Sonic Youth desperta especulações sobre 2026 em aniversário de álbum
Treze anos depois de uma separação que parecia definitiva, o Sonic Youth voltou a alimentar esperanças dos fãs com uma postagem coordenada nas redes sociais. No 30º aniversário de Washing Machine (1995), todos os membros da banda publicaram uma imagem enigmática que pode sugerir movimentações para 2026.
A separação do Sonic Youth em 2011 aconteceu em meio ao divórcio conturbado entre os líderes da banda, Thurston Moore e Kim Gordon. Desde então, Gordon nunca escondeu o desconforto com o ex-marido, deixando claro em entrevistas e declarações que a relação pessoal deteriorada tornava qualquer reconciliação profissional improvável.
Nos últimos anos, porém, alguns sinais indicaram possível abertura. Moore chegou a declarar que uma reunião do Sonic Youth estaria “sempre na mesa”. Em 2023, ele se apresentou ao lado dos ex-companheiros Lee Ranaldo e Steve Shelley em um show em Nova York, mas a ausência conspícua de Gordon foi amplamente notada pela imprensa especializada.
A postagem dessa semana, no entanto, marca uma diferença significativa. Para celebrar os 30 anos de Washing Machine (o nono álbum de estúdio da banda e casa de clássicos como “The Diamond Sea”) as contas oficiais do Instagram relacionadas ao Sonic Youth publicaram a imagem icônica da máquina de lavar que ilustra a capa do disco.
A diferença está no detalhe: onde antes estava escrito “Sonic Youth”, agora aparece apenas “2026”. O mais surpreendente é que até mesmo Kim Gordon compartilhou a imagem em suas redes, quebrando anos de silêncio sobre qualquer coisa relacionada à banda.
A coordenação da postagem entre todos os membros (algo que não acontecia há mais de uma década) sugere planejamento deliberado. Seja uma reedição especial do álbum, uma série de shows ou mesmo uma reunião completa, o envolvimento de Gordon indica que as diferenças pessoais podem não ser mais um impedimento intransponível.
O timing também chama atenção. O ano de 2026 marcará 15 anos da separação original e pode representar tempo suficiente para cicatrizar feridas antigas. Talvez seja só um disco de lado B? Ou de ao vivo? Mas para uma banda que ajudou a definir o rock alternativo dos anos 1980 e 1990, qualquer movimento conjunto representa um evento significativo para a música independente.
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Cardi B arrasa com seu barrigão e apresenta músicas de ‘Am I the Drama?’ no Global Citizen Festival
Cardi B dominou o palco do Global Citizen Festival no sábado à noite, arrasando com seu barrigão de grávida e novas canções ao lado de seus sucessos anteriores no Central Park, em Nova York. A rapper anunciou que estava grávida de seu quarto filho, e primeiro com o namorado Stefon Diggs, em 17 de setembro.
Acompanhada por uma série de dançarinos vestidos com shorts camuflados e camisetas brancas e seu DJ, a apresentadora da noite esquentou tudo com sua performance, inicialmente usando uma jaqueta camuflada curta. “Agora que vocês viram minha roupa, mamãe está quente, espera aí”, disse após se apresentar com “Outside”. Ela então jogou o casaco para um fã sortudo na plateia.
Usando um body que acentuava sua barriga de grávida e calças largas, Cardi declarou: “Estou linda” (e estava mesmo!) antes de partir para “ErrTime”, comandando o palco enquanto se movia por ele e rebolava.
Para “Bodak Yellow”, ela foi até uma passarela lateral que a trouxe mais perto da multidão enquanto a plateia cantava junto cada palavra. Ela encerrou com um elétrico “I Like It” cheio de rebolado.
Os organizadores do Global Citizen anunciaram que Cardi foi adicionada ao lineup poucos dias antes do evento acontecer após o The Weeknd cancelar por “razões pessoais”. Rosé também foi convocada para se apresentar no início desta semana.
Cardi lançou seu segundo álbum, Am I the Drama?, no início deste mês. Ela começará sua primeira turnê de arenas como headliner no próximo ano. Apelidada de Little Miss Drama Tour, ela começará em 11 de fevereiro em Palm Desert, Califórnia, na Acrisure Arena.
Shakira, Tyla, Mariah the Scientist e Ayra Starr também se apresentaram na edição deste ano do Global Citizen Festival. Hugh Jackman, Embaixador do Global Citizen, retornou como apresentador.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Althea Legaspi, no dia 28 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Lola Young cancela performance no All Things Go D.C. após desmaiar no palco durante show em Nova York
Lola Young cancelou sua performance no All Things Go em Washington, D.C. programada para hoje após desmaiar no palco enquanto se apresentava na edição de Nova York do festival no sábado.
“Peço desculpas por confirmar que não vou tocar no all things go em DC hoje”, escreveu a cantora no Instagram no domingo. “Eu amo este trabalho e nunca dou por garantidos meus compromissos e audiência, então peço desculpas àqueles que ficarão desapontados com isso”.
“Espero que todos me deem outra chance no futuro”, continuou Young. “Obrigada a todos que escutam e se importam. Para todas as pessoas que adoram ser más, online, por favor me deem um dia de folga”, postou, assinando com um emoji de coração e seu nome. Um representante de Young não retornou imediatamente o pedido de comentário da Rolling Stone sobre o anúncio de D.C.
No sábado, Young desmaiou no palco enquanto se apresentava no All Things Go na cidade de Nova York. A cantora sofreu uma emergência médica enquanto cantava “Conceited” e foi carregada para fora do palco por uma equipe médica.
Remi Wolf depois apareceu no palco, onde se dirigiu à multidão, declarando: “Isso foi realmente assustador pra c…”. Ela acrescentou: “Minha amiga Lola está nos bastidores, e ela está bem”. A multidão aplaudiu em apoio.
Algumas horas depois, Young postou um story no Instagram onde escreveu: “Para qualquer um que viu meu set no all things go hoje, estou bem agora. Obrigada por todo o apoio de vocês Lola xxx”.
No início do set, Young falou sobre como ela “teve alguns dias difíceis”, acrescentando: “Às vezes a vida pode realmente fazer você sentir que não consegue continuar, mas sabe de uma coisa, hoje acordei e tomei a decisão de vir aqui, e queria ser legal… e às vezes a vida pode te dar limões, e você só tem que fazer limonada”.
Um representante de Young não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Rolling Stone após o incidente da emergência médica.
O incidente aconteceu um dia após Young cancelar o concerto We Can Survive da Audacy em Newark, Nova Jersey, na sexta-feira à noite. Horas antes do início do show beneficente, o empresário de Young, Nick Shymansky, revelou no story do Instagram de Young que aconselhou ela a não se apresentar como uma “medida protetiva para mantê-la segura”.
“Infelizmente, devido a um assunto delicado, aconselhei Lola Young a cancelar sua apresentação no Audacy – We Can Survive @ Prudential [Center] esta noite”, escreveu Shymansky. “Lola é muito aberta sobre sua saúde mental e há ocasionalmente dias em que eu e minha equipe temos que tomar medidas protetivas para mantê-la segura”.
Lola Young will no longer be performing at Audacy’s We Can Survive Concert tonight. pic.twitter.com/P86LwAJwkc
— 🏁 (@concertleaks) September 26, 2025
Shymansky encerrou a declaração acrescentando: “Ela é uma pessoa incrível e sempre leva seus fãs, carreira e apresentações a sério. Só posso pedir enormes desculpas pelo inconveniente causado”.
Um porta-voz da Audacy compartilhou seu apoio à cantora em uma declaração à Rolling Stone: “Apoiamos Lola e sua saúde mental e desejamos o melhor para ela. Agradecemos aos fãs pela compreensão”.
Young descreveu suas batalhas com saúde mental no passado. “É muito importante que eu tenha sido aberta sobre isso porque deu margem para outras pessoas serem abertas sobre isso e o impulso para outras pessoas procurarem ajuda e dizerem o quanto isso as ajudou”, disse ela à Rolling Stone, citando episódios ocasionais que aconteceram na frente de colaboradores, e como escrever através deles resultou em alguns de seus trabalhos mais crus até hoje.
O show cancelado de sexta-feira acontece apenas uma semana após a cantora lançar seu novo disco, I’m Only Fking Myself. Young teve um hit de sucesso com a faixa de 2024 “Messy”, e anteriormente lançou o álbum de 2023 My Mind Wanders and Sometimes Leaves Completely e o álbum de 2024 This Wasn’t Meant for You Anyway.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Tomás Mier, Jodi Guglielmi e Althea Legaspi, no dia 28 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Com Marisa Monte, Ney Matogrosso transforma o Doce Maravilha 2025 em baile nostálgico
Se o BaianaSystem sofreu para animar o público no segundo dia do Doce Maravilha 2025, Ney Matogrosso não teve o mesmo problema: quem foi ao Jockey Club Brasileiro, na Gávea, na noite de sábado (27), foi por ele.
De poucas palavras — ofertando apenas um singelo “boa noite” antes de iniciar a terceira música do seu set —, o artista se dedicou a fazer o que faz de melhor: entregar um grande espetáculo aos seus fãs.
A resposta do público, que se aglomerava à frente do palco principal do evento para ouvir sucessos como “Eu Quero é Botar o Meu Bloco na Rua”, “Pavão Misterioso” e “Jardins da Babilônia” (de Rita Lee), foi transformar o festival, erguido sob os olhos do emblemático Cristo Redentor, em um grande baile nostálgico.
Com um vestido prata, contrastando com o dourado do figurino de Ney, a convidada de honra do espetáculo, Marisa Monte, subiu ao palco sob fortes gritos e aplausos, injetando ainda mais energia no público. Juntos, os artistas cantaram “Fala” (do Secos & Molhados), “O Leãozinho” (de Caetano Veloso), “Coração Civil” (de Milton Nascimento) e “O Vira”, que Ney já não apresentava há anos em seus shows.
Quando Marisa Monte fez menção de se despedir, o colega rasgou o roteiro da apresentação e insitiu para que ela continuasse até o encerramento. “Nós mudamos um pouco as coisas aqui”, justificou ao público, que não viu problema ao se esbaldar em “Balada do Louco”, clássico d’Os Mutantes; “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, de Hyldon, que tocou os corações dos apaixonados; e “Pro Dia Nascer Feliz”, sucesso na voz de Cazuza, ainda em seus anos de Barão Vermelho.
Por fim, antes de deixar o palco do Doce Maravilha defintivamente, Ney agradeceu ao público com um bis, escolhido pelos presentes: “A gente pode tocar ‘Coração Civil’ ou ‘O Vira’. Qual vocês preferem?”, questionou. A segunda, responsável por um dos pontos mais enérgicos do show, ganhou sem esforço. “Aqui é democracia. A gente ama a democracia!”, declarou Marisa antes de dar corda no grand finale.
LEIA TAMBÉM: BaianaSystem enfrenta público tímido e entrega celebração política e cultural no Doce Maravilha 2025
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Com Marisa Monte, Ney Matogrosso transforma o Doce Maravilha 2025 em baile nostálgico
Se o BaianaSystem sofreu para animar o público no segundo dia do Doce Maravilha 2025, Ney Matogrosso não teve o mesmo problema: quem foi ao Jockey Club Brasileiro, na Gávea, na noite de sábado (27), foi por ele.
De poucas palavras — ofertando apenas um singelo “boa noite” antes de iniciar a terceira música do seu set —, o artista se dedicou a fazer o que faz de melhor: entregar um grande espetáculo aos seus fãs.
A resposta do público, que se aglomerava à frente do palco principal do evento para ouvir sucessos como “Eu Quero é Botar o Meu Bloco na Rua”, “Pavão Misterioso” e “Jardins da Babilônia” (de Rita Lee), foi transformar o festival, erguido sob os olhos do emblemático Cristo Redentor, em um grande baile nostálgico.
Com um vestido prata, contrastando com o dourado do figurino de Ney, a convidada de honra do espetáculo, Marisa Monte, subiu ao palco sob fortes gritos e aplausos, injetando ainda mais energia no público. Juntos, os artistas cantaram “Fala” (do Secos & Molhados), “O Leãozinho” (de Caetano Veloso), “Coração Civil” (de Milton Nascimento) e “O Vira”, que Ney já não apresentava há anos em seus shows.
Quando Marisa Monte fez menção de se despedir, o colega rasgou o roteiro da apresentação e insitiu para que ela continuasse até o encerramento. “Nós mudamos um pouco as coisas aqui”, justificou ao público, que não viu problema ao se esbaldar em “Balada do Louco”, clássico d’Os Mutantes; “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, do Kid Abelha, que tocou os corações dos apaixonados; e “Pro Dia Nascer Feliz”, sucesso na voz de Cazuza.
Por fim, antes de deixar o palco do Doce Maravilha defintivamente, Ney agradeceu ao público com um bis, escolhido pelos presentes: “A gente pode tocar ‘Coração Civil’ ou ‘O Vira’. Qual vocês preferem?”, questionou. A segunda, responsável por um dos pontos mais enérgicos do show, ganhou sem esforço. “Aqui é democracia. A gente ama a democracia!”, declarou Marisa antes de dar corda no grand finale.
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Com Marisa Monte, Ney Matogrosso transforma o Doce Maravilha 2025 em baile nostálgico
Se o BaianaSystem sofreu para animar o público no segundo dia do Doce Maravilha 2025, Ney Matogrosso não teve o mesmo problema: quem foi ao Jockey Club Brasileiro, na Gávea, na noite de sábado (27), foi por ele.
De poucas palavras — ofertando apenas um singelo “boa noite” antes de iniciar a terceira música do seu set —, o artista se dedicou a fazer o que faz de melhor: entregar um grande espetáculo aos seus fãs.
A resposta do público, que se aglomerava à frente do palco principal do evento para ouvir sucessos como “Eu Quero é Botar o Meu Bloco na Rua”, “Pavão Misterioso” e “Jardins da Babilônia” (de Rita Lee), foi transformar o festival, erguido sob os olhos do emblemático Cristo Redentor, em um grande baile nostálgico.
Com um vestido prata, contrastando com o dourado do figurino de Ney, a convidada de honra do espetáculo, Marisa Monte, subiu ao palco sob fortes gritos e aplausos, injetando ainda mais energia no público. Juntos, os artistas cantaram “Fala” (do Secos & Molhados), “O Leãozinho” (de Caetano Veloso), “Coração Civil” (de Milton Nascimento) e “O Vira”, que Ney já não apresentava há anos em seus shows.
Quando Marisa Monte fez menção de se despedir, o colega rasgou o roteiro da apresentação e insitiu para que ela continuasse até o encerramento. “Nós mudamos um pouco as coisas aqui”, justificou ao público, que não viu problema ao se esbaldar em “Balada do Louco”, clássico d’Os Mutantes; “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, do Kid Abelha, que tocou os corações dos apaixonados; e “Pro Dia Nascer Feliz”, sucesso na voz de Cazuza.
Por fim, antes de deixar o palco do Doce Maravilha defintivamente, Ney agradeceu ao público com um bis, escolhido pelos presentes: “A gente pode tocar ‘Coração Civil’ ou ‘O Vira’. Qual vocês preferem?”, questionou. A segunda, responsável por um dos pontos mais enérgicos do show, ganhou sem esforço. “Aqui é democracia. A gente ama a democracia!”, declarou Marisa antes de dar corda no grand finale.
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BaianaSystem enfrenta público tímido e entrega celebração política e cultural no Doce Maravilha 2025
Escalado para agitar a segunda noite do Doce Maravilha 2025, o BaianaSystem suou — mesmo em meio ao frio atípico que castigava o Rio de Janeiro no sábado (27) — para animar o público, que havia se reunido em peso no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, região nobre da Cidade Maravilhosa, para conferir Ney Matogrosso com Marisa Monte, grandes atrações da noite, como ficou bastante claro momentos depois.
Ainda assim, o BaianaSystem não deixou a peteca cair. Liderado por Russo Passapusso e com a energia de sempre, o grupo entregou o seu Lundu Rock Show, misto de espetáculo, concerto e manifesto político e cultural, que foi sucesso em festivais como João Rock, em Ribeirão Preto (SP), e Movimento Cidade, em Vila Velha (ES), neste ano.
“Cabeça de Papel”, “A Mosca” — com sample de “Mosca na Sopa”, clássico de Raul Seixas — e “Capim Guiné” fizeram a festa da plateia, mas foi na dobradinha de “Balacobaco”, do recente “O Mundo Dá Voltas” (2025), e “Saci”, destaque do álbum “O Futuro Não Demora”, de 2019, que a apresentação atingiu o seu ápice.
Decidido a não deixar ninguém parado, Passapusso desceu até a plateia e, pessoalmente, agitou a tradicional roda de punk dos shows do BaianaSystem. “Se você está no show, é pra viver o show. É pra viver o lugar. Vive!”, bradou o vocalista, conquistando a energia que precisava para encerrar a apresentação no Doce Maravilha, com sucessos como “Lucro (Descomprimindo)” e “Sulamericano”, uma celebração não só do BaianaSystem, mas da potência cultural do nosso país — mesmo que nem todos ali estivessem prontos para reconhecer isso.
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Assista Eddie Vedder tocar covers de Devo, Led Zeppelin e mais no Ohana Festival
O Ohana Music Festival anual de Eddie Vedder começou na sexta-feira e o frontman do Pearl Jam e os Earthlings foram os headliners da primeira de três noites do festival em Dana Point, Califórnia. Foi a primeira vez em dois anos que ele e os companheiros de banda dos Earthlings — os guitarristas Andrew Watt, Josh Klinghoffer e Glen Hansard; o baterista do Red Hot Chili Peppers, Chad Smith, e o baixista Chris Chaney — se apresentaram juntos. Para marcar a ocasião, eles entregaram vários covers ao lado de canções de Earthling e Pearl Jam.
Eles começaram tudo com um cover de “Gut Feeling” do Devo antes de partir para “Corduroy” do Pearl Jam.
Durante a parte final de seu set, que anteriormente incluiu um cover de “I’m One” do The Who, a banda tocou a introdução instrumental de “The Song Remains the Same” do Led Zeppelin antes de partir para “Rearviewmirror” do Pearl Jam. Antes de tocar as canções, Vedder gritou para “todos os seres humanos magníficos” que estavam tocando no festival. “Apenas lendas, tantas mulheres incríveis nos palcos durante todo o dia de hoje e durante o fim de semana”, disse antes de dar crédito a Shirley Manson do Garbage, Hinds de Madrid, Jessica Dobson do Deep Sea Diver, Akira Galaxy e Kim Deal, e também gritou para sua esposa e adicionalmente Karen O do Yeah Yeah Yeahs, que não estava se apresentando mas aparentemente estava na plateia.
Após as saudações, Vedder compartilhou uma história sobre um administrador do ensino médio cuja missão, segundo ele, era “arruinar minha vida”. Mas a música o ajudou a passar por isso. “Havia essa peça musical, e nunca esquecerei onde eu estava ou quão alto estava, e por algum motivo, essa peça musical — nem mesmo as palavras, nada — era como uma droga”, disse Vedder. “Me elevou. Foi uma decolagem. Percebi, sabe de uma coisa? Que se dane esse cara. E um dia, ele não significará nada para você”, disse. Mais tarde, acrescentou: “Vamos tocar essa peça musical e vou deixar que seja um lembrete de que música é poder. Música tem poder. Você deve ser responsável com o poder dessa música e uma voz e um microfone e comunicar-se com pessoas em quem confiamos e somos gratos que possam confiar em nós… Essa pessoa que tinha má vontade comigo? Ela não ganhou”.
Eles também tocaram um medley de “Save It for Later” do English Beat e “Better Man” do Pearl Jam que contou com James King do Fitz and the Tantrums no saxofone.
Eles encerraram com um dos covers perenes de Vedder, “Rockin’ in the Free World” de Neil Young, contando com uma série de convidados, incluindo Kelly Jones do Stereophonics e o saxofonista King.
O Ohana Music Festival continua até domingo, com Hozier como headliner de sábado à noite e Green Day encerrando o evento no domingo.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Althea Legaspi, no dia 27 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Selena Gomez e Benny Blanco se casaram
Agora é Sra. Blanco. Selena Gomez e Benny Blanco se casaram em uma cerimônia privada no sábado, 27 de setembro. Eles trocaram votos na Califórnia na presença de amigos e familiares.
Gomez compartilhou fotos do casamento, legendando um carrossel de imagens com “27.09.25”.
O casal ficou noivo em dezembro de 2024 após mais de um ano de namoro. A cantora anunciou a novidade: “para sempre começa agora…”.
O casal trabalhou junto na música de sucesso de Gomez “Same Old Love” de 2015 e “I Can’t Get Enough” (que também contou com Tainy e J Balvin) em 2019, antes de confirmar o relacionamento em dezembro de 2023. Ela posteriormente observou que começou a namorar o produtor musical seis meses antes. Em março de 2025, eles lançaram seu álbum colaborativo, I Said I Love You First.
Ao falar sobre Blanco durante uma participação no Apple Music 1, Gomez descreveu o relacionamento deles como “o mais seguro” que já sentiu.
“Acho que é muito importante conhecer alguém que te respeita”, disse ela.
Eu diria que, no geral, é o mais seguro que me sinto, e tem sido realmente adorável, e só cresci através disso, então é incrível.
Mas quando se tratava do planejamento do casamento, o casal foi o primeiro a admitir que foram lentos para começar. No início deste ano, Blanco disse à Rolling Stone que Gomez “planejava um novo casamento em sua cabeça” todos os dias após ficarem noivos, mas o foco principal deles na época era o álbum, I Said I Love You First.
“Somos muito do tipo ‘vamos levando um dia de cada vez’. Ainda não superamos este momento. Literalmente, enquanto você estava falando, ela estava sentada lá encarando o anel dela”, disse ele. Gomez acrescentou: “Além disso, sinto genuinamente que este é um momento tão especial que conseguimos aplicar a este álbum e realmente despejar nosso coração nele, e traduzir completamente o que sentimos e trazer isso ao mundo. Esse é meu foco principal agora, pelo menos”.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Jodi Guglielmi, no dia 27 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Formosa Hi-Fi: O templo sonoro que revitaliza o centro de São Paulo
Há lugares na cidade que carregam histórias silenciosas nas suas paredes. A Galeria Formosa, no coração do Vale do Anhangabaú, era um desses segredos urbanos: um túnel subterrâneo de 500 metros quadrados que permaneceu fechado por cinco décadas, acumulando não apenas 120 quilos de baratas mortas, mas também memórias de uma São Paulo que poucos lembram.
O espaço, que remonta a 1938, quando o prefeito Prestes Maia entregou uma passagem subterrânea para conectar o Shopping Light ao Theatro Municipal, nasceu com a ambição intelectual de Mário de Andrade, que idealizou um restaurante fino dedicado à gastronomia brasileira. O projeto nunca saiu do papel, mas a vocação gastronômica do local persistiria por décadas: em 1940, virou sede da Escola Municipal de Bailado, depois se transformou no Restaurante da Liga das Senhoras Católicas, que servia refeições a preços acessíveis para trabalhadoras do centro. Apelidada pelos paulistanos de “passagem Xavier”, por partir da praça Xavier de Toledo, a galeria foi gradualmente negligenciada pelas administrações municipais (nunca teve sequer um logradouro público oficial) até ser definitivamente fechada em 1975.
Hoje, esse mesmo espaço abriga o Formosa Hi-Fi, o primeiro bar de audição de alta fidelidade do Brasil inteiramente dedicado à música de qualidade. E não é exagero dizer que ele representa muito mais do que um novo endereço gastronômico: é um manifesto sonoro em pleno centro histórico, um resgate tanto arquitetônico quanto sensorial de uma cidade que há muito perdeu o hábito de ouvir com profundidade.

A ironia poética não poderia ser maior: exatos 50 anos depois de Elis Regina ensaiar Falso Brilhante neste mesmo local (limpando com as próprias mãos o espaço abandonado pela prefeitura), o Formosa Hi-Fi ressuscita a galeria com a mesma reverência pela música que a Pimentinha sempre defendeu. Por trás do projeto, três empreendedores que fazem de seus negócios uma ode à cidade: Facundo Guerra, à frente do Grupo Vegas e responsável por casas icônicas como Vegas Club, Yacht, Lions, Z Carniceria, Bar dos Arcos, Cine Joia e, mais recentemente, Love Cabaret e Blue Note; Ale Youssef, ex-Secretário da Cultura de SP e um dos fundadores do Studio SP; e Ale Natacci, que esteve à frente de espaços como Sonique e Piola. Juntos, Youssef e Natacci também criaram o Acadêmicos do Baixo Augusta e a Laje do Baixo, importantes iniciativas culturais de São Paulo.
O diferencial técnico do Formosa é impressionante. José Augusto Nepomuceno, da premiada Acústica & Sônica (responsável pela Sala São Paulo e pelo Teatro Cultura Artística), assinou um projeto que transformou as limitações do espaço tombado em soluções inovadoras. O local é protegido pelos três órgãos de patrimônio público, Conpresp, Condephaat e Iphan, o que impediu qualquer modificação estrutural. Sendo assim, como não era possível alterar a estrutura original, ergueram-se quatro paredes internas, criando uma “caixa dentro da caixa”.
A verdadeira revolução está nas “bolhas de estéreo”: mais de 20 caixas de som distribuídas estrategicamente pelo salão, criando três linhas sonoras que garantem a mesma qualidade acústica em qualquer ponto do ambiente, ou seja, em qualquer lugar do espaço, você consegue conversar e ouvir a música com clareza e no mesmo volume. E se ficou na dúvida sobre o som estar na altura adequada? Não se preocupe, você poderá conferir isso num decibelímetro.

O ritual no Formosa Hi-Fi começa com a entrada pela escadaria ao lado do Shopping Light, um mergulho literal no subsolo da cidade. O salão principal, quase todo em mármore, comporta 160 pessoas sentadas, distribuídas entre balcão de madeira e sofás. No teto, 420 luminárias de LED conectadas a um sistema de automação criam infinitas combinações de iluminação sincronizada com a música, transformando cada sessão em uma experiência visual única.
A programação segue uma liturgia específica: todo dia, um álbum é tocado de ponta a ponta no início da noite. Depois, o “seletor musical” (nunca DJ, sempre curador) constrói narrativas sonoras a partir do acervo de 6 mil discos da casa ou dos próprios vinis que trouxer. O menu gastronômico, assinado por Joseane Marques, é uma homenagem conceitual às ideias não registradas de Mário de Andrade para o restaurante que nunca existiu neste local. Pratos como boeuf bourguignon com pirão de leite e pastel de angu com brie traduzem em sabores a proposta de unir tradição e modernidade. A coquetelaria, comandada por Michelly Rossi, oferece drinques autorais que conversam com a trilha sonora da noite, uma extensão líquida da curadoria musical.
Com entrada disputadíssima (reservas pelo app Get In para no máximo seis pessoas, fila de espera a partir das 22h para os desavisados), o Formosa já se consolidou como ponto de convergência entre gerações de melômanos. O clube de sócios, com mensalidades a partir de R$ 390, oferece experiências exclusivas como sorteio de vinis, entrada sem fila e um drink gratuito a cada visita, além da possibilidade de ouvir seus próprios discos. Mas o verdadeiro valor está na democratização do acesso ao som de alta fidelidade.
O projeto integra a revitalização do Vale do Anhangabaú, mas vai além: redefine o que significa “sair para ouvir música” em São Paulo. Diferente dos listening bars tradicionais, que priorizam o ambiente sobre a tecnologia, Formosa Hi-Fi se posiciona como um espaço de alta fidelidade sonora, onde a qualidade técnica é tão importante quanto a curadoria. Em tempos de playlists algorítmicas e escuta fragmentada, o bar oferece uma alternativa: a possibilidade de ouvir música com tempo e atenção, em um ambiente pensado especificamente para isso.

Visitei o Formosa em uma noite de quinta-feira, quando o seletor, um velho amigo, variou a sonoridade de eletro-indie até chegar nos ritmos latinos do nosso porto-riquenho favorito, Bad Bunny. Reforço aqui a coleção de LPs da casa, que é ótima e variada. De Racionais MC’s a Lana Del Rey, de Buena Vista Social Club a Velvet Underground, ou Clube da Esquina e Xuxa, porque não? Aliás, em um vinil da Xuxa foi de onde veio o cardápio, detalhe curioso e divertido. Outro destaque também vai para vista do fumódromo, que dá de frente a fonte recém restaurada que fica escadas abaixo do imponente Teatro Municipal, um caminho para Vale do Anhangabaú. Poderíamos estar numa cidade qualquer da Europa, mas essa joia fica em pleno centrão da cidade de São Paulo.
Entre um gole de um dos coquetéis autorais da casa, compreendi que o Formosa Hi-Fi não é apenas um bar. É um templo dedicado à escuta, um espaço onde a música recupera seu lugar sagrado na experiência urbana. E em tempos de pressa e playlists infinitas, eles nos devolvem algo precioso: o tempo da música. E fazem isso exatamente onde Elis Regina, meio século atrás, limpou o chão para que sua voz pudesse ecoar. A galeria que ela preparou para Falso Brilhante agora brilha de verdade, iluminada não apenas pelas 420 luminárias do teto, mas pela mesma paixão pela música que move os paulistanos desde sempre.
SERVIÇO
Formosa Hi-Fi
Funcionamento: terça a domingo a partir das 19h. Fecha à meia-noite, com exceção de sexta e sábado, quando opera até as 2h;
Endereço: Rua Coronel Xavier de Toledo, 23 – Galeria Formosa (próximo ao metrô Anhangabaú). Couvert artístico: R$ 20.
Ingressos e informações: aqui
Instagram: @formosahifi
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