passa a existir em um vazio onde as regras básicas da sociedade viram piada, então a vida também vira uma piada. E qualquer coisa pode acontecer.”
Hoje, ninguém quer admitir que zombou de Nebraska na época — assim como ninguém admite ter vaiado Bob Dylan no Newport Folk Festival, como mostra outro grande biopic do ano, Um Completo Desconhecido. Mas muita gente zombou, sim. Um leitor reclamou na seção de cartas da Rolling Stone: “Eu gostava muito mais dele quando ele era uma reedição dos anos 1950.” Esse não era o Bruce que o público queria — aquele que já era uma caricatura afetuosa na cultura pop, como na esquete “Elmer Fudd canta Springsteen”, de Robin Williams, ou na paródia do programa Dr. Demento Show, em que “Bruce Springstone” cantava o tema de Os Flintstones.
É por isso que o álbum abriu as portas para todos os clones de bar dos anos 1980 tentando imitar o estilo do Boss. Hollywood, inclusive, estava produzindo Eddie, o Ídolo Pop, um filme fanfic sobre a E Street Band que virou febre na TV a cabo durante o longo hiato entre Nebraska e Born in the U.S.A. (O filme até tem seu próprio subenredo ao estilo Nebraska, em que Eddie enfrenta o sistema lançando um álbum artístico e nada comercial, A Season in Hell.)
Mas, ontem como hoje, as pessoas valorizavam o aspecto de azarão do disco — o artista que assume uma posição, desafia as probabilidades e mantém a fome criativa. Como se dizia com frequência em 1982, Bruce havia recuperado “o olho do tigre”. É por isso que o álbum ficou para a história: o caso definitivo de um superstar que rasga tudo para recomeçar — no mesmo espírito de Kid A ou Achtung Baby, ou como Bowie em Berlim e Neil Young pegando a estrada rumo ao abismo.
Em 2007, quando chegou a hora de Kelly Clarkson lançar o sucessor de “Since U Been Gone”, ela irritou a gravadora com o pessoalíssimo My December — e o chamou de “meu Nebraska” — um sinal claro de que esse mito cultural havia entrado em um novo território. E é justamente isso que faz de Nebraska um dos maiores debates da história do rock & roll.
+++LEIA MAIS: A história de todas as músicas de ‘Nebraska’, de Bruce Springsteen
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Todos os crimes retratados em ‘Tremembé’, nova série de sucesso do Prime Video

Baseada no trabalho jornalístico de Ullisses Campbell, Tremembé, que retrata o dia a dia da unidade penitenciária Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, mais conhecida como o “presídio dos famosos” por receber condenados por crimes de grande repercussão nacional, está fazendo sucesso no Prime Video. A seguir, conheça os protagonistas da novidade:
Todos os crimes retratados em Tremembé:
- Suzane von Richthofen (Marina Ruy Barbosa, Justiça):
- Uma das criminosas mais famosas do país, Suzane von Richthofen foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão por planejar e facilitar a execução dos próprios pais, Marísia e Manfred von Richthofen, no dia 31 de outubro de 2002.
- Daniel Cravinhos (Felipe Simas, As Aventuras de José & Durval):
- Então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos ajudou a planejar e foi responsável por executar o sogro, Manfred von Richthofen.
- Christian Cravinhos (Kelner Macêdo, Corpo Elétrico):
- Primeiro a confessar a autoria do crime, Christian Cravinhos foi responsável pela morte de Marísia von Richthofen.
- Elize Matsunaga (Carol Garcia, A Dona do Pedaço):
- Em 19 de maio de 2012, após descobrir uma traição, Eliza Matsunaga matou o marido, o empresário nipo-brasileiro Marcos Kitano Matsunaga, com um tiro na cabeça. Em seguida, ela o esquartejou e colocou os pedaços do corpo em malas para descartá-lo.
- Alexandre Nardoni (Lucas Oradovschi, Vai na Fé):
- Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias pelo assassinato da filha, Isabella Nardoni, que teria sido jogada do sexto andar do edifício em que o pai morava, na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março de 2008.
- Anna Carolina Jatobá (Bianca Comparato, 3%):
- Esposa de Alexandre Nardoni e madrasta de Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá ajudou no crime e foi condenada a uma pena de 26 anos e oito meses.
- Roger Abdelmassih (Anselmo Vasconcelos, Toma Lá, Dá Cá):
- Médico e especialista em reprodução humana, Roger Abdelmassih foi condenado a mais de 100 anos de prisão por estuprar dezenas de pacientes em sua clínica entre as décadas de 1990 e 2000.
- Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão (Letícia Rodrigues, Manhãs de Setembro):
- Sandrão foi condenada a 27 anos de prisão em 2003 por participar do sequestro e assassinato de seu vizinho de 14 anos. Ficou famosa após se envolver romanticamente com Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen em Tremembé.
- Lindemberg Alves (Edu Rosa):
- Condenado a 39 anos de prisão por sequestrar, manter em cárcere privado por mais de 100 horas, finalmente, e matar a tiros a namorada, Eloá Pimentel, de apenas 15 anos, por não aceitar o fim do relacionamento entre os dois.
- Gil Rugai (Leôn Moreno, Os Delinquentes):
- Gil Rugai foi condenado a mais de 30 anos de prisão por assassinar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, em março de 2004.
Onde assistir a Tremembé?
Todos os cinco episódios da primeira — e, até então, única — temporada de Tremembé estão disponíveis no Prime Video, sem custos adicionais para os assinantes do serviço do streaming. Assista ao trailer da novidade a seguir:
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Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade chega à sua 33ª edição com o tema ‘A Gente Quer+’

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Conheça ‘I Love LA’, nova série com Rachel Sennott e Josh Hutcherson

Criada e estrelada por Rachel Sennott, de Shiva Baby (2020) e Bottoms (2023), I Love LA acaba de estrear nas plataformas digitais. A seguir, conheça a novidade, que ainda conta com Josh Hutcherson, o Peeta Mellark da franquia Jogos Vorazes, no elenco:
Qual é a história de I Love LA?
Em I Love LA, um grupo de amigos, que foram muito unidos no passado, voltam a se reunir após anos de separação. A partir deste reencontro, eles lidam com as complexidades da ambição, dos relacionamentos e como o tempo os transformou, enfrentando juntos os desafios da vida e o amor.
Quem está no elenco de I Love LA?
Além de Rachel Sennott e Josh Hutcherson, o elenco de I Love LA ainda conta com Jordan Firstman (Ms. Marvel), True Whitaker (Godfather of Harlem), Odessa A’zion (Hellraiser: Renascido do Inferno), Leighton Meester (Gossip Girl), Lauren Holt (Predador: Assassino de Assassinos), Moses Ingram (O Gambito da Rainha) e mais.
Onde assistir I Love LA?
Com episódios lançamentos semanalmente, I Love LA está disponível no catálogo da HBO Max, sem custos adicionais para os assinantes do serviço de streaming. Assista ao trailer da novidade a seguir:
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A música do Racionais MC’s que está fazendo em ‘Tremembé’ e você provavelmente não notou

Se você assistiu aos cinco episódios de Tremembé, que retrata o dia a dia da unidade penitenciária Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como “presídio dos famosos” por receber condenados por crimes de grande repercussão nacional, deve ter notado uma animada música, em estilo piseiro, servindo como trilha sonora para alguns personagens.
Os encontros secretos entre Daniel Cravinhos (Felipe Simas, As Aventuras de José & Durval) e a sua nova namorada, Celina (vivida pela estreante Duda Siqueira), costumam ser embalados por versos que, caso você não tenha reparado, devido à drástica mudança na melodia, são de “Vida Loka (Pt. 1)”, um dos maiores sucessos do grupo Racionais MC’s, presente no álbum Nada Como um Dia Após o Outro Dia, de 2002.
“Fé em Deus que ele é justo / Ei, irmão, nunca se esqueça / Na guarda, guerreiro, levanta a cabeça, truta / Onde estiver, sejá lá como for, tenha fé / Porque até no lixão nasce flor”.
A versão em questão é cantada pelo cantor, compositor, produtor e arranjador Grelo, natural de Anápolis, em Goiás. Nascido Gabriel Ângelo Furtado de Oliveira, hoje com 28 anos, o artista já compôs sucessos para artistas como Simone Mendes, Luísa & Maurílio, Jorge & Mateus e Matheus & Kauan, mas viralizou com o seu próprio trabalho em 2024, com a música “Só Fé”, presente em seu álbum de estreia, É o Grelo.
“Vida Loka (Pt. 1)”, que tem ganhado as redes sociais após a estreia da nova série true crime brasileira, também está presente no disco, assim como versões de “Dias de Luta”, da banda Charlie Brown Jr.; “Cedo ou Tarde“, de NX Zero; “Palavras ao Vento”, de Cássia Eller; e “É Isso Aí”, interpretada por Ana Carolina e Seu Jorge, todas repaginadas no estilo de Grelo, que mistura forró, arrocha e piseiro para construir as suas melodias. Ouça a seguir:
Qual é a história de Tremembé?
Tremembé é baseada no livro homônimo de Ullisses Campbell — além de outras publicações do jornalista como Suzane: Assassina e Manipuladora, sobre a história de Suzane von Richthofen, que encomendou a morte dos próprios pais; e Elize Matsunaga: A Mulher Que Esquartejou o Marido, sobre o assassinato do empresário Marcos Kitano Matsunaga — e promete revelar a rotina dos criminosos reunidos na penitenciária localizada em Tremembé, no interior de São Paulo.
Onde assistir a Tremembé?
Todos os cinco episódios da primeira — e, até então, única — temporada de Tremembé estão disponíveis no Prime Video, sem custos adicionais para os assinantes do serviço do streaming. Assista ao trailer da novidade a seguir:
LEIA TAMBÉM: Tremembé, série sobre o ‘presídio dos famosos’, vai ter segunda temporada?
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Quando estreia a segunda temporada do reality ‘Round 6: O Desafio’?

Em breve, a Netflix lança a segunda temporada de Round 6: O Desafio, reality show inspirado na série coreana de sucesso Round 6, que retorna com uma nova disputa eletrizante. Mas quando estreia a novidade? Confira a seguir!
Do que se trata Round 6: O Desafio?
Assim como na série, Round 6: O Desafio coloca jogadores, de diferentes partes do mundo, para participar de provas inspiradas em brincadeiras infantis. A ideia é tentar sair vencedor do desafio e conquistar o prêmio de US$ 4,56 milhões (R$ 22,62 milhões na cotação atual), definido pelo próprio programa como “o maior prêmio da história dos reality shows”.
Quando estreia a 2ª temporada de Round 6: O Desafio?
Os episódios da segunda temporada de Round 6: O Desafio serão lançados em três semanas a partir de 4 de novembro, às 5h (pelo horário de Brasília). Assista ao trailer do novo ano do reality show a seguir:
LEIA TAMBÉM: Round 6: O Desafio era ‘cruel’ e ‘manipulado’, denunciam ex-participantes
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