Anthony Hopkins desabafa sobre sobriedade e afastamento da filha: ‘A vida é dolorosa’

Ator, diretor e produtor galês, Anthony Hopkins alcançou a fama global com sua interpretação do vilão Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes (1991) — papel que lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator. Nascido em 1937, ele realizou aparições em dezenas de filmes aclamados pela crítica, como Vestígios do Dia (1993), Nixon (1995) e Amistad (1997).
Quase 30 anos depois, Hopkins conquistou seu segundo Oscar em 2021 por Meu Pai (2020), tornando-se o ator mais velho a receber o prêmio. Com mais de seis décadas de carreira, ele é considerado um dos nomes mais icônicos do cinema em atividade: além das duas estatuetas do Oscar, acumula ainda quatro BAFTAs, dois Emmys e um Prêmio Laurence Olivier.
Agora, aos 87 anos, o astro aderiu à tendência Hollywoodiana e anunciou o lançamento de um livro de memórias. Intitulada We Did Ok, Kid, a autobiografia chega às livrarias na próxima terça-feira, 4 de novembro. No Brasil, ela será publicada na mesma data pela Editora Sextante, sob o título Até que deu tudo certo, com tradução de Rogério Galindo. “Eu gostei e acho que você também vai gostar”, disse Hopkins em um vídeo nas redes sociais. “Leia.”
A obra atravessa diversos aspectos da vida do ator, desde sua carreira no cinema e no teatro — incluindo os bastidores de papéis marcantes, como Lecter —, sofrimentos de sua infância e dilemas familiares.
Mas um fator, em especial, atravessa todas essas esferas: a luta de Hopkins com a sobriedade. Em dezembro de 2025, o ator celebra 50 anos sóbrio, mas o vício lhe trouxe muitos custos no passado, tanto em sua trajetória pessoal quanto profissional. Segundo a sinopse, o livro oferece “um olhar profundamente honesto sobre os momentos mais difíceis de sua vida”.
Um dos enfoques é o relacionamento de Anthony com sua filha, Abigail Hopkins. Em entrevista recente ao The New York Times, ele falou sobre o afastamento entre os dois há mais de 20 anos, e reconheceu que o alcoolismo contribuiu para o fim de seu primeiro casamento com Petronella Barker e para o rompimento do vínculo com Abigail.
“Eu poderia guardar ressentimento pelo passado, mas isso é a morte. Você precisa reconhecer uma coisa: que somos imperfeitos. Não somos santos. Fazemos o melhor que podemos. A vida é dolorosa”, disse, via NME.
No início de 2025, Abigail revelou em uma postagem no Instagram que foi diagnosticada com câncer em 2020, e celebrou que o tumor agora estava em remissão. “Fiz um curta-metragem documentário, Under This Sky, que analisa minha própria experiência com câncer de intestino de um ponto de vista emocional e psicológico e leva o público a uma jornada de descoberta, explorando maneiras de nos curarmos de traumas, usando exercícios, movimento e trabalho criativo. Logo após o término do meu tratamento, comecei a trabalhar em músicas para um álbum beneficente, Stardust. Toda a renda será destinada à instituição de caridade Royal Marsden Cancer Charity”, compartilhou.
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Uma publicação compartilhada por Abigail Hopkins (@abigail_hopkins_official)
Hoje, Hopkins mora em Los Angeles com sua esposa, Stella Arroyave. Ele diz que Stella tentou entrar em contato com a enteada, mas não obteve sucesso. “Minha esposa enviou um convite para que [Abigail] viesse nos ver”, comentou. “Nem uma palavra de resposta. Então, pensei: ‘Ok, tudo bem. Desejo-lhe tudo de bom, mas não vou desperdiçar sangue por isso.’”
Em entrevista ao The Telegraph em 2006, Abigail havia dito que estava aberta a se reconciliar com seu pai, mas não sabia como se sentir em relação a ele. “Nunca fomos realmente próximos. Nunca discutimos grandes questões da vida. Porque, bem, nosso relacionamento sempre foi muito esporádico. Nunca me senti à vontade para discutir esse tipo de coisa com ele.”
No livro, Hopkins também adentra nas motivações de seu vício, e narra o momento em que percebeu a dimensão do problema em que ele estava inserido. Em entrevista, ele complementou: “Às vezes as pessoas se machucam. Às vezes nós nos machucamos. Mas não dá para viver assim. Você tem que dizer: Supere isso. E se não conseguir, tudo bem, boa sorte. Não tenho julgamentos. Mas fiz o que pude. Então é isso. É tudo o que eu quero dizer.”

Segundo a revista People, além do mergulho no passado, o astro do cinema escreve sobre seu presente, o processo de envelhecimento e sua relação com a mortalidade. Uma coleção especial de fotografias pessoais está inclusa na obra.
+++ LEIA MAIS: Anthony Hopkins afirma que Hannibal Lecter ainda é ‘um dos melhores papéis’ que já teve
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Quanto custam os ingressos para shows de Bryan Adams em SP e Rio

Como noticiado, Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026 para quatro shows. O músico traz para o país a sua nova turnê, Roll with the Punches, promovendo o álbum de mesmo título.
Com produção da Mercury Concerts, os shows serão nos dias:
- 6 de março (sexta-feira) no Qualistage — Rio de Janeiro;
- 7 de março (sábado) na Vibra — São Paulo;
- 9 de março (segunda-feira) no Live Curitiba — Curitiba;
- 11 de março (quarta-feira) no Auditório Araújo Vianna — Porto Alegre.
Embora quatro cidades tenham sido anunciadas, apenas duas contam com detalhes de venda de ingressos revelados: Rio de Janeiro e São Paulo. Nessas duas cidades. as vendas começarão em 4 de novembro, às 10h, por meio do site eventim.com.br/bryanadams.
Na capital paulista, também há ingressos sem taxa nas bilheterias do Allianz Parque (bilheteria A) e Vibra (a partir do dia 5 de novembro). Já na principal cidade fluminense, é possível adquirir entradas sem taxa no Qualistage – Via Parque Shopping.

Em breve serão divulgadas as informações de Curitiba e Porto Alegre. Veja preços de Rio de Janeiro e São Paulo:
Rio de Janeiro
Pista — Inteira R$ 590,00 | Qualicorp R$ 531,00 | Meia R$ 295,00
Poltronas — Inteira R$ 650,00 | Qualicorp R$ 585,00 | Meia R$ 325,00
Camarote A — Inteira R$ 800,00 | Qualicorp R$ 720,00 | Meia R$ 400,00
Camarote B — Inteira R$ 800,00 | Qualicorp R$ 720,00 | Meia R$ 400,00
Camarote C — Inteira R$ 800,00 | Qualicorp R$ 720,00 | Meia R$ 400,00
São Paulo
Pista — Inteira R$ 900,00 | Meia R$ 450,00
Poltrona Central — Inteira R$ 980,00 | Meia R$ 490,00
Poltrona Lateral — Inteira R$ 900,00 | Meia R$ 450,00
Camarote 1 — Inteira R$ 1.000,00 | Meia R$ 500,00
Camarote 2 — Inteira R$ 900,00 | Meia R$ 450,00
Plateia Superior 1 — Inteira R$ 550,00 | Meia R$ 275,00
Plateia Superior 2 — Inteira R$ 500,00 | Meia R$ 250,00
Plateia Superior 3 — Inteira R$ 450,00 | Meia R$ 225,00
Observação: Os assentos de camarotes e plateia são numerados.
Sobre Bryan Adams
Canadense de Kingston, Bryan Adams nasceu em 5 de novembro de 1959 começou a tocar guitarra aos 10 anos e lançou seu primeiro álbum aos 20. Estourou inicialmente com o disco Cuts Like a Knife (1983), terceiro de seu catálogo, responsável por apresentar a faixa-título e “Straight from the Heart”. Mas o largo sucesso veio com o trabalho seguinte, Reckless (1984), primeiro de um artista canadense a receber certificação de diamante (acima de ouro e platina) no país natal por trazer hits como “Run to You”, “Summer of ’69” e “Heaven”.
A sequência de sucesso se estendeu pela década de 1990, com “(Everything I Do) I Do It for You”, canção de 1991 que alcançou o primeiro lugar em pelo menos 19 países e permaneceu na posição por 16 semanas no Reino Unido. Ela vem do álbum Waking Up the Neighbours (1991), mais um a receber certificação de diamante no Canadá.
Além de uma longa discografia que transitou por rock e pop, Adams compôs e colaborou em canções para trilhas sonoras de filmes. Alguns de seus feitos nessa seara incluem indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro por trabalhos como “I Finally Found Someone” (com Barbra Streisand) e a vitória de um Grammy de Melhor Música Composta para Mídia Visual em 1992.
Para além da música, Bryan é fotógrafo profissional e publicou trabalhos fotográficos e realizou exposições. Ele tornou-se vegano em 1989 e, em 2023, foi anunciado como cofundador da startup musical SongBox. O seu álbum mais recente é Roll with the Punches (2025), o primeiro por meio de seu selo próprio, Bad Records.
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Jay-Z diz que reação negativa ao show de Bad Bunny no Super Bowl não é autêntica: ‘Eles o amam’

Quando Bad Bunny recebeu a notícia de que seria a atração principal do show do intervalo do Super Bowl 2026, a ligação veio diretamente de Jay-Z. Nas semanas desde o anúncio desse feito histórico, várias figuras da direita e comentaristas conservadores criticaram a Roc Nation, a NFL e a Apple Music pela decisão de colocar um dos artistas mais bem-sucedidos de todos os tempos à frente de um dos eventos musicais mais prestigiados do mundo. O fato de Bad Bunny não cantar em inglês e de já ter se posicionado claramente sobre política e imigração só alimentou ainda mais a polêmica. Mas Jay-Z não está comprando essa narrativa.
“Eles o amam”, disse Jay-Z em um vídeo gravado pelo TMZ enquanto assinava autógrafos em Nova York. “Não deixem que enganem vocês.” Sua breve resposta veio depois que a mulher por trás da câmera insistiu: “A gente precisa falar sobre o Bad Bunny”, ao que ele respondeu: “Não quero falar sobre nada.” Ele só cedeu quando ela perguntou mais especificamente: “Por que as pessoas estão com raiva dele?”
Na semana passada, o comissário da NFL, Roger Goodell, abordou pela primeira vez as críticas. “Ele é um dos artistas mais populares do mundo”, disse à The Atlantic. “É isso que tentamos alcançar. É um elemento importante do valor de entretenimento. É algo cuidadosamente planejado.”
Goodell acrescentou: “Acho que nunca escolhemos um artista sem receber algum tipo de reação negativa ou crítica. Centenas de milhões de pessoas assistem, mas tenho total confiança de que será um ótimo show.” Há até uma petição circulando para substituir Bad Bunny pelo cantor country George Strait como atração do intervalo. Mesmo que todas as 80 mil pessoas que assinaram decidissem boicotar a apresentação, é improvável que sua ausência fizesse qualquer diferença na audiência do astro porto-riquenho.
De qualquer forma, ele não está fazendo isso por elas. “O que sinto vai além de mim mesmo”, disse Bad Bunny em um comunicado quando a notícia de sua apresentação foi divulgada. “É por aqueles que vieram antes de mim e percorreram incontáveis jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown… isso é pelo meu povo, pela minha cultura e pela nossa história. Ve y dile a tu abuela, que seremos el HALFTIME SHOW DEL SUPER BOWL.”
+++LEIA MAIS: Bad Bunny conta como recebeu convite de Jay-Z para show no Super Bowl 2026
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Jeremy Strong: ‘Não acho que o algoritmo seja amigo do artista’

Estamos em uma tarde de sol de outono no The Stone Pony, em Asbury Park, Nova Jersey. No estacionamento do bar ainda havia a estrutura que abrigou o Summer Stage 2025, o festival que acontece durante o verão e que amplia a voz deste templo que é, há 51 anos, um território seguro da música independente e que carrega a fama de ser o endereço de correspondência de Bruce Springsteen — onde tocou em gigs surpresa. Este mistério de sua aparição ronda o ambiente. A camiseta com os dizeres “I Heard Bruce Must Show Up” (“Eu ouvi dizer que o Bruce deve aparecer”) é item obrigatório nas redondezas e ilustra a fama do mais famoso working class superhero da região.
Chegamos no outono para entrevistas sobre o filme Springsteen: Salve-me do Desconhecido, de Scott Cooper, baseado no livro Deliver Me From Nowhere, de Warren Zanes — publicado em 2023 e reeditado agora com um capítulo final sobre os detalhes que transformaram esta escrita em roteiro. A casa de shows é uma das locações e hoje está aberta apenas para a imprensa, abriga jornalistas estrangeiros que serão apresentados aos detalhes do longa-metragem que investiga a criação de Nebraska, disco de 1982 do The Boss — que traz uma sonoridade minimalista e crua produzida em seu quarto — o qual dá vazão a fantasmas de sua vida – e da observação de outras – que ele transformou em prosa poética, letra e melodias tão cinematograficamente possíveis que só poderiam resultar mesmo em um manifesto para ler ou ver – exatamente como aconteceu.
O fato conhecido é o de que, na época, o artista se isolou em Colts Neck, próximo de sua cidade natal, Freehold, para gravar demos de seu próximo trabalho com a E Street Band e, em vez disso, registrou um tracklist íntimo de 10 músicas ancoradas em suas composições e voz, e registradas em um gravador de fita cassete de quatro canais. O que se soube depois sobre este trabalho é que ele, pós-tour de The River, encontrava-se a alguns passos do superestrelato que culminava com expectativas elevadas de sua gravadora, a Columbia Records, à espera de mais e mais hits. Isolado, atravessado por marcas familiares e lidando com efeitos de uma depressão — que admitiu posteriormente — produziu um retrato do tormento a partir de referências como o filme Terra de Ninguém (1973), de Terrence Malick, o disco-debut homônimo da banda Suicide (1977), a odisseia selvagem de assassinatos causados pelos serial killers Charles Starkweather e Caril Ann Fugate — jovens que perderam a inocência para a delinquência e o true crime entre 1957 e 58 — e as histórias de Flannery O’Connor, mestre da literatura e autora da máxima “um escritor sério sempre usa uma falha na natureza humana como seu ponto de partida”.
Sabe-se que o musicista começou a ler O’Connor com quase 30 anos e isso influenciou sua musicalidade; no review de Darkness on the Edge of Town, Paul Nelson explicitou esta aproximação no artigo “Springsteen Fever” para a Rolling Stone (de julho de 1978) quando escreve: “Muitos dos personagens nas canções dele parecem estar presos em um estado de desespero tão intenso que precisam ou romper em direção a algo melhor — ou pelo menos ambíguo — ou sucumbir à loucura, ao assassinato ou a algo ainda pior”.
Quatro anos depois temos Nebraska, pós-The River e pré-Born in the U.S.A.. Inicialmente se chamaria Starkweather, como entendemos por seu biógrafo — “uma história pesquisada de forma forense sobre este disco de Bruce Springsteen que Zanes chama de ‘a maior guinada já feita por alguém que estava no topo das paradas’”, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian — e seu cineasta — “queria um retrato profundo, mas épico em sua amplitude emocional”, confessou Cooper que é também o roteirista da obra. O ator Jeremy Allen White, que vive o The Boss nas telonas, era também um fã e via na canção “Reason to Believe” um fio de esperança. “Então ele me disse que ela era a mais desesperançosa de todas. Penso que este disco é sobre solidão e escuridão. Algo com que estou familiarizado”, contou.
A cidade sem a agitação e o calor da praia se encontra em um misto de espaços (que parecem) vazios e casas de madeira habitadas como se saíssem diretamente de realities de decoração. Nas ruas, um carro funerário estacionado anuncia as Ghost Tours do Museu Paranormal enquanto nos deparamos também com coleções de pedras de cura e cristais à venda como souvenirs. Este ambiente nem tão esotérico assim respira também a orla com um vento cortante que desequilibra até as gaivotas. Saímos do The Asbury, um prédio que foi um lar para idosos pertencente ao Exército da Salvação em 1956, acabou abandonado em meados dos anos 2000 e, desde 2016, converteu-se em um hotel-boutique reimaginado pelo escritório de arquitetura Stonehill Taylor. Ali, a aparência industrial da construção de tijolos aparentes traz um ar de encontro com seus ambientes coletivos com mesa de bilhar e sofás que incitam à leitura — com table books como “Rolling Stone – 50 Years” ou o “500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos” (Nebraska ocupa a posição 150), além de uma parede-estante de vinis e fitas cassete que convidam à audição — uma placa chama para um “date com um disco” como parte da experiência. Anexo ao hotel está a Transparent Gallery, de Danny Clinch, onde Tina Kerekes nos relembra parte da carreira de Bruce emoldurada em uma galeria de fotos. “Veja como ele está feliz”, ela comenta ao mostrar registros do astro durante apresentações ao vivo em meio aos seguidores.

Entramos em um carro para nos dirigir ao The Robinson Ale House, onde encontraremos Jeremy Strong, o Kendall Roy da série Succession, que agora personifica o manager Jon Landau. A conversa é na sacada — ele com vista para o mar, eu voltado à fachada do Convention Hall, um farol do entretenimento, mistura de galeria com restaurantes locais — onde está a pop up Springsteen Archives — e casa de espetáculos. O Kiss tocou ali em 1975 durante a “Dressed to Kill Tour” (o cartaz ainda estampa as paredes cinco décadas depois) e Bruce também usava para ensaios. A entrevista aconteceu no 30 de setembro, exatamente no mesmo dia em que, 43 anos antes, The Boss lançava Nebraska. Ele me conta que estava na faculdade quando foi impactado pela obra. “É um daqueles álbuns que te arrepia até os ossos”, relembra. Questiono uma fala em que seu personagem comenta sobre a preferência dos fãs por “momentos” artísticos — uma sentença premonitória dos anos de 1980 que, agora, é regra vigente da indústria fonográfica para criar singles, virais, dance breaks, visuals e lyric videos a partir de lançamentos únicos disponibilizados de forma mais rápida do que o entendimento e quase tão veloz quanto a aceleração da nossa espera hiper estimulada.
“Neste caso, este álbum não podia ser mais analógico — ele gravou com um equipamento de merda, na sua própria cama, mas o que importava ali era o nível de honestidade. Gosto que este filme esteja sendo lançado em um mundo que se tornou cada vez mais sintético e artificial. É como trazer um som real [o longa em si] cercado de muito barulho. Muito do progresso tecnológico é, de certa forma, antiético e até hostil se pensarmos no que se precisa para se fazer arte. Não acho que o algoritmo seja amigo do artista”, comenta um tímido Jeremy Strong, conhecido por seu mergulho profundo nos textos e subtextos de seus personagens e discreto em um visual em tom de verde escuro e camiseta branca que contrasta com o azul do Jersey Shore.
Não longe dali está a Unwind Records and Comics, dividindo o Asbury Park Boardwalk com sorvetes, roupas e a médium Madam Marie, e também repleta de relíquias mais definitivas que o instante (como o livro de Daniel Johnston, o disco Buckingham Nicks, de 1973, e os stills de cena de Eraserhead, de David Lynch, de 1977). O proprietário, o colecionador Aaron Hochman, nos conta que a cidade respira punk, mas que Springsteen é uma espécie de isca para os turistas, enquanto comenta sua predileção pela Tropicália – ele tira da prateleira o vinil Transa, de Caetano Veloso, e lembra que soube do movimento brasileiro a partir do single de mesmo nome de Beck (do disco Mutations, de 1998). Me volto novamente a Strong, que transpôs para as telas Jon Landau, crítico musical ferrenho detentor de textos presentes já na edição número 01 da Revista Rolling Stone, de novembro de 1967, quando analisou Are You Experienced, de Jimi Hendrix, afirmando que “suas letras eram banais e sua capacidade de composição, muito ruim”. É dele também a resenha de 1974 que dizia “eu vi o passado do rock diante dos meus olhos. Eu vi futuro do rock and roll e seu nome é Bruce Springsteen”, publicada no jornal The Real Paper. Voltamos ao Stone Pony e recebemos a nova edição do livro de Zanes. Do nada, um carro preto chega no pátio e dele sai Bruce.
Ele realmente apareceu.
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+++LEIA MAIS: Com vários acertos, ‘Springsteen: Salve-me do Desconhecido’ é um filme sobre depressão
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Que horas estreia o 7º episódio da nova temporada de ‘Uma Mente Excepcional’?

A segunda temporada de Uma Mente Excepcional, série do Disney+ estrelada por Kaitlin Olson (It’s Always Sunny in Philadelphia), ganha novos episódios semanalmente. Mas que horas estreia o sétimo capítulo do novo ano drama policial, que tem Drew Goddard (Perdido em Marte) como showrunner?
O que esperar do segundo ano de Uma Mente Excepcional?
Baseada na obra de televisão francesa e belga HPI, de 2021, a trama segue Morgan (Kaitlin Olson) uma mãe solo que trabalha como faxineira e que, um dia, por acaso, acaba resolvendo um complicado caso de assassinato. Após resolver o caso, ela se torna consultora da unidade de crimes graves, utilizando sua inteligência excepcional, com destaque para seu QI de 160, para auxiliar nas investigações.
Além de Olson e Daniel Sunjata, o elenco de Uma Mente Excepcional ainda conta com nomes como Javicia Leslie (Um Presente da Tiffany) dando vida a Daphne, Deniz Akdeniz (A Comissária de Bordo) vivendo Lev, Judy Reyes (Tartarugas Até Lá Embaixo) como intérprete de Selena, Amirah J (Shameless Hall Of Shame) como Ava, Matthew Lamb (O Melhor Espetáculo de Natal de Todos os Tempos) como Elliot e outros.
Que horas estreia o próximo episódio da 2ª temporada de Uma Mente Excepcional?
Asim como na primeira temporada, o segundo ano de Uma Mente Excepcional deve contar com cerca de 13 episódios. O sétimo capítulo da nova temporada estreia na próxima quarta-feira, dia 29 de outubro, a partir das 4h da manhã (pelo horário de Brasília). Assista ao trailer dos novos episódios a seguir:
LEIA TAMBÉM: O que a série ‘Alien: Earth’ mostra pela primeira vez na história da franquia
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Lô Borges internado em BH, passa por traqueostomia e respira com aparelhos

O cantor e compositor Lô Borges está internado há cerca de dez dias em um hospital de Belo Horizonte (MG), segundo informações do irmão, Yé Borges. O músico foi submetido a uma traqueostomia no último sábado, 25, e respira com auxílio de ventilação mecânica.
A internação começou após uma intoxicação por medicamentos em casa, no dia 17 de outubro. O estado de saúde é grave, mas estável, de acordo com a família. Não há previsão de alta até o momento.
A traqueostomia foi indicada para facilitar a passagem de ar diretamente aos pulmões, devido à necessidade de ventilação mecânica prolongada.
O procedimento cria uma abertura na traqueia para inserir um tubo através do qual o paciente respira. Lô Borges precisou passar por ele devido a complicações respiratórias decorrentes da intoxicação. A ventilação mecânica é utilizada quando o paciente não consegue manter sozinho a oxigenação adequada.
Sobre Lô Borges
Lô Borges é um dos compositores mais influentes da música brasileira e fundador do movimento Clube da Esquina, surgido em Minas Gerais nos anos 1960 ao lado de Milton Nascimento. Seu álbum de 1972 é considerado um marco da MPB, e faixas como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Cravo e Canela” entraram para o repertório da música popular brasileira. Ao longo da carreira, teve seus trabalhos gravados por nomes como Tom Jobim, Elis Regina e as bandas Skank e 14 Bis.
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Onde assistir a ‘Casa de Dinamite’, que está fazendo sucesso no streaming?

Após uma breve passagem pelos cinemas, Casa de Dinamite, novo longa de Kathryn Bigelow, vencedora de duas estatuetas do Oscar por Guerra ao Terror (2009), já está disponível nas plataformas digitais. Mas onde assistir à novidade?
Qual é a história de Casa de Dinamite?
Terceiro parte de uma trilogia da diretora sobre dilemas político-militares, depois de Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura (2012), Casa de Dinamite acompanha os funcionários da Casa Branca em uma corrida contra o tempo para identificar a autoria e definir uma resposta adequada para o lançamento de um míssil não identificado contra os Estados Unidos.
Quem está no elenco de Casa de Dinamite?
Com roteiro de Noah Oppenheim (Jackie), Casa de Dinamite conta com Idris Elba (Luther), Rebecca Ferguson (Duna), Gabriel Basso (O Mundo Imaginário de Cameron Post), Jared Harris (Chernobyl), Tracy Letts (Lady Bird), Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York), Moses Ingram (Obi-Wan Kenobi), Jonah Hauer-King (A Pequena Sereia), Greta Lee (Vidas Passadas), Renée Elise Goldsberry (Hamilton) e Jason Clarke (O Primeiro Homem) no elenco.
Onde assistir a Casa de Dinamite?
Lançado no início do mês em cinemas selecionados, Casa de Dinamite está disponível no catálogo da Netflix, sem custos adicionais para os assinantes do serviço de streaming. Assista ao trailer:
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Saiba quando acontecerá o Monsters of Rock 2026

Um dos festivais de rock mais tradicionais do Brasil voltará a acontecer em 2026. A produtora Mercury Concerts confirmou a realização da próxima edição do Monsters of Rock, a nona da história, para o dia 4 de abril.
Ainda não há informações sobre local, lineup e venda de ingressos. As duas últimas edições se deram no Allianz Parque, em São Paulo.
O estádio, inclusive, serviu de palco para a revelação da notícia. A produtora veiculou a informação nos telões do show do Guns N’ Roses no local, no último sábado, 25.
Foi divulgado, ainda, que Bryan Adams e Megadeth têm shows marcados em São Paulo (7 de março na Vibra e 2 de maio no Espaço Unimed, respectivamente) e que o Helloween retorna ao Brasil em setembro.
A oitava edição do Monsters of Rock foi realizada em 19 de abril de 2025, em celebração ao 30º aniversário do evento. Scorpions, Judas Priest, Europe, Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius formaram o lineup.
Rolling Stone Brasil: Avenged Sevenfold na capa
A nova edição da Rolling Stone Brasil traz uma entrevista exclusiva com os 5 integrantes do Avenged Sevenfold, às vésperas de seus maiores shows solo no Brasil. Também há um bate-papo com Planet Hemp, um especial Bruce Springsteen, homenagem a Ozzy Osbourne e muito mais. Compre pelo site da Loja Perfil.

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Saiba quando acontecerá o Monsters of Rock 2026

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Saiba quando acontecerá o Monsters of Rock 2026

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A oitava edição do Monsters of Rock foi realizada em 19 de abril de 2025, em celebração ao 30º aniversário do evento. Scorpions, Judas Priest, Europe, Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius formaram o lineup.
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