A pista dada por Liam Gallagher sobre o futuro do Oasis
O Oasis encerrou a etapa britânica de sua turnê de reunião de 2025 com dois shows em Londres no fim de semana. Mas o vocalista Liam Gallagher deixou o palco na noite de domingo, 29, com a sugestão de que pode haver mais novidades para 2026.
Antes de começar a última música da noite, “Champagne Supernova”, Gallagher fez uma série de agradecimentos, terminando com um para os fãs. “Acima de tudo, quero agradecer a todos por manterem a fé e colocarem essa banda de volta no mapa”, disse ele, acrescentando alguns momentos depois: “Até o ano que vem”.
O Oasis tem se mantido discreto sobre o que planeja fazer após o encerramento de sua turnê de reunião de grande sucesso, ainda este ano. Em agosto, Noel Gallagher evitou completamente o assunto durante uma rara entrevista a seu programa esportivo favorito.
Embora o guitarrista e compositor parecesse entusiasmado com o andamento da turnê — e até elogiasse seu irmão, Liam — quando os apresentadores o questionaram sobre o que viria a seguir para a banda, Gallagher rapidamente brincou: “Tudo bem, vamos falar de futebol”.
Até o momento, a única coisa que o Oasis realmente tem em mente para o futuro é o lançamento de um filme, que será feito em conjunto com a turnê de reunião. O longa foi criado e produzido por Steven Knight, roteirista de Peaky Blinders, e dirigido por Dylan Southern e Will Lovelace, que dirigiram o filme-concerto Shut Up and Play the Hits (2012), do LCD Soundsystem.
Mas ainda não há título nem data de lançamento. Também não está claro qual será o formato do projeto, ou se ele é sequer considerado um documentário.
Oasis em turnê de reunião
O Oasis realizará a reta final internacional de sua turnê de reunião no próximo mês, com datas agendadas no Japão, Austrália e América do Sul. O Brasil é a parada final, com apresentações no estádio MorumBIS, em São Paulo, nos dias 22 e 23 de novembro. Os ingressos estão esgotados.
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‘Exatamente o artista que precisamos’: Internet explode com Bad Bunny no halftime do Super Bowl 2026
Bad Bunny vai subir ao palco no show do intervalo do Super Bowl 2026 em fevereiro, e os fãs já estão enlouquecendo de expectativa. Minutos depois que a NFL anunciou a notícia no domingo à noite, os fãs de Benito e os amantes do futebol americano inundaram a internet com empolgação, elogiando a escolha e celebrando o poder de ter um latino em um dos maiores palcos do mundo durante uma era política que tem como alvo os latinos.
“Bad Bunny é exatamente o artista que precisamos para o clima político dos Estados Unidos agora”, escreveu um fã no X (antigo Twitter). “Ele vai ser incrível. Sem dúvida terá uma apresentação forte e uma mensagem poderosa”.
Um fã destacou o simbolismo e a inspiração por trás do álbum de Bad Bunny Debí Tirar Más Fotos, no qual o cantor exaltou os sons porto-riquenhos e cantou especificamente sobre os efeitos do colonialismo americano em faixas como “Lo Que Le Pasó a Hawái”.
“Bad Bunny falando sobre colonialismo + o deslocamento dos porto-riquenhos agora”, escreveu um fã. “Com tudo que está acontecendo com o ICE, isso é maior que uma apresentação. É uma declaração”.
Outro fã escreveu: “BAD BUNNY ESTÁ PRESTES A FAZER HISTÓRIA COMO O PRIMEIRO ARTISTA LATINO MASCULINO A SER HEADLINER DO SHOW DO INTERVALO DO SUPER BOWL”.
“Vamos! O artista hispânico mais sem desculpas da atualidade no maior palco deste país. Eu estou aqui para isso!!!!” escreveu um terceiro.
bad bunny speaking on colonialism + the displacement of puerto ricans rn. with everything going on w ice, this is bigger than a performance. it’s a statement. https://t.co/Ieb95nPU93
— 🪬 (@yannasangel) September 29, 2025
BAD BUNNY IS SET TO MAKE HISTORY AS THE FIRST MALE LATIN ARTIST TO HEADLINE THE SUPER BOWL HALFTIME SHOW pic.twitter.com/yHFtj1K3DT
— ☻ (@baldnito) September 29, 2025
Bad Bunny is the exact performer we need for the political climate in the United States right now. He is going to be great. He will no doubt have a strong showcase and message.
— TheGrandeTop10 (@TheGrandeTop10) September 29, 2025
Poucos minutos antes de ser anunciado como o artista oficial do show do intervalo do Super Bowl LX, Bad Bunny provocou sua apresentação, escrevendo no X: “Estive pensando nisso esses dias, e depois de discutir com minha equipe, acho que vou fazer apenas uma data nos Estados Unidos”.
O post fazia referência à sua decisão de não levar a turnê Debí Tirar Más Fotos para os Estados Unidos, em parte devido às preocupações de que seus shows pudessem ser alvos da Imigração e Controle Alfandegário. “Mas havia a questão de — tipo, a porra do ICE poderia estar do lado de fora [do meu show]”, disse ele à i-D. “E é algo sobre o que estávamos conversando e muito preocupados”.
Os fãs se referiram aos comentários de Bad Bunny e enfatizaram a importância de ver representação latina em um palco tão grande.
At a time in our country where Trump has ICE putting so many innocent Latinos in concentration camps and ripping apart families…
Having Bad Bunny someone who has opposed Trump openly doing the Super Bowl halftime show is such a powerful amazing statement. #AppleMusicHalftime… pic.twitter.com/ZSfKmCFGSM
— Bella (🍿🫶🏾Cinematically Emotional) (@BellaLoveNote) September 29, 2025
“Em um momento em nosso país onde Trump tem o ICE colocando tantos latinos inocentes em campos de concentração e despedaçando famílias”, escreveu um usuário. “Ter Bad Bunny, alguém que se opôs abertamente ao Trump fazendo o show do intervalo do Super Bowl é uma declaração poderosa e incrível”.
Outro fã compartilhou um vídeo meme de Jennifer Lopez dizendo “Mi gente Latino!” com a legenda: “Eu que não falo espanhol assistindo Bad Bunny em fevereiro”.
“América, terra da liberdade… e Bad Bunny quer representar, trazer consciência e celebrar uma cultura que é atacada”, escreveu outro fã.
Muitos fãs destacaram que essa escolha para o show do intervalo vai irritar os republicanos MAGA depois que Bad Bunny apoiou Kamala Harris e falou abertamente contra o ICE e Trump.
“Isso vai irritar os magats. Estou vivendo para isso 👏 escolha interessante por parte da NFL e eu estou aqui para isso!!” comentou um fã no post do Instagram da Rolling Stone.
“Já estou ouvindo as lágrimas 😂 MAGA😂😂😂”, acrescentou outro.
Depois de ser anunciado como o artista durante o intervalo do jogo entre Dallas Cowboys e Green Bay Packers no domingo, Bad Bunny compartilhou um vídeo curto no Instagram, no qual aparece sentado em uma trave na praia enquanto sua música “Callaita” toca.
“O que estou sentindo vai além de mim mesmo”, disse Bad Bunny em um comunicado. “É para aqueles que vieram antes de mim e correram incontáveis jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown… isso é para o meu povo, minha cultura e nossa história. Ve y dile a tu abuela, que seremos el HALFTIME SHOW DEL SUPER BOWL”.
O Super Bowl LX acontecerá no domingo, 8 de fevereiro de 2026, no Levi’s Stadium em Santa Clara, Califórnia.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Tomás Mier, no dia 28 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Doja Cat anuncia show no Brasil em 2026; data, cidade, ingressos e mais
Cerca de três dias após o lançamento do quinto disco de estúdio da carreira, intitulado Vie (2025), Doja Cat anunciou oficialmente as datas da turnê do novo álbum, que passará pela América Latina com seis shows — um deles no Brasil.
Vale lembrar como a última vez que a cantora veio ao país foi em 2022, como atração do Lollapalooza (e do extinto Onix Day, que acontecia anteriormente ao festival). Para a próxima vez, ela se apresentará no dia 5 de fevereiro de 2026 no Suhai Music Hall, em São Paulo. Em seguida, ela se apresenta em Buenos Aires (8 de fevereiro, Movistar Arena), Santiago (10 de fevereiro, Movistar Arena), Lima (13 de fevereiro, Arena 1), Bogotá (15 de fevereiro, Movistar Arena) e Cidade do México (18 de fevereiro, Palacio de los Deportes).
- Qui, 05 Fev — São Paulo, Brasil — Suhai Music Hall
- Dom, 08 Fev — Buenos Aires, Argentina — Movistar Arena
- Ter, 10 Fev — Santiago, Chile — Movistar Arena
- Sex, 13 Fev — Lima, Peru — Arena 1
- Dom, 15 Fev — Bogotá, Colômbia — Movistar Arena
- Qua, 18 Fev — Cidade do México, México — Palacio de los Deportes
Além disso, Doja Cat também anunciou shows, promovidos pela Live Nation, na Europa, Reino Unido e América do Norte. Esta será a maior turnê da carreira da rapper até o momento.
Os ingressos, que custam entre R$ 430 e R$ 980, começarão a ser vendidos a partir do dia 3 de outubro, às 10h (horário de Brasília) no site da Ticketmaster e às 11h na bilheteria oficial (sem taxa de serviço), no Shopping Ibirapuera. Veja as informações completas abaixo:
SERVIÇO – DOJA CAT
SÃO PAULO
Data: 05 de fevereiro de 2026 (quinta-feira)
Local: Suhai Music Hall
Abertura dos portões: 19h
Horário do show: 21h
Endereço: Avenida das Nações Unidas, 22.540, Jurubatuba – São Paulo – SP
Ingressos: a partir de R$ 430,00 (ver tabela completa)
Classificação: 16 anos. Menores de 05 a 15 anos, apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais*
*Sujeito a alteração por Decisão Judicial.
PREÇOS
PISTA: R$ 430,00 meia-entrada e R$ 860,00 inteira
MEZANINO 2º PISO: R$ 460,00 meia-entrada e R$ 920,00 inteira
CAMAROTE 2º PISO A/B: R$ 475,00 meia-entrada e R$ 950,00 inteira
CAMAROTE 1º PISO A/B: R$ 480,00 meia-entrada e R$ 960,00 inteira
CAMAROTE LATERAL/ESQUERDO 1º PISO: R$ 490,00 meia-entrada e R$ 980,00 inteira
BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA
Shopping Ibirapuera
Av. Ibirapuera, 3103 – Indianópolis, São Paulo/SP
Piso Jurupis (subsolo)
Referência: próximo ao restaurante Frutaria e à Academia Bio Ritmo
Funcionamento para a Venda Geral:
– 03/10/2025 – a partir das 11h na bilheteria. A entrada na fila será permitida até às 17h. Após esse horário, o atendimento ocorre apenas para quem já estiver na fila.
– A partir de 04/outubro – Funcionamento:
– Terça a sábado: 10h às 22h
– Domingos e feriados: 14h às 20h
– Não abre: segundas-feiras.
Importante:
– O atendimento na bilheteria está sujeito à disponibilidade de ingressos. Assim que esgotarem, o atendimento será encerrado.
– Para meia-entrada, é obrigatória a apresentação do comprovante tanto na compra quanto na entrada do evento.
– Baixe o app Quentro antes de vir à bilheteria! Com ele, você compra seu ingresso digital de forma rápida e prática.
VENDA PELA INTERNET – SUJEITO À COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA
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‘Anemone’ é mais do que apenas o retorno de Daniel Day-Lewis
Você o ouve antes de vê-lo. Primeiro, aparecem desenhos infantis de soldados e conflitos, bandeiras irlandesas, pubs em chamas e corpos separados de seus membros. Em seguida, surge uma paisagem campestre, um retrato da natureza que seria idílico, não fosse o céu cinza ameaçador. Uma tempestade não muito distante está claramente se formando. Há silêncio. E então, o som de um trabalho árduo. Vemos um vislumbre de uma figura curvada e musculosa, de costas para a câmera. Ele parece estar arrancando raízes de algo no solo pedregoso — um gesto que se tornará muito mais simbólico à medida que a história avança. É impossível não pensar em outro homem misterioso, aparentemente em guerra com a própria terra. Seu rosto permanece oculto. Ainda assim, ele parece familiar.
Anemone, a estreia em longa-metragem do escritor, artista e cineasta Ronan Day-Lewis, será celebrada, antes de tudo, como o retorno de Daniel Day-Lewis — vencedor do Oscar, lenda absoluta da atuação, o epítome da dedicação ao ofício — quase uma década após anunciar que havia deixado para trás o “andar e esbravejar” dos palcos. (O filme estreou no último domingo, 28, no Festival de Cinema de Nova York e ainda não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros.)
“A gente só dá valor quando perde”, como dizem, e assistir ao veterano Day-Lewis interpretar Ray Stoker, um ex-soldado britânico vivendo em exílio autoimposto, exemplifica por que sua ausência deixou o cinema um pouco mais pobre. Aquela alquimia particular — em que a combinação de um certo intérprete e uma câmera cria tanto um “momento” quanto algo muito além disso — já está presente em suas primeiras aparições sem falas. É um lembrete do porquê ele é citado com tanta admiração e reverência, e de como sua reputação como um dos atores mais fascinantes e camaleônicos de todos os tempos é mais do que merecida. (Sem querer fazer um “melhores momentos”, mas: todos esses papéis foram vividos pelo mesmo ator.)
Ainda assim, a tentação de tratar esse olhar extraordinário sobre como legados de dor reverberam por meio de gerações apenas como uma vitrine para a formidável disciplina e talento da estrela precisa ser deixada de lado, pois isso seria diminuir o próprio filme. Anemone é tanto uma introdução a um artista quanto uma reintrodução a uma presença ausente das telas. E mesmo quando se aproxima daquele território de “estética de cinema de arte” que pode provocar revirar de olhos, esta exploração do que se esconde nos silêncios entre laços de sangue — e da dificuldade de superar as próprias tragédias do passado — faz você sentir que está assistindo a algo verdadeiramente único. É o trabalho de um jovem cineasta. Mas também é, muito claramente, a obra de um verdadeiro cineasta, repleto de criatividade e refinando sua visão em tempo real. Para citar outro membro dessa família de cinéfilos: é preciso prestar atenção.
Atenção, ironicamente, é a última coisa que Ray deseja. Ele vive em solitária autossuficiência nas florestas do norte da Inglaterra há décadas, cuidando de feridas psíquicas. Chamá-lo de estoico seria pouco. Ele não está geograficamente distante da civilização, mas bem poderia estar a milhares de anos-luz, e você se pergunta quanto tempo faz desde que ele trocou mais que poucas palavras com outro ser humano. Ray não tem contato com a família há eras, mas isso está prestes a mudar. Seu irmão, Jem (Sean Bean), ajudou a criar Brian (Samuel Bottomly), filho de Ray, como se fosse seu próprio filho. Mas ele está preocupado com o sobrinho, já que o jovem demonstra a mesma volatilidade e propensão à violência do pai desaparecido. As feridas ensanguentadas nos nós dos dedos de Brian dizem muito.
Esse rapaz de 20 anos, assim como o pai, entrou para o exército. Houve um incidente, e agora Brian precisa enfrentar as consequências de suas ações. Mas a mãe do garoto, Nessa (Samantha Morton), acredita que talvez exista uma maneira de impedir que o filho perca completamente a alma. Essa maneira envolve Ray. Assim, como em um conto de fadas, Jem precisa se embrenhar na floresta e trazer o irmão há muito afastado de volta ao convívio. Ele tem apenas as coordenadas de latitude e longitude do paradeiro do parente, nada mais. Algum tempo depois, Ray está absorto em seu trabalho quando ouve um barulho do lado de fora da cabana. Vemos quando ele pega um machado, a câmera fechando em sua mão firme, pronta para a batalha. Então, um estalido é ouvido, como se alguém batesse um código. A mão de Ray relaxa no cabo da arma. Ele sabe quem está do lado de fora.
São toques econômicos como esse, em que um simples gesto não verbal revela tudo, que deixam claro que há um contador de histórias silenciosamente dinâmico por trás da câmera. Anemone tem muitos desses enquadramentos contidos e precisos, que equilibram alguns dos floreios mais ousados e das digressões alucinatórias em cena; uma simples conversa entre esses irmãos combativos pode dar lugar à imagem de uma mulher angelical brilhante flutuando sobre a cama de Ray, ou à aparição de uma criatura de pescoço alongado, rosto humano e um minúsculo pênis. (Ajuda saber que Ronan também é pintor e escultor, e que essa criatura enigmática tem ligação com trabalhos anteriores dele.) O que começa como realismo cru de “pia de cozinha” pode de repente se transformar em hiper-realismo à la David Lynch, e a mistura particular de Anemone — parte peça de dois personagens a Samuel Beckett, parte drama de trauma, parte instalação que explora a masculinidade como uma prisão de múltiplas celas — corre o risco de afastar tantos espectadores quanto impressiona.
Nenhuma das categorias mencionadas acima costuma incluir, como peça central, uma anedota arrebatadora envolvendo um agressor, um confronto e a súbita expulsão de várias refeições de curry com Guinness. Mas acredite quando dizemos que a versão de Daniel Day-Lewis dessa história de vingança escatológica é, por si só, uma aula magistral de monólogo. É hilariante, horrível e soa como uma sinfonia de suítes igualmente profanas. Pai e filho dividem os créditos de roteiro do filme e, embora o veterano Day-Lewis tenha aparentemente improvisado essa lembrança de defecação épica durante suas conversas — pode-se dizer que simplesmente explodiu de seu subconsciente como um gêiser —, o momento revela uma colaboração tão afinada que tudo permanece coerente com o personagem e em perfeita sintonia com o restante da obra. Ronan pode ter libertado o kraken ao permitir que seu protagonista explorasse um terreno tão indomado à vontade, mas prepara o filme para acomodar tanto expressões silenciosas quanto arroubos estratosféricos. A atuação central nunca eclipsa o filme: ela parece contida em algo que se expande e se contrai conforme necessário.
Vale dizer que o restante do elenco — sim, os que não se chamam Daniel Day-Lewis — está igualmente afiado. Sean Bean funciona como âncora e parceiro de embate à altura de seu colega. Como a exausta esposa de Ray, Samantha Morton prova mais uma vez ser uma “atriz de seis polegadas” — isto é, basta colocar a câmera a quinze centímetros de seu rosto e ela entrega uma performance completa de ponta a ponta em um único close. Você sente que conhece essa mulher, apesar do pouco tempo em cena e de ainda menos falas. Bottomley trouxe profundidade ao personagem de moral duvidosa no perturbador filme de amadurecimento How to Have Sex (2023), de Molly Manning Walker, e faz o mesmo aqui com o jovem fechado em risco de sucumbir à maldição da família.
E, naturalmente, é impossível esquecer que Ray é o personagem no centro de tudo — aquele que, como a flor que dá nome a Anemone, fecha suas pétalas quando a tempestade se aproxima. A entrega radical de Day-Lewis a esse homem dilacerado garante que seus tormentos deem ao filme uma qualidade de bomba-relógio, e seu olhar final, um estado de graça. Mesmo quem possa criticar a estreia de direção por, às vezes, ceder à ansiedade da influência, reconhecerá a façanha que ela representa. Esqueça, por um momento, que isso pode ser tanto um extraordinário ponto fora da curva para o lendário ator quanto o início de um novo e fértil capítulo. Encare mais como o produto de dois artistas, de gerações diferentes, que encontraram um terreno comum e fizeram brotar dali algo extraordinário.
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Djavan lança ‘Um Brinde’, o primeiro single do seu novo álbum
O cantor Djavan lançou na última quinta-feira, 25, o single “Um Brinde“. A canção é a primeira amostra de Improviso, o 26º álbum de estúdio do cantor alagoano. O projeto, que conta com 12 faixas, tem lançamento oficial marcado para 13 de novembro.
A nova faixa mistura pop e jazz, entregando o suingue característico do artista. A produção é sofisticada. Ela une a poesia de Djavan a uma sonoridade contemporânea. O single “Um Brinde” já está disponível em todas as plataformas digitais.
“Um Brinde” foi gravada com um time de músicos de longa parceria com o artista. O grupo inclui Felipe Alves (bateria), Marcelo Mariano (baixo) e João Castilho (guitarra). Djavan participa com voz e violão na faixa, que também conta com sopros de Jessé Sadoc (trompete) e Marcelo Martins (sax tenor). A letra, escrita pelo próprio Djavan, explora a temática amorosa com lirismo e elegância.
O lançamento de Improviso acontece em um momento especial da carreira, em que o cantor está em plena atividade criativa, às vésperas de celebrar 50 anos de carreira em 2026.
Novo álbum Improviso
Como parte da estratégia de lançamento, Djavan iniciou uma ação inédita no TikTok no início de setembro. A iniciativa, chamada “Improvise com Djavan”, convidou os fãs a se envolverem com a música antes mesmo de seu lançamento oficial.
O artista liberou um trecho de um minuto de “Um Brinde” cantado sem letra. O público foi convidado a criar novas versões a partir da melodia inédita. A ação no TikTok gerou ótimo engajamento e aproximou novas gerações de ouvintes à sua música.
Com Improviso, Djavan segue explorando novas sonoridades. O álbum, que sucede seu vasto catálogo, consolida a trajetória do artista que continua em plena atividade criativa e musical, mantendo sua relevância no cenário nacional.
Ouça “Um Brinde” agora mesmo:
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‘Extermínio: A Evolução’, terceiro filme da franquia de zumbis, ganha data de estreia no streaming
Extermínio: A Evolução, terceiro capítulo da franquia Extermínio, iniciada em 2002 com Cillian Murphy (Oppenheimer), já tem data para chegar ao streaming. Mas quando e onde assistir à novidade, que revela como está o mundo 28 anos após o início do apocalipse zumbi?
Qual é a história de Extermínio: A Evolução?
Em Extermínio: A Evolução, somos apresentados a um grupo de sobreviventes isolados em uma ilha, que parte em uma missão no que restou do mundo, descobrindo seus segredos, seus horrores e, por incrível que pareça, até as suas maravilhas, que transformaram não apenas os infectados, mas outros sobreviventes também.
Decidido a encontrar uma cura para a doença misteriosa de sua mãe, Spike (Alfie Williams, O Rei do Crime) foge da ilha onde vive para procurar o último médico das redondezas, o dr. Kelson (Ralph Fiennes, Conclave), enfrentando diferentes e perigosos tipos de zumbis, que se desenvolveram e evoluíram com o tempo.O novo capítulo de Extermínio ainda conta com Jodie Comer (Free Guy: Assumindo o Controle), Aaron Taylor-Johnson (Trem-Bala) e Jack O’Connell (Back to Black) no elenco.
Quando e onde assistir a Extermínio: A Evolução?
Extermínio: A Evolução estreia no catálogo da HBO Max no dia 3 de outubro. Assista ao trailer da novidade a seguir:
LEIA TAMBÉM: Onde assistir aos filmes de Extermínio, da franquia com Cillian Murphy?
Note: There is a poll embedded within this post, please visit the site to participate in this post’s poll.
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Sonic Youth desperta especulações sobre 2026 em aniversário de álbum
Treze anos depois de uma separação que parecia definitiva, o Sonic Youth voltou a alimentar esperanças dos fãs com uma postagem coordenada nas redes sociais. No 30º aniversário de Washing Machine (1995), todos os membros da banda publicaram uma imagem enigmática que pode sugerir movimentações para 2026.
A separação do Sonic Youth em 2011 aconteceu em meio ao divórcio conturbado entre os líderes da banda, Thurston Moore e Kim Gordon. Desde então, Gordon nunca escondeu o desconforto com o ex-marido, deixando claro em entrevistas e declarações que a relação pessoal deteriorada tornava qualquer reconciliação profissional improvável.
Nos últimos anos, porém, alguns sinais indicaram possível abertura. Moore chegou a declarar que uma reunião do Sonic Youth estaria “sempre na mesa”. Em 2023, ele se apresentou ao lado dos ex-companheiros Lee Ranaldo e Steve Shelley em um show em Nova York, mas a ausência conspícua de Gordon foi amplamente notada pela imprensa especializada.
A postagem dessa semana, no entanto, marca uma diferença significativa. Para celebrar os 30 anos de Washing Machine (o nono álbum de estúdio da banda e casa de clássicos como “The Diamond Sea”) as contas oficiais do Instagram relacionadas ao Sonic Youth publicaram a imagem icônica da máquina de lavar que ilustra a capa do disco.
A diferença está no detalhe: onde antes estava escrito “Sonic Youth”, agora aparece apenas “2026”. O mais surpreendente é que até mesmo Kim Gordon compartilhou a imagem em suas redes, quebrando anos de silêncio sobre qualquer coisa relacionada à banda.
A coordenação da postagem entre todos os membros (algo que não acontecia há mais de uma década) sugere planejamento deliberado. Seja uma reedição especial do álbum, uma série de shows ou mesmo uma reunião completa, o envolvimento de Gordon indica que as diferenças pessoais podem não ser mais um impedimento intransponível.
O timing também chama atenção. O ano de 2026 marcará 15 anos da separação original e pode representar tempo suficiente para cicatrizar feridas antigas. Talvez seja só um disco de lado B? Ou de ao vivo? Mas para uma banda que ajudou a definir o rock alternativo dos anos 1980 e 1990, qualquer movimento conjunto representa um evento significativo para a música independente.
+++ LEIA MAIS: A banda punk que é a maior inspiração de Thurston Moore (Sonic Youth)
+++ LEIA MAIS: Kim Gordon relança faixa com palavras “banidas” por Trump
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Sonic Youth desperta especulações sobre 2026 em aniversário de álbum
Treze anos depois de uma separação que parecia definitiva, o Sonic Youth voltou a alimentar esperanças dos fãs com uma postagem coordenada nas redes sociais. No 30º aniversário de Washing Machine (1995), todos os membros da banda publicaram uma imagem enigmática que pode sugerir movimentações para 2026.
A separação do Sonic Youth em 2011 aconteceu em meio ao divórcio conturbado entre os líderes da banda, Thurston Moore e Kim Gordon. Desde então, Gordon nunca escondeu o desconforto com o ex-marido, deixando claro em entrevistas e declarações que a relação pessoal deteriorada tornava qualquer reconciliação profissional improvável.
Nos últimos anos, porém, alguns sinais indicaram possível abertura. Moore chegou a declarar que uma reunião do Sonic Youth estaria “sempre na mesa”. Em 2023, ele se apresentou ao lado dos ex-companheiros Lee Ranaldo e Steve Shelley em um show em Nova York, mas a ausência conspícua de Gordon foi amplamente notada pela imprensa especializada.
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A diferença está no detalhe: onde antes estava escrito “Sonic Youth”, agora aparece apenas “2026”. O mais surpreendente é que até mesmo Kim Gordon compartilhou a imagem em suas redes, quebrando anos de silêncio sobre qualquer coisa relacionada à banda.
A coordenação da postagem entre todos os membros (algo que não acontecia há mais de uma década) sugere planejamento deliberado. Seja uma reedição especial do álbum, uma série de shows ou mesmo uma reunião completa, o envolvimento de Gordon indica que as diferenças pessoais podem não ser mais um impedimento intransponível.
O timing também chama atenção. O ano de 2026 marcará 15 anos da separação original e pode representar tempo suficiente para cicatrizar feridas antigas. Talvez seja só um disco de lado B? Ou de ao vivo? Mas para uma banda que ajudou a definir o rock alternativo dos anos 1980 e 1990, qualquer movimento conjunto representa um evento significativo para a música independente.
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A separação do Sonic Youth em 2011 aconteceu em meio ao divórcio conturbado entre os líderes da banda, Thurston Moore e Kim Gordon. Desde então, Gordon nunca escondeu o desconforto com o ex-marido, deixando claro em entrevistas e declarações que a relação pessoal deteriorada tornava qualquer reconciliação profissional improvável.
Nos últimos anos, porém, alguns sinais indicaram possível abertura. Moore chegou a declarar que uma reunião do Sonic Youth estaria “sempre na mesa”. Em 2023, ele se apresentou ao lado dos ex-companheiros Lee Ranaldo e Steve Shelley em um show em Nova York, mas a ausência conspícua de Gordon foi amplamente notada pela imprensa especializada.
A postagem dessa semana, no entanto, marca uma diferença significativa. Para celebrar os 30 anos de Washing Machine (o nono álbum de estúdio da banda e casa de clássicos como “The Diamond Sea”) as contas oficiais do Instagram relacionadas ao Sonic Youth publicaram a imagem icônica da máquina de lavar que ilustra a capa do disco.
A diferença está no detalhe: onde antes estava escrito “Sonic Youth”, agora aparece apenas “2026”. O mais surpreendente é que até mesmo Kim Gordon compartilhou a imagem em suas redes, quebrando anos de silêncio sobre qualquer coisa relacionada à banda.
A coordenação da postagem entre todos os membros (algo que não acontecia há mais de uma década) sugere planejamento deliberado. Seja uma reedição especial do álbum, uma série de shows ou mesmo uma reunião completa, o envolvimento de Gordon indica que as diferenças pessoais podem não ser mais um impedimento intransponível.
O timing também chama atenção. O ano de 2026 marcará 15 anos da separação original e pode representar tempo suficiente para cicatrizar feridas antigas. Talvez seja só um disco de lado B? Ou de ao vivo? Mas para uma banda que ajudou a definir o rock alternativo dos anos 1980 e 1990, qualquer movimento conjunto representa um evento significativo para a música independente.
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Sonic Youth desperta especulações sobre 2026 em aniversário de álbum
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A separação do Sonic Youth em 2011 aconteceu em meio ao divórcio conturbado entre os líderes da banda, Thurston Moore e Kim Gordon. Desde então, Gordon nunca escondeu o desconforto com o ex-marido, deixando claro em entrevistas e declarações que a relação pessoal deteriorada tornava qualquer reconciliação profissional improvável.
Nos últimos anos, porém, alguns sinais indicaram possível abertura. Moore chegou a declarar que uma reunião do Sonic Youth estaria “sempre na mesa”. Em 2023, ele se apresentou ao lado dos ex-companheiros Lee Ranaldo e Steve Shelley em um show em Nova York, mas a ausência conspícua de Gordon foi amplamente notada pela imprensa especializada.
A postagem dessa semana, no entanto, marca uma diferença significativa. Para celebrar os 30 anos de Washing Machine (o nono álbum de estúdio da banda e casa de clássicos como “The Diamond Sea”) as contas oficiais do Instagram relacionadas ao Sonic Youth publicaram a imagem icônica da máquina de lavar que ilustra a capa do disco.
A diferença está no detalhe: onde antes estava escrito “Sonic Youth”, agora aparece apenas “2026”. O mais surpreendente é que até mesmo Kim Gordon compartilhou a imagem em suas redes, quebrando anos de silêncio sobre qualquer coisa relacionada à banda.
A coordenação da postagem entre todos os membros (algo que não acontecia há mais de uma década) sugere planejamento deliberado. Seja uma reedição especial do álbum, uma série de shows ou mesmo uma reunião completa, o envolvimento de Gordon indica que as diferenças pessoais podem não ser mais um impedimento intransponível.
O timing também chama atenção. O ano de 2026 marcará 15 anos da separação original e pode representar tempo suficiente para cicatrizar feridas antigas. Talvez seja só um disco de lado B? Ou de ao vivo? Mas para uma banda que ajudou a definir o rock alternativo dos anos 1980 e 1990, qualquer movimento conjunto representa um evento significativo para a música independente.
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