DAY LIMNS inicia nova fase com o lançamento de double single, em parceria com Kawe
A cantora e compositora DAY LIMNS irá lançar, nesta quinta-feira (25), o projeto SAUR, que marca o início de uma nova etapa em sua trajetória artística. O trabalho chega em formato de double single, reunindo as faixas “Ruas Que Eu Andei” e “Frenesi”, e conta com a participação de Kawe, um dos nomes de destaque da cena do rap e trap nacional. A proposta revisita os sete anos de carreira da artista e se propõe a olhar para o passado com maturidade, mas aponta para o futuro com mais liberdade criativa.
“Esse lançamento vem em um momento que estou muito sóbria, presente e inteira. Tenho me sentido no controle da minha carreira e, ao mesmo tempo, dando o melhor para ficar em paz com as coisas que eu não controlo”, reforçou a cantora em uma exclusiva à Rolling Stone Brasil
O lançamento também vem acompanhado de um clipe dirigido pela própria DAY em parceria com Junior Scoz. Gravado em preto e branco com um iPhone 16 Pro Max nas ruas de São Paulo e em ambientes pessoais dos artistas, o projeto aposta em uma estética simples e acessível.
Produzido pelo trio Los Brasileros, SAUR traz a mistura de estilos que acompanham DAY LIMNS, combinando o pop urbano e o R&B com as batidas intensas do rap e do trap. Enquanto “Ruas Que Eu Andei” resgata memórias e experiências vividas nas ruas como parte da identidade da cantora, “Frenesi” mergulha na intensidade de viver no limite, explorando a energia visceral que move a artista. As canções se complementam em um diálogo entre vulnerabilidade e força, traduzindo a nova fase com autenticidade.
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Por que ‘Let It Be’ dos Beatles é ‘lixo’, segundo Glyn Johns
Glyn Johns é produtor de algumas das principais bandas — e também alguns dos principais discos — do rock, como Rolling Stones, Led Zeppelin e The Who. Ele, contudo, reprova o resultado final de Let It Be (1970), álbum que marcou a despedida dos Beatles.
Johns chegou a trabalhar nas sessões iniciais do que viria a ser o álbum, como registrado nos documentários Let It Be (1970) e The Beatles: Get Back (2021). Porém, viu seus esforços serem engavetados.
Phil Spector acabou sendo chamado para terminar o disco. Consequentemente, assinou a produção final de Let It Be.
Obviamente, Glyn Johns ficou frustrado. Não só com a situação envolvendo sua substituição, mas também com o som final de Let It Be.

Em entrevista de 2014 ao New York Times (via Far Out), o produtor criticou o trabalho de Spector e disse que o álbum não soa como sendo da banda. Ele afirmou:
“Fiquei decepcionado que Lennon tenha conseguido entregar o disco a Spector, e ainda mais decepcionado com o que Spector fez com ele. Não tem nada a ver com os Beatles. Let It Be é um monte de lixo.”
Na avaliação de Glyn Johns, as músicas ficaram “melosas” demais, sobretudo pelo excesso de overdubs inseridos por Phil Spector:
“Como eu disse no livro, (Spector) vomitou em cima dele. Eu nunca ouvi o disco inteiro, só ouvi os primeiros compassos de algumas coisas e disse: ‘Ah, esquece’. Era ridiculamente, repugnantemente meloso.”
Beatles e Let It Be… Naked
Paul McCartney tende a concordar com Glyn Johns. Em 2001, o Beatle encabeçou o relançamento de Let It Be com uma produção simplificada, assinada por Paul Hicks, Guy Massey and Allan Rouse, e renomeando-o como Let It Be… Naked.
Já as fitas gravadas por Glyn Johns no início da composição de Let It Be foram arquivadas e só vieram a ser disponibilizadas em 2021 como parte do box Let It Be Super Deluxe.
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A rara banda de metal a ter aprovação — e até nude — de Madonna
Entre 1995 e 2006, uma banda de metal integrou o cast da Maverick Records, gravadora cofundada por Madonna. A diva pop deu sinal verde para a contratação do grupo e lançou os cinco primeiros discos deles, incluindo os clássicos Around the Fur (1997) e White Pony (2000).
Estamos falando, claro, do Deftones. De acordo com o vocalista Chino Moreno, tudo começou graças ao “olheiro” Guy Oseary, que recomendou a banda. Posteriormente, eles conseguiram assinar contrato com o selo baseado em Los Angeles e puderam conhecer Madonna pessoalmente.
Em entrevista ao The Irish Times (via Consequence), Chino relembrou como foi ter a aprovação de um dos maiores ícones da música pop em todos os tempos:
“Naquele mesmo dia, fomos convidados para a sede da gravadora em Beverly Hills, onde conheci Madonna, o que foi alucinante. Então, sim, ela definitivamente nos deu o sinal verde. Foi uma loucura ser um garoto de 20 anos e ter alguém cuja música eu ouço desde os 10 anos nos dando sua aprovação. Foi difícil de acreditar.”

Segundo o músico, Madonna chegou a comparecer em alguns dos shows do Deftones e acompanhava de perto a evolução sonora da banda:
“Eles (shows) eram um pouco estressantes, porque você sabia que ela estava te observando… Uma das maiores artistas do mundo sabia quem éramos. Foi incrível e muito, muito legal.”
Nude?
Em outra ocasião, Chino Moreno contou que tem inclusive uma espécie de “nude” de Madonna. O vocalista revelou ao podcast The Peer Pleasure (via MetalSucks) que certa vez ganhou dela um poster sensual autografado:
“Tenho um pôster dela nua em casa. Não sei se já foi vendido. Não é obsceno nem nada, é uma espécie de retrato que ela autografou para mim e eu adoro isso.
O frontman revela ter ficado emocionado, já que sempre teve apreço por astros da música pop da década de 1980:
“Eu era uma criança que amava Madonna, Michael Jackson, Prince.”

Deftones e “Milk of the Madonna”
No último dia 22 de agosto, o Deftones lançou seu mais novo álbum, Private Music. Um dos singles conta justamente com uma referência à diva pop no nome: “Milk of the Madonna”.
No entanto, o real significado seria mais voltado para uma metáfora divina e o fervor espiritual ligado à imagem bíblica de Maria (o nome “Madonna” se refere a Maria).
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A fortuna que o mercado musical movimentou no Brasil em 2024
A Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima) apresentou um estudo chamado “O PIB da Música no Brasil” que revela, dentre outros números, o quanto o mercado musical movimentou no país em 2024.
De acordo com o levantamento, o setor fez girar R$ 116 bilhões na economia brasileira somente no ano passado. A maior fatia (R$ 94 bilhões) desse bolo vem de shows e apresentações ao vivo.
Em seguida aparecem: compra e venda de equipamentos de áudio (R$ 13,9 bilhões), gravação de músicas e discos (R$ 3,4 bilhões), fomento público (R$ 2,6 bilhões) e direitos autorais (R$ 1,8 bilhões).
O PIB da música no Brasil:
- Shows ao vivo: R$ 94 bilhões
- Compra e venda de equipamentos: R$ 13,9 bilhões
- Música gravada (discos e streaming): 3,4 bilhões
- Fomento público: R$ 2,6 bilhões
- Direitos autorais: R$ 1,8 bilhão
De acordo com Daniel A. Neves, presidente da Anafima, o setor está em expansão, mas ainda pode ser ampliado consideravelmente se receber mais incentivo fiscal e investimento.
Ele explica (via UBC):
“O mercado da música é tão importante quanto qualquer outro grande mercado. Muitas vezes, nosso setor é considerado hobby, entretenimento, algo menor. Com este estudo, esperamos conseguir direcionar o olhar para uma indústria fundamental, e que ainda recebe muito pouco investimento em relação ao PIB.”
A força do streaming
No âmbito da música gravada, o streaming aparece atualmente como principal produto de consumo, correspondendo a 87% dos R$ 3,4 bilhões gerados nesse segmento. Dentre as plataformas disponíveis no país, o Spotify lidera o mercado, com 60,7% de participação.
Esses números posicionam o Brasil como um dos 10 maiores mercados mundiais no que se refere a consumo de streaming (via Folha de S. Paulo).
Compositor ainda recebe pouco
Um aspecto preocupante apontado pelo estudo é que o compositor ainda aparece com uma fatia muito pequena do lucro nessa cadeira produtiva.
Dos R$ 3,4 bilhões gerados com música gravada no Brasil em 2024, apenas R$ 250 milhões foram para os bolsos de quem cria as canções — ou seja, recebe direitos autorais.
Ao Globo, Daniel A. Neves alertou:
“O artista, o compositor ou o intérprete de uma música não é recompensado como deveria. Por mais que exista a expressão ‘economia criativa’, a música ainda não é compreendida como economia. O artista precisa ser mais valorizado no Brasil”.
Concentração por região
O estudo foi apresentado pela Anafima no evento Conecta + Música e Mercado, em São Paulo, na última quinta-feira, 18.
Ele também escancara que o Sudeste concentra a maior fatia do mercado fonográfico nacional, com 53% de participação no número de empresas.
Concentração do mercado fonográfico:
- Sudeste: 53%
- Sul: 17,4%
- Nordeste: 17,2%
- Centro-Oeste: 8,6%
- Norte: 4%
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A reação debochada de Harrison Ford ao saber que quase foi Batman de Tim Burton
Durante a divulgação de Capitão America: Admirável Mundo Novo, Harrison Ford foi surpreendido com uma curiosidade de sua carreira: o fato de que, nos anos 1980, seu nome teria aparecido em uma lista de possíveis intérpretes do Batman de Tim Burton. A resposta do ator, conhecido pelo humor ácido, não poderia ter sido mais debochada.
Ao ser questionado sobre a possibilidade, Ford reagiu com surpresa e ironia: “Oh, merda. Sinto muito. Ah, não. Então nunca chegou até mim. Tudo bem, eu poderia ter tido uma carreira”, disse, arrancando risadas da plateia. O comentário brinca justamente com o oposto da realidade, já que o ator consolidou-se como um dos maiores nomes de Hollywood em franquias como Star Wars e Indiana Jones.
Apesar de não ter vestido o manto do Cavaleiro das Trevas, Ford agora mergulha de vez no universo dos super-heróis. Ele estreou como o General Thunderbolt Ross, cargo antes interpretado por William Hurt. Questionado sobre a experiência, o ator afirmou que falar sobre o papel é mais difícil do que interpretá-lo: “O dinheiro serve para silenciar a parte do cérebro que pensa ‘eu devo estar parecendo um idiota’”.
Entre as brincadeiras, Ford também comentou a importância de dar continuidade ao trabalho de colegas e de se divertir em meio às histórias grandiosas da Marvel. “É um grande lugar para brincar, deixar a imaginação correr livre e oferecer essa experiência ao público”, disse. Ao ser perguntado sobre conselhos para jovens atores que pensam em entrar nesse universo, foi direto: “Leia o contrato. Converse com seu agente”.
Confira a entrevista legendada em inglês:
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Estamos testemunhando a queda do império americano?
Mike Duncan sabe como os impérios caem. Ele já analisou alguns dos colapsos, revoltas e mudanças de regime mais marcantes da história em seus podcasts Revolutions e The History of Rome — este último um gigante de 179 episódios e 73 horas que explora a trajetória da República e do Império Romano, do surgimento à queda. Ele sabe como as coisas se parecem quando começam a dar errado.
Em 2025, para Duncan, está claro que o império americano, que dominou a geopolítica global no último século, já passou do seu auge. Sob o governo Trump, a degradação do ideal americano acelerou em alguns aspectos que só poderiam existir no contexto único do momento atual — e em outros que espelham o previsível, secular e repetitivo ciclo de ascensão e declínio do poder político.
“Tudo tem prazo de validade”, diz Duncan à Rolling Stone. “Tudo tem um ciclo de vida e, eventualmente, você entra em algum tipo de fase de declínio. Os Estados Unidos ainda são enormemente poderosos; não estamos à beira de desaparecer do quadro das grandes potências do planeta. Mas será que esse negócio está se empurrando rumo a algum tipo de colapso terminal? É, com certeza parece que sim.”
Então, como o lento desmoronamento do experimento americano se compara aos grandes declínios e períodos revolucionários da história mundial? Ninguém está mais bem posicionado para ler o cenário do que Duncan.
Comecemos por Roma. Não dá para falar de todos os 179 episódios, mas vamos a um breve resumo da queda da República e depois do Império.
A queda da República soa muito mais próxima do que estamos vivendo agora. Ela tem a ver com o momento em que a República Romana surge, pela primeira vez, como a potência dominante no Mediterrâneo. E isso desencadeia um ciclo em que a desigualdade econômica começa a crescer entre os romanos mais ricos e os mais pobres, levando a todo tipo de conflito social.
Há uma guerra civil na península Itálica entre italianos que só querem cidadania para poder participar da sociedade da qual fazem parte e a velha guarda romana, que tenta resistir. À medida que esses conflitos se intensificam, os próprios políticos perdem qualquer senso de decoro ou limite sobre o que pode e deve ser feito para atingir seus objetivos.
Quando você perde uma votação ou uma eleição, como reage? Havia um consenso estável de que se aceitava a derrota. No mundo romano, os líderes políticos e militares eram os mesmos. Então, de repente, você tem líderes políticos no comando de exércitos inteiros, que passam a jogá-los uns contra os outros — e é isso que leva, de fato, ao colapso da República Romana.
No século XXI, nos Estados Unidos, temos enormes disparidades de riqueza e de renda, lutas sobre cidadania e sobre quem tem direito a participar da nossa política, algo que está nos dilacerando. E temos políticos que pensam: “Ah, perdi uma eleição? Então vamos organizar uma insurreição armada dentro do Capitólio em 6 de janeiro.”
Depois que a República cai, o Império continua a existir por mais 500 anos.
Quando a República virou Império, não foi como se Augusto dissesse: “Agora eu sou o imperador e isto é um império.” Ainda havia eleições todo ano, ainda havia disputa entre as classes senatoriais para conquistar cargos e vencer essas eleições. Todo o aparato da República foi mantido como fachada. Apenas todo o poder foi absorvido em uma única pessoa.
Seria como se Trump, ou qualquer presidente, fosse ao mesmo tempo Presidente dos Estados Unidos, Presidente da Câmara, Líder da Maioria no Senado e Chefe de Justiça da Suprema Corte — que, aliás, tivesse seu voto valendo mais que o de todos os outros ministros da Corte.
De fora, ainda parecia que a República estava de pé. Se seguirmos esse caminho, continuaremos a ter congressos, Suprema Corte, um Presidente dos Estados Unidos, governadores, eleições — só que o que importa é o que acontece por baixo dessa fachada. A fachada nunca vai desaparecer; a questão é o quão fina, quase transparente, essa fachada é.
Vamos nos aprofundar um pouco no papel das “elites” aqui, no tipo de poder que elas têm para moldar um movimento.
Por causa da forma como os recursos são distribuídos em nossa sociedade fundamentalmente desigual, pouquíssimas pessoas detêm as cartas mais fortes em termos de riqueza e recursos diante de todo o resto da população. A legitimidade do governante e do sistema de governo — seja ele qual for — depende, em primeiro lugar, de apaziguar esses gigantescos detentores de capital, para manter o regime de pé.
Se eles se afastam, são justamente essas pessoas que podem substituir o que existe por algo diferente — e é muito difícil fazer isso apenas com uma revolta camponesa. Revoltas camponesas sempre existiram ao longo da história das revoluções. Elas tendem a se extinguir, acabando derrotadas ou contidas. Mas, se aqueles que controlam a riqueza, os recursos e, em última instância, a superioridade militar do país se unem em oposição, nada passa de uma rebelião efêmera. Porém, se parte dessas elites resolve aderir, você passa a ter um influxo de capacidade material para derrubar o regime vigente.
Isso é basicamente o que aconteceu na Revolução Americana: a maioria dos pais fundadores estava entre as camadas mais ricas das colônias.
Pois é! Mas, por exemplo, na Revolução Francesa, as coisas começaram em parte por causa da agitação popular e dos levantes do povo, mas também porque havia um círculo interno de membros da nobreza francesa que estavam completamente irritados com Luís XVI. Eles queriam reformar o sistema e eram ambiciosos o bastante para tentar abrir caminho para o poder, usando o fervor popular como parte disso. O mesmo aconteceu na Revolução Russa, quando até membros da família Romanov se voltaram contra o czar Nicolau II, certo? É nesse ponto que você realmente consegue derrubar alguém do poder. Eu adoraria saber o que estava acontecendo nos círculos internos de, digamos, Bashar al-Assad quando ele foi expulso da Síria. Quem foi que finalmente disse a ele que era hora de ir?
Trazendo isso de volta aos EUA, houve um momento logo após o 6 de janeiro em que quase parecia que a elite republicana estava disposta a romper com Trump, e ele conseguiu reafirmar sua autoridade e puxar todos de volta. Como a captura de um partido — a submissão de sistemas inteiros — entra nessa equação?
É simplesmente um culto à personalidade em sua forma mais clássica. Parte partido político, parte extensão de uma única pessoa, algo que já vimos repetidas vezes na história.
Vai ser muito interessante ver o que acontece quando Trump finalmente morrer e o que ocorrerá com esse movimento, o quanto ele realmente depende de seu status único de celebridade, algo que nenhum outro membro do grupo possui. Se você tira isso, o que acontece com o movimento? Alguém consegue entrar, substituir e se tornar o novo ponto central desse culto à personalidade? Não sei se algum deles tem força para isso.
Momentos assim são, em si, pontos de inflexão. Mudando um pouco de assunto — o que você achou do filme Guerra Civil, da A24? Eu tenho dificuldade em imaginar aquele tipo de desfecho, mas fiquei curioso se trouxe algo à sua mente.
Fiz várias acrobacias mentais para que aquele filme fizesse sentido para mim. Mas cheguei lá no fim. Você estava perguntando o que seria necessário para realmente haver uma revolução desse tipo neste país, e o problema é que eu não vejo isso acontecer. Simplesmente não vejo, de jeito nenhum.
Todas as revoluções são, no fim das contas, guerras civis, certo? Nos EUA, há um lado nessa disputa que é incrivelmente bem armado, como parte central de sua identidade cultural, e do outro lado há uma oposição que, em comparação, não é. Toda a força, toda a força letal, parece realmente estar agora com a extrema direita fascista — o que é péssimo.
Você acha que os EUA continuam sendo o império global preeminente ou estamos em declínio? A China parece estar ocupando os espaços internacionais deixados pela reconfiguração das relações exteriores durante o governo Trump.
Sim, o ponto máximo da influência americana no mundo já ficou para trás. Todos os impérios são transitórios, certo? Se você sobe, inevitavelmente vai estagnar e cair. Então prever que os Estados Unidos não seriam tão poderosos no século XXI quanto foram no século XX era, na verdade, algo bem fácil de dizer, porque as chances eram de que isso aconteceria.
Muita gente, se você dissesse: “Olha, os Estados Unidos vão ser bem menos poderosos. Isso é algo positivo ou negativo para o mundo?”, responderia que é algo positivo. Acho que isso vem um pouco de colocar os EUA demais no papel de vilão supremo em comparação com outros sistemas, governos ou quem quer que seja.
Há vilões por toda parte.
Há muitos. E um mundo governado pelos Estados Unidos versus um mundo governado pela China — em termos de crimes contra a humanidade, número de mortos e exploração — provavelmente seria mais ou menos a mesma coisa, se não pior, no caso da China.
E isso remonta a George W. Bush, que fez muito para incendiar o “poder brando” dos EUA e sua preeminência global, porque queimamos muitas alianças ao invadir o Iraque. Depois veio a correção com Obama, e o mundo, naquele ponto, pensou: “OK, vocês enlouqueceram por uns 10 anos, mas agora estão de volta. Estamos dispostos a seguir com vocês.” Obama era um cara muito voltado para uma ordem internacional baseada em regras. Era algo como: “Não colocaremos tropas em solo. Vamos apenas matar pessoas do céu.”
Temos essas coisas novas. Elas se chamam drones.
Isso nos livra de nossa responsabilidade moral. Mas os europeus e o restante do mundo, acho, estavam prontos para voltar a confiar em nós — e então elegemos Trump. Agora, o resto do mundo olha para um país que, dependendo de como for a próxima eleição, não manterá nenhum dos compromissos assumidos, seja em tratados, seja em acordos comerciais. Somos simplesmente imprevisíveis. Portanto, não há razão racional para fazer acordos de longo prazo com os Estados Unidos ou contar com eles de qualquer forma.
O segundo ponto de tudo isso: ainda somos incrivelmente ricos, mas incrivelmente ricos mesmo. Temos tanta riqueza, poder e recursos que, mesmo sendo um gigante estúpido e pouco confiável, continuamos sendo um gigante estúpido — e, por isso, estamos presentes e influentes em tudo, de qualquer maneira.
A queda de Roma foi tão idiota assim? Isso é algo muito sério, mas às vezes parece profundamente estúpido.
Não acho que tenha sido tão idiota. Pensei muito sobre isso. Primeiro: idiota para quem? Porque a maioria das pessoas, na época romana, era analfabeta e totalmente desconectada das notícias do mundo. Noventa por cento das pessoas eram apenas camponeses, analfabetos, vivendo em suas vilas e, portanto, sem saber o que estava acontecendo.
No final do Império, a sede do poder tinha se mudado de Roma para Milão — mais perto dos campos de batalha — e depois de Milão para Ravena, porque Ravena é cercada por pântanos e água, o que a tornava fisicamente difícil de alcançar. Isso, na prática, isolou bastante a corte imperial de todo o resto que acontecia ao redor.
Dentro desses círculos, havia uma espécie de miopia cultista em torno daqueles imperadores-criança que comandavam as coisas. Talvez, se fôssemos até lá e olhássemos em volta, diríamos: “Isso é bem idiota. Vocês estão agindo de maneira bem idiota.”
Talvez fosse realmente tão idiota, mas ninguém saberia. Nossa maldição hoje é que, por causa da alfabetização em massa, da educação em massa e da comunicação em massa, somos expostos a cada coisa estúpida que essas pessoas fazem — e estamos todos extremamente cientes de todas as tolices que elas cometem para desmontar uma sociedade que era, basicamente, perfeitamente funcional.
Mas o ponto principal que eu queria destacar é que existe um certo tipo de pessoa na história: o “favorito da corte”. Você tem um rei ou uma rainha que se encanta por um cavalariço, um ator, uma mulher com quem decide dormir, ou um homem. E, por serem o favorito da corte, de repente são nomeados Secretário de Estado, e todos os outros nobres do reino ficam se perguntando: “Por que esse cara é secretário? Por que ele vai negociar com os Habsburgo?” E o sujeito é um idiota, é incompetente, e normalmente acaba expulso, assassinado ou decapitado, porque está completamente fora de sua capacidade.
O que nosso governo atualmente pressupõe é: “E se todo mundo que governa fosse um favorito da corte?” No nível de favorito da corte: capacidade, inteligência, noção do que está acontecendo, ideias realmente boas — eles não têm nada disso. Nosso governo inteiro é dirigido por favoritos da corte. Em vez de haver apenas uma pessoa bagunçando tudo, é literalmente todo mundo.
Como seria a fase terminal?
Bem, no podcast Revolutions, desenvolveu-se toda uma teoria: a “Grande Teoria do Idiota” das Revoluções. Seria como o oposto da teoria do “grande homem” da história. Mas, nesses casos, o que vejo repetidamente são governos que se tornam incompetentes, que cometem erros, que tentam impor coisas tão impopulares que o povo se levanta contra elas.
Falta gente nos círculos internos de decisão que tenha qualquer tipo de visão de longo prazo ou habilidade para lidar com política, para manipular pessoas. Eles simplesmente fazem coisas que irritam a população. Um governo bem administrado não sofre revolução. Um governo bem administrado não provoca revolta. Um governo bem administrado continua a existir.
É quando o aparato não consegue mais se adaptar às circunstâncias presentes que surge o perigo de ser completamente derrubado. E, se temos um aparato como o que temos hoje, que talvez não esteja à altura do momento e, na verdade, está indo na direção oposta, então esse é o tipo de incompetência que leva a uma convulsão social total e completa.
Os EUA já passaram do ponto sem volta?
Não sei. Posso dizer que sou, por natureza, um otimista. Tenho algo como a aposta de Pascal com a esperança e o otimismo: provavelmente é melhor agir como se a esperança pudesse existir do que simplesmente dizer que ela não existe e que estamos condenados. Então, minha resposta oficial é: não estamos condenados, e há saídas, porque sempre há saídas. Somos macaquinhos engenhosos e criativos, conseguimos escapar de enrascadas. Já escapamos antes. Talvez consigamos escapar desta.
Eu odiaria que a lição fosse que não há esperança e que estamos simplesmente perdidos. O fato de as coisas parecerem muito ruins e de poderem terminar mal não significa que vão, de fato, terminar mal. Isso não é verdade, e sempre existem maneiras de lutar e reverter o curso dos acontecimentos.
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Quando estreia ‘O Mandaloriano e Grogu’, filme que é continuação da série do Disney+, nos cinemas?
O Mandaloriano e Grogu, filme que continua a história de The Mandalorian, série do Disney+, teve seu primeiro teaser divulgado pela Lucasfilm nesta segunda-feira (22). Mas quando estreia a novidade nos cinemas? Saiba a seguir:
Do que se trata?
O Mandaloriano e Grogu dará continuidade aos eventos vistos na terceira temporada da série The Mandalorian, que tem Jon Favreau (Homem de Ferro) como criador. Assim como na série, Dave Filoni, chefe criativo da Lucasfilm e criador da personagem (e da série) Ahsoka, é roteirista e produtor.
Quem está no elenco?
Além de Pedro Pascal, o elenco conta com Sigourney Weaver (Avatar), Jonny Coyne (Alcatraz), Jeremy Allen White (O Urso) fazendo a voz de Rotta the Hutt, gladiador filho de Jabba, entre outros. A direção é de Jon Favreau.
A história da série The Mandalorian
Pascal interpreta Din Djarin, um mandaloriano caçador de recompensas que se depara com uma criança da mesma espécie do Mestre Yoda chamada Grogu, e que ao se recusar a entregá-la para facções que ainda acreditam no Império (a história começa alguns após a morte do Imperador Palpatine) passa a navegar a galáxia ao lado dela. Ao longo das três temporadas, ele se vê, também, envolvido com a restauração dos mandalorianos. As três primeiras temporadas de The Mandalorian estão disponíveis no Disney+
Quando estreia O Mandaloriano e Grogu nos cinemas?
Este será o primeiro filme de Star Wars a ser lançado nos cinemas depois de Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker, que em 2019 concluiu a Saga Skywalker. O longa tem estreia marcada para 21 de maio de 2026 nos cinemas. Assista ao teaser:
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‘Bugonia’, com Emma Stone, e mais; os filmes já confirmados na 49ª Mostra de Cinema de São Paulo
A 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontece entre os dias 16 e 30 de outubro, mas já divulgou parte de sua programação e o circuito exibidor da edição de 2025. Entre os títulos já confirmados está Bugonia, estrelado por Emma Stone (Pobres Criaturas), um dos filmes mais aguardados do ano.
No total, já foram anunciadas mais de 15 produções que reforçam a diversidade da curadoria. O evento contará com 18 salas em 11 endereços para sessões pagas, além de espaços gratuitos e de valores populares espalhados pela cidade. A Mostra terá sessões especiais na Sala São Paulo e no Museu da Língua Portuguesa, além de exibições em salas tradicionais como o CineSesc, Reserva Cultural, Cinesala, Multiplex Marabá e as salas da Cinemateca Brasileira. Espaços populares, como a Spcine Olido, o CCSP e a Biblioteca Roberto Santos, também fazem parte da programação, assim como unidades dos CEUs, que exibirão filmes gratuitamente na 2ª Mostrinha.
Para a diretora da Mostra, Renata de Almeida, a pluralidade de endereços e a liberdade curatorial são princípios fundamentais do festival. “Um festival dura no máximo 15 dias, e o ano tem 365. É essencial que a Mostra possa programar as salas de forma autônoma”, afirmou. Confira a seguir o circuito da 49ª Mostra e os filmes já confirmados:
Circuito pago
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Cine Segall – Museu Lasar Segall
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Cinesala
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Cine Satyros Bijou
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Cinemateca Brasileira (Salas Grande Otelo, Oscarito e Petrobras na Mostra)
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CineSesc
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Espaço Petrobras de Cinema (Salas 1, 2, 3 e 4)
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Multiplex Marabá (Salas 1 e 5)
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Cultura Artística
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IMS Paulista (primeira sessão gratuita)
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Reserva Cultural (Salas 1 e 2)
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Sato Cinema
Circuito com valores populares
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Biblioteca Roberto Santos
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CCSP – Centro Cultural São Paulo (Salas Paulo Emílio e Lima Barreto)
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Spcine Olido
Circuito gratuito
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Centro de Formação Cultural Tiradentes
-
26 CEUs (incluindo CEU Butantã, CEU Jaçanã, CEU São Miguel, CEU Três Lagos, entre outros)
Sessões especiais
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Sala São Paulo
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Museu da Língua Portuguesa
Filmes confirmados na 49ª Mostra:
- Nova Onda (Nouvelle Vague) – Richard Linklater
- Blue Moon – Richard Linklater
- Drácula (Dracula) – Radu Jude
- Kontinental ’25 – Radu Jude
- Sound of Falling – Mascha Schilinski
- Living the Land – Meng Huo
- Urchin – Harris Dickinson
- A Irmãzinha (La Petite Dernière) – Hafsia Herzi
- Espelhos nº 3 (Mirrors No. 3) – Christian Petzold
- Bugonia – Yorgos Lanthimos
- Atropia – Hailey Gates
- Folha Seca (Dry Leaf) – Alexandre Koberidze
- Se Fosse Noite em Caracas (Aún Es de Noche en Caracas) – Mariana Rondón & Marité Ugás
- Palestina 36 (Palestine 36) – Annemarie Jacir
- O Bolo do Presidente (The President’s Cake) – Hasan Hadi
- Caracol Branco (White Snail) – Elsa Kremser & Levin Peter
- De Lugar Nenhum – Miguel Gonçalves Mendes
- O Filho de Mil Homens – Daniel Rezende
- Almas Mortas (Dead Souls) – Alex Cox
- Sirât – Oliver Laxe
- Eleanor The Great – Scarlet Johansson
Prêmio Leon Cakoff
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‘Bugonia’, com Emma Stone, e mais; os filmes já confirmados na 49ª Mostra de Cinema de São Paulo
A 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontece entre os dias 16 e 30 de outubro, mas já divulgou parte de sua programação e o circuito exibidor da edição de 2025. Entre os títulos já confirmados está Bugonia, estrelado por Emma Stone (Pobres Criaturas), um dos filmes mais aguardados do ano.
No total, já foram anunciadas mais de 15 produções que reforçam a diversidade da curadoria. O evento contará com 18 salas em 11 endereços para sessões pagas, além de espaços gratuitos e de valores populares espalhados pela cidade. A Mostra terá sessões especiais na Sala São Paulo e no Museu da Língua Portuguesa, além de exibições em salas tradicionais como o CineSesc, Reserva Cultural, Cinesala, Multiplex Marabá e as salas da Cinemateca Brasileira. Espaços populares, como a Spcine Olido, o CCSP e a Biblioteca Roberto Santos, também fazem parte da programação, assim como unidades dos CEUs, que exibirão filmes gratuitamente na 2ª Mostrinha.
Para a diretora da Mostra, Renata de Almeida, a pluralidade de endereços e a liberdade curatorial são princípios fundamentais do festival. “Um festival dura no máximo 15 dias, e o ano tem 365. É essencial que a Mostra possa programar as salas de forma autônoma”, afirmou. Confira a seguir o circuito da 49ª Mostra e os filmes já confirmados:
Circuito pago
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Cine Segall – Museu Lasar Segall
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Cinesala
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Cine Satyros Bijou
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Cinemateca Brasileira (Salas Grande Otelo, Oscarito e Petrobras na Mostra)
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CineSesc
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Espaço Petrobras de Cinema (Salas 1, 2, 3 e 4)
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Multiplex Marabá (Salas 1 e 5)
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Cultura Artística
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IMS Paulista (primeira sessão gratuita)
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Reserva Cultural (Salas 1 e 2)
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Sato Cinema
Circuito com valores populares
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Biblioteca Roberto Santos
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CCSP – Centro Cultural São Paulo (Salas Paulo Emílio e Lima Barreto)
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Spcine Olido
Circuito gratuito
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Centro de Formação Cultural Tiradentes
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26 CEUs (incluindo CEU Butantã, CEU Jaçanã, CEU São Miguel, CEU Três Lagos, entre outros)
Sessões especiais
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Sala São Paulo
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Museu da Língua Portuguesa
Filmes confirmados na 49ª Mostra:
- Nova Onda (Nouvelle Vague) – Richard Linklater
- Blue Moon – Richard Linklater
- Drácula (Dracula) – Radu Jude
- Kontinental ’25 – Radu Jude
- Sound of Falling – Mascha Schilinski
- Living the Land – Meng Huo
- Urchin – Harris Dickinson
- A Irmãzinha (La Petite Dernière) – Hafsia Herzi
- Espelhos nº 3 (Mirrors No. 3) – Christian Petzold
- Bugonia – Yorgos Lanthimos
- Atropia – Hailey Gates
- Folha Seca (Dry Leaf) – Alexandre Koberidze
- Se Fosse Noite em Caracas (Aún Es de Noche en Caracas) – Mariana Rondón & Marité Ugás
- Palestina 36 (Palestine 36) – Annemarie Jacir
- O Bolo do Presidente (The President’s Cake) – Hasan Hadi
- Caracol Branco (White Snail) – Elsa Kremser & Levin Peter
- De Lugar Nenhum – Miguel Gonçalves Mendes
- O Filho de Mil Homens – Daniel Rezende
- Almas Mortas (Dead Souls) – Alex Cox
- Sirât – Oliver Laxe
- Eleanor The Great – Scarlet Johansson
Prêmio Leon Cakoff
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‘Apocalipse nos Trópicos’ é um dos favoritos ao Oscar de Melhor Documentário, segundo Hollywood Reporter
O documentário brasileiro Apocalipse nos Trópicos pode estar prestes a fazer história no Oscar 2026. A produção, lançada pela Netflix, foi destacada pelo crítico Scott Feinberg, editor executivo de premiações do The Hollywood Reporter, como uma das favoritas à indicação na categoria de Melhor Documentário.
O filme de Petra Costa (Elena) figura ao lado de 2000 Meters to Andriivka (PBS), A Vizinha Perfeita (Netflix), Jayne Mansfield, Minha Mãe (HBO) e The Alabama Solution (HBO). Se a previsão se concretizar, a cineasta mineira repetiria o feito de 2020, quando concorreu com Democracia em Vertigem (2019).
Do que se trata?
Narrado sob a perspectiva da cineasta, o documentário parte de uma investigação profunda para analisar o crescimento da fé evangélica no Brasil e seus impactos no contexto político e social nos últimos dez anos, com destaque para a participação de líderes evangélicos nas decisões políticas do país.
Em Apocalipse nos Trópicos, Petra Costa investiga o aumento da participação de líderes evangélicos nas decisões políticas do país. Com acesso exclusivo a figuras emblemáticas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o famoso televangelista Silas Malafaia, a cineasta investiga o papel profundo que o movimento evangélico desempenhou na recente turbulência política do Brasil.
Como em seu indicado ao Oscar® Democracia em Vertigem, Costa documenta um período de grande incerteza com lucidez e olhar poético. Entrelaçando passado e presente, o filme nos conduz através das contradições de uma jovem e frágil democracia, e ao fazê-lo oferece uma imagem que ecoa muito além das fronteiras do Brasil.
Com estreia no 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza e participação em outros festivais de cinema internacionais, o documentário conta com roteiro e direção de Petra Costa, e produção de Petra Costa e Alessandra Orofino. Assista ao trailer:
Fonte: THR
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