Ingressos polêmicos: Ticketmaster é obrigada a mudar regras após investigação do Governo Britânico
O caos na venda de ingressos para a turnê de reunião do Oasis em 2025 finalmente gerou consequências concretas. Após meses de investigação, o governo britânico conseguiu forçar a Ticketmaster a implementar mudanças significativas em suas práticas de vendas, prometendo maior transparência para os fãs que enfrentaram preços abusivos e informações enganosas durante a corrida pelos ingressos da aguardada turnê Live ’25.
A polêmica explodiu quando milhares de fãs ficaram horas em filas virtuais, apenas para descobrir que os ingressos custavam muito mais do que o anunciado inicialmente. Muitos foram pegos de surpresa com aumentos repentinos nos preços, levantando suspeitas sobre o uso de “dynamic pricing”, sistema que ajusta valores em tempo real conforme a demanda, similar ao usado por companhias aéreas e hotéis.
A situação foi tão grave que a Secretária de Cultura Lisa Nandy pediu uma revisão completa sobre preços dinâmicos e vendas de ingressos no mercado secundário. O Primeiro Ministro Keir Starmer classificou os aumentos como “deprimente”, enquanto a Comissão Europeia confirmou que também investigaria o caso. A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido entrou em ação para examinar se a Ticketmaster havia violado leis de proteção ao consumidor.
Agora, após um ano de investigação, a CMA conseguiu compromissos formais da Ticketmaster para garantir maior transparência. As mudanças incluem avisos com 24 horas de antecedência sempre que um sistema de preços escalonados for usado, permitindo que os fãs saibam se existem múltiplos valores para o mesmo tipo de ingresso. A empresa também fornecerá mais informações sobre preços durante as filas online, para que as pessoas tenham uma ideia melhor do que poderão pagar.
A investigação revelou dois problemas principais na venda dos ingressos do Oasis. Primeiro, a Ticketmaster não informou aos fãs nas filas que ingressos de pista estavam sendo vendidos a dois preços diferentes, com os valores saltando assim que os ingressos mais baratos se esgotassem. Segundo, a empresa vendeu alguns ingressos “platinum” por quase duas vezes e meia o preço dos ingressos “standard”, sem explicar que eles não ofereciam benefícios adicionais em relação aos ingressos normais nas mesmas áreas.
“Fãs que gastam seu dinheiro suado para ver artistas que amam merecem informações claras e precisas desde o início”, declarou Sarah Cardell, CEO da CMA, conforme reportado pela NME. “Não podemos garantir que todo fã consiga um ingresso para eventos tão populares quanto a turnê do Oasis, mas podemos ajudar a garantir que, da próxima vez que um evento assim aconteça, os fãs tenham as informações necessárias quando precisarem”.
A Ticketmaster terá que reportar regularmente à CMA sobre como implementou essas mudanças nos próximos dois anos. O descumprimento pode resultar em ações de fiscalização. Curiosamente, a investigação não encontrou evidências de que a temida “dynamic pricing” tenha sido realmente usada na venda do Oasis, contrariando as suspeitas iniciais dos fãs.
Em resposta às descobertas da CMA, um porta-voz da Ticketmaster disse à NME: “Saudamos a confirmação da CMA de que não houve preços dinâmicos, práticas desleais e que não violamos a lei do consumidor. Para melhorar ainda mais a experiência do cliente, nos comprometemos voluntariamente com uma comunicação mais clara sobre preços de ingressos nas filas”.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a situação da Ticketmaster é ainda mais complicada. Reguladores americanos estão processando a empresa e sua controladora Live Nation por táticas “ilegais” na revenda de ingressos, alegando que coordenaram com cambistas para comprar ingressos e revendê-los com margens substanciais. O Departamento de Justiça americano também entrou com uma ação antitruste contra a Live Nation por supostamente manter um monopólio ilegal na indústria de música ao vivo.
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The Cure, Doja Cat, the XX e Gorillaz lideram o lineup da edição catalã 2026
O Primavera Sound de Barcelona promete um lineup explosivo para 2026. O festival de música retorna ao Parc del Fòrum de 4 a 6 de junho com apresentações de The Cure, Doja Cat, The XX e Gorillaz.
Ao longo do evento de três dias, também se apresentarão Massive Attack, Addison Rae, My Bloody Valentine, Mac DeMarco, PinkPantheress, Skrillex, Peggy Gou, Lola Young e Father John Misty. O lineup, que conta com 150 artistas, segue com Role Model, Marina, JADE, Amaarae, Kneecap, Ethel Cain, Bad Gyal, Big Thief, Wet Leg, Little Simz, Slowdive, Alex G, Dijon e Blood Orange.
As inscrições para a pré-venda exclusiva (fan sale) do Primavera Sound 2026 estão abertas agora. A venda geral está marcada para começar em 29 de setembro, às 11h (horário de verão da Europa Central, CEST).
O lineup segue o domínio das “pop girls” na edição deste ano do Primavera Sound, que teve shows principais de Chappell Roan, Sabrina Carpenter e Charli XCX. Os organizadores do festival parecem ansiosos para manter o tema pop vivo, usando na legenda da publicação de anúncio do lineup no Instagram trechos da música “Headphones On”, de Addison Rae.
A programação do Primavera a la Ciutat para 2026 ainda não foi revelada. No ano passado, o lineup desse programa paralelo de shows que antecede o evento principal incluiu apresentações nas casas de show de Barcelona Sala Apolo, La (2) de Apolo, Razzmatazz, Paral·lel 62, La Nau, LAUT e Enfants. O evento paralelo foi liderado por Beach House, Kneecap e Jane Remover.
Um comunicado de imprensa do evento menciona que o Kneecap “é mais do que bem-vindo ao Primavera Sound e retornará por mérito próprio após sua apresentação no festival do ano passado”. O grupo irlandês tem recebido tanto apoio quanto críticas, após meses de controvérsia gerada por seus shows no Coachella em abril, onde fizeram questão de alertar sobre os ataques de Israel à Palestina.
A lista de artistas adicionais inclui Geese, Rayvn Lenae, Cara Delevingne, Knocked Loose, Men I Trust, Rilo Kiley, Viagra Boys e mais.
Este artigo foi originalmente publicado pela Rolling Stone EUA, por Larisha Paul, no dia 25 de setembro de 2025, e pode ser conferido aqui.
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Nilüfer Yanya anuncia seu primeiro show no Brasil em São Paulo
Nilüfer Yanya, uma das vozes mais distintas da cena alternativa britânica, se apresenta pela primeira vez no Brasil no dia 12 de novembro, no Cine Joia, em São Paulo. O show marca a estreia da artista no país e é realizado pela 30e através do projeto ÍNDIGO, sua label curatorial focada em sons indie.
A cantora de 29 anos conquistou reconhecimento internacional com sua mistura única de indie rock, R&B e lo-fi, combinada a uma voz grave marcante e letras de honestidade brutal. A Vogue americana descreveu seu trabalho como tendo “uma qualidade que soa ligeiramente fora de época, mas também, de alguma forma, firmemente atual”, definição que captura precisamente o som nostálgico e contemporâneo que a tornou referência na música independente.
O ano de 2025 tem sido especialmente significativo para Nilüfer Yanya. A artista se apresentou pela terceira vez no Festival Glastonbury, no Reino Unido, e lançou o EP Dancing Shoes, que inclui a faixa “Kneel”, já com quase 2 milhões de reproduções no Spotify. O trabalho é a continuação natural do aclamado álbum My Method Actor (2024), que trouxe o sucesso “Like I Say (I runaway)”, listada entre as melhores músicas do ano pela revista NME.
O reconhecimento da crítica especializada acompanha toda a carreira da artista. Seus três álbuns de estúdio – PAINLESS (2022), Miss Universe (2019) e My Method Actor (2024) – receberam o prestigioso selo Best New Music da Pitchfork, uma validação rara de se conseguir com tamanha consistência. A apresentação no Brasil acontece em meio a uma agenda internacional intensa da cantora, que inclui turnês como artista de abertura para Alex G nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, além da participação na Ultrasound World Tour de Lorde pela América do Norte e Europa.
Falando em agenda internacional intensa, novembro promete ser o super mês da música ao vivo. Entre as apresentações, está outro evento de curadoria ÍNDIGO, que junta os shows de Weezer, Bloc Party e Otoboke Beaver entre outros, além do explosivo show de Massive Attack ao lado dos irmãos Cavalera. Todos eles imperdíveis!
SERVIÇO:
ÍNDIGO: Nilüfer Yanya em São Paulo
Data: 12 de novembro de 2025 (quarta-feira)
Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo-SP
Ingressos: Venda geral a partir de 26 de setembro, às 12h.
Vendas online: aqui
Valores: R$ 212,50 (meia-entrada) | R$ 425,00 (inteira)
A bilheteria oficial (sem taxa de serviço) funciona na Bilheteria A no Allianz Parque: Rua Palestra Itália, 200, Água Branca, São Paulo-SP.
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Patfest 4 reunirá em SP Andreas Kisser, Sandy, Di Ferrero, Junior Lima, Samuel Rosa e mais
O evento beneficente Patfest chega à sua quarta edição no próximo dia 26 de novembro, na Audio, em São Paulo. A ocasião reúne artistas de diferentes estilos e gerações em uma noite marcada por homenagens.
Idealizado por Andreas Kisser (Sepultura) com os filhos Giulia, Yohan e Enzo Kisser, o evento foi criado em tributo à memória de Patrícia Kisser, que faleceu em 2022, em decorrência de um câncer de cólon.
Este ano, o lineup do Patfest receberá nomes como Sandy, Di Ferrero, Junior Lima, Dinho Ouro Preto, Badauí, Samuel Rosa, PJ, Chico César, Rafael Bittencourt, Serginho Groisman, Chitãozinho & Xororó e João Gordo. Mais atrações serão reveladas em breve.
Além deles, se apresentam Os Pitais, grupo formado por músicos e amigos que sustentam a essência do festival, acompanhados de uma banda base formada por Amilcar Christófaro, Marcio Sanches, Thiago Sonho, Renato Zanutto, Fabio Sá e Gustavo Giglio.
O Patfest 4 é um evento solidário e toda a renda arrecadada será destinada às entidades Heliópolis Compassiva e Favela Compassiva Rocinha e Vidigal, organizações que atuam com projetos sociais e humanitários em comunidades vulneráveis do Brasil.
Os ingressos custarão a partir de R$ 50 e estarão à venda pelo site Ticket360 e pontos autorizados. Mais informações no serviço abaixo.
Serviço Patfest 4
Data: 26 de novembro de 2025
Local: Audio – audiosp.com.br
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 694, Água Branca (próximo ao Terminal de Metrô, ônibus e rodoviária Palmeiras – Barra Funda)
Horário: 20h
Ingressos a partir de R$50,00
Classificação: 18 anos
Setores e valores:
Pista: a partir de R$ 50,00 + Taxas
Pista Solidária: a partir de R$ 60,00 + Taxas (Mediante a entrega de 1 kg de alimento não perecível na entrada do evento, exceto sal e fubá)
Mezanino: a partir de R$ 70,00 + Taxas
Camarotes Privativos entre em contato: olde@audiosp.com.br
- Ingresso Solidário: este show conta com a modalidade de Ingresso Solidário, o público pode adquirir esse ingresso com desconto mediante a entrega de 1 kg de alimento não perecível na entrada do evento, exceto sal e fubá.
- Setor Pista: acesso a pista. Atendimento de bar, banheiro masculino e feminino com acesso direto à área de fumantes.
- Setor Mezanino: Mezanino no piso superior. Atendimento de bar, e acesso direto à área de fumantes. (Não contém mesas).
- Ingresso online: Ticket360
Pontos de venda:
BILHETERIA VIRTUAL (AUDIO)
Bilheteria Virtual com tecnologia de geolocalização disponível 24h:
Para ativar a compra através do aplicativo, esteja no máximo a 500 metros de raio do local para ser isento da taxa.
Formas de Pagamento: Crédito – PIX
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O filme mais subestimado de Bruce Willis, segundo o próprio
O currículo de Bruce Willis conta com dezenas de filmes. Alguns se tornaram aclamados, como O Sexto Sentido (1999) e a franquia de ação Duro de Matar. Já outros não atingiram a popularidade desejada ou até mesmo se perderam com o tempo.
Nem por isso, no entanto, esses menos lembrados merecem ser descartados. O próprio ator americano já deu um exemplo de longa-metragem em que ele participa e considera subestimado.
Em entrevista de 2012 à Esquire, Willis citou Mortal Thoughts (Pensamentos Mortais, no Brasil) como um de seus filmes que poderia ter uma maior atenção do público nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Ele afirmou:
“Gostei de um filminho que fiz no início dos anos 1990 chamado Pensamentos Mortais. O papel foi mal escrito, mas aprendi muito fazendo-o. Ninguém se lembra dele.”
Sobre o filme Pensamentos Mortais
Pensamentos Mortais foi lançado em 1991 e teve direção de Alan Rudolph. Por meio de flashbacks, o filme traz um roteiro de suspense psicológico que conta a história de uma mulher que se vê envolvida no assassinato do marido (Bruce Willis) de sua mehor amiga.
A protagonista, Cynthia Kellogg, é interpretada por Demi Moore, que na época era casada com Bruce Willis. Também estão no filme nomes como Harvey Keitel, Glenne Headly e Frank Vincent.
Bruce Willis atualmente
Atualmente aposentado, Bruce Willis foi diagnosticado, inicialmente, com afasia, uma condição que compromete a capacidade de comunicação. No início de 2023, porém, a família do ator informou que o quadro era mais grave e delicado, tendo sido diagnosticada a demência frontotemporal.
Sobre o ator
Bruce Willis nasceu em 19 de março de 1955 em Idar-Oberstein, na então Alemanha Ocidental. Filho de mãe alemã e pai norte-americano, cresceu em Carneys Point, New Jersey, onde trabalhou após o ensino médio em empregos como segurança em usina nuclear e ajudante em fábricas. Estudou teatro em Montclair State University, abandonou os estudos em 1977 e mudou-se para Nova York, onde sobreviveu trabalhando como bartender enquanto buscava oportunidades como ator.
Sua carreira decolou nos anos 80 com a série de TV A Gata e o Rato (1985-1989), na qual interpretou David Addison Jr. Com o sucesso, tornou-se célebre como herói de ação ao estrelar Duro de Matar (1988) como John McClane, papel que repetiu em várias sequências.
Durante os anos 90 estrelou filmes como Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994), Os Doze Macacos (1995), O Quinto Elemento (1997), Armageddon (1998) e O Sexto Sentido (1999). Nos anos 2000 continuou ativo em dramas, comédias e grandes produções, mantendo presença constante em sucessos de bilheteria.
Willis lançou também alguns álbuns como cantor, o primeiro sendo The Return of Bruno (1987), além de música pop-blues, singles e aparições em trilhas sonoras. Em 2015 fez sua estreia na Broadway com adaptação da obra Misery.
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‘Paris, Texas’ é poesia da solidão melancólica e um dos mais belos filmes já feitos
Poucos filmes conseguem traduzir em imagens aquilo que muitas vezes escapa às palavras. Paris, Texas, de Wim Wenders (Asas do Desejo), é um desses raros casos. A história de Travis (Harry Dean Stanton, Lucky), um homem que ressurge do deserto em estado quase espectral, vai muito além de reencontros familiares: é um mergulho profundo no vazio, nas feridas e nos silêncios que moldam nossas vidas.
Wenders transforma a paisagem árida dos Estados Unidos em um espelho da alma de seu protagonista. Cada estrada interminável, cada motel esquecido e cada horizonte tingido pelo pôr do sol sugere não apenas deslocamento físico, mas uma travessia emocional. A solidão não é tratada como ausência, mas como presença constante — uma força que organiza a narrativa e dá sentido às pausas, aos olhares e aos espaços entre as palavras.
A relação entre Travis e seu filho, Hunter (Hunter Carson), funciona como um fio delicado que costura a narrativa. Nesse reencontro hesitante, marcado por gestos mínimos e conversas fragmentadas, o filme revela sua ternura escondida. Mais do que um drama familiar, Paris, Texas é uma reflexão sobre o que resta depois do desgaste dos afetos, sobre a dificuldade de habitar o silêncio sem se perder nele.
O ápice chega no célebre diálogo entre Travis e Jane (Nastassja Kinski, Tess), separados por um vidro, unidos por uma verdade tardia. Ali, a melancolia encontra sua forma mais pura: não há redenção completa, mas há beleza na confissão, no reconhecimento do fracasso e na possibilidade de deixar o outro seguir em paz.
Paris, Texas é cinema que respira devagar, que exige entrega ao tempo, ao vazio e à contemplação. Wim Wenders nos entrega um dos mais belos filmes já feitos e também nos lembra que há grandeza nos instantes em que aparentemente nada acontece, porque é ali que a vida pulsa de forma mais verdadeira. No fim, o filme prova, mais do que nunca — ainda mais com a nova versão remasterizada em 4K —, que existe poesia e beleza na solidão melancólica.
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Por que a América Latina é o futuro das turnês musicais
Texto por Alex Ashley para a Rolling Stone EUA | Na noite em que Shawn James esgotou os ingressos de uma casa com capacidade para 1,1 mil pessoas em São Paulo — o Carioca Club —, ele percebeu o que muitos artistas que se aventuram para baixo do sul dos Estados Unidos acabam aprendendo: a América Latina não apenas te recebe com boas-vindas: ela te acolhe completamente.
“Foi o maior show da minha carreira”, diz James. “Esgotamos os ingressos e foi simplesmente alucinante para mim.”
James, o autodenominado trovador “azarão” de 38 anos da zona sul de Chicago, fez seu nome cruzando os Estados Unidos com sua própria marca de música Americana (o gênero) com tempero gótico. Ele vinha tentando trilhar seu caminho nos EUA da maneira mais difícil: lançando discos de forma independente, realizando turnês independentes e reunindo uma legião de fãs que o encontrou primeiro em botecos e porões.
Então veio a oportunidade: em 2016, sua música “Through the Valley” apareceu no trailer do videogame The Last of Us Part II e ressurgiu na adaptação de sucesso da HBO no início deste ano. Tal exposição trouxe a James um público improvável. Fãs de toda a América Latina se apegaram à sua música, vasculharam seu catálogo e inundaram sua seção de comentários durante anos com mensagens como “Venha para o Brasil!”. No fim das contas, esse impulso levou James a subir ao palco do Carioca Club, em São Paulo, em outubro passado, como atração principal, diante do maior público de sua história.
O sucesso de James no Brasil faz parte de uma mudança mais ampla. Por décadas, os Estados Unidos foram o centro do universo das turnês: o maior mercado, os locais mais lucrativos. No entanto, o centro de gravidade está mudando.
Para artistas internacionais, os EUA se tornaram um dos lugares mais caros e imprevisíveis para se fazer turnês. Taxas de visto infladas, atrasos intermináveis e recusas repentinas de entrada na fronteira podem afundar uma turnê antes mesmo de começar.
Um número crescente de artistas e promotores está olhando para além dos EUA em busca da próxima onda de crescimento das turnês. E o crescimento da música ao vivo agora está sendo superado por mercados fora dos EUA — em nenhum lugar de forma mais drástica do que na América Latina.
O papel da América Latina na economia de turnês não é novidade. A região já sediou alguns dos shows mais emblemáticos da história: a turnê Voodoo Lounge, dos Rolling Stones, em 1995, atraiu mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro; a turnê Sticky & Sweet, de Madonna, quebrou recordes em Buenos Aires em 2008. E, por gerações, estádios na Cidade do México, Buenos Aires e São Paulo têm sido presença constante nas rotas dos maiores artistas vivos.
Estratégia da Live Nation
O exemplo mais claro disso é a Live Nation, a maior promotora de shows do planeta, que está apostando pesado na América Latina. Em 29 de julho, a empresa anunciou que investiria US$ 646 milhões para aumentar sua participação na OCESA — a gigante companhia mexicana de eventos ao vivo —, dando à Live Nation uma participação majoritária de 75% na terceira maior promotora de shows do mundo, segundo a Billboard.
O acordo não apenas expande a presença global da Live Nation: consolida o México como peça central de sua estratégia latino-americana, transformando a região em um campo de provas para a próxima era de domínio da empresa.
De acordo com o relatório anual de 2024, as oscilações cambiais reduziram US$ 235 milhões da receita da empresa, com “a maior parte” desse impacto vindo das moedas latino-americanas — particularmente o peso mexicano e o real brasileiro. Em termos simples, isso significa que os negócios da Live Nation no México, no Brasil e na região em geral, mesmo em seus estágios iniciais, já são tão grandes que seu balanço patrimonial acompanha a evolução do peso e do real.
A expansão da Live Nation na América Latina tem sido rápida e deliberada. Em 2021, a empresa pagou mais de US$ 400 milhões por uma participação majoritária na OCESA, gigante mexicana de eventos ao vivo, e quatro anos depois aumentou sua participação para 75% com outros US$ 646 milhões. Em 2023, a empresa se mudou para a Colômbia, comprando o Páramo Presenta de Bogotá — a força por trás dos festivais Estéreo Picnic, Baum e Knotfest — e investindo em novos espaços, como um estádio com capacidade para 40 mil pessoas em Bogotá, um Estádio GNP Seguros reformado na Cidade do México e a Arena Cañaveralejo, em Cali, com capacidade para 15 mil pessoas. Em seguida: o Brasil, um mercado com o dobro do tamanho do México e ainda em grande parte inexplorado.
Mas o que está acontecendo na América Latina não se trata da estratégia de uma empresa; trata-se de uma região sinalizando sua chegada ao cenário global.
Protótipo para uma economia de turismo pós-americana
“Para ser sincero, este é um novo modelo”, diz Omar Garcia, agente da CAA cujo elenco inclui pesos pesados globais como Enrique Iglesias e Ricky Martin. “A América Latina parece ser a próxima fronteira para nós.”
Garcia aponta o Fuerza Regida como uma prova de conceito. O grupo do sul da Califórnia, que não pôde ser contatado para comentar, estourou nos Estados Unidos, mas grandes conquistas vieram da América Latina, incluindo uma turnê em 2023 que arrecadou US$ 35 milhões, coroada por uma noite com ingressos esgotados no Estádio BMO de Los Angeles e, este ano, um público enorme de 65 mil pessoas na Cidade do México, maior do que o último Super Bowl.
Neste outono, Kendrick Lamar fará sua “Grand National Tour” pelo México, Colômbia, Brasil, Argentina e Chile, trazendo a dupla argentina CA7RIEL & Paco Amoroso como atração de abertura. A artista de indie-rock St. Vincent incluiu Cidade do México, Santiago e Buenos Aires em sua turnê mundial, enquanto The Hives se junta à turnê latino-americana do My Chemical Romance em 2026. Até mesmo bandas mais jovens, como as Marías, estão se aproximando do circuito, participando de festivais e paradas em cidades antes vistas como complementos, mas agora tratadas como âncoras essenciais de sua estratégia global.
“Dê uma olhada nos lineups do Lollapalooza Brasil, Lollapalooza Argentina e Lollapalooza Chile”, diz Garcia. “Olhe três ou quatro linhas abaixo do topo do cartaz e você verá artistas de nível médio se destacando.”
Nesta primavera, artistas como Tate McRae, Teddy Swims e Benson Boone se aventuraram, tocando em todas as paradas do circuito Lollapalooza na América do Sul. Eles não eram as atrações principais que atraíam as fontes enormes, mas não precisavam ser. O público já estava lá.
“A demanda certamente existe e é muito real”, diz Russell Brantley, agente da agência de talentos 33 & West, de Los Angeles, que representa Shawn James. “E um dos principais motivos para isso é o aumento do streaming em todos esses países, juntamente com o maior acesso à tecnologia.”
A América Latina se tornou um dos mercados musicais de crescimento mais rápido do planeta, acumulando 15 anos consecutivos de ganhos de receita e registrando um salto de 22,5% somente em 2024, de acordo com um relatório da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). O México acaba de entrar pela primeira vez entre os dez maiores mercados musicais do mundo, com o público em shows mais que triplicando desde 2019, segundo a Reuters. Enquanto isso, o Brasil registrou um crescimento de 21,7% — o mais forte entre os dez maiores do mundo.
Apenas a região do Oriente Médio e Norte da África está superando a América Latina em termos de crescimento da receita com música gravada. Tudo isso significa que esta região está rapidamente se tornando o principal motor de crescimento da indústria.
O que Shawn James vivenciou não veio de máquinas corporativas ou de uma turnê global cuidadosamente planejada. Veio de algo mais simples: uma conexão direta entre suas músicas e o povo latino-americano. A América Latina não é apenas um playground para os gigantes, mas um campo de testes onde músicos independentes podem encontrar públicos explosivos, lotar casas de shows e construir carreiras de maneiras que o circuito americano, cada vez mais caro e saturado, não pode mais garantir.
“Se estou tocando em um mercado gigante que acho que deveria receber o que eu faço e ele nunca cresce, então cheguei a um ponto da minha vida em que penso: ‘Bem, se vocês não me querem, eu não vou’”, diz James.
O momento em que ele soube que a América Latina o queria aconteceu em 2022, quando um dono de restaurante local, dono de uma casa de shows em São Paulo, convidou James para se apresentar em sua boate, com capacidade para cerca de 200 pessoas.
“Eles venderam ingressos e eles esgotaram em cinco minutos”, conta James. “Então, adicionamos mais duas datas, e ambas também esgotaram.”
Horas antes da abertura dos portões, os fãs já estavam em fila no quarteirão. Alguns choraram ao vê-lo, dizendo que suas músicas os haviam ajudado a superar seus momentos mais sombrios. Adolescentes apareceram com os pais depois de dirigir seis horas de outro estado. Outros, que não conseguiram ingressos, ficaram na calçada para ouvir o que podiam do lado de fora.
James já fez três turnês pela América Latina e viu em primeira mão o que a indústria mede em números: o crescimento da região não se trata apenas de receita; trata-se de fome. Mais dados de streaming do que nunca iluminaram a crescente demanda que já existia. Agora, a indústria está construindo infraestrutura em torno disso.
A mesma paixão que embalou os shows de James está alimentando oportunidades para novatos dispostos a dar o salto, e a indústria agora está direcionando clientes para o sul, com a certeza de que a demanda os encontrará lá.
“Chegue cedo a este mercado”, diz Garcia. “Mesmo que você ainda não tenha fãs, isso vai crescer.”
*Esta história faz parte da série da Rolling Stone EUA “Nuevos Futuros”, que celebra a música e a herança latinas. Leia mais aqui.
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‘Uma Batalha Após a Outra’ expõe a fúria e a paranoia de uma América em crise
Em Uma Batalha Após a Outra, seu mais novo filme, Paul Thomas Anderson (Sangue Negro) constrói um épico que combina revolução e drama familiar para capturar o caos político, social e emocional dos Estados Unidos contemporâneos. Entre prisões para imigrantes, a ascensão do nacionalismo branco e a militarização das cidades com vigilância tecnológica e forças policiais fortemente armadas, o longa retrata uma América em crise, marcada pela transformação do medo em política e do militarismo em espetáculo.
Ao dramatizar esse cenário, o filme mostra como a paranoia coletiva e a violência institucional corroem tanto a vida pública quanto os laços familiares, tornando cada relação íntima também um campo de batalha. Nesse contexto, PTA — como o diretor é chamado entre os cinéfilos — investiga como pais e filhos, militantes e militares, revolucionários e burocratas tentam sobreviver, resistir e se reinventar em meio a um sistema que parece sempre engoli-los e moldá-los para que façam com que a América “seja grande de novo”.
A novidade faz jus ao seu título: Uma Batalha Após a Outra é uma sucessão de eventos em cadeia, em que acontecimentos se sucedem, personagens mudam, novas gerações surgem e ideias antigas se esgotam — ou se renovam. A longa duração — de quase três horas — mantém um ritmo alucinado, típico de PTA, que sempre se interessou por tramas densas, cheias de personagens e conflitos interligados, construindo universos nos quais cada elemento se desenvolve dentro de uma lógica bastante natural e própria.

Apesar de se passar em tempos contemporâneos, com celulares — você vai se divertir com o personagem de DiCaprio tentando carregar o dele —, imigração, conflitos sociais e preocupações políticas atuais sempre evidentes, Uma Batalha Após a Outra carrega um fascínio pelos anos 1970.
A forma, a cadência, a adrenalina, a liberdade narrativa, e a coragem de arriscar remetem ao estilo da Nova Hollywood, definido por cineastas que moldaram o cinema norte-americano nas décadas seguintes. Esse eco setentista aparece logo no início, quando o desejo e a política atravessam a relação do Bob Ferguson de Leonardo DiCaprio (O Regresso) e da Perfídia Beverly Hills de Teyana Taylor (Até a Última Gota), dois revolucionários cuja química transforma cada cena em um duelo de paixão e ideologia.
A trama se inicia com a célula revolucionária French 75 declarando guerra ao coronel Steven J. Lockjaw (Sean Penn, Sobre Meninos e Lobos) após libertar imigrantes de um centro de detenção. Esse gesto inaugura o fluxo temporal que PTA acompanha: elipses, mudanças físicas e emocionais, filhos crescendo, ideologias se transformando e ameaças ressurgindo.
O elenco responde ao desafio: DiCaprio equilibra fúria cômica e drama desesperador; Teyana Taylor irradia poder e desejo; Sean Penn alcança um auge como vilão grotesco, misturando bravata e insegurança; Chase Infiniti surge como símbolo de esperança e continuidade, lembrando a descoberta de jovens talentos em trabalhos anteriores de PTA, como Alana Haim em Licorice Pizza.
O ritmo e a ação do filme são vibrantes, ampliando o horizonte narrativo sem perder a intimidade com os personagens. Cada batalha, literal ou simbólica, reforça o peso material da cena, enquanto PTA mantém comédia e tragédia em equilíbrio.
A trilha de Jonny Greenwood acompanha essa energia, conferindo força a momentos de tensão e delírio e reforçando o nervo do cinema setentista filtrado pela urgência contemporânea — a sequência final em uma rodovia sinuosa como uma montanha-russa é de um deleite visual e sonoro quase catártico.

Uma Batalha Após a Outra articula micro e macro de forma precisa. Colocando a fúria representada pelo coronel vivido por Sean Penn e os burocratas diante da paranoia do Bob de DiCaprio, PTA expõe a América atual em seu estado de tensão permanente. A relação entre Bob e sua filha Willa (Infiniti) se insere em um macro de coincidências, encontros e desencontros que moldam o destino de todos, mostrando que a luta não precisa de um herói: outras forças, como o “Harriet Tubman latino” de Benicio Del Toro (O Esquema Fenício), atuam em paralelo. Esta é uma América onde cada um tem a sua própria luta, embora, às vezes, seja possível fazer a revolução juntos.
Há uma ironia em perceber que Bob não resolve nada sozinho. Ele é apenas uma peça em um sistema maior, mas é através de sua relação com Willa que o filme encontra seu coração: a resistência cotidiana, feita de gestos pequenos e coragem íntima, revela-se tão valiosa quanto qualquer vitória grandiosa. Esse olhar desloca a narrativa da lógica do herói clássico e a aproxima de filmes como O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, em que sobreviver — mesmo que uma ideia — já é uma forma de luta e resistência.
Ao fim, o que Paul Thomas Anderson parece recuperar é justamente o espírito dos anos 70, quando o cinema norte-americano traduziu a desconfiança em relação ao Estado após a Guerra do Vietnã e o Caso Watergate, a crise econômica que corroía o sonho americano e a paranoia de uma sociedade marcada por violência, desigualdade e vigilância.
Se naquela época cineastas como Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão), Alan J. Pakula (Todos os Homens do Presidente) e Martin Scorsese (Táxi Driver) criaram filmes que refletiam a instabilidade política e emocional de um país em convulsão, Paul Thomas Anderson retoma essa energia para falar da América de hoje — igualmente atravessada por medo, fúria e paranoias. Seu épico mostra que, meio século depois, as batalhas continuam, apenas com novos rostos, novas armas e as mesmas feridas abertas, sem quaisquer garantias de vitória.
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Vince Neil, do Mötley Crüe, revela que sofreu quatro derrames e relembra reabilitação
Vince Neil, vocalista do Mötley Crüe, revelou que o derrame que sofreu no Natal de 2024, episódio que chegou a colocar em risco sua carreira de turnê, foi um de quatro AVCs ocorridos nos últimos anos. A informação foi dada por Neil em entrevista ao programa de rádio de Eddie Trunk.
O cantor descreveu o momento em que acordou sem força no lado esquerdo do corpo: “Minha perna esquerda não funcionava, meu braço esquerdo não funcionava. Então precisei de ajuda para sair da cama”, disse ele, segundo a matéria. Familiares e uma enfermeira próxima ajudaram a identificar o problema, que se mostrou fruto de um coágulo na perna que subiu até o cérebro.
Neil contou que, após o diagnóstico, enfrentou meses de reabilitação. Ele passou por um processo gradual, da cadeira de rodas ao andador, depois à bengala, até recuperar a locomoção. O cantor diz hoje estar perto de uma recuperação plena, mas reconhece limitações em algumas rotinas de palco.
O episódio de Natal foi o mais grave. Na entrevista, Neil disse que dois dos derrames anteriores foram “mini-AVCs” dos quais ele nem se recorda claramente, e que um quarto também havia passado despercebido. A revelação explica os recentes adiamentos da residência da banda em Las Vegas e a cautela com a agenda de shows.
Desde então, o cantor retornou aos palcos e descreveu sentir-se “95% bem” enquanto a banda segue com sua residência em Las Vegas, compromisso que já sofreu mudanças de datas devido a procedimentos médicos e à necessidade de adaptação ao estado de saúde de Neil.
O Mötley Crüe já vinha com agenda de residências e shows pontuais após o fim do pacto de aposentadoria anunciado em 2015; a banda planejou uma residência no Dolby Live at Park MGM, em Las Vegas, como forma de voltar a tocar com mais controle sobre logística e produção. Problemas médicos do frontman forçaram remarcações e levantam dúvidas sobre a intensidade dos shows.
A banda nasceu em Hollywood, Califórnia, em 1981, a partir da parceria entre Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria); logo se juntaram o guitarrista Mick Mars e o vocalista Vince Neil. O quarteto construiu imagem e som ligados ao hard rock/glam metal e rapidamente virou sinônimo da cena de Los Angeles.
Ela lançou clássicos que marcaram os anos 1980 e 1990: o debut Too Fast for Love (1981) e sucessos como Shout at the Devil (1983), Theatre of Pain (1985), Girls, Girls, Girls (1987) e o marco Dr. Feelgood (1989). Canções como “Kickstart My Heart”, “Dr. Feelgood”, “Home Sweet Home” e a faixa-título “Girls, Girls, Girls” tornaram-se hinos do rock e staples das rádios e da era MTV.
Porém, a trajetória do Mötley Crüe também ficou marcada por controvérsias, excessos de drogas, discussões internas, saídas e retornos de integrantes. O livro autobiográfico The Dirt virou filme pela Netflix em 2019 e ampliou a narrativa do grupo a novas audiências. Ao longo das décadas, o Mötley Crüe vendeu dezenas de milhões de discos mundialmente e deixou legado duradouro como uma das bandas mais representativas do hard rock americano.
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Estreia de ‘Homem-Aranha: Além do Aranhaverso’ é antecipada
Inicialmente previsto para chegar aos cinemas em 2024, Homem-Aranha: Além do Aranhaverso, terceiro capítulo da história de Miles Morales, foi adiado algumas vezes. Agora, no entanto, a notícia é mais animadora: marcada para 25 de junho de 2027, a estreia do longa foi antecipada. Confira a seguir!
Qual é a história da franquia Homem-Aranha no Aranhaverso?
Em Homem-Aranha: No Aranhaverso, somos apresentados a Miles Morales, um jovem negro do Brooklyn, que assume o legado do Homem-Aranha após a morte de Peter Parker e acaba envolvido em uma trama envolvendo diversas versões do herói de realidades alternativas.
Homem-Aranha: Além do Aranhaverso é a segunda parte de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, lançado em 2023. No longa,, quando os heróis entram em conflito sobre como lidar com uma nova ameaça, Miles se vê confrontando os outros Aranhas e precisando repensar o que significa ser um herói para salvar as pessoas que mais ama.
Quando estreia Homem-Aranha: Além do Aranhaverso?
Dirigido por Bob Persichetti, de Homem-Aranha: No Aranhaverso, e Justin K. Thompson, de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, Homem-Aranha: Além do Aranhaverso estreia nos cinemas norte-americanos em 18 de junho de 2027. No Brasil, o longa ainda não tem data de lançamento confirmada.
FONTE: Variety
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